18 de dezembro de 2011

Texto de Estudo - A Escala Espírita - Parte I


A Escala Espírita

A escala espírita é, segundo Kardec, a chave da ciência espírita, pois estabelece o parâmetro entre o grau aparente dos espíritos encarnados e desencarnados. No primeiro caso, é mais fácil de definir seu grau aparente pelos seus escritos, opiniões, linguagem, estilo, conhecimento das coisas e do mundo espiritual, etc; no segundo, podemos avaliar, mas será sempre uma avaliação subjetiva, que, em muitos casos, espíritos de grande evolução desempenham tarefas na Terra de total obscuridade e suas capacidades ob-nubladas por circunstâncias que dependem de cada caso. P. 180 L.E.
  Essa escala vem sendo desprezada ou pouco estudada, e dessa falta de estudo, nascem as distorções e as infiltrações do joio na seara espírita, pois que é aceita qualquer mensagem do plano dos espíritos como sendo de espíritos superiores. Vejamos a pergunta 97 do L. E.

97. As ordens ou graus de perfeição dos Espíritos são em número determinado?

 São ilimitadas em número, porque entre elas nãolinhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente”.
Todavia, considerando-se os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzir-se a três principais.
Na primeira, colocar-se-ão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão à terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza.”

Logo, existe uma diferença entre os espíritos.
Excetuando os espíritos puros, em que nãodivisão entre eles, as classes se interpenetram, que não há uma fórmula mágica de identificação. O que se pode fazer é observar suas características, para que essas indiquem para onde apontam seus caracteres gerais. Não existe evolução em linha reta, aliás, nem trem anda em linha reta e, uma reta é uma curva grande. Então como faremos para nomear os espíritos em relação ao seu grau evolutivo? É uma boa pergunta. Vamos para a maior autoridade em espiritismo, a Codificação.

Existem três grandes ordens definidas pelos espíritos:                                                         

Espíritos imperfeitos
Espíritos bons
Espíritos puros
 Nas duas primeiras existem, como os espíritos disseram, uma infinidade de divisões, que, pelas reencarnações, os espíritos adquirem uma multiplicidade de experiências quase únicas, pois que cada época tem suas particularidades, e as circunstâncias, não voltam em absoluto, mas relativamente. EX: Não se pode fazer que um espírito tenha uma experiência com os mesmos espíritos que um outro teve, e, que esses espíritos, estejam no mesmo grau evolutivo, nas mesmas circunstâncias históricas, climáticas, geológicas, sociais e tomando as mesmas decisões. Em outros termos: O tempo não volta.
Dois espíritos podem pertencer à mesma ordem e à mesma classe, e ter experiências de vida bem diferentes, mas o somatório de suas perfeições  são mais ou menos semelhantes. Por terem os caracteres gerais dessa ou daquela classe, são classificados como iguais, mas para isso é necessário estudar a escala espírita para nos situarmos. Vamos a ela.


98. Os Espíritos da segunda ordem, para os quais o bem constitui a preocupação dominante, têm o poder de praticá-lo?
 Cada um deles dispõe desse poder, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Assim, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas”.

A resposta dos espíritos a Kardec é clara, existe uma diferença grande entre os espíritos e essa diferença não é rompida em uma encarnação, existe uma ordem natural, como tudo em a natureza.

99. Os da terceira categoria são todos essencialmente maus?

Não; uns há que não fazem nem o mal nem o bem; outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando se lhes depara ocasião de praticá-lo. Há também os levianos ou estouvados, mais perturbadores do que malignos, que se comprazem antes na malícia do que na malvadez e cujo prazer consiste em mistificar e causar pequenas contrariedades, de que se riem”.

Como na segunda ordem, não é nem absoluta nem eterna suas condições.


100. OBSERVAÇÕES PRELIMINARES. — A classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento deles, nas qualidades que adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão de despojar-se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta.
Apenas no seu conjunto cada categoria apresenta caráter definido.
De um grau a outro a transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se apagam, como nos reinos da natureza, como nas cores do arco-íris, ou, também, como nos diferentes períodos da vida do homem. Podem, pois, formar-se maior ou menor número de classes, conforme o ponto de vista donde se considere a questão. Dá-se aqui o que se dá com todos os sistemas de classificação científica, que podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou menos cômodos para a inteligência. Sejam, porém, quais forem, em nada alteram as bases da ciência. Assim, é natural que inquiridos sobre este ponto, hajam os Espíritos divergido quanto ao número das categorias, sem que isto tenha valor algum. Entretanto, não faltou quem se agarrasse a esta contradição aparente, sem refletir que os Espíritos nenhuma importância ligam ao que é puramente convencional. Para eles, o pensamento é tudo. Deixam-nos a nós a forma, a escolha dos termos, as classificações, numa palavra, os sistemas.
Façamos ainda uma consideração que se não deve jamais perder de vista, a de que entre os Espíritos, do mesmo modo que entre os homens, há os muito ignorantes, de maneira que nunca serão demais as cautelas que se tomem contra a tendência a crer que, por serem Espíritos, todos devam saber tudo. Qualquer classificação exige método, análise e conhecimento aprofundado do assunto. Ora, no mundo dos Espíritos, os que possuem limitados conhecimentos são, como neste mundo, os ignorantes, os inaptos a apreender uma síntese, a formular um sistema. muito imperfeitamente percebem ou compreendem uma classificação qualquer. Consideram da primeira categoria todos os Espíritos que lhes são superiores, por não poderem apreciar as gradações de saber, de capacidade e de moralidade que os distinguem, como sucede entre nós a um homem rude com relação aos civilizados.
Mesmo os que sejam capazes de tal apreciação podem mostrar-se divergentes, quanto às particularidades, conformemente aos pontos de vista em que se achem, sobretudo se se trata de uma divisão, que nenhum cunho absoluto apresente. Lineu, Jussieu e Tournefort tiveram cada um o seu método, sem que a Botânica houvesse em conseqüência experimentado modificação alguma. É que nenhum deles inventou as plantas, nem seus caracteres.
Apenas observaram as analogias, segundo as quais formaram os grupos ou classes. Foi assim que também nós procedemos. Não inventamos os Espíritos, nem seus caracteres. Vimos e observamos, julgamo-los pelas suas palavras e atos, depois os classificamos pelas semelhanças, baseando-nos em dados que eles próprios nos forneceram.
Os Espíritos, em geral, admitem três categorias principais, ou três grandes divisões. Na última, a que fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela propensão para o mal. Os da segunda se caracterizam pela predominância do Espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A primeira, finalmente, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição.
Esta divisão nos pareceu perfeitamente racional e com caracteres bem positivados. nos restava pôr em relevo, mediante subdivisões em número suficiente, os principais matizes do conjunto. Foi o que fizemos, com o concurso dos Espíritos, cujas benévolas instruções jamais nos faltaram.
Com o auxílio desse quadro, fácil será determinar-se a ordem, assim como o grau de superioridade ou de inferioridade dos que possam entrar em relações conosco e, por conseguinte, o grau de confiança ou de estima que mereçam. É, de certo modo, a chave da ciência espírita, porquanto ele pode explicar as anomalias que as comunicações apresentam, esclarecendo-nos acerca das desigualdades intelectuais e morais dos Espíritos.
Faremos, todavia, notar que estes não ficam pertencendo, exclusivamente, a tal ou tal classe. Sendo sempre gradual o progresso deles e muitas vezes mais acentuado num sentido do que em outro, pode acontecer que muitos reúnam em si os caracteres de várias categorias, o que seus atos e linguagem tornam possível apreciar-se. Allan Kardec

                 

                    Superioridade relativa e absoluta


Por muitas vezes temos evocado idiotas vivos que hão dado patentes provas de identidade e responderam com muita sensatez e mesmo de modo superior. LM. Cap XIX


Nota. Um espírito superior, no sentido literal da palavra, não necessita de encarnar em um corpo de um idiota, a superioridade aqui está relativa a sua condição espiritual, porque se esperaria uma mensagem com problemas, e não acontece, muitas vezes, trazem instruções.


256. À medida que os Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que passaram, é coisa absolutamente insignificanteL M.CAP. XXIV.

 NotaExiste uma diferença entre os superiores no sentido absoluto e os superiores no sentido relativo. Os puros são superiores aos demais, os benévolos são superiores aos levianos etc, os puros são superiores aos superiores, então quando alguém relaciona os espíritos, temos que ter em mente o nível de compreensão da escala espírita dessa pessoa.

Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e por seu amor do bem: são os anjos ou puros Espíritos. AK. L.E. introdução

Os Espíritos superiores se comprazem nas reuniões sérias, onde predominam o amor do bem e o desejo sincero, por parte dos que as compõem, de se instruírem e melhorarem. AK. L.E. introdução.

Nota. Na primeira mensagem, Kardec fala sobre os puros, na segunda ele fala sobre os puros e os superiores, e em alguns casos até os sábios, benévolos e de sabedoria, isto é, que guardam superioridade em relação a média da humanidade.


Os Espíritos superiores não se preocupam absolutamente com a forma. Para eles, o fundo do pensamento é tudo. AK. L.E. introdução.

Nota. Aqui são os verdadeiramente superiores, que vemos espíritos de sabedoria autores de romances afirmarem que se preocupam com a forma.


192. Pode alguém, por um proceder impecável na vida atual, transpor todos os graus da escala do aperfeiçoamento e tornar-se Espírito puro, sem passar por outros graus intermédios?
Não, pois o que o homem julga perfeito longe está da perfeição. Há qualidades que lhe são desconhecidas e incompreensíveis. Poderá ser tão perfeito quanto o comporte a sua natureza terrena, mas isso não é a perfeição absoluta. Dá-se com o Espírito o que se verifica com a criança que, por mais precoce que seja, tem de passar pela juventude, antes de chegar à idade da madureza; e também com o enfermo que, para recobrar a saúde, tem que passar pela convalescença. Demais, ao Espírito cumpre progredir em ciência e em moral. Se somente se adiantou num sentido, importa se adiante no outro, para atingir o extremo superior da escala. Contudo, quanto mais o homem se adiantar na sua vida atual, tanto menos longas e penosas lhe serão as provas que se seguirem.”

243. E o futuro, os Espíritos o conhecem?
 “Ainda isto depende da elevação que tenham conquistado. Muitas vezes, apenas o entrevêem, porém nem sempre lhes é permitido revelá-lo. Quando o vêem, parece-lhes presente. À medida que se aproxima de Deus, tanto mais claramente o Espírito descortina o futuro. Depois da morte, a alma e apreende num golpe de vista  suas passadas migrações, mas não pode ver o que Deus lhe reserva. Para que tal aconteça, preciso é que, ao cabo de múltiplas existências, se haja integrado nele.”
 a) — Os Espíritos que alcançaram a perfeição absoluta têm conhecimento completo do futuro? “Completo não se pode dizer, por isso que Deus é soberano Senhor e ninguém o pode igualar”.


293 - 25a os Espíritos superiores possuem esta última ciência. Sem usarem de nomes que conheçais, podem eles saber, sobre todas as coisas, muito mais do que os vossos sábios. Não é a ciência o que torna superiores os Espíritos e muito espantados ficareis da categoria que alguns sábios ocupam entre nós. O Espírito de um sábio pode, pois, não saber mais do que quando estava na Terra, desde que não haja progredido como Espírito.”“. LM XXVI


( Parte do texto de Jorge Medeiros - Fonte: internet)

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