LEI
DO TRABALHO
NECESSIDADE DO TRABALHO COMO LEI DA NATUREZA: já aprendemos que a
Lei da Natureza, ou Lei Natural, ou Lei Divina, ou Lei de Deus, é aquela que
não depende da vontade do homem para a sua existência. Assim, as satisfações das necessidades do homem,
sejam eles brutos ou ignorantes, sejam inteligentes ou cultos, pobres ou ricos,
somente se realizam pelo trabalho de
alguém ou da própria Natureza. A
grandeza moral do trabalho está em cada um vivendo pelo seu próprio esforço braçal
ou intelectual. O trabalho é uma Lei Natural, imutável, como Deus a fez.
O TRABALHO NOS DOIS PLANOS DA VIDA — MATERIAL E ESPIRITUAL: quando,
na Questão 675, de O Livro dos Espíritos,
se pergunta se devemos entender por trabalho apenas as ocupações materiais, o
Plano Espiritual responde: “Não; o
Espírito também trabalha, como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho”.
Desta forma, materialmente, tanto trabalha o pescador, como o mecânico, ou o
aviador, ou o motorista, ou o padeiro, ou o lavrador, ou a dona-de-casa
(cuidando do lar e preparando alimento para a família). Entretanto, no plano espiritual, por trás de cada ato
nosso, há o trabalho dos Espíritos, trazendo luz e inspiração. As grandes e
pequenas obras do intelecto (que não decorrem da matéria-prima física) —
inventos, descobertas, grandes livros que mudaram o curso da História — são
emanados do Espírito, são trabalhos realizados na esfera da ação espiritual.
FINALIDADE DO TRABALHO IMPOSTO AO HOMEM: sendo o trabalho uma
exigência da Natureza, verificando-se que até os animais irracionais trabalham
para o seu sustento (conservação) e para o próprio equilíbrio natural (para o
renovar das espécies), devemos aprender que, para o homem o “trabalho é conseqüência de sua natureza corpórea: serve
como expiação de débitos passados, assim como para a conservação de seu corpo,
e também como meio de aperfeiçoar a inteligência, pelo aprendizado,
desenvolvendo seu pensamento. Mesmo aquele que possui bens suficientes para
viver sem “verter o suor de seu corpo”, sem dúvida, tem o dever moral de ser útil ao semelhante e, fazendo-o, cumpre a
Lei Natural do Trabalho.
LIMITE DO TRABALHO E NECESSIDADE DO REPOUSO: ensinam os Espíritos
que, também fazendo parte da Lei da Natureza, “o repouso serve para reparar as forças do corpo, e é necessário para
deixar um pouco mais de liberdade à inteligência, que deve elevar-se acima da
matéria”. Mostram, ainda, os Espírito que “o limite do trabalho é o limite das forças; não obstante, Deus dá
liberdade ao homem”.
EXPLORAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM NO TRABALHO: a consciência ponderada
do ser humano espiritualizado, mais evoluído, repele a exploração do homem pelo
homem, pela ganância, pelo egoísmo, pelo prazer; repele até a exploração
excessiva dos animais, levando-os à exaustão. Aprende-se com os Espíritos que é
ação maléfica (contrária à Lei de
Deus) a do homem que tem poder e, por
isso, impõe excesso de trabalho aos seus inferiores.
O TRABALHO PARA UM
MATERIALISTA E UM SANTO DA IGREJA: segundo Karl Marx, filósofo
materialista, o homem, com o seu
trabalho, sua ação sobre a Natureza, transforma esta e também a si mesmo.
(Não teria sido inspirado pelos Espíritos?). Para Santo Agostinho, grande filósofo da Igreja, Espírito de alta
hierarquia, o trabalho desenvolve no
homem, e uma só vez, as qualidades do coração e as da inteligência.
(Parte integrante da apostila “Curso
Básico Educação Mediúnica” - Centro Espírita Ismael)