31 de dezembro de 2011
30 de dezembro de 2011
29 de dezembro de 2011
28 de dezembro de 2011
27 de dezembro de 2011
Estudo Teórico-Prático da Doutrina Espírita - Unidade V – Antecedentes da doutrina espírita
"É impossível fixar uma data para
as primeiras aparições de uma força inteligente exterior, de maior ou menor
elevação, influindo nas relações humanas...
...Entretanto, não há época na história
do mundo em que não se encontrem traços de interferência preternaturais e o seu
tardio reconhecimento pela humanidade. A única diferença entre esses episódios
e o moderno movimento é que aqueles podem ser apresentados como casos
esporádicos de extraviados de uma esfera qualquer, enquanto os últimos têm as
características de uma invasão organizada. Como, porém, uma invasão poderia ser
precedida de pioneiros em busca da terra, também o influxo espírita dos últimos
anos poderia ser anunciado por certo número de incidentes, suscetíveis a
verificação, desde a Idade Média e até para trás".
(História do Espiritismo – Arthur Conan Doyle)
Os fenômenos mediúnicos não são, nem
nunca foram, privilégio exclusivo da Doutrina Espírita, muito pelo contrário,
podemos dizer que os mesmos reportam-se à origem do próprio homem.
A própria Bíblia é um repositório onde
encontramos vários tipos desses fenômenos.
Ä Fenômenos Mediúnicos
dentro da Bíblia:
Quando manuseamos a Bíblia, livro
considerado sagrado pelas religiões cristãs, encontramos nela expressos,
inúmeros fenômenos mediúnicos.
I - A luta de Jacob com um Espírito (um
fenômeno típico de materialização), pois esta só poderia realizar-se na
condição do relato bíblico, se o espírito contentor se encontrasse
materializado (Gen. 32:24)."Jacó luta com Deus e transpõe o vau de
Jaboque. 24 – "ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do
dia".
II – Em 1 Reis, cap. 19, vv. 5 e 6,
quando Elias encontra-se no deserto, ocorre um fenômeno de aparição e
transporte: 5 – "Deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o
tocou, e lhe disse: Levanta-te e come. 6 – Olhou ele, e viu, junto à cabeceira
um pão cozido sobre pedras em brasa, e uma botija de água. Comeu, bebeu e
tornou a dormir".
III – Em Daniel Cap. V , vv. 5, há o
fenômeno de Escrita Direta: A Escritura na parede: Ocorreu quando o rei
Belsazar oferecendo um banquete a 1.000 convidados, mandou que trouxessem os
utensílios de ouro e prata, que seu pai, Nabocodonosor, havia tirado do templo
de Jerusalém, para que neles bebessem o rei, os seus "grandes", as
suas mulheres e concubinas: 5 – "No mesmo instante apareceram uns dedos de
mão de homem, e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do
palácio real; e o rei via os dedos que estavam escrevendo".
IV – Em Daniel, Cap. VIII, v.v. 18 há
um fenômeno de "transe" – 18 – "Falava ele comigo quando caí sem
sentido, rosto em terra: ele porém, me tocou e me pôs em pé no lugar onde eu me
achava".
V – Em Êxodo, Cap. XIX, v.v. 19 – Deus
fala com Moisés no Monte de Sinai. 19 – "E o clangor da trombeta ia
aumentado cada vez mais: Moisés falava, e Deus lhe respondia no trovão. 20 –
Descendo o Senhor para o cume do monte Sinai, chamou a Moisés para o cimo do
monte. Moisés subiu,".
VI – Em Apocalipse, Cap. I, vv. 10,
encontramos o fenômeno de Voz Direta. "Achei-me em Espírito, no dia do
Senhor, e ouvi pôr detrás de mim grande voz, como de trombeta,".
Encontramos, ainda, na Bíblia, Saul
consultando o Espírito de Samuel, na gruta de Endor.
Jesus por ocasião do batismo no Rio
Jordão, do céu ouve-se uma voz que diz: "Tú és aquele meu filho
especialmente amado; em ti é que tenho posto toda minha minha
complacência." mostrando a mediunidade auditiva.
Saulo, a caminho de Damasco, vê um
clarão que lhe cega os olhos, cai do cavalo, é quando escuta a voz do Senhor.
Ä Os Precursores da
Doutrina Espírita:
Na Antigüidade, um rei que viajasse
para lugares pouco percorridos do seu reino enviava antes os precursores, a fim
de aplainarem o caminho e encherem as depressões, de modo a que não encontrasse
obstáculos e viajasse com segurança.
João Batista que foi um dos maiores
precursores de Jesus, trabalhou intensamente, aplainando os caminhos do coração
e do entendimento para a vinda do Mestre; a Doutrina Espírita, também contou
com inúmeros precursores que trouxeram ao mundo as primeira luzes do que em
breve, se tornaria uma Doutrina, que codificada por Kardec, se tornaria a
Terceira Revelação Divina à Humanidade. Dentre esses precursores, três merecem
especial destaque: Emmanuel Swedenborg, Edward Irving e Andrew Jackson Davis.
Ä Emmanuel Swedenborg –
Emmanuel Swedenborg nasceu em Estocolmo
no ano de 1.688, e desencarnou e Londres em 1.772, com a idade de 84 anos.
Seu pai, Joeper Swedenborg, bispo de
Skava, foi reconhecido pôr seus méritos e pôr seu saber, mas seu filho o
ultrapassou de muito.
Dominava praticamente todo o
conhecimento do seu tempo. Ele era, antes de mais nada um grande engenheiro de
minas e uma autoridade em metalurgia, entre muitas outras atribuições, tais
como, engenheiro militar, físico, astrônomo, autor de trabalhos sobre as marés;
também era zoologista e anatomista, financista e político e, finalmente, um
profundo estudioso da Bíblia.
Sua prudência, sua sabedoria, sua
modéstia e sua simplicidade valeram-lhe a alta reputação de que ele goza ainda
hoje.
Os reis apelaram para os seus
conselhos. Em 1.706, Charles XII o nomeou assessor no colégio metalúrgico de
Estocolmo, a rainha Ulrique tornou-o nobre, e ele ocupou os lugares mais
honoríficos com distinção, até 1.743, época em que ele teve a sua primeira
revelação espírita.
Ele estava então com a idade de 55
anos, quando apresentou seu pedido de demissão, sua vontade era ocupar-se mais
com o seu apostolado.
Nesse ano, ele estava em Londres,
quando teve a sua primeira visão: um espírito apareceu-lhe sob uma forma humana
enquanto ele comia, e lhe disse: Não coma muito; apenas o trivial, você há de
concordar que tem que levar em consideração mais a qualidade que o alimento
apresenta.
Um dos pontos fundamentais da doutrina
de Swedenborg repousa sobre o que ele chamou de "as
correspondências". Segundo ele, o mundo espiritual e o mundo natural estão
associados entre si como o interior e o exterior, de tal modo, que as coisas
espirituais e as coisas naturais formam um todo, pôr influxo, e que há entre
elas uma certa correspondência.
Além de extensa cultura e de amplíssima
faculdade mediúnica, Swedenborg possuía também o dom de ver a distância (dupla
vista), como identificável no ocorrido quando, na ocasião em que estava
jantando com Gothenburgo, na companhia de 16 pessoas, pode ele vislumbrar e
descrever com exatidão – o que foi verificado posteriormente, – um incêndio que
se passava na cidade de Estocolmo, distante do local 480 Km, aproximadamente.
Swedenborg ficou conhecido como "o
vidente sueco".
Swedenborg um desses grandes
personagens cuja lembrança estará ligada a História do Espiritismo, do qual foi
um dos primeiros e mais zelosos promotores.
Ä Edward Irving
A história de Edward Irving e sua
experiência, entre 1830 e 1833, com as manifestações espíritas, são de grande
interesse.
Nascido em Annam, em 1792, pertencente
a uma classe pobre de trabalhadores braçais escoceses, teve uma infância e
juventude dura e aplicada aos estudos.
Casou-se com a filha de um ministro
religioso e foi nomeado assistente do mais famoso clérico da Escócia.
Foi então que após receber um convite
de uma pequena igreja escocesa em Halton Garden, distrito de Londres (que
estava sem pastor) que sua eloquência sonora e suas luminosas explicações do
Evangelho começaram a atrair a atenção. Em 1830, ao oeste da Escócia, foram
registrados fenômenos de comunicação entre os sensitivos Campbell e MacDonald.
O pastor escocês mandou um emissário para investigar o caso, verificou-se a
exatidão do mesmo. Logo depois, os Espíritos irromperam na própria igreja de
Irwing.
Devido ao seu próprio modo de pensar
Irwing enfrentou muitas lutas com autoridades de sua igreja. Diante dos fatos
que ocorriam, Irwing passou a sofrer a censura do presbítero. Isso lhe afetou a
saúde de tal maneira que, como disse Conan Doyle: -"Aquele gigante de meia
idade murchou e encolheu."
Ä Andrew Jackson Davis
Nasceu nos Estados Unidos, no dia 11 de
agosto de 1.826, e desencarnou no dia 13 de janeiro de 1.910, em sua residência
de Watertown, em Massachusetts, com 84 anos.
Foi chamado o "Pai do Moderno
Espiritualismo" e de o "Allan Kardec norte-americano".
Sua mediunidade começou no início de
sua adolescência, quando ouvia vozes gentis e agradáveis e desenvolveu uma
límpida clarividência.
Era-lhe possível também fazer diagnósticos
psíquicos de várias enfermidades.
Cada órgão aparecia claramente e com
uma radiação especial e peculiar, que se obscurecia em casos de doenças.
No dia 06 de março de 1.844, ocorreu
com ele um fenômeno de transporte: da localidade de Poughkeepsie, onde residia,
foi levado até as montanhas de Catskill, cerca de 55 Km distante.
Os Espíritos de Galeno e de Swedenborg
apareceram-lhe e revelaram que seriam seus mentores. Foi o primeiro contato que
Andrew Jackson Davies teve com os Espíritos.
Posteriormente, novos fenômenos
surgiram pôr sua mediunidade, como pôr exemplo a xenoglossia (Do grego: xeno =
estrangeiro; e glossa = língua. É o uso de uma língua (escrita ou falada) que
se não aprendeu e que se não conhece em condições normais. O médium influenciado
pôr um Espírito, fala uma língua estrangeira que lhe é pôr inteiro
desconhecida) e a mediunidade erudita, podendo dissertar sobre arqueologia,
história, ciências naturais e literatura.
Mediunizado escreveu vários livros:
"Os Princípios da Natureza" e depois "Filosofia Harmônica",
este ditado pelo Espírito de Swedenborg.
Aos 21 anos de idade sua mediunidade já
havia alcançado um nível muito bom de desenvolvimento. Nessa época consegui
descrever vários fenômenos desencarnatórios, descrevendo a saída da alma do
corpo, ou seja o desligamento do Espírito na hora da morte.
Fez diversas profecias, inclusive sobre
a invenção do automóvel, do avião e da máquina de escrever. Descreveu esses
inventos, muito antes que surgissem no mundo, em sua obra,
"Penetrália".
Em 1.847, previu a manifestação
ostensiva dos Espíritos, o que, praticamente, aconteceu no ano seguinte, em
Hydesville, com as irmãs Fox. Pôr isso ficou conhecido como "O Profeta na
Nova Revelação".
Numa de suas notas, escrita
precisamente em 31 de março de 1.848, escreveu ele: "Esta madrugada um
sopro fresco passou pelo meu rosto, e ouvi uma voz, suave e firme, dizer-me: -
Irmão, foi dado início a um bom trabalho; contempla a demonstração viva que
surge". E ele menciona que pôs-se a cismar qual o significado de tal
mensagem. (Exatamente nessa data, ocorriam os fenômenos em Hydesville com as
irmã Fox).
No final de sua vida, escreveu a obra
"Revelações Divinas na Natureza".
Ao descrever a vida no Mundo
Espiritual, afirmou que lá não havia muita diferença das atividades daqui, a
vida continuava: lá o trabalho científico, o artístico, o literário e o
humanitário, continuam sempre. Descreveu um lugar chamado Summerland, destinado
às crianças desencarnadas, cujos Espíritos precisavam ainda entender o que se
passava com eles. Tudo ali era de acordo com a idade mental das crianças.
Por causa dessa visão, ele fundou o
Primeiro Liceu Espírita, em 25 de janeiro de 1.863, em Dodsworth Hall,
Broadway, New York.
Andrew Jackson Davis é considerado
também o precursor das mocidades espíritas.
Ä Os Fenômenos de Hydesville. As Irmãs
Fox e o ano de 1.848
Os fenômenos de Hydesville, ocorridos
na casa da família Fox, abriram caminho para o advento do Espiritismo.
Em 11 de Dezembro de 1847, John Fox,
pertencente à igreja Metodista, mudou-se para uma pequena casa de madeira no
lugarejo de Hydesville, situada cerca de vinte milhas de Rochester, cidade do
condado de Wayne, estado de Nova York.
John era fazendeiro e com sua família,
que se compunha, além da esposa Margareth Fox, de mais três filhas: Katherine,
ou Katie ou Kate de onze anos; Margareth, de quatorze, e, Leah, que residia em
Rochester, onde lecionava música.
No ano seguinte, isto é, em 1848, mais
exatamente na noite de 28 de março, as meninas começaram a ouvir estranhos
ruídos e arranhões nas paredes, que se foram intensificando, cada vez mais ao
ponto da família Fox não ter mais sossego dentro de casa. Esses "raps"
, como foram denominados mais tarde, começaram a ser notados, com mais
freqüência. Com o decorrer dos dias, os fenômenos começaram a se tornar mais
complexos: os objetos se deslocavam, tudo se mexia e estremecia, haviam
explosões de sons fortes. As meninas diante de tanto barulho, ficaram tão
alarmadas que não queriam mais dormir sozinhas.
Nas três noites seguidas, até 31 de
março de 1.848, os fenômenos se repetiram intensamente, impedindo que os Fox
conciliassem o sono. John Fox deu buscas completas pelo interior e pelo
exterior da casa, mas nada encontrou que explicasse as ocorrências.
Finalmente, na noite de 31 de Março de
1848, houve uma saraivada de sons muito altos e continuados. Kate Fox, na sua
inocência de criança, desafiou a força invisível para que repetisse os estalos
de seus dedos, no que foi imitada. Kate, batendo com os dedos sobre um móvel,
exclamava, em direção ao ponto onde os ruídos eram mais constantes: "Vamos
Old Splitfood, faça o que eu faço". Prontamente as pancadas do
"desconhecido" se fizeram ouvir, em igual número, e paravam quando a
menina também parava.
Margareth brincando disse: " Agora
faça o mesmo que eu: conte um, dois, três, quatro, e ao mesmo tempo dava
pequenas pancadas com os dedos. Foi-lhe plenamente satisfeito esse pedido,
deixando a todos estupefatos e com muito medo".
As meninas supunham tratar-se do
demônio, porisso que o chamavam de "Mr. Splitfood", ou Sr. pé fendido
, que corresponde a "pé de bode".
Depois sua mãe, que acompanhava o
episódio, teve a idéia de fazer algumas perguntas; pediu que fosse indicado,
por meios de pancadas, a idade de suas filhas. As resposta, corretas, não
tardaram. E depois de um diálogo entre sons e golpes, estava assim estabelecida
a telegrafia espiritual, naquela memorável noite de 31 de Março de 1848.
Naquela mesma noite, desejando que o
fenômeno fosse testemunhado por outras pessoas, a família Fox chamou alguns
vizinhos, que também fizeram perguntas e receberam respostas, por meio das
batidas.
Esses acontecimentos se tornaram
conhecidos de toda a localidade.
Um Sr. Chamado Mr. Deusler,
idealizou um alfabeto, para poderem traduzir as pancadas e compreenderem o que
dizia o batedor invisível, sendo que então ele contou a sua história:
Chamava-se Charles B. Rosma;
fora um vendedor ambulante e, hospedado naquela casa, cinco anos antes, pelo
casalBell, foi ali assassinado; A finalidade do crime, foi para roubar
as mercadorias e o dinheiro que trazia, e que o seu corpo fora sepultado no
porão.
Em busca no local indicado, lá
encontraram tábuas, alcatrão, cal, cabelos, utensílios, mas não o esqueleto.
Uma criada dos Bells, chamada Lucrécia
Pulver, declara que viu o vendedor e o descreve; diz que ele chegara à casa
e comenta do seu misterioso desaparecimento. Uma vez, descendo à adega, seu pé
enterrou-se num buraco e, como dissesse isso ao patrão, ele explicou que deviam
ser ratos e foi, apressadamente, fazer os necessários reparos. Ela vira nas
mãos dos patrões objetos da caixa do ambulante.
Arthur Conan Doyle, no seu Livro "História
do Espiritismo", relata que 56 anos depois foi descoberto que alguém
fora enterrado na adega da casa dos Fox. Ao ruir uma parede, crianças que pôr
ali brincavam, descobriram um esqueleto. Os Bells, para maior segurança, haviam
emparedado o corpo, na adega, aonde inicialmente o haviam enterrado.
Em 23 de novembro de 1.904, o
"Boston Journal" noticiava que o esqueleto do homem que possivelmente
produziu as batidas, ouvidas inicialmente pelas irmãs Fox, em 1.848, fora
encontrado e as mesmas estavam, portanto, eximidas de qualquer dúvida com
respeito à sinceridade delas na descoberta da comunicação dos Espíritos.
Diversas comissões se formaram na época
dos acontecimentos com a finalidade de estudar os estranhos fenômenos e
desmascarar a fraude atribuída às Fox. Verificou-se que eles ocorriam na
presença das meninas; atribuiu-se-lhes o poder da mediunidade. Nenhuma
comissão, todavia, conseguiu demonstrar que se tratava de fraude. Os fatos eram
absolutamente verídicos embora tivessem submetido as meninas aos mais rigorosos
e severos exames, atingindo, as vezes, as raias da brutalidade.
As irmãs Fox foram pressionadas. A
Igreja as excomungou como pactuantes com o demônio. Foram acusadas de
embusteiras, e ameaçadas fisicamente diversas vezes.
Em 1.888, ao comemorar os 40 anos dos
fenômenos de Hydesville, Margareth Fox, iludida pôr promessas de favores
pecuniários pelo Cardeal Maning, faz publicar uma reportagem no "New York
Herald" em que afirma que os fenômenos que realizaram eram fraudulentos.
Todavia, no anos seguinte, arrependida, reúne grande público no salão de música
de New York e retrata-se de suas declarações anteriores, não só afirmando que
os fenômenos de Hydesville eram reais, como provocando ainda uma série de
fenômenos de efeitos físicos no salão repleto.
A retratação foi publicada na época.
Consta da Light e do jornal americano, New York Press, de 20 de maio de 1.889.
Uma série progressiva de fenômenos
deram origem à Doutrina Espírita.
O primeiro fato observado foi a
movimentação de objetos diversos, dentre eles, de forma especial, a
movimentação das mesas. Esse fenômeno foi designado vulgarmente pelo nome de
"Mesas Girantes ou Dança das Mesas".
Tal fenômeno parece ter sido notado
primeiramente na América do Norte de forma intensa, propagando-se, na
seqüência, pelos países da Europa, como a França, a Inglaterra, a Holanda, a
Alemanha, chegando até na Turquia, nos meados do século XIX.
Todavia, a História registra que ele
remonta à mais alta antigüidade, tendo-se produzido de formas estranhas, como
ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma causa ostensiva.
A princípio quase que só encontrou
incrédulos, porém, ao cabo de pouco tempo, a multiplicidade das experiências
não mais permitiu lhe pusessem em dúvida a realidade.
Assim como o fenômeno das
"pancadas ou batidas" foi chamado de "raps" ou "echoes",
o das mesas girantes ou moventes, ficou conhecido como "table
moving", para os ingleses, "table volante" ou "table
tournante" para os franceses.
No início, nos Estados Unidos, os
Espíritos se comunicavam através de um processo trabalhoso e de grande
morosidade. Alguém dizia em voz alta o alfabeto, e o Espírito era convidado a
indicar pôr batidas, "raps" ou "echoes", no momento em que
fossem pronunciadas as letras que, reunidas, deviam compor as palavras.
Os próprios Espíritos indicaram, em
fins de 1.850, nova maneira de comunicação: bastava simplesmente que se
colocassem ao redor de uma mesa, em cima da qual se poriam as mãos. Levantando
um dos pés, a mesa daria (enquanto se recitava o alfabeto) uma pancada toda vez
que fosse proferida a letra que servisse ao Espírito para formar as palavras.
Esse processo, ainda que muito lento, produziu excelentes resultados e assim se
chegou às mesas girantes ou falantes.
Há que notar, que a mesa não se
limitava a levantar-se sobre um pé para responder às perguntas que se faziam;
movia-se em todos os sentidos, girava sob os dedos dos experimentadores, às
vezes, se elevava no ar, sem que se descobrissem as forças que a tinham
suspendido.
Em 1853, a Europa inteira tinha as
atenções gerais convergidas para o fenômeno das chamadas mesas girantes e
dançantes, e eram consideradas o maior acontecimento do século, a imprensa
informava e tecia largos comentários acerca das estranhas manifestações. No
meio da aparente futilidade, os Espíritos iam ensinando o que podiam em
condições inadequadas.
O fenômeno, durante muito tempo,
entreteve a curiosidade dos salões. Depois, aborreceram-se dele, pois a gente
frívola que apenas imita a moda, o considerou como simples distração.
Mas o objetivo central estava sendo
cumprido: atrair a atenção do homem inteligente para a Espiritualidade.
As mesas girantes representarão sempre
o ponto de partida da Doutrina Espírita e merecem pôr isso, explicações e
estudos para que, em se conhecendo as causas, facilitadas será a chave para a
decifração dos efeitos mais complexos.
Seria então, que um professor de nome
Rivail, possuidor daquela lógica austera e daquele senso que abriga o espírito
de entusiasmos desarrazoados e de negações a priori, que, diante deste novo
fato, se sentiria desafiado a estudar e a pesquisar mais profundamente tais
fenômenos, dando surgimento posteriormente à Doutrina Espírita.
As observações e as pesquisas espíritas
realizadas pôr Allan Kardec e outros sábios, demonstraram que a causa
inteligente era determinada pelos Espíritos que podiam agir sobre a matéria,
utilizando-se do fluido fornecido pelos médiuns, isto é – meios ou
intermediários entre os Espíritos e os homens, gerando, assim, as manifestações
físicas e as manifestações inteligentes.
Na seqüência, aperfeiçoaram-se os
processos. As comunicações dos Espíritos não se detiveram nas mesas girantes.
Evoluíram para as cestas e pranchetas, nas quais se adaptavam lápis e as
comunicações passaram a ser escritas - era a psicografia indireta.
Posteriormente, eliminaram-se os instrumentos e apêndices; o médium tomando
diretamente o lápis passou a escrever pôr um impulso involuntário e quase
febril – era a psicografia direta.
26 de dezembro de 2011
Estudo - O CORPO HUMANO
O CORPO
HUMANO
O Corpo Físico
·
SISTEMA NERVOSO:
é o conjunto de nervos que possuem os animais. Permite aos seres a
percepção de estímulos, sua transmissão ao cérebro ou às partes distintas do
corpo e sua resposta. Integra e coordena as células, tecidos e órgãos, para que
o organismo atue como uma unidade.
DIVISÃO:
Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico.
·
Sistema
nervoso central:
abrange a medula espinhal e o encéfalo.
O
encéfalo compreende:
protuberância
anular
|
conduz
a corrente nervosa; responsável por atos reflexos: riso, lágrimas, gritos de
dor e expressões emocionais
|
bulbo
raquiano
|
intermediário
entre a medula e o cérebro: deglutição, tosse, ritmo do coração, pressão
sanguínea, centros respiratórios
|
cérebro
|
recepção
de informações e suas respostas; operações psíquicas
|
cerebelo
|
motricidade
|
·
Sistema
nervoso periférico: compõe-se de cordões que se destacam
do eixo nervoso central e se distribuem pelo organismo. Fazem parte desse
sistema:
nervos
cranianos
|
destacam-se
do encéfalo (exemplo: olfativo, óptico, facial etc.) - são doze pares
|
nervos
raquianos
|
nascem
na medula; são trinta e um pares. Exemplo: cervicais, toráxicos, lombares
etc.
|
O
Sistema Nervoso Periférico abrange o Sistema Nervoso Autônomo, que
subdivide-se em:
|
|
Simpático
|
Gânglios
e nervos simpáticos
|
Parassimpático
|
Pneumogástrico,
glossofaríngeo etc.
|
Funcionamento: os órgãos da vida vegetativa
(coração, estômago, rins etc.) recebem inervação dupla, parte do simpático e
parte do parassimpático e, em cada órgão, a ação é antagônica. Ex.: variação de luz nos olhos - aumenta ou
diminui a pupila; o simpático acelera o coração; o parassimpático, retarda-o.
·
SISTEMA GLANDULAR: é o conjunto de glândulas que
compõem o corpo. Glândulas são órgãos ou conjuntos de células que produzem e
secretam substâncias que regulam as funções do organismo. Podem ser: Exócrinas
e Endócrinas.
Glândulas Exócrinas: lançam a secreção no interior de
algum órgão: salivares, gástricas, intestinais, lacrimais, mamárias.
Glândulas Endócrinas: lançam a secreção diretamente na
circulação sanguínea. Produzem os hormônios.
PRINCIPAIS GLÂNDULAS
ENDÓCRINAS:
hipófise
ou pituitária
|
controla
as outras glândulas, o crescimento e inúmeras funções
|
pineal
ou epífise
|
funções
não esclarecidas pela medicina (há vários estudos e hipóteses)
|
timo
|
idem
|
tireóide
|
atinge
o metabolismo celular de todos os tecidos do organismo (exceto cérebro,
testículos, pulmões e retina)
|
paratireóide
|
regula
o cálcio do sangue
|
supra-renais
|
compostas
de MEDULA (secreta a adrenalina, que eleva a pressão sanguínea, acelera a
produção de glicose pelo fígado etc.) e CÓRTEX (hormônios que afetam
característica e comportamento sexual)
|
pâncreas
|
produz
suco pancreático e insulina (passa diretamente ao sangue e controla o nível
de açúcar)
|
gônadas
|
ovários
e testículos
|
·
ESQUEMA
DA UTILIZAÇÃO DO CORPO FÍSICO PELO ESPÍRITO:
1. Os impulsos nervosos
(eletromagnéticos) chegam, através dos nervos, ao córtex cerebral, sendo aí
registrados.
2. Do córtex os impulsos vão ao tálamo,
que funciona como uma chave de ligação entre o córtex e a substância branca.
3. No tálamo, que é comandado diretamente
pelo Espírito, faz o julgamento das necessidades psíquicas da conscientização
desses impulsos ou não.
4. Estando o tálamo com a chave ligada ao
córtex, todas as sensações passam à substância branca e, portanto, são
conscientemente percebidas.
5. O tálamo, por ordem do Espírito, pode
desligar a chave do córtex. Os impulsos continuam chegando normalmente ao
córtex, mas não passam para a substância branca. Por isso o perispírito não
toma conhecimento dos impulsos.
6. As mensagens do Espírito (encarnado ou
desencarnado) chegam ao cérebro por intermédio da glândula pineal (ou epífise),
e vão do corpo físico ao Espírito, conforme o processo acima, pela mesma via.
Na
mediunidade, ao ligar-se, o espírito comunicante pode querer ocultar do médium
o que se passa: desliga a chave do tálamo, e dá-se a mediunidade inconsciente,
pois a comunicação passa diretamente pelo córtex para os nervos,
exteriorizando-se em palavras faladas (psicofonia) ou escritas (psicografia).
No entanto, uma disposição orgânica do médium pode causar essa mediunidade
independente da vontade do Espírito Comunicante.
·
PLEXOS DO SISTEMA NERVOSO:
carotídeo
e cavernoso
|
ligado
ao simpático; suor nas mãos, aumento de sangue no coração, fenômenos visuais
e auditivos
|
cervical
e laríngeo
|
ligado
ao sistema nervoso central; liga-se ao bulbo - deglutição, sucção,
mastigação, saliva, vômito, tosse, espirros, fonação, lágrimas, piscar;
centros automáticos: respiração, circulação do sangue, ritmo cardíaco,
pressão sangüínea
|
braquial
|
espáduas,
braços, antebraços, mãos
|
cardíaco
|
coração,
aorta, artéria pulmonar, sensações de emoção, reflexos sobre todo o organismo
|
epigástrico
ou solar
|
centro
das emoções físicas que não têm ligação com o intelecto racional; reflexo no
fígado, estômago, rins, olhos, cabeça e garganta
|
lombar
|
altura
dos rins; atinge costas, nádegas e parte genital
|
sacro
|
abrange
ânus, pênis, vísceras, nádegas; esgotamento físico e irritabilidade
|
BIBLIOGRAFIA:
Moreira,
H. G. Biologia e Saúde
Pastorino, C. T.
Técnica da Mediunidade
24 de dezembro de 2011
22 de dezembro de 2011
Texto complementar de estudo - Mediunidade - Aspectos Gerais
MEDIUNIDADE
- ASPECTOS GERAIS
CONCEITO DE MEDIUNIDADE: Mediunidade é a
faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre os homens
e os Espíritos. Não é um poder oculto que se desenvolve por meio de práticas
rituais ou pelo poder misterioso de um iniciado ou de um guru. A mediunidade
pertence ao campo da comunicação. Desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação
mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cercam e nos
afetam com as suas vibrações psíquicas e afetivas. Seu desenvolvimento é
cíclico e se processa em forma de espiral (1).
MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS: A Mediunidade é
uma só, é um todo, mas pode ser encarada em seus vários aspectos funcionais,
que são caracterizados como formas variadas de sua manifestação. Kardec dividiu-a, para efeito metodológico, em duas
grandes áreas bem diferenciadas: a mediunidade de efeitos físicos e a mediunidade de
efeitos inteligentes (1).
Dá-se o nome de manifestações físicas àquelas que se traduzem por efeitos
sensíveis, tais como os barulhos, o movimento e o deslocamento dos corpos
sólidos. Podem ser espontâneos ou provocados. Para que a manifestação seja
inteligente é suficiente que prove um ato livre e voluntário, que exprima uma
intenção ou responda a um pensamento (2).
RESUMO HISTÓRICO: A faculdade mediúnica, tanto a natural
como a de prova, não é fenômeno recente, em que o Espiritismo encontra-se no
ápice, mas ao contrário sempre existiu, desde os primórdios da existência do
homem. Por meio dela os Espíritos diretores podem interferir na evolução do
mundo, orientando-o, guiando-o, protegendo-o (3). O Professor J. H. Pires faz
um estudo detalhado em seu livro “O Espírito e o Tempo”.
MEDIUNIDADE NATURAL E DE PROVA:
A terminologia espírita adotada por Kardec é simples e precisa. Mas no tocante
às duas áreas fundamentais dos fenômenos de efeitos inteligentes e físicos,
seria necessário um acréscimo. Além da divisão fenomênica, tínhamos a divisão
funcional. Possuímos, assim, duas áreas de função mediúnica, designadas como
mediunidade generalizada e mediunato. A primeira corresponde à mediunidade que
todos os seres humanos possuem, e a segunda corresponde à mediunidade de
compromisso, ou seja, de médiuns investidos espiritualmente de poderes
mediúnicos para finalidades específicas na encarnação. Correspondem à
mediunidade estática e dinâmica na acepção de Crawford (1).
MEDIUNISMO E MEDIUNIDADE: A expressão
mediunismo, criada por Emmanuel, designa as formas primitivas de mediunidade
que fundamentam as crenças e religiões primitivas. A diferença entre mediunismo
e mediunidade está na conscientização do problema mediúnico. A Mediunidade é o
Mediunismo desenvolvido, racionalizado e submetido à reflexão religiosa e
filosófica e às pesquisas científicas necessárias ao esclarecimento dos
fenômenos, sua natureza e suas leis (1).
BIBLIOGRAFIA:
(1) Pires,
J. H. Mediunidade, caps. I a IV.
(2) Kardec,
A. O Livro dos Médiuns, caps. II e III.
(3) Armond,
E. Mediunidade, cap. III.
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Pensemos Nisso
O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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Vale a pena assistir
Documentário Peixotinho
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Mensagem de Reflexão
"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".
Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel