Culto no Lar 15/01/2016 – 21:30
Sinal verde — Chico Xavier - André Luiz
26 - Em torno da
felicidade
Em matéria de
felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos.
Quem se aceita como é, doando de si à vida o melhor que tem,
caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação
à felicidade que fizermos para os outros.
A alegria do próximo começa muitas vezes no sorriso que você
lhe queira dar.
A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se
na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranquila.
Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados
complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no
trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano
que você haja causado em prejuízo de alguém.
Estude a si mesmo, observando que o autoconhecimento traz
humildade e sem humildade é impossível ser feliz.
Amor é a força da vida e trabalho vinculado ao amor é a
usina geradora da felicidade.
Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade está chamando
o seu coração para vida nova.
Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva,
medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que
surgirão no jardim.
Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo 12 – Amai os Vossos Inimigos
Pagar o Mal com o Bem
4 – Amar aos inimigos é um absurdo para os incrédulos.
Aquele para quem a vida presente é tudo, só vê no seu inimigo uma criatura
perniciosa, a perturbar-lhe o sossego, e do qual somente a morte o pode libertar.
Daí o desejo de vingança. Não há nenhum interesse em perdoar, a menos que seja
para satisfazer o seu orgulho aos olhos do mundo. Perdoar, até mesmo lhe
parece, em certos casos, uma fraqueza indigna da sua personalidade. Se não se
vinga, pois, nem por isso deixa de guardar rancor e um secreto desejo de fazer
o mal.
Para o crente, e mais ainda para o espírita, a maneira de
ver é inteiramente diversa, porque ele dirige o seu olhar para o passado e o
futuro, entre os quais, a vida presente é um momento apenas. Sabe que, pela
própria destinação da Terra, nela devem encontrar homens maus e perversos; que
as maldades a que está exposto fazem parte das provas que deve sofrer. O ponto
de vista em que se coloca torna-lhe as vicissitudes menos amargas, quer venham
dos homens ou das coisas. Se não se queixa das provas, não deve queixar-se
também dos que lhe servem de instrumentos. Se, em lugar de lamentar, agradece a
Deus por experimentá-lo, deve também agradecer a mão que lhe oferece a ocasião
de mostrar a sua paciência e a sua resignação. Esse pensamento o dispõe
naturalmente ao perdão. Ele sente, aliás, que quanto mais generoso for, mais se
engrandece aos próprios olhos e mais longe se encontra do alcance dos dardos do
seu inimigo.
O homem que ocupa no mundo uma posição elevada não se
considera ofendido pelos insultos daquele que olha como seu inferior. Assim
acontece com aquele que se eleva, no mundo moral, acima da humanidade material.
Compreende que o ódio e o rancor o envileceriam e rebaixariam, pois, para ser
superior ao seu adversário, deve ter a alma mais nobre, maior e mais generosa.