29 de outubro de 2012

MATERIALIZAÇÕES

MATERIALIZAÇÕES LUMINOSAS - FOTO TIRADA NA MADRUGADA DE SÁBADO PARA DOMINGO ( 28/10/2012)

A MESMA FOTOGRAFIA, APOS PASSAR POR PROCESSO DE MELHORIA DA IMAGEM

27 de outubro de 2012

O PERISPÍRITO


O PERISPÍRITO
DENOMINAÇÕES DO PERISPÍRITO: há inúmeras, em várias épocas, conforme a Filosofia: — nas eras primitivas — Corpo-Sombra; no antigo Egito — ; para a Teosofia, Corpo Astral; segundo Paulo de Tarso, Corpo Celeste; para a Filosofia do Século XIX, Mediador Plástico; e, finalmente para o Espiritismo, é o Perispírito

NATUREZA E DEFINIÇÃO DO PERISPÍRITO: a natureza do fluido que forma o Perispírito ainda é inexplicável pela ciência, havendo inúmeras experiências feitas e outras em andamento, para a sua descoberta. Mas os cientistas, em regra, só tratam com Matéria...
— Como definição, temos a do Espírito Emmanuel, designando o Perispírito como “CAMPO ELETRO-MAGNÉTICO, EM CIRCUITO FECHADO, COMPOSTO DE GASES RAREFEITOS” (gases que se desfazem ou diminuem de intensidade).

ORIGEM DO PERISPÍRITO: é o próprio Espírito que extrai seu Perispírito do fluido universal do cada mundo, vindo de tal fluido a sua origem; por isso, há diferenças e mudanças do Perispírito, de acordo com a evolução de cada mundo ou de cada globo existente no Universo.

FUNÇÕES DO PERISPÍRITO: são quatro as principais funções, a saber:
1)  revestir o Espírito desencarnado, dando-lhe certa forma;
2)  intermediar o Corpo e o Espírito na encarnação;
3)  transmitir sensações do Corpo para o Espírito; e
4)  conduzir impressões do Espírito para o Corpo.

ORGANIZAÇÃO DO PERISPÍRITO: o Perispírito organiza-se com o fluido do mundo em que vive, e modifica-se, dependendo do ambiente em que se encontra, como alguém que muda de roupa, em razão do calor ou do frio etc.

DENSIDADE DO PERISPÍRITO: dependendo da evolução de cada Espírito, pode ser:
1)  de matéria mais quintessenciada, nos Espíritos evoluídos; e
2)  de matéria menos quintessenciada, nos Espíritos atrasados.

EM RESUMO:
1)  o Perispírito faz parte integrante do Espírito, como o Corpo faz do Homem;
2)  o Perispírito tem forma humana, quando aparece como Espírito encarnado;
3)  mas o Perispírito não é o Espírito, porque não tem o dom de pensar;
4)  o Perispírito é feito de matéria sutil, não tendo a consistência do Corpo;
5)  o Perispírito apresenta-se afetando os sentidos e toma todas as formas quando se dá a conhecer, mostrando-se até como se vivo fosse. 

Curso básico - CEI
 (1.º  ANO - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA)

14 de outubro de 2012

O Discípulo Anônimo


O Discípulo Anônimo

Narra João, o quarto cronista da Boa Nova, no capítulo 21, versículo 25 do seu Evangelho que: "Muitas outras coisas, porém, há ainda que fez Jesus; as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que nem no mundo todo poderiam caber os livros que delas se houvessem de escrever."
Marcos escreve em seu capítulo 9:37 a 39, a respeito da atitude de João ordenando a um homem que parasse de curar obsedados, em nome de Jesus, porque não pertencia ao círculo do Nazareno.
É Léon Tolstoi que realiza o resgate da personagem através da psicografia abençoada de Yvonne Pereira, narrando-nos que, mesmo muito jovem, aquele personagem era visto a seguir Jesus, onde quer que Ele se encontrasse.
Moreno, de olhos cinzentos e sonhadores, cabelos negros e abundantes que iam até à altura do pescoço, barba pequena, negra como a cabeleira, sempre tratada e limpa, vestia uma túnica de algodão azul escuro, alpercatas gregas e um manto marrom.
A tiracolo trazia, de um lado, um saco de couro de carneiro onde guardava, envoltos em retalhos de linho muito alvo, dois roletes de madeira, espécie de carretéis, um deles sempre suprido com papiros, utilizados para a escrita pelos intelectuais da época, conforme o uso grego, estiletes, sais coloridos e uma espécie de flauta, um pífano. Do outro lado, em outro saco trazia um alaúde.
Ele era visto sempre sozinho. Jamais falava e difícil seria dizer de sua nacionalidade. Poderia ser egípcio, não fosse a cor dos olhos. Talvez fosse mesmo grego, dadas as particularidades dos apetrechos para a escrita.
Seguindo Jesus, o moço do manto marrom procurava se sentar, no chão, ou em um banco improvisado com uma pedra, ou na soleira de uma porta e punha-se a escrever o que ouvia.
À noite, na pensão modesta a que se recolhesse ou no celeiro de alguma casa particular, ele desenrolava os papiros e, à luz de uma candeia de azeite, tudo relia. Estudava mesmo, até alta madrugada, fazendo anotações, comentários em outros retalhos de papiros ou peles de ovelhas, colecionando tudo caprichosamente. É como se, em sua mente, já se estivesse delineando algo que surgiria bem mais tarde, o livro.
Muito erudito, escrevia em grego, ou aramaico ou latim e por vezes, compunha versos, acerca do que ouvira e vira, pois mais de uma vez presenciou as extraordinárias curas realizadas pelo Meigo Rabi.
Ele estava presente, quando o chefe da sinagoga de Cafarnaum procurou Jesus, suplicando-lhe ir à sua casa, pois sua filha, menina de 12 anos, estava presa de febre violenta. Assistiu, assim, à cura da mulher portadora de terríveis hemorragias.
Jesus, então empurrado daqui e dali, aproximou-se tanto do jovem, nessa oportunidade, que o Seu manto lhe roçou o rosto. Emocionado, o moço tomou da ponta do manto e ali depositou um ósculo de veneração.
O Nazareno voltou-se, fitou-o em silêncio e pousou por um único instante, Sua mão sobre a cabeça do moço, abençoando-o. Os dois olhares se cruzaram. Nenhuma palavra foi pronunciada.
Logo mais, o alarido festivo anunciava que a filha de Jairo estava curada. Ali mesmo, o jovem retirou o tubo de estiletes, os carretéis com os papiros, os sais coloridos e escreveu sobre o que presenciara.
Alguns dias depois, estando em uma praça aguardando a vinda de Jesus, o moço começou a observar a quase multidão que também ali esperava. Por onde andariam Jesus e os apóstolos?
Possivelmente em outra localidade, esparzindo bênçãos. Mas ali, os doentes começaram a ficar impacientes. Havia gemidos de um lado, queixas de outro.
Finalmente, em torno do meio-dia, tomado de profunda compaixão, o moço se levantou da sombra da videira, onde estava assentado, desde o alvorecer, aproximou-se de um daqueles endemoninhados em convulsão. Colocou sua mão sobre a cabeça do pobre homem e exclamou:
"Em nome de Jesus Nazareno, o Filho de Deus vivo, retira-te deste homem e vai em paz!"
O doente ainda se rolou pelo chão, gritou roucamente. Finalmente, surpreso, parecendo acordar de um pesadelo, se ergueu, um tanto envergonhado, limpou a poeira da túnica e se foi. Estava curado.
O restante daquele dia foi dedicado todo a curas de obsedados. Parecia ser a especialidade daquele moço. Nos dias seguintes, ele continuou. Foi então que João, em presenciando a sua tarefa, lhe proíbe de continuar, visto não pertencer ao grupo de Jesus, não ser um dos apóstolos.
Estranhamente, não demorou muito a que o mesmo João retornasse a ele, desculpando-se humildemente e participando-lhe que continuasse no seu ministério. O próprio Mestre, informou, o autorizava, "mesmo não gozando ele da intimidade dos verdadeiros discípulos, pois reconhecia nele um amigo digno de confiança..."
Vieram depois os dias tristes da prisão e morte do Divino Amigo. Sete dias se tinham passado. O jovem acabara de escrever sobre as notícias da ressurreição tão falada. Cansado de escrever, de ler e de chorar, adormeceu e sonhou.
Sonhou que Jesus o visitava em seu pobre albergue, radioso, e lhe pedia que tratasse de curar também as almas, não somente os corpos, eis que essas são eternas.
Assim, o moço do manto marrom passou a atrair crianças e jovens para perto de si, através da música. Tocava melodias doces em sua flauta e, quando se via rodeado, dizia que se sentassem, porque ele tinha histórias muito lindas para contar. Histórias de um Príncipe que descera dos Céus.
E ele narrava o que vira, e ouvira. Depois declamava ou cantava seus versos que falavam das verdades eternas, revelando-se emérito professor e educador.
Durante o dia trabalhava remendando mantos e túnicas, carregando água, levando camelos e cavalos de estrangeiros a beberem e a serem lavados, carregando cestos de compras. Pela manhã e ao cair do crepúsculo, dava suas aulas.
Aos discípulos interessados presenteava uma cópia das suas anotações sobre o Nazareno e sua Boa Nova.
Quando reconhecia que seus ouvintes haviam assimilado as lições, partia para outras terras. Na sua velhice, foi visto na cidade dos Césares, ainda de olhos sonhadores, tocando velhas melodias em seu pífano, ou recitando e cantando lindos poemas ao som de seu alaúde. Poemas que falavam de um Príncipe que abandonara temporariamente as estrelas para ensinar aos homens a Lei de Amor.
Nunca ninguém lhe registrou o nome. Na juventude, chamavam-no "Moço". Na velhice, "avozinho".
Personagem grandioso, trabalhador da seara de Jesus, a ele se refere o Evangelho com rapidez. No entanto, seu nome está escrito no Livro dos Céus, pelo desempenho da grande tarefa: Amar a Deus, ao próximo e ao Evangelho do Mestre de Nazaré.

Bibliografia:
PEREIRA, Yvonne A. O discípulo anônimo. In:___. Ressurreição e vida. 2. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1965. cap.V.

12 de outubro de 2012

Os Princípios da Reforma Íntima


Os Princípios da Reforma Íntima

A Reforma Íntima é um processo que acontece através da mudança das nossas concepções, crenças e valores. Temos buscado incorporar novos valores através do conhecimento, da troca de experiências e da reflexão diária sobre nossos atos.
Os princípios nos auxiliam nas relações interpessoais equilibrando a nossa vida. Ao colocá-los em prática, deixamos de culpar os outros pelos nossos erros, aceitando que somos os únicos responsáveis. Além disso, tornamo-nos capazes de compreender cada pessoa dentro das suas limitações, vencendo a pretensão de tentar modificá-las para que correspondam aos nossos modelos de perfeição. Com isso, eliminamos o hábito de apontar continuamente os  defeitos dos demais.   Por fim, entendendo a complexidade de cada ser, aprendemos a perdoar. 
Esse novo proceder baseado na reestruturação interior traz paz à nossa vida e nos torna pessoas mais centradas. Graças a essa nova conduta derrotamos a nossa baixa estima e galgamos os degraus do autoconhecimento e da evolução espiritual.

São doze os Princípios da Reforma Íntima:

    I.         Princípio da vida futura e da evolução
   II.         Princípio da Responsabilidade:       
 III.         Princípio da neutralidade
IV.         Princípio do não-julgamento:
  V.         Princípio da valorização do ser 
VI.         Princípio da aceitação e da alteridade 
VII.         Princípio do perdão
VIII.         Princípio da harmonia 
IX.         Princípio do diálogo
  X.         Princípio  do autoconhecimento 
XI.         Princípio da autotransformação
XII.         Princípio do Amor

                                                            I.         PRINCÍPIO DA VIDA FUTURA E DA EVOLUÇÃO:
(A razão da nossa existência é a vida futura)  

Quem somos nós? O que estamos fazendo no Planeta? Qual a finalidade da nossa vida? Aqueles que acreditam que a existência humana é puramente material e que é mero produto do acaso, que o homem surgiu “do nada” e que voltará para “o nada”, pouca importância podem dar à própria vida.
Nós, no entanto, quando acreditamos que temos uma alma que sobrevive à morte do corpo físico. A vida futura é o centro dos ensinamentos de Jesus e, somente ela, justifica a moral. 
Se acreditamos que a alma sobrevive ao corpo e que a finalidade da nossa
existência é evoluir para chegarmos a perfeição, tudo adquire um novo significado para nós e passamos a ter um motivo para perseverar em nossa transformação. 
Sem a vida futura, a vida terrena não faz sentido.  
Para quê então, vivemos a vida corpórea? 
Para que possamos evoluir lutando pela nossa sobrevivência, trabalhando, relacionando-nos uns com os outros, etc.
Nosso Pai Celestial, criou-nos simples e ignorantes para que, por nossos próprios méritos, pudéssemos chegar ate a perfeição angelical.
A lei do progresso não existe apenas para o homem, pois todos os seres vivos, assim como a matéria, evoluem. Evoluem as plantas, os animais, os planetas.
A evolução da espécie humana, do homem das cavernas ao homem tecnológico, e deste ao homem ético que pratica a alteridade, demonstra a evolução do pensamento, da inteligência, do raciocínio humano, ou seja,  da sua alma.  A moral cristã, aponta-nos o caminho a seguir no nosso processo evolutivo. As dores, as dificuldades, as provações e privações, cumprem o papel de nos recolocar no caminho do bem regidos pelas Leis  Divinas. 

                                                                        II.         PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE:
(Sou o único responsável pela minha vida, pelas minhas ações e pelos meus sentimentos).

Ninguém é responsável pela minha tristeza ou alegria, pelo meu vício, pelo meu sofrimento. Da mesma forma, eu sou o único responsável pelas minhas aflições e angustias.
Não importa o que o outro faça de negativo ou positivo comigo, eu sou o único
responsável por deixar que tal ação repercuta em minha alma. Sou eu que deixo a tristeza entrar. Sou eu que permito que as situações materiais me perturbem. Mesmo que outro me induza a determinado ato, eu sou responsável pela minha decisão de seguir tal inferência. 
A maioria das situações que me levam ao sofrimento e ao estresse foram criadas diretamente por mim mesmo. As dívidas, as separações, os desentendimentos, por exemplo, são inteiramente desnecessários. Poderiam ser evitados se conduzimos nossas vidas como espíritos e não como seres do mundo, se buscarmos a riqueza espiritual e não o comodismo e comodidade do mundo material.
Muitas das situações que não foram causadas diretamente por mim, foram atraídas pelos registros que delas tenho em minha mente: O medo do desemprego o atrai, o ódio aproxima o ódio, a vingança atrai a vingança, a ganância convida o ganancioso que nos lesará, pensamentos são energias e atraem seres que compartilhem do mesmo interesse. A afinidade.
 Por isso, nós assumimos a responsabilidade de nossa vida, dos atos, vícios, sofrimento e também pela nossa recuperação, transformação e pela felicidade. 
Entendendo que somos responsáveis por tudo o que nos acontece, nós analisamos a nossa vida, observamos em que estamos errando e modificamos a nossa forma de pensar para atrairmos o bom, o belo, a paz, a tranqüilidade e a felicidade que almejamos.

                                                                             III.         PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE:
(Não sou responsável  pelo ato praticado  por outra pessoa e não me envolvo com esse ato, mesmo que praticado contra mim.)

O ato praticado por uma segunda pessoa é de sua inteira responsabilidade. Eu não sou responsável pelo que ela faz. Apenas responderei como co-autor desse ato, se, conscientemente a induzi a praticá-lo.  
Mesmo quando o ato é dirigido contra nós, devemos nos manter neutros como se cometido contra outra pessoa, porque o problema é de quem o comete e não nosso.  Ele responderá a Deus pelo seu ato. Não devemos, portanto, reivindicar para nós o direito de “cobrar-lhe” pelo que fez.  
Por exemplo, se alguém fala mal de nós, não devemos nos chatear. Sabemos quem somos. O que o outro pensa sobre nós, diz respeito unicamente a ele. A sua forma de ver as coisas, de perceber o mundo e, em conseqüência, a sua capacidade de julgamento está limitada à sua bagagem de experiências, vivências e conhecimentos, que compõem o que aqui vamos chamar de “reservatório moral”. Ele só pode nos perceber através desse reservatório que nada tem a ver conosco.
Todos têm o direito de pensar o que quiserem. Se o indivíduo quer fazer disso
motivo de escândalo, não é problema nosso. (“Os escândalos são necessários, mas ai daquele por quem venha o escândalo” Mateus 18:7)
Mahatma Gandhi dizia que não tinha necessidade de perdoar a ninguém, porque não se sentia ofendido com o que o outro fazia ou dizia contra ele.

                                                                        IV.         PRINCÍPIO DO NÃO-JULGAMENTO:
(O nosso “reservatório moral” só nos permite julgar a nós mesmos).

Conseqüência direta do princípio da neutralidade é o do não-julgamento. Eu percebo o mundo e as pessoas através do meu reservatório moral formado ao longo das minhas existências, pelos meus conhecimentos, pelas minhas concepções, pelos meus valores. Assim, a minha forma de perceber o que está fora de mim, está limitada  ao que eu sou, essa é a minha medida. 
Considerando que a minha medida somente pode servir para a percepção de mim mesmo, concluo que somente sou inteiramente justo quando julgo a mim e que sempre serei injusto no avaliação do próximo, mesmo que o faça positivamente.
Quando julgamos intimamente estamos absolvendo ou  condenando. E essa é uma tarefa que não nos compete, pois não temos o domínio da verdade. Mesmo Deus,  na sua magnanimidade, nunca nos condena dando-nos sempre a chance de reparamos o mal que praticamos Assim, adotemos como princípio não julgar a ninguém. Não julguemos nem a nós mesmos, pois desse hábito surge a culpa, sentimento negativo que nos paralisa a marcha. 
Podemos sim criar o hábito da autocrítica, ou seja, da análise objetiva da nossa forma de pensar e agir, sem julgamentos,  com o propósito de nos modificarmos e crescermos.

                                                                      V.         PRINCÍPIO DA VALORIZAÇÃO DO SER
(Valorizamos o indivíduo separando-o do ato que praticou ou pratica ).

Esse princípio nos sugere sempre separar o indivíduo (a quem não temos condições de julgar) do ato pernicioso ou vil praticado por ele.
 As nossas ações são reflexos do que aqui  chamamos de “reservatório moral”, ou seja, daquele conjunto formado pelos nossos conhecimentos, vivências, concepções e valores. Nossos atos estão circunscritos aos limites impostos  por esse conjunto de nossas conquistas individuais.
Não importa o que o indivíduo faça, que ato cometa, ele está fazendo o melhor que pode fazer, por isso não devemos julgá-lo. Ele está lutando para transpor seus próprios limites  adquirindo conhecimentos, analisando situações, sofrendo as conseqüências de suas próprias ações. Por que rebaixá-lo ao nível do seu ato?   
Isso não nos impede de termos uma opinião (segundo o nosso próprio “reservatório”) boa ou ruim do ato praticado. Por isso separamos o indivíduo do vício. 
Isso é valorizar o ser e não o seu ato. 
Quando  Jesus disse: “Se fôsseis cegos não teríeis pecado” ( Jo 9:41) quis nos
mostrar que a responsabilidade de cada um pelos seus próprios atos é proporcional ao seu conhecimento da Verdade.

                                                          VI.         PRINCÍPIO DA ACEITAÇÃO E DA ALTERIDADE
(Nada há de errado em mim, na minha vida, no mundo e no outro. Tudo acontece em perfeita consonância com o nível de evolução em que estamos. Aceitar essas condições, sem conformismo, implica compreendê-las como instrumentos para o nosso crescimento interior )

Os percalços da nossa vida, assim como todo o mal que há no mundo é reflexo do que somos. Se nada tivéssemos com o que está ao nosso redor, já não estaríamos nesse Planeta. 
A família (pai, mãe, filhos, cônjuge), a condição financeira, o status, o meio em que vivemos, a aparência física, enfim, tudo o que nos rodeia, constitui o “legado de Deus” para o nosso crescimento. Isso significa que é dentro desse campo, dentro desse limite, que devemos trabalhar as nossas dificuldades interiores, de nada adianta focar nossa atenção na vida do vizinho. Assim, recebemos a pobreza para aprendermos a viver com o essencial; recebemos a riqueza para aprendermos a dividir;  estamos no ultimo lugar na escala social para combatermos nosso orgulho; estamos no topo do mundo para testarmos nosso senso de justiça. E se precisamos vivenciar situações aparentemente adversas em nossa vida é porque ainda temos o que aprender com elas.
Nada está errado no mundo e na nossa vida, uma vez que são meros reflexos do que somos. Entender isso é o primeiro passo para nos motivarmos à mudança. 
Aceitar a mim mesmo, aceitar o mundo material, aceitar o outro.
Aceitar a mim mesmo como ser imortal em processo de evolução, portanto
marcado pelas imperfeições, mas que traz em seu interior, gravadas em sua essência espiritual, todas as virtudes e todas as leis divinas. Aceitar-nos implica também adequar-nos à forma como nos apresentamos nessa encarnação, entendendo que essa aparência física é necessária ao meu crescimento: gordo ou magro, feio ou bonito, alto ou baixo, deficiente físico ou não. Todas essas condições, assim como as da raça auxiliam-nos na quebra de paradigmas. A não aceitação dessas condições geralmente demonstra o nosso preconceito em relação a elas e o nosso orgulho por nos acharmos acima delas. 
A auto-aceitação significa nos aceitarmos, nos compreendermos e nos amarmos apesar de conscientes das nossas imperfeições e fraquezas. Somos imperfeitos como todos os demais habitantes do Planeta. E não há porque nos envergonharmos disso, porque também sabemos das nossas qualidades e da nossa finalidade na Terra que é lutar pelo nosso progresso 
Aceitar o mundo material, o planeta com suas condições adversas, as diferenças geográficas e culturais, os povos, as imposições econômicas; os grupos que fazem parte das minhas relações interpessoais (família, trabalho, escolha, vizinhos, etc.), entendendo que esse é o meu ambiente de trabalho, ou seja, o ambiente dentro do qual devo me transformar. Também dentro desse aspecto estão as minhas condições financeiras, a minha situação social e a minha nacionalidade, que são as minhas ferramentas e os meus instrumentos de autotransformação.
Quando aplicamos o  princípio da aceitação  às pessoas, grupos, comunidades,
religiões, culturas, etc. exercitamos a ética da alteridade, ou seja, exercitamos nossa capacidade de entender, valorizar, considerar e respeitar as diferenças, reconhecendo plenamente o direito do outro ser ele mesmo, uma individualidade, uma manifestação humana..
O princípio da aceitação e da alteridade  sugere que entendamos as pessoas com suas diferenças, aprendendo a amá-las como são, compreendendo o fato de que, como nós, toda a humanidade faz o melhor que pode, agindo de acordo com a sua evolução e, portanto, de acordo com sua compreensão da própria realidade física e espiritual. 
Assim, é absurdamente injusta a pretensão de moldá-las aos nossos conceitos para a nossa própria satisfação. Se cada um é produto de suas próprias vivências, como podemos pretender que o outro se modifique segundo o modelo que fixamos em nossa mente  e que é fruto do nosso próprio processo? À luz desse princípio o preconceito, de qualquer ordem, é inadmissível.
O  Princípio da aceitação e da alteridade  não é um discurso vazio e não significa contemplação, conivência, submissão. Longe disso, é uma proposta de ação, de reformulação de valores morais e compreensão das vicissitudes da nossa existência. 

                                                                                      VII.         PRINCÍPIO DO PERDÃO
(Entendendo e aceitando a limitação de cada um posso perdoá-los pelos atos praticados contra mim).

Praticando os princípios aprendemos a nos aceitar como somos, com defeitos e
limitações. Aprendemos a gostar de nós mesmos apesar de tudo. Perdoamo-nos então por não sermos perfeitos e passamos a vislumbrar as nossas qualidades. 
Assim também aprendemos a perdoar o nosso próximo, ou seja, os nossos
familiares, os nossos patrões, os nossos vizinhos, os nossos inimigos. Primeiro
entendendo que cada um faz o melhor que pode, considerando seu nível de
entendimento, de evolução. Segundo, percebendo que “o sentir ofendido” depende do que somos, de como enxergamos o mundo e as pessoas e não tem muito a ver com a ofensa em si. 
Enquanto não perdoamos, estamos sujeitos a nos recordarmos da ofensa muitas vezes e, a sofrer a cada recordação. 
O autoperdão é o ato de perdoar a quem quer que nos tenha feito algum mal traz-nos a viva sensação de paz que só a prática do bem pode nos proporcionar. 
Tendo perdoado o nosso adversário, conseguimos a paz interior. 
Agora, temos condições de ampliar nosso aprendizado e nossa autotransformação buscando a reconciliação. 
O perdão é unilateral (acontece dentro de nós), mas a reconciliação é o perdão mútuo. Liberta não apenas a mim, mas também ao meu desafeto. 
Sendo eu o agente dessa reconciliação, experimento a auto-satisfação com o meu progresso.

                                                                                  VIII.         PRINCÍPIO DA HARMONIA
(Os conflitos resultam do choque entre deficiências incompatíveis entre si).
 
Para eliminar os conflitos basta que eu trabalhe a minha própria deficiência.
A deficiência de alguém só nos incomoda quando não é possível  conciliá-la com uma das nossas deficiências.  Exemplo: os atos  do autoritário incomodam o orgulhoso, a rebeldia incomoda o autoritário, o crítico incomoda o inseguro e o vaidoso, o ocioso incomoda o impaciente, etc. 
Geralmente acreditamos que o atrito ocorre porque uma nossa virtude foi ferida por uma deficiência. Na verdade, a virtude nunca se sente ferida, lesada, ofendida (exemplo de Jesus, de Gandhi, etc.). 
Os atritos resultam do choque entre deficiências e, por isso, nos dão a oportunidade de percebermos a nossa própria limitação e de testarmos o nosso progresso. Ao invés de tentarmos  mudar  o outro para moldá-lo às nossas expectativas, olhemos para nós mesmos e busquemos descobrir porque determinada deficiência mexe tanto conosco. Descoberta a nossa dificuldade, trabalhemos por eliminá-la.
Se elimino a minha vaidade, já não me sentirei ofendido (a) pela crítica, mesmo que injusta e negativa. Se elimino o meu orgulho, não me ofenderei com os desmandos do autoritário.
A harmonia consiste em dizimar de mim, aquilo que me irrita no outro.  

                                                                                    IX.         O PRINCÍPIO DO DIÁLOGO
(A habilidade e disposição para ouvir intensamente e tentar compreender o outro é mais importante do que a capacidade de convencer, provar ou impor nossas idéias.)

Agimos no nosso dia a dia, individual ou coletivamente, com base em nossos valores, e estruturas psíquicas e emocionais. Quando diante de uma nova forma de pensar, diferente daquela à qual estamos acostumados, podemos nos sentir ameaçados em nossa identidade pessoal ou coletiva. Se isso acontece, ativamos nosso instinto de proteção e nos armamos contra aquele a quem passamos a considerar um adversário. No afã de convencer, provar ou impor nossas idéias, partimos para o embate.
E, quando nos faltam argumentos refugiamo-nos  no campo pessoal com agressões verbais ou apontando os defeitos que julgamos ter descoberto no outro.
O Princípio do Diálogo  propõe que, antes de qualquer coisa não nos sintamos ameaçados pelas idéias diferentes ou desconhecidas. devemos abrir nossa mente para o novo.
Entendamos que todos temos o que ensinar e que todos temos o que aprender. 
Assim, não importa quem seja nosso interlocutor devemos ouvir atentamente o que tem a nos dizer, analisando e ponderando sinceramente sobre sua mensagem, absorvendo aquilo que julgamos nos será útil.
O Princípio do Diálogo  propõe ainda que, não nos esqueçamos de que estamos conversando sobre idéias e que aí, em nenhuma hipótese, cabem observações pessoais sobre nenhuma das partes. Portanto, mantenhamos nossas divergências no campo das idéias sem levá-las para o pessoal. Trabalhemos o nosso orgulho respeitando o nosso semelhante, com a certeza de que, como nós, ele forjou a sua bagagem moral em várias encarnações, em múltiplas experiências e vivências e que, portanto, é um privilégio para nós  ter acesso a esse acervo.  
Se as divergências persistirem apesar das ponderações de todas as partes, sigamos respeitando nosso(s) interlocutor(es), convictos de que também é possível que a verdade não esteja com nenhum de nós.

                                                                      X.         PRINCÍPIO DO AUTOCONHECIMENTO
(Descobrimos a liberdade e a paz quando aprendemos a viver sem máscaras, sendo quem realmente somos).

No processo de aplicar os princípios  exercitamos o autoconhecimento, chave para a nossa mudança interior. 
Esse princípio convida-nos a tirar as nossas máscaras, a pesquisar o quanto do nosso comportamento é simples reflexo dos apelos materialistas da sociedade.  A descobrir os nossos mecanismos de fuga, a por em prática  o que realmente é parte da nossa personalidade descartando tudo o que agregamos à nossa maneira de ser por simples comodismo ou por medo de enfrentarmos a nossa própria realidade.
O autoconhecimento restaura a nossa autoconfiança e nossa auto-estima, pois, se de um lado sabemos o que não temos, de outro ficamos inteiramente a par da nossa potencialidade e das nossas qualidades. Por isso ele nos leva ao auto-amor, fundamental para que aprendamos a amar ao próximo.
Conhecendo quem somos e quem podemos vir a ser, ficamos em paz com nós mesmos. O autoconhecimento nos devolve o controle da nossa vida.

                                                                  XI.         PRINCÍPIO DA AUTOTRANSFORMAÇÃO
(Entendendo que todo apego é uma prisão, buscamos a liberdade na nossa Autotransformação).

Entendendo que nossos atos são reflexos do nosso “reservatório moral”, ou seja, do conjunto dos nossos conhecimentos, concepções, valores, vivências, compreendemos que para nos libertarmos dos nossos vícios não basta deixarmos de usar a droga ou  de praticar o ato vicioso, seja  ele qual for. 
Pelo contrário é preciso transformar o nosso próprio “reservatório” para que
não corramos mais o risco de voltar a praticar os mesmos atos. Assim, precisamos mudar os nossos valores, os nossos conceitos sobre a vida, sobre nós e sobre as outras pessoas.
Dominamos o vício através da abstinência, mas a dependência propriamente dita, aquela necessidade de buscar os vícios para viver, necessidade que se esconde no íntimo da nossa alma, esta nós só vencemos mudando toda a nossa estrutura: ética, moral, psíquica, emocional.
Eliminar tudo o que nos é prejudicial e buscar melhorar a cada dia.

                                                                                         XII.         PRINCÍPIO DO AMOR
(Entendendo que evoluir é capacitar-nos para o amor verdadeiro, resolvemos que é preciso seguir o roteiro proposto pela máxima  cristã “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”)

Sabemos agora que evoluir é aprender a amar, ou, em outras palavras, o processo de evolução é o processo de aprendizado do amor universal. Isso significa que, considerando o nosso nível atual de evolução, ainda não temos a mínima noção do que seja o amor universal e incondicional, apregoado pelo Cristianismo.
O amor verdadeiro, como todas as demais virtudes, não acaba e jamais regride para um sentimento menor como costumamos pensar. 
O amor verdadeiro não é exigente, não cobra, não impõe condições. Ele nos dá a mais perfeita compreensão da necessidade do outro e faz nascer em nossos corações o desejo sincero de que ele viva o que precisa viver para a sua própria evolução, ainda que isso signifique que devamos nos privar da sua companhia. Quem ama não encarcera, liberta.
Quando Jesus nos disse “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, ele estava nos dando a “fórmula” que nos leva ao aprendizado do verdadeiro amor. Primeiro aprendemos a amar a Deus encontrando-o na sua criação, percebendo a sua grandeza no ar que respiramos, no oceano, no calor do sol e no aconchego da lua, na beleza das plantas e no vigor dos animais. 
A partir daí experimentamos a maravilhosa sensação de nos percebermos como
Criação Divina, tal como o sol, tal como os planetas, tal como o universo. Criatura divina, diferenciada, individualizada: uma sem igual dentre bilhões de outros seres. A partir da percepção da grandeza dessa realidade, aprendemos a nos amar e, só assim, teremos condições de perceber e amar verdadeiramente a todos os nossos irmãos em Deus.
Tendo entendido e estando praticando o princípio da alteridade, cada dia mais  nos capacitamos para a vivencia do amor universal, em toda a sua plenitude, sem considerar as diferenças de qualquer natureza e ordem. O amor que transcende a raça humana, a natureza da Terra,  os seres vivos, abarcando o infinito cósmico, o conjunto da criação divina.
O amor é pois o princípio, o meio e o fim da nossa trajetória evolutiva! 

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Pensemos Nisso

O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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Vale a pena assistir

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Documentário Peixotinho

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Mensagem de Reflexão

"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel



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