SERVIR DE CORAÇÃO
Não busqueis nas ilusórias conquistas cotidianas o equilíbrio interior, não fazeis de vossa existência um embate constante pelo reconhecimento externo, não procureis na miopia da visão corpórea a luminescência da sabedoria, não alimenteis vossos espíritos frágeis com os nutrientes deletérios do orgulho e nem busqueis dessedentar-se pelo cálice da vaidade.
Aquele que busca nas conquistas terrenas o tesouro do reconhecimento, assemelha-se ao naufrago que envolto pelas águas do mar, à medida que a absorve em busca de dessedentar-se, mais sede sente e piora a condição aflitiva.
O homem que vive pela carne, será sempre vazio e improdutivo, pois a cada passo dado sentira o desanimo a pesar-lhe o ombro, coibindo sua caminhada rumo à redenção.
Aquele que procura nas bodas da existência corpórea o banquete do prestígio e os abraços calorosos da evidencia, sempre sentira a amargura corrosiva e a desilusão intoxicante em seu interior.
Assemelhem-se as mais singelas criaturas terrenas, que alegram os dias e os caminhos, que produzem aromas e melodias, apenas pelo fato de existirem, nunca se preocupando com o reconhecimento dos outros, seguindo apenas os desígnios de sua criação e alegrando-nos os passos, sem se reterem a vaidade.
Lembre-se que o mestre Jesus, não nos orientou a desistir da vida, mas sim a nos renovarmos para servir ao propósito que nos foi ofertado através da reencarnação, seguindo os ensinos do evangelho do amor.
Semeie pelo campo fecundo da existência corpórea, os inexauríveis grãos da humildade e da resignação, cultivando-os com sabedoria e prudência.
A cada dia que alvorece, inicia-se uma nova oportunidade do recomeço, o ontem não se pode modificar, mas sua colheita no hoje fará com que nos preparemos melhor para o amanha.
Servir ao Criador, doando-se com coração em busca da redenção, eis o convite jubiloso a nós ofertado pelo doce mestre Jesus.
Confia e segue vosso caminhar solitário para a humanidade, se faz amparado pela Divina Providencia e resguardado pela misericórdia sublime.
(Livro Gotas do Bem Viver, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)