3 de janeiro de 2011

PARÁBOLA DO ADMINISTRADOR INFIEL




PARÁBOLA DO ADMINISTRADOR INFIEL

"Disse Jesus aos discípulos: Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como esbanjador dos seus bens. Chamou-o e perguntou-lhe: que é isto que ouço dizer de ti? Dá conta da tua administração; pois já não pode mais ser meu administrador. Disse o administrador consigo: Que hei de fazer, já que o meu amo me tira a administração? Não tenho forças para cavar; de mendigar tenho vergonha. Eu sei o que hei de fazer para que, quando for despedido do meu emprego, me recebam em suas casas. Tendo chamado cada um dos devedores do seu amo, perguntou ao primeiro: Quanto deves ao meu amo? Respondeu ele: Cem cados de azeite. Disse então: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta. Depois perguntou a outro: E tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta. E o amo louvou o administrador iníquo, por haver procedido sabiamente; porque os filhos deste mundo são mais sábios para com a sua geração do que os filhos da luz. E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas das iniquidades, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos. Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito. Se, pois, não fostes fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer a um e amar a outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas".
(Lucas, XVI, 1-13)
1 - CAIRBAR SCHUTEL
O sentido oculto desta parábola visa a estas duas qualidades, pelas quais se reconhece a bondade ou a maldade do homem: fidelidade e infidelidade. Fidelidade é a constância, a firmeza e a lealdade com que agimos em todos os momentos da vida; na abastança como na pobreza, nas eminências dos palácios como na humanidade das choupanas, na saúde como na enfermidade, e até nos umbrais da morte como no apogeu da vida.
O apóstolo Paulo, demonstrando sua lealdade, sua constância, sua fidelidade, sua firmeza de caráter, dizia: "Quem me separará do amor de Cristo?" A fidelidade é a pedra de toque com que se prova o grau do caráter do homem. É fiel nos seus deveres? Tem forçosamente todas as qualidades exigidas ao homem de caráter: reconhecimento, gratidão, indulgência, caridade, amor, porque a verdadeira fidelidade não se manifesta com exceções ou preferências. Aquele que caminha para se aperfeiçoar em tudo, obedece à sentença de Jesus: "Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celestial".
Pelo que se conclui: expondo a parábola, Jesus teve por fim exortar seus discípulos a se aplicarem nessa virtude, que se chama fidelidade, para que pudessem um dia representá-la condignamente, tal como se manifesta nos Céus. Como tudo na Natureza e como tudo o que se faz mister para a perfeição, quer no plano físico ou na esfera intelectual e moral, a fidelidade vai-se engrandecendo em nós, à proporção que nela nos aperfeiçoamos. Não a adquirimos de uma só vez em sua plenitude, mas paulatinamente, gradativamente. E aquele que já a possui em certo grau, como o "administrador infiel" da parábola, faz jus à sua benevolência divina.
Pelo estudo analítico da parábola vemos que o administrador foi acusado por alguém, ou por outra, foi denunciado como esbanjador dos bens de seu patrão, pelo que este resolveu chamá-lo à ordem, perguntou-lhe: "O que quer dizer esta denúncia que tive de ti? Dá conta da tua administração; pois dessa forma não podes mais ser meu empregado". Pela prestação de contas verificou-se não ter havido esbanjamento, mas sim facilidade em negócios, que prejudicaram o patrão. O prejuizo constava de vendas feitas sem dinheiro e sem documentos: cem cados de azeite e cem coros de trigo. Tanto assim que, legalizadas as contas, com as letras correspondentes ao valor de cinquenta cados de azeite e oitenta coros de trigo", "o amo louvou o administrador iníquo por haver procedido sabiamente.
E salientando a seus discípulos a boa tática comercial do empregado que não só garantia a empresa que lhe fora confiada, mas também constituía um bom meio de granjear amigos, disse-lhes: "Granjeai amigos com a riqueza da iniquidade, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos". É o mesmo que dizer: auxiliai, com as vossas sobras, os que têm necessidade e sede também indulgentes para com os pecadores não lhes imputando o mal que fazem; mas antes, ao que devem cem cados de mal, mandai-o escrever só cinquenta, e, ao que deve cem coros de erros, mandai-os escrever oitenta; mas observai-os, que precisam trabalhar para resgatar essa dívida.
Fazei como fez o administrador infiel, assim chamado pelos seus acusadores, mas que, na verdade, procedeu sabiamente "porque quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito". "Se não fostes fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio quem vos dará o que é VOSSO?". As riquezas da iniquidade são os bens materiais, dos quais não somos mais que depositários, são riquezas injustas e não são NOSSAS, porque não prevalecem para a OUTRA VIDA.
O que é NOSSO são os bens incorruptíveis, dos quais Jesus falou também a seus discípulos, para que os buscassem de preferência, porque "os vermes não os estragam, a ferrugem não as consome, os ladrões não os alcançam nem a morte os subtrai". Os discípulos, - como têm obrigação de fazer, todos os que querem ser discípulos de Jesus - deveriam servir somente a Deus, que não é o AMO, não se escravizando a qualquer inconsciente endinheirado ou pseudo-sábio que lhe queira dominar a consciência: não se pode servir a Deus e a Mamon!
Conclui-se de tudo o que acabamos de ler, que o título de infiel, dado ao administrador, foi mal aplicado, torcendo por completo o sentido que Jesus deu à mesma parábola. A palavra divina, por ser falha quando de humana interpretação, faz-se mister que recorramos às entidades superiores do espaço, para que lhe compreendamos sempre o sentido em Espírito e Verdade.
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2 - EM BUSCA DO MESTRE - PEDRO DE CAMARGO (VINÍCIUS)
Sintetizemos a parábola, interpretando os seus personagens: 
O amo ou proprietário: Deus.
O mordomo infiel: o homem.
Os devedores beneficiados: nosso próximo, os sofredores em geral.
A propriedade agrícola: O mundo que habitamos.
Moralidade: o homem é mordomo infiel porque se apodera dos bens que lhe são confiados para administrar, como se tais bens constituíssem propriedade sua. Acumula esses bens, visando exclusivamente a proveitos pessoais: restringe sua expansão, assenhoreia-se da terra cuja capacidade produtiva delimita e compromete. Enfim, todo o seu modo de agir com relação à propriedade que lhe foi confiada para administrar, é no sentido de monopolizá-la em benefício próprio, menosprezando assim os legítimos direitos do Proprietário.
Diante de tal proceder irregular, o Senhorio vê-se na contingência de demiti-lo. Essa exoneração, que não é lavrada a pedido, consuma-se com a morte. Todo o Espírito que desencarna é um mordomo despedido do emprego. A parábola figura um deles, cuja prudência é motivo de elogios. É aquele que, sabendo que ia ser despedido, e que nada poderia levar consigo, nem lhe assistia tampouco o que alegar em seu abono diante da demissão, procura, com os bens alheios ainda em seu poder, prevenir o seu futuro. E, como faz, granjeia amigos com a riqueza da iniquidade, isto é, lança mão dos bens acumulados, que representam a riqueza do Amo sob sua guarda, e, com ela, beneficia os vários devedores, cuja amizade, de tal maneira consegue conquistar!
E o Amo (DEUS) louva a ação do mordomo (homem) que assim procede, pois esse a quem ele aqui no mundo beneficiaria serão aqueles que futuramente o receberão nos Tabernáculos eternos (páramos celestiais, céus, espaço, etc.). O grande ensinamento desta importante parábola está no seguinte: Toda riqueza é iníqua. Não há nenhuma legítima no terreno das temporalidades do século. Riquezas legítimas ou verdadeiras são unicamente as de ordem intelectual e moral: o saber e a virtude. Não assiste ao homem o direito de monopolizar a terra, nem de açambarcar os bens que dela derivam.
Seu direito não vai além do usufruto. Como, porém, todos os homens são ainda egoístas e querem monopolizar os bens terrenos em proveito exclusivo, o Mestre aconselha, com muita justeza, que, ao menos, façam como o Mordomo Infiel: Granjeiem amigos com esses bens dos quais ilegalmente se apossaram, reduzindo, assim, o débito dos que, nesta existência, resgatam culpas. A parábola em apreço contém, em sua essência, transcendente lição de sociologia, encerrando um libelo contra a avareza, e belíssima apologia da liberalidade e do altruísmo, virtudes cardiais do Cristianismo.
Obedecem ao mesmo critério acima exposto, estes outros dizeres: Quem é fiel no pouco também será fiel no muito. Se não fostes fiel nas riquezas injustas, quem vos confiará as legítimas? E se não destes boas contas do alheio, quem vos dará aquilo que se tornará vosso? É claro que a riqueza classificada como sendo o "pouco", como sendo a iníqua e alheia é a que consiste nos bens materiais; enquanto que, a riqueza reputada como sendo o muito, a legítima e a que constitui propriedade inalienável é aquela representada pêlos predicados de caráter, pela virtude, numa palavra, pela evolução conquistada pelo Espírito no transcurso das existências que se sucedem na eternidade da vida.
A terra constitui propriedade de ninguém: é patrimônio comum. E, como a terra, qualquer outra espécie de bens, visto como toda a riqueza é produto da terra. Ao homem é dado desfrutá-la na proporção das suas legítimas necessidades. Tudo que passa daí é uma apropriação indébita. Não se acumula ar, luz e calor para atender aos reclamos do corpo. O homem serve-se naturalmente daqueles elementos, sem as egoísticas pretensões de entesourar.
O testemunho eloquente dos fatos demonstra que o solo quanto mais dividido e retalhado, mais prosperidade, mais riquezas e felicidade assegura aos povos e às nações. De outra sorte, comprova também que a causa fundamental das guerras — esse flagelo, essa expressão de barbárie, selvageria e bruteza — está na ambição e na megalomania de possuir e dominar o mundo, como se este pudesse constituir propriedade do homem.
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3 - PAULO ALVES GODOY
Esta parábola de Jesus tem merecido as mais desencontradas interpretações no decurso dos tempos pelo fato de, aparentemente, encerrar uma apologia à desonestidade e uma consagração à fraude.
Muitos supõem que o fato de Jesus recomendar que se deva "grangear amigos, com o dinheiro da injustiça", representa um incentivo à conquista de fortunas ilícitas, pois, afIrmam: "uma vez que se faça amigos com aquilo que é contraído desonestamente, não haverá maiores problemas".
Ninguém ignora, entretanto, que no Evangelho não existe nada dúbio, e que não é esse o espírito do ensinamento contido na parábola.
O mordomo infiel foi descoberto na prática de atos de desonestidade e, como decorrência, viu-se na iminência de perder o seu cargo. Agindo com verdadeiro espírito de previsão, ele achou que o caminho mais acertado, uma vez que já havia cometido o erro, seria aquele de grangear amigos, para que estes, quando ele estivesse privado da mordomia e na condição de penúria, o ajudassem como amigos.
Chamando todos os devedores do seu senhor, reduziu as dívidas de cada um, e o senhor, ao tomar conhecimento da sua atitude desleal e infiel, admirou-se de sua prudência. Jesus por sua vez esclareceu que "os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz".
Qual será a linha divisória entre os bens adquiridos legítima ou ilegitimamente?
O apóstolo Tiago, em sua Epístola Universal, assevera:
"O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram, e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e por vós foi diminuído, clama." (Tiago, 5:3-4)
O usurpador dos bens do próximo tanto é aquele que rouba ostensivamente, como aquele que, no dizer judicioso de Tiago: "diminue o salário dos seus trabalhadores", locupletando-se com um patrimônio que poderia ter mitigado fome, proporcionando saúde, bem-estar, educação e até estancado lágrimas.
Tiago preconiza que, se o ouro ou a prata dos nossos tesouros materiais se enferrujarem, a ferrugem clamará contra nós. Ferrugem essa causada pela estagnação da riqueza, pela avareza, pela falta de uma aplicação sadia, que venha a beneficiar a coletividade; ferrugem simbolizada nas pessoas que mercantilizam com seus dons e com sua inteligência; ferrugem representada pelo saber, pelo conhecimento, que muitas pessoas guardam, egoisticamente, apenas para si.
Um indivíduo que, sem conhecer os seus reflexos no mundo espiritual, tenha adquirido uma fortuna ilegítima e resolve por um paradeiro em seu erro, obviamente poderá reduzir o clamor de que fala Tiago, e minorar as conseqüências do desajuste que sofrerá nos planos espirituais, tomando como exemplo o feito do publicano Zaqueu, (Lucas, 19:1-10), que, ao receber em seu lar a visita de Jesus, decidiu-se espontaneamente a repartir com os pobres metade da sua fortuna e a restituir quatro vezes mais às pessoas a quem havia espoliado.
Zaqueu fez como o mordomo da parábola: grangeou amigos com o dinheiro que havia acumulado através da prática da injustiça, e, quando se dispôs a reparar a falta, Jesus o elogiou, dizendo: "Zaqueu, hoje entrou a salvação em tua casa!"
A Parábola do Rico e de Lázaro, (Lucas, 16: 19-31), nos revela as conseqüências funestas com que se depara um Espírito que "não soube ser prudente, grangeando amigos com as riquezas contraídas com a prática da injustiça": o rico da parábola não encontrou amigos nos "tabernáculos eternos", nem para "molhar o dedo na água e refrescar a sua língua":
Ele não amparou Lázaro, não procurou ajudá-lo a encontrar meios de minorar as suas dores, e, como decorrência, após ultrapassar o limiar do túmulo, não obteve permissão para que Lázaro, que habitava "os tabernáculos eternos", viesse aplacar as atribulações que o acometiam.
O homem que Deus situa na Terra, cumulado de todas as prerrogativas, desfrutando das facilidades da saúde, da paz, da educação, dos benefícios do instituto familiar, mas que malbarata todos esses valores, simboliza o Mordomo Infiel, esbanjando os talentos que Deus, nosso Pai, lhe confiou.
Entretanto, como o filho deste século é mais prudente do que os filhos da luz, esse mordomo infiel poderá auxiliar o seu próximo, minorando seus sofrimentos, ajudando-o, desta forma, a ter mais força para levar avante a sua tarefa.
O mais apreciável bem que poderíamos fazer ao nosso semelhante, é, ajudá-lo no processo de auto-iluminação. A criatura esclarecida consegue evitar desvios e furtar-se à prática de atos danosos, que levam a contrair novas dívidas perante a Justiça Divina. Porisso, proclamou o Mestre:
"Conheça a verdade e ela vos fará livres".
Se alguém contribuir para elucidar um Espírito encarnado, iluminando a sua senda e proporcionando-lhe maiores condições de poder discernir o bem do mal, dando-lhe condições de diminuir suas dívidas para com a Justiça Divina, estará atuando como o Mordomo Infiel, que, apesar de ter esbanjado os talentos que Deus lhe confiou, soube ser diligente no gerir de sua vida material e, pelo menos, amparou o seu próximo, ajudando-o a carregar o seu pesado fardo: obviamente, esse seu próximo, agradecido, o ajudará como amigo quando, pela morte do corpo, for despojado da mordomia e se ver face aos "clamores" no mundo espiritual.
O mais formal desmentido às interpretações dúbias da parábola do Mordomo Infiel está contido nas últimas palavras da narrativa: "Pois se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras? E se no alheio não fostes fiéis quem vos dará o que é vosso?" Na realidade, Jesus deixa implícito nesse ensinamento sobre, se não soubermos aplicar a fidelidade no trato das riquezas injustas, quem nos confiará as riquezas verdadeiras, pois, é óbvio que a nossa infidelidade nas coisas pequenas, também é válida nas coisas grandes: se não soubermos ser fiéis naquilo que não é nosso, quem esperará a nossa fidelidade naquilo que é nosso?
O apóstolo Paulo recomendou que aprendêssemos a nos livrar das coisas corruptíveis para que pudéssemos entrar no gozo das coisas incorruptíveis: Se não soubermos gerir bem as coisas da Terra, como nos poderão ser confiadas as coisas do Céu?

4 - RODOLFO CALLIGARIS
Esta parábola, interpretada ao pé da letra, pode dar a entender que o Mestre esteja apontando o roubo e a fraude como exemplos de conduta dignos de serem imitados.
Considerada, porém, em seu verdadeiro sentido, segundo o espírito que vivifica, encerrra uma profunda lição de sabedoria e de bondade que poucos hão sabido entender.
Inicialmente, identifiquemos as duas principais personagens da historieta evangélica, e o local em que a ação se desenrola.
O rico proprietário é Deus, o Poder Absoluto que sustenta todo o Universo; o mordomo é a Humanidade, ou seja, cada um de nós; e a fazenda é o planeta Terra, campo em que se desenvolve atualmente nossa evolução.
Os bens que nos foram dados a administrar é tudo o de que nos jactamos estultamente nesta vida: propriedades, fortuna, posição social, família e até mesmo nosso corpo físico.
Todas essas coisas nos são colocadas à disposição pelo Supremo Senhor, durante algum tempo, a fim de serem movimentadas para benefício geral, mas, em realidade, não nos pertencem. A prova disso está em que sempre chega o dia em que seremos despojados delas, quer o desejemos, quer não.
Nossa infidelidade consiste em utilizarmo-nos desses recursos egoisticamente, como se fossem patrimônio nosso, dilapidando-o ao sabor de nossos caprichos, esquecidos de que não poderemos fugir à devida prestação de contas quando, pela morte, formos despedidos da mordomia.
Pois bem, já que abusamos da Providência, malbaratando os bens de que somos simples administradores, tenhamos ao menos o atilamento do mordomo de que fala a parábola.
Que fêz ele? Para ter quem o favorecesse, quando demitido do cargo que desempenhava, tratou de fazer amigos, reduzindo as contas dos devedores de seu amo.
E' o que Jesus nos aconselha fazer, quando diz: "granjeai amigos com as riquezas iníquas".
Em outras palavras, isto significa que os sofredores de todos os matizes são criaturas que se acham endividadas perante Deus, são pecadores que têm contas a saldar com a Justiça Divina, e auxiliá-los em suas necessidades, minorar-lhes as dores e aflições, equivale a diminuir-lhes as dívidas, de vez que, via de regra, todo sofrimento constitui resgate de débitos contraídos no passado.
Se assim agirmos, ganharemos a amizade e a gratidão desses infelizes, que se solidarizarão conosco quando deixarmos este mundo, bem assim a complacência do Pai celestial, porque muito Lhe apraz ver-nos tratar o próximo com misericórdia.
Não falta, aqui na Terra, quem admire "os filhos do século" pelo fato de se empenharem a fundo, com inteligência, denodo e sacrifícios até, no sentido de assegurarem aquilo a que chamam "o seu futuro".
Quão maiores louvores, entretanto, haveriam de merecer de Deus "os filhos da luz", os já esclarecidos acerca da vida espiritual, se procedessem com igual esforço e dedicação, empregando a bondade na conquista dos planos superiores, situados além deste orbe de trevas?
Sejamos, pois, colaboradores fiéis da Divindade, gerindo os bens materiais de que dispusermos em conformidade com os ensinamentos sublimes que nos foram ditados por Jesus no Sermão da Montanha; assim fazendo, estaremos acumulando, no céu, um tesouro verdadeiramente imperecível. Sim, porque as virtudes cristãs, que formos adquirindo no convívio com nossos semelhantes, são as únicas riquezas efetivamente nossas, e só elas nos poderão dar a felicidade perfeita, nos tabernáculos eternos!

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Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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