PRECE
SIGNIFICADO DA PRECE: espiritualmente, é a prece uma súplica, feita com fé e sinceridade, que leva o ser
humano a aproximar-se de DEUS.
AS CONDIÇÕES DA PRECE: encontram-se nos Livros de Mateus, VI, 5 a 8,
Marcos, XI, 25, 26, e Lucas, XVIII, 9 a 14, as condições em que a prece deve
ser realizada. Ensina O Evangelho Segundo
o Espiritismo o que definiu Jesus: “Quando orar, não se colocar em
evidência, mas orar em segredo. Não fingir orar em demasia, porque não é pelas
muitas palavras que virá o atendimento, mas pela sinceridade do coração. Antes
de orar, se tiver algo contra outrem, perdoá-lo, porque a prece não pode ser
agradável a Deus, se não partir de um coração caridoso. Orar, enfim, com
humildade e não com orgulho. Examinar os próprios defeitos e não fazer
sobressair as qualidades apenas. E, ao comparar-se a outros,, procurar o que
existe de mau em si próprio”. A prece não se coaduna com orgulho, vaidade e
hipocrisia.
AO QUE SE PROPÕE A PRECE: a prece é uma invocação pensada e sentida. Ela se
propõe a que cada ser humano possa, por esforço próprio, louvar, pedir ou agradecer. É através da prece que nos colocamos em
relação mental com o ser a que nos dirigimos. “Podemos orar por nós mesmos ou
pelos outros, vivos ou mortos”.
DIREÇÃO DA PRECE: é por intermédio do pensamento que direcionamos
nossas preces. Quando dirigida a Deus, ensina o Evangelho, “são ouvidas pelos
Espíritos encarregados da execução dos seus desígnios; as que são dirigidas aos
Bons Espíritos vão também para Deus. Quando oramos para outros seres, e não
para Deus, aqueles nos servem apenas de intermediários, de intercessores,
porque nada pode ser feito sem a vontade de Deus.
COMO DEVE SER A PRECE: sabendo-se que, embora tendo dito Jesus: “O que
pedirdes pela prece vos será dado”, não se pode acusar a Providência Divina
pelo não atendimento de todos os nossos pedidos. Devemos ter em mente os
ensinamentos de Emmanuel, de que “a
prece deve ser cultivada, não para que sejam revogadas as disposições da Lei
Divina, mas a fim de que a coragem e a paciência inundem o coração de fortaleza
nas lutas ásperas, porém necessárias. A alma, em se voltando para Deus, não
deve ter em mente senão a humildade sincera na aceitação de sua vontade”.
Assim, a prece deve:
a) ser curta, humilde e fervorosa, muito mais um
transporte do nosso coração, através do pensamento, do que uma fórmula
decorada; e
b) ser, de preferência, improvisada; assim, a preocupação
do que estamos dizendo mais depressa prende a nossa atenção e favorece o nosso
desprendimento.
A PRECE QUE OCUPA O PRIMEIRO LUGAR: é o “Pai Nosso”, porque foi ensinada pelo próprio
Jesus Cristo, resumindo “todos os deveres do homem para com Deus, para consigo
mesmo e para com o próximo”. É obra-prima de concisão.
PRECE E ORAÇÃO: têm o mesmo significado: súplica direcionada pela
fé. Porém, a prece é silenciosa,
transmitindo-se apenas pelo pensamento. Já no que diz respeito à oração (falar), verifica-se que requer
a palavra; é uma prece sonora, uma prece com palavras. A
prece pode ser feita com o pensamento e será ouvida e sentida
apenas pelos Espíritos desencarnados,
enquanto a oração, pelo uso da palavra, do som, é captada por aqueles (mais sensíveis) e também pelos encarnados (todos nós, nem sempre
capazes de captarmos a linguagem do pensamento).
A PRECE PREFERÍVEL: “A prece do coração é preferível à que podes ler,
por mais bela que seja, se a leres mais com os lábios do que com o pensamento”
(Liv. Esp., Q. 658).
(Parte integrante da
apostila “Curso Básico Educação Mediúnica” - Centro
Espírita Ismael)