5 de março de 2011

Poema do livro Revelação - Chico Xavier



CARNAVAL

Procurando distração,
Fui, contente, ao carnaval!
Muito ouvia em torno dele
E quis vê-lo ao natural.

Apelei para João Panca,
Um prestimoso vizinho,
Que não me deixasse a sós,
Não queria estar sozinho.

João concordou comigo,
Era sempre o companheiro...
E lá nós fomos, os dois,
Ao passeio, dia inteiro.

João falava na caridade,
Mas a festa estava à espera;
Era preciso seguir,
Beneficência “já era”.

Já que falava em virtude,
Chamei-o a ver Dona Bela,
Que nos atirou um vaso,
Pingando água amarela.

Conquanto desapontado,
Visitamos Dona Aninha,
Que nos jogou sobre o peito
Duas “jóias” de galinha.

João mostrava-se amargurado
E como alguém que se poupa,
Regressou à própria casa,
A fim de trocar de roupa.

Encontrei um grande praça,
Léo, filho de Dona Esther;
Ele pediu-me, alterado,
Uma saia de mulher.

Todo amigo dava gritos,
Nessa festa sem sentido,
Afirmava Dona Clara
Ter a calça do marido.

Vi flautas e violões,
Passando, em busca ao sem-fim,
Muita gente me chamava,
Ao lado dos tamborins.

Um homem que carregava
Dois chocalhos, uma vara,
Não sei se foi por querer,
Esmurrou-me a própria cara.

Carnaval representava
A festa do meu País,
Por isso segui em frente,
Tão forte quanto feliz.

Era justo conhecer
Uma festa semelhante,
Por isso aceitei sem mágoa,
A agressão extravagante.

Fui buscar, querendo um grupo,
O amigo Simão Veloz,
Ele queria cantar,
Mas “rugia” junto a nós.

Meus amigos sempre muitos,
Pareciam-me doentes,
No entanto, não quis deixá-los,
Ao vê-los irreverentes.

Venci diversos empreços
E fui ao Tino da Chalaça,
Ele, porém, nem me viu,
Estirado na cachaça.

O povo todo dançava,
E eu olhava sem remoque,
Achava muito esquisita
A orquestra chamada Roque.

Um homem sério abriu alas,
Era o melhor dos Nicolas,
Lembrava antigo palhaço,
Exibindo Cabriolas.

Perguntei a um guarda amigo,
Que a ninguém queria mal,
Só deseja saber,
Se estava no carnaval.

Ele disse:
- Olhe as crianças,
Todas dançam recordando
Nossas futuras mudanças.

Vi um par, a longos beijos,
Na sombra de velho muro,
Como a dizer que o amor
Só se revela no escuro.

Disse o amigo:
- Se o senhor quer demorar-se,
Procurando amigos maus,
Dê-me logo oitenta paus.

Dentre os quadros que anotei,
Vi o mestre Manassés,
Que dançava e requebrava,
Da cabeça até os pés.

Um conflito sucedeu:
Vendo a filha de Nereu
Nos braços de outra pessoa,
Genuíno enlouqueceu.

Achei-me desencantado.
Eu que entrara reverente.
A fim de largar o grupo
Precisava ser valente.

Retornei à nossa casa
Meditando, por sinal,
Se o carnaval que assistira,
Que seria? bem ou mal?

Pensei em meu pai distante,
Minha mãe falou: - Na vida,
O carnaval é loucura,
Doença desconhecida. 

Livro:  Revelação - Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Jair Presente

Carnaval

Obrigado pela Presença

Amigos em Cristo, agradecemos a presença, fiquem a vontade e sintam-se em casa, afinal esse espaço é de todos e para todos.
Deixe-nos sua opinião, critica e sugestão para assim melhorarmos esse nosso singelo cantinho de encontro fraterno.
envie-nos um e-mail espiritismoafontedoamoruniversal@hotmail.com


Evangelização Infantil

Visão Espírita do Carnaval

Conduza a sua leitura clicando no botão > .

GRUPO RELICARIO DE LUZ

GRUPO RELICARIO DE LUZ
Grupo Evangelização Espírita - Visitem esse blog amigo

Pensemos Nisso

O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
__________________________________________________________

Vale a pena assistir

Vale a pena assistir

Documentário Peixotinho

________________________________________________________

Mensagem de Reflexão

"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel



O Livro dos Espíritos on line

O Livro dos médiuns on line

O Evangelho Segundo o Espíritismo on line

O Céu e o Inferno on line

A Gênese on line

Obras Póstumas on line

Estudos e Palestras

Agua from PAN1911