Elevemos nosso pensamento ao plano maior, para entramos em comunhão
com o Criador , unindo-nos em sublime corrente de amor e serenidade, para que a
dor e aflição seja mitigada.
Esse convite à oração é em favor dos espíritos que retornam
ao plano espiritual em virtude do incêndio na boate Kiss em Santa Maria – RS, sendo
245 espíritos repatriados ao plano invisível e mais de 40 feridos.
Oremos em favor das famílias e de tantos irmãos que passam
por várias provações em sua vida, muitas invisíveis e imperceptíveis aos nossos
olhos. Rogamos amparo aos amigos celestes para que possam irradiar-lhes força e
perseverança para caminhar e crescer.
Desencarnes Coletivos – o que dizem os espíritos
É o
desencarne que ocorre em acidentes e catástrofes de toda sorte, que vitimam
pequeno ou grande número de criaturas. Ocorre
porque um grupo ou grupos de espíritos comprometidos com um mesmo débito ou com
débitos semelhantes, em reencarnações pregressas, se associam, ainda na
espiritualidade, antes do renascimento, com a finalidade de realizar
"trabalho redentor em resgates coletivos".
Por estar relacionado a experiências evolutivas, o desencarne coletivo é
previsto por entidades Benfeitoras Espirituais, que acolhem os desencarnantes
imediatamente, muitas vezes em postos de socorro por eles montados através da
vontade/pensamento, na própria região da catástrofe ou desastre.
O
resgate de nossas ações contrárias à Lei Divina, ao bem e ao amor pode ocorrer
de várias formas, inclusive coletivamente. O
objetivo, segundo "O Livro dos Espíritos", questão 737, é “fazê-lo
avançar mais depressa” e as calamidades “são freqüentemente necessárias para
fazerem com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor,
realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos”. Além
disso (questão 740), “são provas que proporcionam ao homem a ocasião de
exercitar a inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação ante a
vontade de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os sentimentos
de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo”.
E
assim, entendemos o sentimento de solidariedade que essas calamidades
despertam, auxiliando todos a desenvolver o amor. O importante para os mais
diretamente envolvidos, para que tenham o progresso devido, como está dito em
"O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo 14, item 9, é “não
falir pela murmuração”, pois “as grandes provas são quase sempre um indício de
um fim de sofrimento e de aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas
por amor a Deus”.
Nesta
frase selecionada no "O Evangelho Segundo o Espiritismo", está uma
informação de cabal importância: indício de aperfeiçoamento do espírito. E qual
seria o objetivo prático de tudo isso e como esses fatos atuam em nosso
progresso, com que finalidade?
A
resposta está na Lei do Progresso, que determina ao homem o progresso
incessante, sem retrocesso, no campo intelectual e moral; cada um há seu tempo,
seguindo seu ritmo próprio, sendo que “se um povo não avança bastante rápido,
Deus lhe provoca, de tempo em tempos, um abalo físico ou moral que o transforma”
("O Livro dos Espíritos", questão 783).
Como
vemos, o progresso se faz, sempre, e quando estamos atravancando-o, Deus, em
sua infinita bondade e justiça, lança mão de instrumentos que nos impulsionem à
frente. O objetivo é nos levar a cumprir a escala evolutiva, saindo de nossa
condição de Espíritos imperfeitos moralmente para a de espíritos regenerados,
até atingirmos a condição de Espíritos puros.
Essa
transposição de imperfeito moralmente para regenerado marca a atual fase de
transição que vivenciamos, plena de flagelos destruidores, de calamidades, de
acidentes com grande número de mortos.
Nos
evangelhos segundo Mateus, Marcos e João, há várias referências aos sinais
precursores de uma transformação no estado moral do Planeta, caracterizada pelo
anúncio de calamidades diversas que atingirão a humanidade e dizimarão grande
número de pessoas, para que, na seqüência, ocorra o reinado do bem, sejam
instituídas a paz e a fraternidade universal, confirmando a predição de que
após os dias de aflição virão os dias de alegria.
O
que é anunciado nessas passagens evangélicas não é o fim do mundo de forma
absoluta e real, mas o fim deste mundo que conhecemos, em que o mal
aparentemente se sobrepõem ao bem, e, como afirma Allan Kardec em "A
Gênese", capítulo 17, item 58, “o fim do velho mundo, do mundo governado
pela incredulidade, pelo cupidez e por todas as más paixões a que o Cristo
alude”.
Para
que esse novo mundo se instale ("A Gênese", capítulo 18), é
fundamental que a população seja preparada para habitá-lo. Para tanto, teremos,
todos nós, de equacionar alguns problemas de nosso passado, construindo nosso
progresso moral.
Não
há transformação sem crise, e catástrofes e cataclismos são crises que agitam a
humanidade, despertando-a para a solidariedade, a fraternidade, o bem.
Temos,
então, de ver a humanidade como “um ser coletivo no qual se operam as mesmas
revoluções morais que em cada ser individual” ("A Gênese", capítulo
18 item 12).
Nesse
contexto, a fraternidade será a pedra angular da nova ordem social, com o
progresso moral, secundado pelo progresso da inteligência assegurando a
felicidade dos homens sobre a Terra.
Para
que possamos habitar esse novo mundo, não temos de nos renovar integralmente.
Segundo Kardec ("A Gênese", capítulo 18 item 33), “basta uma
modificação nas disposições morais”, e, para isso, temos de equacionar débitos
do passado e nos conscientizarmos de nossa condição de espíritos imortais
perfectíveis, em fase de desenvolvimento de nossas potencialidades.
Como
forma de acelerar esse processo de modificação da disposição moral, a presente
fase é marcada pela multiplicidade das causas de destruição, até como forma de
estimular em nós o desenvolvimento de nossas potencialidades no bem, pois “o
mal de hoje há de ser o bem de amanhã. Somente a educação do Espírito poderá
libertá-lo do mal, dando-lhe condições de alçar os mais altos vôos no plano
infinito da vida. O importante em tudo isso é mantermos a serenidade, olharmos
para frente, divisarmos o futuro, pois “a marcha do Espírito é sempre crescente
e ascendente”. É preciso descobrir quanto bem se é capaz de fazer agora para
que o próprio crescimento não se detenha” (Portásio).
Em
todo ser humano, como ressalta o Espírito Clelie Duplantier, em "Obras
Póstumas", “há três caracteres: o do indivíduo ou do ente em si mesmo, o
do membro da família e o do cidadão. Sob cada uma dessas três fases, pode ele
ser criminoso ou virtuoso; isto é, pode ser virtuoso como pai de família e
criminoso como cidadão, e vice-versa”.
Além
disso, pode-se admitir como regra geral que todos os que se ligam numa
existência por empenhos comuns, já viveram juntos, trabalhando para o mesmo fim
e se encontrarão no futuro, até expiarem o passado ou cumprirem a missão que
aceitaram.
Essas
calamidades - se olharmos para elas sob o ponto de vista espiritual,
fundamentando nossa reflexão nos princípios da Doutrina Espírita - têm,
portanto, objetivos saneadores que, conforme Joanna de Ângelis, removem as
pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera e significam a realização da
justiça integral, pois a Justiça Divina, para nosso reequilíbrio, recorre a
métodos purificadores e liberativos, de que não nos podemos furtar.
Assim,
tocados pelas dores gerais, ajudemo-nos e oremos, formando a corrente da
fraternidade e estaremos construindo a coletividade harmônica, sempre lembrando
a advertência do Espírito Hammed: “a função da dor é ampliar horizontes para
realmente vislumbrarmos os concretos caminhos amorosos do equilíbrio. Como o
golpe ao objeto pode ser modificado, repensa e muda também tuas ações,
diminuindo intensidades e freqüências e recriando novos roteiros em sua
existência”. Desse modo, estaremos utilizando nossos problemas como ferramenta
evolutiva, não nos perdendo em murmurações, mas utilizando nosso livre-arbítrio
como patrimônio.
O
progresso de todos os seres da criação é o objetivo de tudo que acontece. Tenhamos
a consciência desperta e procuremos entender o mundo à nossa volta, cientes de
que a solidariedade é o verdadeiro laço social, não só para o presente, mas,
como está em "Obras Póstumas", “estende-se ao passado e ao futuro,
pois que os mesmos indivíduos se encontram e se encontrarão para juntos seguirem
as vias do progresso, prestando mútuo concurso. Eis o que faz compreender o
Espiritismo pela eqüitativa lei da reencarnação e da continuidade das relações
entre os mesmos seres”.
E
mais: Graças ao Espiritismo, compreende-se hoje a justiça das provações desde
que as consideremos uma amortização de débitos do passado. As faltas coletivas
devem ser expiadas coletivamente pelos que juntos as praticaram, e os mentores
estão sempre trabalhando, ajudando a todos nós, reunindo-nos em grupos de forma
a favorecer a correção de rumo, amparando-nos e nos fortalecendo para darmos
conta daquilo a que nos propomos, além de nos equilibrarem para podermos
auxiliar o outro com nossos pensamentos positivos, nossos.
Fonte:Yahoo
groups