LEI
DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE
CONCEITO DE JUSTIÇA: (definição de Ulpiano, jurista romano): “É A
VONTADE CONSTANTE E PERPÉTUA DE DAR A CADA UM O QUE É SEU”. (Definição dos
Espíritos, Q. 875, L.E.): “JUSTIÇA É O RESPEITO AOS DIREITOS DE CADA UM”. A
justiça é um sentimento natural; Deus o concedeu ao homem.
JUSTIÇA DIVINA: (regra da Lei Natural): QUERER PARA OS OUTROS
AQUILO QUE SE QUER PARA SI MESMO OU NÃO DESEJAR PARA OS OUTROS O QUE NÃO É
NATURAL DESEJAR PARA SI.
JUSTIÇA DIVINA NA SUA PLENITUDE: (fundada na acepção espírita): O
FATO DA REENCARNAÇÃO, PORQUE A FINALIDADE DESTA, PELA VONTADE DE DEUS, É
CONCEDER AO HOMEM, AO SER PENSANTE ENCARNADO, A OPORTUNIDADE DE EXPIAR SEUS
ERROS DE VIDA ANTERIOR E DE PROGREDIR PELO SEU PRÓPRIO ESFORÇO. Assim, Deus,
por sua magnanimidade, usa da equidade e do amor celestiais, e põe na balança
da Suprema Justiça as ações dos homens; com imparcialidade, sopesa os
obstáculos que cada um teve na vida anterior, voluntária ou involuntariamente,
e lhes concede, um a um, a chance de resgatar seus débitos, de reparar seus
erros, através de provações da nova existência.
JUSTIÇA E DIREITO DE PROPRIEDADE: partindo do princípio de que
todos têm o direito à vida, sendo este o primeiro dos direitos naturais, juntar
o que conseguiu e, sem egoísmo, defender sua propriedade honesta. A PROPRIEDADE
FRUTO DO TRABALHO É UM DIREITO NATURAL. O que aberra à Lei de Deus e à própria
consciência dos homens de bem é o fato de, egoisticamente, o indivíduo acumular
posses sem destino útil ou adquiridas em prejuízo alheio. HOJE, INCLUSIVE
PERANTE A LEI DOS HOMENS, A PROPRIEDADE DEVE TER UMA DESTINAÇÃO SOCIAL, PARA
MELHOR APROXIMAR-SE DA JUSTIÇA, EVITANDO QUE POUCOS TENHAM MUITO E MUITOS
TENHAM POUCO.
A PALAVRA CARIDADE: (O Livro dos
Espíritos, questão 886) — TEM O SENTIDO DE “BENEVOLÊNCIA PARA COM TODOS,
INDULGÊNCIA PARA COM AS IMPERFEIÇÕES ALHEIAS, PERDÃO DAS OFENSAS”. “A caridade,
segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os
nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores.
Ela nos manda ser indulgentes porque temos necessidade de indulgência, e nos
proíbe humilhar o infortúnio, ao contrário do que comumente se pratica...”
(PORQUE FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO —Evangelho).
A CARIDADE SE TRADUZ EM: a) benevolência
(procurar ser bondoso e persistir no bem, sempre); b) devotamento (dedicação consciente, sem esperar recompensa); c) indulgência ( tolerância, misericórdia,
compreensão, perdão); sacrifício
(renúncia, em favor de outrem mais necessitado).
AMOR AO PRÓXIMO: é o fundamento maior para a elevação espiritual.
Amar a quem nos ama é muito fácil... Agora, “amar ao próximo como a si mesmo”,
quando se trate de um inimigo, é preciso, de fato, muita grandeza de alma. Mas,
lembre-se: “O ADVERSÁRIO QUE VOCÊ JULGA PERVERSO TALVEZ SEJA APENAS UM
NECESSITADO DE COMPREENSÃO” (André Luiz, através de Chico Xavier, Sinal Verde)
AMAR AO PRÓXIMO COMO PRINCÍPIO DE SUPERIORIDADE: todos achamos os
animais abaixo da nossa condição, mas quantos de nós, em muitos instantes, não
agem animalescamente? NÃO SÃO A FORÇA, AS ARMAS, O DINHEIRO, A POSIÇÃO, NEM
MESMO A CULTURA OU O CABEDAL INTELECTUAL QUE FAZEM O HOMEM SUPERIOR PERANTE
DEUS; É PELA MENTE PERSEVERANDO NO BEM, QUE O SER HUMANO CRESCE. Amar ao próximo como a si mesmo não é
covardia nem fraqueza; estas vêm do orgulho, apenas. QUANDO VENCEMOS O ORGULHO,
O EGOÍSMO E O PRECONCEITO, CHEGAMOS À LEI DO AMOR.