“O 12º”
Projeto para a realização de um
curta-metragem
Campanha em Defesa da
Desmotivando a Prática do Suicídio
Roteiro: Cristiane Miranda Bahia Araújo
SINOPSE |
A história de “O 12º” relata uma série de conflitos vividos por Ricardo, um jovem empresário de 39 anos, casado, enfrentando as intempéries advindas da falência de sua empresa. Em acréscimo aos problemas na área dos negócios, Ricardo não encontra o apoio que esperava por parte da esposa que tanto ama. Esta o pressiona para que encontre rápido uma forma de resolver toda a questão financeira em declínio, mas em seguida decide abandoná-lo, por não suportar a mudança brusca do padrão de vida que mantinham. Após séria discussão com dois fornecedores em seu escritório e também novamente com a esposa, em casa, Ricardo não consegue apagar de sua mente a lembrança rude das palavras que lhe foram dirigidas: “- Você é uma farsa!... um fracassado!” Completamente confuso e atordoado, Ricardo permite que um sentimento auto-destrutivo tome grandes proporções em seu íntimo e passa a acreditar que a única saída que possui é o suicídio; uma solução desesperada para fugir de todos os seus problemas, porém, a visita inesperada de uma linda jovem faz com que ele mude de idéia. Um final surpreendente faz Ricardo repensar os reais valores que possui e as possibilidades futuras que a vida pode lhe oferecer. |
OBJETIVOS |
Objetivo Geral: - Filmagem e realização de um curta-metragem com duração de 15 minutos, a partir do roteiro "O 12º", a ser produzido na cidade de Belo Horizonte. Objetivos Específicos: - Proporcionar profunda reflexão sobre valores existenciais; - demonstrar através de um curta-metragem, com base em uma história possível de ocorrer em nosso cotidiano, que apesar da vida apresentar obstáculos difíceis de serem transpostos, sempre há uma razão para continuar tentando encontrar um caminho que possa levar qualquer um à uma vida mais segura emocionalmente, e que o suicídio não seria, de forma alguma, uma alternativa real e sensata; - proporcionar o acesso gratuito do curta-metragem à grande parte da população, principalmente em instituições filantrópicas, emissoras de televisão, salas de cinema e da participação em festivais, iniciativa que contribuirá positivamente para campanhas de defesa à vida; - envolver todas as camadas da população, incluindo especialmente o público jovem, adulto e de 3ª idade. |
JUSTIFICATIVA |
O que me levou a propor o presente projeto foi, principalmente, a omissão social em torno de tão relevante assunto: o suicídio. Aos poucos, isto está mudando. Em reportagem de 30/08/2006, “Suicídio agora é caso de saúde pública”, os índices mostram que o suicídio cresceu no Brasil entre os anos de 1994 e 2004. O Ministério da Saúde divulgou amplo e inédito estudo com estratégias de prevenção. Isso inclui a criação de um site na Internet. www.febnet.org.br/campanhas (menu "Defesa da Vida"). "Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) 1 milhão de pessoas põem fim à própria vida todos os anos, mais do que as pessoas que morrem em assassinatos ou vítimas de guerra. Isso significa que ocorre um suicídio em alguma parte do planeta a cada 40 segundos. As estatísticas são mais altas nos países bálticos e na Europa Oriental, onde cerca de 40 pessoas em cada 100 mil se matam a cada ano. A OMS diz que as estatísticas podem ser reduzidas se houver maior esclarecimento público e vontade política. Hoje o Suicídio é encarado como um ‘problema de saúde pública’ e representa 1,5% do custo total das doenças para a sociedade", disse José Bertolote, especialista da OMS em saúde mental. Em outro site, de acordo com estatísticas sérias, segundo o Dr. Rubens Pitliuk1: - O provérbio "cão que ladra não morde", não existe em suicídio. Pelo contrário, 90% de quem tenta, avisou antes; - 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva; - qualquer distúrbio (depressão, ansiedade, psicose, neuropsiquiátrico mais álcool etc.), aumenta o risco de suicídio. A vida agitada do século XXI tem proporcionado imensos desajustes ao homem, provocando stress, depressão e outras anomalias no meio social. Com certeza, um filme sério, que traga alertas significativos em torno da responsabilidade humana pela manutenção sadia da existência, pode colaborar enormemente para com a sociedade em termos de ampliação da consciência, no que tange ao amor-próprio, ao respeito pela vida e à responsabilidade familiar e social. Uma reflexão madura será impulsionada por uma história que revela caminhos positivos e soluções racionais para a conquista de si mesmo em meio às inúmeras dificuldades que se apresentam nessa bendita caminhada terrestre. Só pelo simples fato de trazer uma luz de esperança ao ser humano, acredito que este projeto se justifica, principalmente, porque está baseado em fatos reais do nosso cotidiano. Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pela Câmara dos Médicos da Alemanha. |