O CRISTO
A minha paz vos deixo
Disse o mestre consolador
Chamou-nos de seus amigos
E o pão compartilhou
Sempre estarei convosco
Disse Ele com todo afeto
Mesmo na mais negra noite
Estarei sempre por perto
Sigam pelo caminho sincero
Na porta estreita a entrar
Não temam a injuria do outro
A fé vai lhes amparar
Segue a estrada da vida
Com passos em retidão
Da o que tens de melhor
E perdoa com o coração
Ensinou a humildade singela
A servir sem nada esperar
A dar a túnica e o manto
E ate dois mil passos andar
Atendia sem nada pedir
Doando sem nada cobrar
Curou as enfermidades da alma
De quem as quisesse curar
Seguidores que com ele andavam
Naquele dia não os viu
Correram cada qual a seu canto
E o mestre solitário partiu
Um dos doze o entregou
E os homens então o levaram
A cruz Ele carregou
E todos o humilharam
Caminhou calado e pensativo
No calvário aflitivo da dor
Sem perder a fé em Deus
Entregou-se com todo amor
Em prece com o Pai conversava
Na cruz ainda a orar
Pediu a intervenção Divina
Para todos o Pai perdoar
Rogando lenitivo amigo
Jesus agradece o ensejo
Amparado pelos anjos celestes
Ascende em lindo cortejo
O céu então se abriu
Para o Redentor regressar
No dia que imolaram na cruz
O Cristo, por muito amar.
(pelo espírito Antônio Carlos de Deus)