INTELIGÊNCIA E INSTINTO
INSTINTO: para os filólogos,
caracteriza-se como fator inato de comportamento, mostrando-se por atividades
elementares e automáticas; forças que atuam, embora de modo inconsciente, mas
com finalidade precisa e independente de qualquer aprendizado. EXEMPLOS:
instinto de sucção (mamar) dos mamíferos irracionais; instinto de migração de
certas aves (clima); instinto de conservação (busca de comida, defesa dos
filhotes); instinto sexual (perpetuação da espécie — acasalamento) etc. POR QUE
É QUE O ANIMAL NADA, SEM JAMAIS TER TIDO AULA DE NATAÇÃO? POR QUE O BEZERRO, O
CABRITO, O CAVALO, AO NASCER, TÃO LOGO SE PONHA DE PÉ E SINTA FOME, PROCURA O
ÚBERE DA MÃE PARA MAMAR? ....
INTELIGÊNCIA: para os filólogos,
é o mesmo que intelecto, sendo este a faculdade de conhecer, através das
impressões recebidas pelos sentidos; percepção ou capacidade de compreender e
adaptar-se a situações novas; poder de reestruturar idéias recebidas. A INTELIGÊNCIA FAZ O HOMEM PARTIR DO
CONHECIDO PARA O DESCONHECIDO. PELA SUA INTELIGÊNCIA, O HOMEM DOMINA A FERA E
CONSTRÓI O PROGRESSO. PELA INTELIGÊNCIA, MELHOR DISTINGUE O BEM DO MAL, O JUSTO
DO INJUSTO.
RAZÃO E PAIXÃO: razão é a
faculdade de conhecer o real, por oposição ao que é aparente ou acidental
(sentido filosófico). A razão está inserida na inteligência, porém chega mais
longe, porque leva o homem a estabelecer relações lógicas e atingir o bom
senso, que se traduz também como lei moral ou justiça. Por seu lado, a paixão, dentre outros sentidos,
representa a emoção exasperada ou elevada a grau tão intenso, que se sobrepõe à
razão. A paixão desenfreada ultrapassa os limites da lógica, podendo levar à
parcialidade, ao fanatismo, “à cegueira mental”. O homem, dotado da inteligência, não fazendo bom uso da razão, corre o risco de matar ou
morrer, pelo descontrole da paixão.
INTELIGÊNCIA E MATÉRIA: esses elementos são independentes; um não depende do
outro. Inteligência e matéria
independem uma da outra: o corpo pode existir sem inteligência. Todavia, a
inteligência só se manifesta através da matéria. É o Espírito que permite inteligência
à matéria animal. VEJAMOS A MATÉRIA, RESUMIDAMENTE, NOS REINOS DA NATUREZA:
a) O
mineral — aqui o ser é inanimado,
formado apenas de matéria e sem vitalidade. (A água se move pelo declive da
terra, não por si mesma). O mineral não tem inteligência; é corpo bruto: a
pedra, por exemplo.
b) O
vegetal — aqui, o ser formado de
matéria é dotado de vitalidade, mas também sem inteligência. Exemplo: uma
planta, um arbusto. Aqui, por vezes, o instinto se manifesta: a flor abre-se ao
sol; fecha-se à chuva; a planta procura o claro; outra procura a sombra etc.
c) O
animal — quando ser irracional e em
profundo atraso, embora dotado de vitalidade, não é pensante, não é dotado de
inteligência. Exemplo: certos moluscos, répteis etc. Há, entretanto, animais,
como o macaco, o papagaio, o cachorro, o cavalo que, bem treinados, desenvolvem
rudimentar inteligência.
d) O
homem — é, por excelência, o ser
pensante, animado, formado de matéria e dotado de vitalidade, munido do
princípio inteligente, com faculdade de pensar. Só o homem desenvolve PENSAMENTO CONTÍNUO, PARTINDO DO
CONHECIDO PARA DESCONHECIDO E CHEGANDO À RAZÃO, PELA INTELIGÊNCIA.
EM SUMA: INSTINTO —
inteligência protetora, não-racional, emana da Justiça Divina. INTELIGÊNCIA — atributo da alma; ato de
vontade, refletido, premeditado, pensado.
(Apostila
do Centro Espírita Ismael)