8 de outubro de 2012

Inácio de Antioquia


Inácio de Antioquia

Seu nome deriva do latim: igne - fogo e natus - nascido. Nascido do fogo, o que corresponde muito bem à sua personalidade: ardente, eloqüente, apaixonado por Cristo e pelo forte desejo de imitar seu Mestre.
Também é cognominado Theoforos - carregado por Deus, por ser identificado como a criança que Jesus tomou nos braços, para dar exemplo da verdadeira pureza (Mateus, 18:2-6).
De sua vida se conhecem alguns dados através de Eusébio de Cesaréia, através de sua História Eclesiástica, que o identifica como tendo assumido a chefia da Igreja de Antioquia.
Antioquia foi fundada por volta do ano 300 a.C., por Seleuco Nicátor, com o nome de Antiokheia (cidade de Antíoco). Tornou-se a capital do império selêucida e grande centro do Oriente helenístico.
Conquistada pelos romanos, por volta de 64 a.C. Conservou seu estatuto de cidade livre e foi a terceira cidade do Império depois de Roma e Alexandria, chegando a abrigar até 500 mil habitantes.
Mereceu a evangelização de Pedro, Paulo e Barnabé. Atualmente é a cidade de Antakya, da Turquia.
Inácio foi encontrado por João, mais ou menos quatro anos após o drama da cruz. Tendo se retirado para Éfeso, onde ganhara um pedaço de terra cultivável, o Apóstolo morava com Maria, a mãe de Jesus.
O local era um ponto geográfico privilegiado, aconchegante, de rara beleza. Logo além podia-se ver o mar bordado pelas velas coloridas das embarcações.
Miosótis, flores miúdas e tamareiras completavam a harmonia do local.
O menino tinha então seus 8 anos e vendo-o, João se lembrou do petiz de perninhas magras, pendendo frouxas e confiantes do colo do Divino Amigo. Pareceu rever, na tela da alma, as divinas mãos acariciando os cabelos desgrenhados daquela criança.
Com ternura, resolveu adotá-lo e o levou para sua casa. Ali, o pequeno cresceu sob a ternura e os carinhos de Maria, enquanto João lhe cultivou o caráter nos ensinos cristãos.
Já adulto, propagador entusiasta da Boa Nova, Inácio de Antioquia foi preso. Tornou-se célebre por sua peregrinação forçada, em cadeias, de Antioquia a Roma.
Qual Paulo de Tarso, em seu caminho para Roma, foi recebendo a visita de cristãos de outras Igrejas, em todo o percurso. Nas paradas que fazia para descanso, escrevia às comunidades que o tinham recebido ou que lhe enviavam representantes. São sete as cartas conhecidas, todas de imenso valor para o conhecimento da história dos primeiros cristãos.
Em sua Epístola a Policarpo de Esmirna (cidade marítima da Ásia Menor, a oeste de Éfeso. Pesquisas arqueológicas a identificam com a colina de Hacimutsoste, a oito quilômetros da atual cidade de Izmir, na Turquia) ele recomenda à comunidade, a união e confessa a sua fé em Jesus Cristo.
"O cristão", afirma ele no cap. 7:3, "não tem poder sobre si mesmo, mas está livre para servir a Deus."
Na Epístola aos Romanos,cap. 4:1-3, temeroso de que, amigos que tinham influência na corte imperial o poderiam impedir de alcançar o martírio, ele escreve: "Eu vos suplico, não mostreis comigo uma caridade inoportuna. Permiti-me ser pasto das feras, por meio das quais me é concedido alcançar a Deus. Sou trigo de Deus, e serei moído pelos dentes das feras, para que me apresente como trigo puro de Cristo.
Ao contrário, acariciai as feras, para que se tornem minha sepultura, e não deixem nada do meu corpo, para que, depois de morto, eu não pese a ninguém...Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo. Contudo, se eu sofro, serei um liberto de Jesus Cristo, e ressurgirei nele como pessoa livre. Acorrentado, aprendo agora a não desejar nada."
No cap. seguinte refere-se à luta "...contra as feras, por terra e por mar, de noite e de dia, acorrentado a dez leopardos, a um destacamento de soldados; quando se lhes faz bem, tornam-se piores ainda. Todavia, por seus maus tratos, eu me torno discípulo melhor, mas ‘nem por isso justificado'."
Finalmente, num dia ensolarado e quente, desembarcando no Porto de Óstia, cercado por legionários, seguiu pela Via Ápia. Chegando ao cume de uma colina que circundava a cidade, ele começou a sorrir.
Aquele homem alquebrado, sorria a ponto de comover-se até as lágrimas. Um legionário se aproximou dele, bateu-lhe na face e colérico, lhe falou:
"Tu deves estar louco. Por que sorris?"
Inácio, ainda emocionado, respondeu:
"Sorrio diante de tanta beleza que os meus olhos descortinam. Sorrio porque chego a Roma e vejo uma cidade imponente. Sorrio ao olhar o casario de mármore, as estátuas que rutilam ao sol, as águas prateadas do Tibre que circundam as montanhas como um alaúde. Sorrio..."
Antes que Inácio pudesse prosseguir, o soldado lhe gritou:
"Mas tu vais morrer, miserável. Como podes sorrir?"
"Sorrio", continuou o pregador do Evangelho, "sorrio de felicidade porque agora eu posso ter uma dimensão do amor de Deus. Porque, se para vós, que sois corrompidos, se para vós que sois criminosos, Deus concede uma cidade tão bela e tão harmônica, o que não haverá de oferecer para aqueles que lhe são fiéis?
Sorrio de felicidade, antecipadamente, e desejo que o sofrimento que me apontas venha logo, a fim de que ele me leve..."
Colocado em um subterrâneo, encontrou amigos de fé. Ali, ele se recordou de Jesus e, por várias horas falou-lhes a respeito das bem-aventuranças do reino de Deus.
Uma semana depois, milhares de espectadores lotaram o circo e a arena ovalada se encheu de feras vindas de várias partes do mundo.
Eram feras que não tinham sido alimentadas por uma semana e sobre as quais se atiravam pedaços de carne ensangüentados, cheios de vida para lhes espicaçar o paladar.
Naquela arena, os cristãos foram lançados e os animais, de forma rápida, despedaçaram aqueles corpos frágeis de anciãos, homens, mulheres e crianças, que não se intimidavam diante da morte.
Contudo, de uma forma estranha, Inácio, que se encontrava entre eles, não foi tocado. Esperou que uma patada no tórax lhe despedaçasse os ossos e os músculos. Entretanto, nenhuma fera lhe arrebentou o corpo.
Vendo que os cadáveres dos seus companheiros já estavam sendo rejeitados pelas feras saciadas, ele se ajoelhou na arena ensangüentada e orou a Jesus:
"Por quê? Por que fui poupado? Por que não tive a honra de morrer?"
Então, um ser espiritual se lhe apresentou à visão psíquica e lhe respondeu:
"Inácio, morrer é muito fácil. Perder o corpo numa só vez é um testemunho pequeno para ti. Tu, que amas tanto Jesus, mereces algo mais penoso. Tu viverás. Viverás entre pessoas que não te compreendem, que desconfiarão de ti.
Estar firme no Ideal, Inácio, no momento das dificuldades, este é o sacrifício maior. O Mestre deseja que vivas, para que a Sua mensagem saia da tua boca e experimentes a perseguição continuada, sem desanimar. A morte na arena é uma morte muito rápida para os que são bons e fiéis."
Inácio saiu da arena. Os cristãos supuseram que ele houvesse prestado sacrifício aos deuses de Roma, para ter a sua vida poupada.
A calúnia, a maledicência e a intriga semearam, na comunidade cristã toda sorte de desconfianças.
Inácio jamais se defendeu, porque quem ama Jesus não tem tempo a perder com defesas improdutivas.
Jamais se justificou, porque ele deveria prestar contas ao seu rei, Jesus, e não aos seus pares, súditos como ele.
Não disse uma palavra. Os anos demonstraram a sua grandeza. Ele passaria a ser o modelo do cristão verdadeiro, o modelo daquele servidor primitivo de Jesus, elevado à categoria de bem-aventurado por seu testemunho de amor.
Sua morte é assinalada como tendo ocorrido no ano de 110, durante o reinado de Trajano, em Roma.
Bibliografia:
01.FRANCO, Divaldo Pereira. Palestra pública.
02.______. Trigo de Deus. In:___. Trigo de Deus. Pelo espírito Amélia Rodrigues. Salvador:LEAL, 1993.
03.COELHO, Rogério. O holocausto maior. Revista Reformador, Rio de Janeiro:FEB, p. 70, mar. 2001.
04.http://www.newadvent.org
www.nlink.com.br/~lume/antioquia.htm
www.terravista.pt/Portosanto/3718/biografgeocities.yahoo.com.br/montealverne/sinacio.html 
www.veritatis..com.br/aartigo.asp
www.freineylor.hpg.com.br

2 de outubro de 2012

3º Jantar Dançante

Evento beneficente que, além de levar alegria e divulgação do amor e caridade, visa angariar fundos para o Projeto SEDE PRÓPRIA.

DIA 24/11 - No Salão do Clubo Círculo Militar.

Convites com:
Alexandre Lima: 31 8643-1056
FELLUZ: às segundas-feiras de 20 às 21:30
Farmácia Homeopática Digitalis: Rua Curvelo 130 - Floresta
Unimaster Pré-Vestibular: Rua Paraíba 889

VENDA DE CONVITES ANTECIPADA*
A venda de convites na porta está condicionada à disponibilidade dos mesmos.

Diversão, sabor e caridade: agradam ao paladar, alimentam a alma!

Mais detalhes sobre o Projeto
https://www.facebook.com/FELLUZ.BH/app_106171216118819

1 de outubro de 2012

MEDIUNIDADE - ASPECTOS GERAIS

Material parcial para estudo
2.º ANO - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA - CENTRO ESPÍRITA ISMAEL

I - MEDIUNIDADE - ASPECTOS GERAIS

CONCEITO DE MEDIUNIDADE: Mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre os homens e os Espíritos. Não é um poder oculto que se desenvolve por meio de práticas rituais ou pelo poder misterioso de um iniciado ou de um guru. A mediunidade pertence ao campo da comunicação. Desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cercam e nos afetam com as suas vibrações psíquicas e afetivas. Seu desenvolvimento é cíclico e se processa em forma de espiral (1).

MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS: A Mediunidade é uma só, é um todo, mas pode ser encarada em seus vários aspectos funcionais, que são caracterizados como formas variadas de sua manifestação. Kardec dividiu-a, para efeito metodológico, em duas grandes áreas bem diferenciadas: a mediunidade de efeitos físicos e a mediunidade de efeitos inteligentes (1). Dá-se o nome de manifestações físicas àquelas que se traduzem por efeitos sensíveis, tais como os barulhos, o movimento e o deslocamento dos corpos sólidos. Podem ser espontâneos ou provocados. Para que a manifestação seja inteligente é suficiente que prove um ato livre e voluntário, que exprima uma intenção ou responda a um pensamento (2).

RESUMO HISTÓRICO: A faculdade mediúnica, tanto a natural como a de prova, não é fenômeno recente, em que o Espiritismo encontra-se no ápice, mas ao contrário sempre existiu, desde os primórdios da existência do homem. Por meio dela os Espíritos diretores podem interferir na evolução do mundo, orientando-o, guiando-o, protegendo-o (3). O Professor J. H. Pires faz um estudo detalhado em seu livro “O Espírito e o Tempo”.

MEDIUNIDADE NATURAL E DE PROVA: A terminologia espírita adotada por Kardec é simples e precisa. Mas no tocante às duas áreas fundamentais dos fenômenos de efeitos inteligentes e físicos, seria necessário um acréscimo. Além da divisão fenomênica, tínhamos a divisão funcional. Possuímos, assim, duas áreas de função mediúnica, designadas como mediunidade generalizada e mediunato. A primeira corresponde à mediunidade que todos os seres humanos possuem, e a segunda corresponde à mediunidade de compromisso, ou seja, de médiuns investidos espiritualmente de poderes mediúnicos para finalidades específicas na encarnação. Correspondem à mediunidade estática e dinâmica na acepção de Crawford (1). 

MEDIUNISMO E MEDIUNIDADE: A expressão mediunismo, criada por Emmanuel, designa as formas primitivas de mediunidade que fundamentam as crenças e religiões primitivas. A diferença entre mediunismo e mediunidade está na conscientização do problema mediúnico. A Mediunidade é o Mediunismo desenvolvido, racionalizado e submetido à reflexão religiosa e filosófica e às pesquisas científicas necessárias ao esclarecimento dos fenômenos, sua natureza e suas leis (1).

PERGUNTAS:
1 - Qual o conceito de mediunidade?
2 - Faça um resumo histórico da mediunidade (10 linhas).
3 - Qual a diferença entre mediunidade natural e de prova?
4 - Relacione Mediunidade e Mediunismo.

BIBLIOGRAFIA:
(1) Pires, J. H. Mediunidade, caps. I a IV.
(2) Kardec, A. O Livro dos Médiuns, caps. II e III.
(3) Armond, E. Mediunidade, cap. III.

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O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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