LEI DA CONSERVAÇÃO E LEI DE DESTRUIÇÃO
A LEI DA CONSERVAÇÃO
INSTINTO DE CONSERVAÇÃO: como a vida é necessária ao aprimoramento
dos seres, o instinto repousa na Lei da Natureza, sendo mecânico para uns
(irracionais) e racional para outros (homens).
MEIOS DE CONSERVAÇÃO: como tudo o que Deus faz é perfeito, a Terra permite que o homem, nela, produza
os bens de suas necessidades. Assim, o homem imprevidente, preguiçoso ou
destruidor não pode acusar a Natureza pela seca, chuva em excesso, ou pelo
estrago que ele próprio faz. “Busca e achareis” e “a cada um segundo suas
obras” — ensinou Jesus. Os bens da Terra são tudo quanto o homem possa gozar,
mas sem suar do egoísmo. Os vícios terrenos são dos homens e não da Natureza,
que é perfeita.
ATRAÇÃO DOS BENS DA TERRA: ensinam os Espíritos: existe atrativo
para as coisas terrenas, para testar o homem. Mesmo quando os meios de
subsistência não dependem do homem, tem ele aí uma prova a que deve submeter-se
perante a Natureza. e submeter-se à vontade de Deus é crescer espiritualmente. Os excessos do homem o coloca abaixo dos
animais. As provações fazem o homem crescer, intelectual e moralmente.
Veja-se que muitos dos nossos antepassados morreram de simples gripe. Foi pelo
sofrimento que o homem buscou e achou cura para a tuberculose, malária,
sífilis,, o sarampo, febre amarela e
tantos males. Veja-se a poliomelite que, até pouco tempo, fazia muitos
deficientes; hoje, com vacina Sabin, tem-se a sua erradicação. Foi a dor que
ensinou o homem à busca.
MORTE FÍSICA E MORTE MORAL: perdendo-se nos excessos, a pretexto de
gozar a vida, o homem aproxima-se da morte física e da morte moral, ao mesmo
tempo. O Livro dos Espíritos, Q.
714-A, diz: “Os animais limitam-se à satisfação de suas necessidades. O homem
abdica da razão que Deus lhe deu e se excede. As doenças, a decadência, a morte
mesmo, que são conseqüência do abuso, são a punição da transgressão da Lei de
Deus”. Os vícios da sociedade vêm da ambição e do orgulho.
NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO: a Natureza não põe limites ao homem; espera
que ele, pelo seu livre-arbítrio, saiba o que é necessário, de acordo com a
razão. Se ele quer o supérfluo, sabe que isso faz falta a outros. “Os que vivem
às custas das privações alheias exploram os benefícios da civilização em
proveito próprio”. (L. E., Q. 717). Onde está neles a Lei de Caridade? E o amor
ao próximo?
PRIVAÇÕES E MORTIFICAÇÕES: as privações do homem só têm importância
para Deus, se forem benéficas aos outros; também as privações de prazeres
inúteis são meritórias. A procura do bem-estar é direito do homem, pelo seu
esforço, mas sem prejuízo ao semelhante. Não alimentar-se e sofrer,
deliberadamente, sem auxiliar o semelhante, é inútil perante Deus; não se serve
à elevação do Espírito.
A LEI DE DESTRUIÇÃO
DESTRUIÇÃO NECESSÁRIA E ABUSIVA: o que chamamos de destruição é apenas transformação, com o objetivo de
renovação e melhoramento dos seres. Não se deve destruir o ser antes do
tempo. “O homem deve procurar prolongar sua vida para cumprir sua tarefa”. (L.
E., Q. 730). Os agentes destruidores naturais servem como elementos de
equilíbrio da Natureza. Quando o homem destrói além das necessidades de
alimentação e segurança, supera o animal e armazena débitos morais e, assim,
estaciona a sua evolução espiritual. Pela imprecaução e vaidade.
FLAGELHOS E GUERRAS: os flagelos (fome, peste, intempéries, inundações
fatais) são acertos da Natureza e servem como avisos aos homens (previdência e
aperfeiçoamento). As guerras, por
ambição ou por falta de compreensão da Lei de Deus, destinam-se ao progresso do homem atrasado moralmente (pela dor); os
culpados pelas guerras necessitarão de várias encarnações para expiarem suas
faltas.
ASSASSÍNIO, CRUELDADE, DUELO E PENA DE MORTE: MATAR ALGUÉM é
atentar contra a Lei Natural; praticar a crueldade é próprio dos Espíritos
atrasados; o duelo é homicídio ou suicídio: fere a Lei de Deus; a pena da morte
representa a involução da sociedade-Estado, é a volta ao “dente por dente -
olho por olho”.
(Parte integrante da apostila
do Curso básico de Educação Mediúnica – Ano I – Centro Espírita Ismael)