22 de janeiro de 2016

Culto do Evangelho no lar – 22-01016 – 21:30

Culto do Evangelho no lar – 22-01016 – 21:30
VER E OUVIR

A visão e a audição devem ser educadas, tanto quanto as palavras e as maneiras.
Em visita ao lar de alguém, aprendamos a agradecer o carinho do acolhimento sem nos determos em possíveis desarranjos do ambiente.
Se ouvimos alguma frase imperfeitamente burilada na voz de pessoa amiga, apreciemos a intenção e o sentimento, na elevação em que se articula, sem anotar-lhe o desalinho gramatical.
Veja com bondade e ouça com lógica.
Saibamos ver os quadros que nos cercam, sejam eles quais forem, sem sombra de malícia a tisnar-nos o pensamento.
Registrando anedotas inconvenientes, em torno de acontecimentos e pessoas, tenhamos suficiente coragem de acomodá-las no arquivo do silêncio.
Toda impressão negativa ou maldosa que se transmite aos amigos, em forma de confidência, é o mesmo que propinar lhes veneno através dos ouvidos.
Em qualquer circunstância, é preciso não esquecer que podemos ver e ouvir para compreender e auxiliar.
 (Francisco Cândido Xavier. Da obra: Sinal Verde. -  ditado pelo Espírito André Luiz.)

Evangelho Segundo o Espiritismo
Capitulo 11 - AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

1. Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - “Mestre, qual o mandamento maior da lei? ” - Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. ” (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

PRECE EVOLUIR SEMPRE - Antônio Carlos Gonzaga

PRECE EVOLUIR SEMPRE

Senhor Deus Pai de Amor Puro e de infinda Bondade, que hoje possamos perseverar no caminho do progresso espiritual, através de nossa devoção pura e serviço sincero.
Que saibamos aproveitar cada momento de nossa vivência nesse plano físico, trabalhando em prol do próximo e no auxilio do necessitado.
Que a certeza de uma existência ditosa junto à Vós, faça com que sejamos fieis aos ensinamentos de nosso amado mestre Jesus e assim nossos atos expressem o que temos em nossos corações.
Que a humildade verdadeira esteja viva em nós para servirmos sempre com dedicação e afinco.
Que os medos e incertezas que possuímos, sejam dissipados pela Fé inabalável que temos em Vossa Santa e Sublime Bondade.
Que possamos sempre agradecer por tudo que nos circunda e tenhamos a certeza que o Senhor sempre está conosco.

(Antônio Carlos Gonzaga)

21 de janeiro de 2016

PRECE SUPLICA PELO RECOMEÇO - Antônio Carlos Gonzaga

PRECE SUPLICA PELO RECOMEÇO

Senhor Deus, Pai e Criador do universo, neste momento, ao qual me encontro com os olhos marejados pelas lagrimas da aflição e a carne ferida pelos embates da vida, venho pedir-Lhe, na mais humilde condição de criatura imperfeita que sou, que me envie novas oportunidades de crescimento e de lapidação do espírito, através das provações terrenas e do trabalho enobrecedor de servi-Lo.
Que eu consiga sentir com amor sublime e esperança consoladora as Dádivas Divinas que me envia em cada instante de minha existência e que mesmo quando o orgulho e a vaidade teimarem em obscurecer minha vista, eu possa sempre enxergá-Lo através do coração, e senti-Lo através do espírito.
Que consiga o discernimento necessário para compreender Vossos desígnios e seguir Vossos preceitos com devoção plena.
Que tenha a Fé inabalável e a humildade consolidada para prosseguir perseverando nas Sendas da renovação e na purificação espiritual.
Que consiga sempre atender aos chamados dos aflitos, socorrer os enfermos a amparar os necessitados e que em Vosso Nome, possa propagar a Esperança, semear a Fraternidade e plantar no profícuo terreno da União Universal as flores da alegria e da plenitude do espírito.
Que possa dessedentar os viajores pela fonte infindável da Caridade e saciar a fome pela exemplificação do evangelho de Cristo.
Que os frutos doces da excelsa magnitude de Jesus, possam transmitir o balsamo consolador que tanto carecemos para inspirar nossa jornada redentora e sublime.

(Antônio Carlos Gonzaga)

17 de janeiro de 2016

Livro Evolução em Dois Mundos - Nota Emmanuel


Escrevendo acerca do corpo espiritual, que Allan Kardec denominou períspirito, não se propõe André Luiz traçar esse ou aquele estudo mais profundo, fazendo a discriminação dos princípios que o estruturam, com o fim de equacionar debatidos problemas da filosofia e da religião.
Desde tempos remotos, a Humanidade reconheceu-lhe a existência como organismo sutil ou mediador plástico, entre o espírito e o corpo carnal.
No Egito, era o Ka para os sacerdotes; na Grécia era o eidolon, na evocação das sibilas.
Ontem, Paracelso designava-o como sendo o corpo sidéreo e, não faz muito tempo, foi nomeado como somod nas investigações de Baraduc.
André Luiz, porém, busca apenas acordar em nós outros a noção da imortalidade, principalmente destacando-o, aos companheiros encarnados, qual forma viva da própria criatura humana, presidindo, com a orientação da mente, o dinamismo do casulo celular em que o espírito - viajor da Eternidade- se demora por algum tempo na face da Terra, em trabalho evolutivo, quando não seja no duro labor da própria regeneração. E assim procedeu, acima de tudo, para salientar que, atingindo a maioridade moral pelo raciocínio, cabe a nós mesmos aprimorar-lhe as manifestações e enriquecer-lhe os atributos, porque todos os nossos sentimentos e pensamentos, palavras e obras, nele se refletem, gerando consequências felizes ou infelizes, pelas quais entramos na intimidade da luz ou da sombra, da alegria ou do sofrimento.
Apreciando-lhe a evolução, nosso amigo simplesmente esclarece que o homem não está sentenciado ao pó da Terra, e que da imobilidade do sepulcro se reerguerá para o movimento triunfante, transportando consigo o céu ou o inferno que plasmou em si mesmo.
Em suma, espera tão-somente encarecer que o Espírito responsável, renascendo no arcabouço das células físicas, é mergulhado na carne, qual a imagem na câmara escura, em fotografia, recolhendo, por seus atos, nessa posição negativa, todos os característicos que lhe expressarão a figura exata, no banho de reações químicas efetuado pela morte, de que extrai a soma de experiências para a sua apresentação positiva na realidade maior.
O apóstolo Paulo, no versículo 44 do capítulo 15 de sua primeira epístola aos coríntios, asseverou, convincente:
-"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual."
-Nessa preciosa síntese, encontramos no verbo "semear" a ideia da evolução filogenética do ser e, dentro dela, o corpo físico e o corpo espiritual como veículos da mente em sua peregrinação ascensional para Deus.
É para semelhante verdade que André Luiz nos convida a atenção, a fim de que por nossa conduta reta de hoje possamos encontrar a felicidade pura e sublime, ao sol de amanhã.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 21 de julho de 1958)
Livro “Evolução em Dois mundos”

Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. - Autor Espiritual: André Luiz.

15 de janeiro de 2016

Culto no Lar 15/01/2016 – 21:30

Culto no Lar 15/01/2016 – 21:30

Sinal verde — Chico Xavier - André Luiz

26  - Em torno da felicidade
 Em matéria de felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos.
Quem se aceita como é, doando de si à vida o melhor que tem, caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
A alegria do próximo começa muitas vezes no sorriso que você lhe queira dar.
A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranquila.
Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano que você haja causado em prejuízo de alguém.
Estude a si mesmo, observando que o autoconhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.
Amor é a força da vida e trabalho vinculado ao amor é a usina geradora da felicidade.
Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade está chamando o seu coração para vida nova.
Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão no jardim.

Evangelho Segundo o Espiritismo

Capítulo 12 – Amai os Vossos Inimigos
Pagar o Mal com o Bem
4 – Amar aos inimigos é um absurdo para os incrédulos. Aquele para quem a vida presente é tudo, só vê no seu inimigo uma criatura perniciosa, a perturbar-lhe o sossego, e do qual somente a morte o pode libertar. Daí o desejo de vingança. Não há nenhum interesse em perdoar, a menos que seja para satisfazer o seu orgulho aos olhos do mundo. Perdoar, até mesmo lhe parece, em certos casos, uma fraqueza indigna da sua personalidade. Se não se vinga, pois, nem por isso deixa de guardar rancor e um secreto desejo de fazer o mal.
Para o crente, e mais ainda para o espírita, a maneira de ver é inteiramente diversa, porque ele dirige o seu olhar para o passado e o futuro, entre os quais, a vida presente é um momento apenas. Sabe que, pela própria destinação da Terra, nela devem encontrar homens maus e perversos; que as maldades a que está exposto fazem parte das provas que deve sofrer. O ponto de vista em que se coloca torna-lhe as vicissitudes menos amargas, quer venham dos homens ou das coisas. Se não se queixa das provas, não deve queixar-se também dos que lhe servem de instrumentos. Se, em lugar de lamentar, agradece a Deus por experimentá-lo, deve também agradecer a mão que lhe oferece a ocasião de mostrar a sua paciência e a sua resignação. Esse pensamento o dispõe naturalmente ao perdão. Ele sente, aliás, que quanto mais generoso for, mais se engrandece aos próprios olhos e mais longe se encontra do alcance dos dardos do seu inimigo.

O homem que ocupa no mundo uma posição elevada não se considera ofendido pelos insultos daquele que olha como seu inferior. Assim acontece com aquele que se eleva, no mundo moral, acima da humanidade material. Compreende que o ódio e o rancor o envileceriam e rebaixariam, pois, para ser superior ao seu adversário, deve ter a alma mais nobre, maior e mais generosa.

12 de janeiro de 2016

SONETO DA DIVINA NATUREZA

SONETO DA DIVINA NATUREZA
Neste singelo despertar do dia
O sol aquecendo a todos sorriu
Nascendo no horizonte e surgiu
Trazendo-nos sua sublime alegria

A brisa suave que as folhas balança
O vento docemente acariciando as flores
Num espetáculo de cheiros e cores
É a natureza em harmoniosa dança

As nuvens sorridentes a brincar
Em vários formatos a se transformar
No belo espetáculo da renovação

Arvores dedicam seus frutos com singeleza
Na oferta pura e excelsa da natureza
Na primavera do coração

(Antônio Carlos )

O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 13

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Emprego da riqueza (III)
Sendo o homem o depositário, o administrador dos bens que Deus lhe pôs nas mãos, contas severas lhe serão pedidas do emprego que lhes haja ele dado, em virtude do seu livre-arbítrio. O mau uso consiste em os aplicar exclusivamente na sua satisfação pessoal; bom é o uso, ao contrário, todas as vezes que deles resulta um bem qualquer para outrem. O merecimento de cada um está na proporção do sacrifício que se impõe a si mesmo. A beneficência é apenas um modo de empregar-se a riqueza; ela dá alívio à miséria presente; aplaca a fome, preserva do frio e proporciona abrigo ao que não o tem. Dever, porém, igualmente imperioso e meritório é o de prevenir a miséria. Tal, sobretudo, a missão das grandes fortunas, missão a ser cumprida mediante os trabalhos de todo gênero que com elas se podem executar. Nem, pelo fato de tirarem desses trabalhos legítimo proveito os que assim as empregam, deixaria de existir o bem resultante delas, porquanto o trabalho desenvolve a inteligência e exalça a dignidade do homem, facultando-lhe dizer, altivo, que ganha o pão que come, enquanto a esmola humilha e degrada. A riqueza concentrada em uma mão deve ser qual fonte de água viva que espalha a fecundidade e o bem-estar ao seu derredor. Ó vós, ricos, que a empregardes segundo as vistas do Senhor! O vosso coração será o primeiro a dessedentar-se nessa fonte benfazeja; já nesta existência fruireis os inefáveis gozos da alma, em vez dos gozos materiais do egoísta, que produzem no coração o vazio. Vossos nomes serão benditos na Terra e, quando a deixardes, o soberano Senhor vos dirá, como na parábola dos talentos: “Bom e fiel servo, entra na alegria do teu Senhor.” Nessa parábola, o servidor que enterrou o dinheiro que lhe fora confiado é a representação dos avarentos, em cujas mãos se conserva improdutiva a riqueza. Se, entretanto, Jesus fala principalmente das esmolas, é que naquele tempo e no país em que ele vivia não se conheciam os trabalhos que as artes e a indústria criaram depois e nas quais as riquezas podem ser aplicadas utilmente para o bem geral. A todos os que podem dar, pouco ou muito, direi, pois: dai esmola quando for preciso; mas, tanto quanto possível, convertei-a em salário, a fim de que aquele que a receba não se envergonhe dela. — Fénelon. (Argel, 1860.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 13.)

10 de janeiro de 2016

mensagem psicografada

Estude, aprenda e sirva, recebeste o convite para agremiar-se ao colégio do Mestre, e para tornar-se seu aprendiz, necessário se faz modificar sua conduta e vivenciar seu evangelho.


As flores que perfumam nossos caminhos só conseguem se transformar após sofrerem a pressão da terra e romper a casca do passado.



A terra sem utilidade torna-se monturo, aguardando que a enxada possa torna-la apta para o plantio.



O terreno de nosso coração torna-se duro e seco pelos medos e desventuras, mas o Cristo, o Bom Jardineiro, apresenta a enxada da fé para remover nossa condição inerte e convoca-nos a propagar a esperança pelas sementes do amor.



O amor sincero motiva e eleva e se representa no auxilio e na serventia ao próximo.



Quando o amor aprisiona e fere, nada mais é que o orgulho se manifestando, qual a âncora do egoísmo jogada ao mar , impossibilitando que o navio do progresso continue sua jornada pelo oceano da evolução.



Aquele que deseja receber deve aprender a doar, pois com as mãos fechadas é impossível semear ou colher.


(Antonio Carlos Gonzaga)

Confia - Mensagem psicografada

Se desejas algo com o coração, confia, trabalha e espera.

O amor sincero sobrevive as linhas do tempo e do espaço, se não tens o que desejas no momento, não se exaspere, pois o fruto apenas apresenta-se apto para o consumo na estação adequada de sua colheita.

A incerteza do futuro deve ser motivo de perseverança para fazer o melhor e não escusa simples para manter-se na inercia. 

Lembre-se que se não fosse pela busca da melhoria, ainda não saberíamos acender uma chama. 
(Antônio Carlos Gonzaga)

8 de janeiro de 2016

Culto do Evangelho no Lar - 08-01-16 21:30

CONVÉM  REFLETIR
"Mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar."
 (Tiago, 1:19)
Analisar, refletir, ponderar são modalidades do ato de ouvir. É indispensável que a criatura esteja sempre disposta a identificar o sentido das vozes, sugestões e situações que a rodeiam.
Sem observação, é impossível executar a mais simples tarefa no ministério do bem. Somente após ouvir, com atenção, pode o homem falar de modo edificante na estrada evolutiva.
Quem ouve, aprende. Quem fala, doutrina. Um guarda, outro espalha. Só aquele que guarda, na boa experiência, espalha com êxito. O conselho do apostolo é, portanto, de imorredoura oportunidade.
E forçoso é convir que, se o homem deve ser pronto nas observações e comedido nas palavras, deve ser tardio em irar-se.
Certo, o caminho humano oferece, diariamente, variados motivos a ação enérgica; entretanto, sempre que possível, é útil adiar a expressão colérica para o dia seguinte, porquanto, por vezes, surge a ocasião de exame mais sensato e a razão da ira desaparece.
Tenhamos em mente que todo homem nasce para exercer uma função definida. Ouvindo sempre, pode estar certo de que atingira serenamente os fins a que se destina, mas, falando, é possível que abandone o esforço ao meio, e, irando-se, provavelmente não realizara coisa alguma.
( Francisco Cândido  Xavier,. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel)
   
Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XI -  Amar ao Próximo com a si mesmo
Dai a César o que é de César
5. Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. - Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo?
Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu: Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? - De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. - S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)
6. A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: "É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?"
Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas "Jesus, que lhes conhecia a malícia", contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido. (Veja-se, na "Introdução", o artigo: Publicanos.)
7. Esta sentença: "Dai a César o que é de César", não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é consequente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, itens 8 a 10.

Não vades ter com os gentios
Jesus enviou seus doze apóstolos, depois de lhes haver dado as instruções seguintes: Não procureis os gentios e não entreis nas cidades dos samaritanos. — Ide, antes, em busca das ovelhas perdidas da casa de Israel; — e, nos lugares onde fordes, pregai, dizendo que o reino dos céus está próximo. (S. MATEUS, cap. X, vv. 5 a 7.)
Em muitas circunstâncias, prova Jesus que suas vistas não se circunscrevem ao povo judeu, mas que abrangem a Humanidade toda. Se, portanto, diz a seus apóstolos que não vão ter com os pagãos, não é que desdenhe da conversão deles, o que nada teria de caridoso; é que os judeus, que já acreditavam no Deus uno e esperavam o Messias, estavam preparados, pela lei de Moisés e pelos profetas, a lhes acolherem a palavra. Com os pagãos, onde até mesmo a base faltava, estava tudo por fazer e os apóstolos não se achavam ainda bastante esclarecidos para tão pesada tarefa. Foi por isso que lhes disse: “Ide em busca das ovelhas transviadas de Israel”, isto é, ide semear em terreno já arroteado. Sabia que a conversão dos gentios se daria a seu tempo. Mais tarde, com efeito, os apóstolos foram plantar a cruz no centro mesmo do Paganismo.
Essas palavras podem também aplicar-se aos adeptos e aos disseminados do Espiritismo. Os incrédulos sistemáticos, os zombadores obstinados, os adversários interessados são para eles o que eram os gentios para os apóstolos. Que, pois, a exemplo destes, procurem, primeiramente, fazer prosélitos entre os de boa vontade, entre os que desejam luz, nos quais um gérmen fecundo se encontra e cujo número é grande, sem perderem tempo com os que não querem ver, nem ouvir e tanto mais resistem, por orgulho, quanto maior for a importância que se pareça ligar à sua conversão. Mais vale abrir os olhos a cem cegos que desejam ver claro, do que a um só que se compraza na treva, porque, assim procedendo, em maior proporção se aumentará o número dos sustentadores da causa. Deixar tranqüilos os outros não é dar mostra de indiferença, mas de boa política. Chegar-lhes-á a vez, quando estiverem dominados pela opinião geral e ouvirem a mesma coisa incessantemente repetida ao seu derredor. Aí, julgarão que aceitam voluntariamente, por impulso próprio, a idéia, e não por pressão de outrem. Depois, há idéias que são como as sementes: não podem germinar fora da estação apropriada, nem em terreno que não tenha sido de antemão preparado, pelo que melhor é se espere o tempo propício e se cultivem primeiro as que germinem, para não acontecer que abortem as outras, em virtude de um cultivo demasiado intenso.
Na época de Jesus e em conseqüência das idéias acanhadas e materiais então em curso, tudo se circunscrevia e localizava. A casa de Israel era um pequeno povo; os gentios eram outros pequenos povos circunvizinhos. Hoje, as idéias se universalizam e espiritualizam. A luz nova não constitui privilégio de nenhuma nação; para ela não existem barreiras, tem o seu foco em toda a parte e todos os homens são irmãos. Mas, também, os gentios já não são um povo, são apenas uma opinião com que se topa em toda parte e da qual a verdade triunfa pouco a pouco, como do Paganismo triunfou o Cristianismo. Já não são combatidos com armas de guerra, mas com a força da idéia.


 (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, itens 8 a 10.)

O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 6.

Causas anteriores das aflições (I)

Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há também aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família. Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.
Os que nascem nessas condições, certamente nada hão feito na existência atual para merecer, sem compensação, tão triste sorte, que não podiam evitar, que são impotentes para mudar por si mesmos e que os põe à mercê da comiseração pública. Por que, pois, seres tão desgraçados, enquanto, ao lado deles, sob o mesmo teto, na mesma família, outros são favorecidos de todos os modos?
Que dizer, enfim, dessas crianças que morrem em tenra idade e da vida só conheceram sofrimentos? Problemas são esses que ainda nenhuma filosofia pôde resolver, anomalias que nenhuma religião pôde justificar e que seriam a negação da bondade, da justiça e da providência de Deus, se se verificasse a hipótese de ser criada a alma ao mesmo tempo que o corpo e de estar a sua sorte irrevogavelmente determinada após a permanência de alguns instantes na Terra. Que fizeram essas almas, que acabam de sair das mãos do Criador, para se verem, neste mundo, a braços com tantas misérias e para merecerem no futuro uma recompensa ou uma punição qualquer, visto que não hão podido praticar nem o bem, nem o mal?
Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. Por outro lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, se somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito noutra. É uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus.
O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual; mas não escapa nunca às consequências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado. O infortúnio que, à primeira vista, parece imerecido tem sua razão de ser, e aquele que se encontra em sofrimento pode sempre dizer: “Perdoa-me, Senhor, porque pequei.”

 (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 6.)

6 de janeiro de 2016

Perceber - Mensagem 06012016


Nosso erro é sempre sofrer pelo que imaginamos poder ter vivido ao lado da outra pessoa e não vivemos, quando na verdade aquele instante era o que necessitávamos sentir. 


As vezes achamos que um olhar que recebemos do ente querido é pouco, mas não percebemos que foi graças aquele olhar amoroso que a chama da esperança voltou a aquecer nossa alma.

Mesmo com nossos planejamentos individuais e provações pessoais, a Misericórdia Divina nos concede um instante de reencontro, pois as almas que se amam verdadeiramente se buscam e mesmo que por um segundo no relógio da existência, conseguem vivenciar o amor de sua vida.

Não chore pelo que não viveu nesta existencia ao lado de quem amas, mas , sorria pelos instantes que estiveram juntos, pois se encontrastes a alma que amas, com certeza, tens muito a agradecer.


(Pelo espírito de Antônio Carlos Gonzaga)

O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 10.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
O ódio

Amai-vos uns aos outros e sereis felizes. Tomai sobretudo a peito amar os que vos inspiram indiferença, ódio ou desprezo. O Cristo, que deveis considerar modelo, deu-vos o exemplo desse devotamento. Missionário do amor, ele amou até dar o sangue e a vida por amor. Penoso vos é o sacrifício de amardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, precisamente, esse sacrifício é que vos torna superiores a eles. Se os odiásseis, como vos odeiam, não valeríeis mais do que eles. Amá-los é a hóstia imácula que ofereceis a Deus na ara dos vossos corações, hóstia de agradável aroma e cujo perfume lhe sobe até o seio. Se bem a lei de amor mande que cada um ame indistintamente a todos os seus irmãos, ela não couraça o coração contra os maus procederes; esta é, ao contrário, a prova mais angustiosa, e eu o sei bem, porquanto, durante a minha última existência terrena, experimentei essa tortura. Mas Deus lá está e pune nesta vida e na outra os que violam a lei de amor. Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele. — Fénelon, (Bordéus, 1861.)


 (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 10.)

5 de janeiro de 2016

Mensagem do Dia


Se anseias receber os préstimos sublimes do Pai Maior, deves aprender a doar com amor e alegria, pois para que a mão possa granjear algo, faz-se mister que esteja aberta.
O lar é o educandário divino, onde o aluno aplicado aprende o valor das palavras e das ações e ainda que sejas ofendido por quem mais tens apreço, agradeça o momento, pois mesmo que não consigas rememorar sobre os débitos de equívocos pregressos, ainda assim, não estará adquirindo novas dívidas por precipitação e orgulho.
Lembre-se que aquele que ofende é o credor que bate à porta exigindo-te o ressarcimento, sendo assim age com prudência e cumpre teu compromisso.
Que a luzir do sol da esperança, possa sempre envolver-te com o manancial da sobriedade, aquecendo-te o coração e iluminando-te o entendimento, onde possas assim vivenciar em singeleza a oferta sublime do Criador, e alegrar-se com a certeza de um porvir mais auspicioso, decorrente de suas atitudes presentes.
Caminha, persevera e trabalha, lembre-se que para tornar-se mais produtiva a terra deve ser removida de sua condição cômoda e servir sem questionar.
Segue o exemplo do Cristo e mesmo que o cálice amargo da ofensa lhe venha a ser ofertado, aceite os desígnios do Pai, pois enaltecer a fé em mar calmo e sereno é fácil, mas a verdadeira fé consolida-se envolta pelo mar bravio da expiação.
(Antônio Carlos Gonzaga)

15 de dezembro de 2015

Assistam: video sobre a familia fox

 https://www.youtube.com/watch?v=2pGAq9_owXA

Os 15 Princípios básicos do Espiritismo à luz do Evangelho

Os 15 Princípios básicos do Espiritismo à luz do Evangelho
01: Deus
02: Jesus
03: Espírito
04: Perispírito
05: Evolução
06: Livre-arbítrio
07: Causa e Efeito
08: Reencarnação
09: Pluralidade dos mundos habitados
10: Imortalidade da alma
11: Vida futura
12: Plano Espiritual
13: Mediunidade
14: Influência dos Espíritos em nossa vida
15: Ação dos Espíritos na Natureza
01. DEUS
O QUE É:
"Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas." (LE, questão 01.)
ATRIBUTOS:
"Eterno, imutável, único, onipotente, soberanamente justo e bom." (LE, questão 13.)

02. JESUS
"Guia e modelo mais perfeito para o homem." (LE 625)

03. ESPÍRITO
SER INTELIGENTE DA CRIAÇÃO-(LE-76)
PRINCÍPIO INTELIGENTE DO UNIVERSO.CRIADO SIMPLES IGNORANTE-(LE-115)

04. PERISPÍRITO
- "Substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e liga a alma ao corpo."
(LE- 135, item 3o.)- "Tem a forma que o Espírito queira." (LE- 95)

05. EVOLUÇÃO
"São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada." (LE- 114)

06. LIVRE-ARBÍTRIO
"O homem tem a liberdade de pensar e de agir. Sem o livre-arbítrio, ele seria maquina." (LE-843)

07. CAUSA E EFEITO
"Deus tem suas leis a regerem todas as vossas ações. Se as violais, vossa é a culpa. A punição é o resultado da infração da lei." (LE-964)

08. REENCARNAÇÃO
- "Consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas" (LE- 171)
- "Para expiação e melhoramento progressivo da humanidade. Sem isto, onde a justiça?" (LE-167)

09. PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
"São habitados todos os globos que se movem no espaço e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição." (LE -55)

10. IMORTALIDADE DA ALMA
- "A existência dos Espíritos não tem fim."
- "É tudo o que podemos, por agora, dizer." (LE- 83)

11. VIDA FUTURA
"O sentimento de uma existência melhor reside no foro intimo de todos os homens." "A vida futura implica a conservação da nossa individualidade, após a morte." (LE- 959)

12. PLANO ESPIRITUAL
- "No instante da morte, a alma volta a ser Espírito, isto é, volve ao mundo dos Espíritos, donde se apartara momentaneamente." (LE -149)
- "Os espíritos estão por toda parte. Nem todos, porem, vão a toda parte, por isso que há regiões interditas aos menos adiantados."(LE- 87)

13. MEDIUNIDADE
"Faculdade inerente ao homem. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influencia dos Espíritos é, por esse fato, médium." (LM- item 159 - cap XIV)

14. INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSA VIDA
- "Influem muito mais do que imaginais. A tal ponto que de ordinário são eles que vos dirigem."(LE- 459)
"Tendes muito deles de continuo a vosso lado, observando-vos e sobre vós atuando, sem o perceberdes." (LE- 87)

15. AÇÃO DOS ESPÍRITOS NA NATUREZA
- "Deus não exerce ação direta sobre a matéria." (LE- 536-b)
- "Os espíritos são uma das potencias da natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução dos seus desígnios providenciais." (LE- 87)

6 de dezembro de 2015

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental Tomo I - Roteiro 1

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

Programa Fundamental Tomo I

Módulo I – Introdução ao Estudo do Espiritismo

O contexto histórico do século XIX na Europa

O século XIX representou uma dessas épocas em que fomos especialmente abençoados pela bondade superior, a despeito de todas as dificuldades assinaladas nesse período. Além das enormes contribuições culturais recebidas, fomos imensamente distinguidos pelo advento do Espiritismo, materializado no mundo físico pelo trabalho inestimável do professor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail que, ao codificar a Doutrina Espírita, adotou o pseudônimo de Allan Kardec.
Entretanto, é o século que dá início aos grandes movimentos revolucionários europeus que derrubaram o absolutismo, implantaram a economia liberal e extinguiram o antigo sistema colonial, movimentos esses apoiados nas ideias renovadoras da Filosofia e da Ciência, divulgadas no século XVIII por Espíritos reformadores, denominados iluministas e enciclopedistas. Tais ideias, de acordo com o Espírito Emmanuel, constituíram a base para que fossem combatidos, no século XIX, os [...] erros da sociedade e da política, fazendo soçobrar os princípios do direito divino, em nome do qual se cometiam todas as barbaridades. Vamos encontrar nessa plêiade de reformadores os vultos veneráveis de Voltaire [1694- 1778], Montesquieu [1689-1755], Rousseau [1712- 1778], D´Alembert [1717-1783], Diderot [1713-1784], Quesnay [1694-1774]. Suas lições generosas repercutem na América do Norte, como em todo o mundo. Entre cintilações do sentimento e do gênio, foram eles os instrumentos ativos do mundo espiritual, para regeneração das coletividades terrestres 14. Enfatiza, ainda, Emmanuel que [...] foi dos sacrifícios desses corações generosos que se fez a fagulha divina do pensamento e da liberdade, substância de todas as conquistas sociais de que se orgulham os povos modernos 14.
Os Estados Unidos foram a primeira nação a absorver efetivamente o pensamento renovador dos iluministas. Assim é que, após alguns incidentes com a metrópole – Grã-Bretanha –, os americanos proclamam a sua independência política, em 4 de julho de 1776, tendo sido organizada, posteriormente, a Constituição de Filadélfia, modelo dos códigos democráticos do futuro 15.
A independência americana repercutiu intensamente na França, acendendo o [...] mais vivo entusiasmo no ânimo dos franceses, humilhados pelas mais prementes dificuldades, depois do extravagante reinado de Luís XV 16. Em consequência, desencadeou-se um poderoso movimento revolucionário em 1789 – a Revolução Francesa –, considerada o marco que separa Idade Moderna da atual, a Contemporânea. Os sucessivos progressos culturais em todos os campos do saber humano, desencadeados pela Revolução Francesa, foram tão marcantes que o século XIX entrou para a história como sendo o Século da Razão, assim como o século XVIII é denominado o Século das Luzes.
No contexto da história da civilização ocidental europeia [...] o século XIX, tal como os historiadores o delimitam, ou seja, o período compreendido entre o fim das guerras napoleônicas e o início do primeiro conflito mundial [...], é um dos séculos mais complexos [...] 7, marcado por um período de profundas transformações político-sociais e econômicas, as quais tiveram o poder de influenciar gerações posteriores.

1. O contexto histórico europeu do século XIX

1.1 A Revolução Francesa e as suas consequências
 No apagar das luzes do século XVIII, a França, uma monarquia governada por Luiz XVI, é ainda um país agrário, com industrialização incipiente. A sociedade francesa está constituída de três grupos sociais básicos: o clero, a nobreza e a burguesia. O clero, cognominado de Primeiro Estado, representava 2% da população total e era isento de impostos. Havia um grande desnível entre o alto clero, de origem nobre e possuidor de grandes rendimentos originários das rendas eclesiásticas, e o baixo clero, de origem plebeia, reduzido à própria subsistência. A nobreza, conhecida como Segundo Estado, fazia parte dos 2,5% de uma população de 23 milhões de habitantes. Não pagava impostos e tinha acesso aos cargos públicos. Subdividia-se em alta nobreza, cujos rendimentos provinham dos tributos senhoriais, das pensões reais e dos cargos na corte; em nobreza rural, que possuía direitos de senhorio e de exploração agrícola, e em nobreza burocrática, de origem burguesa, que ocupava os altos postos administrativos. Cerca de 95% da população – que incluía desde ricos comerciantes até camponeses – formavam o Terceiro Estado, que englobava a burguesia (fabricantes, banqueiros, comerciantes, advogados, médicos), os artesãos, o proletariado industrial e os camponeses. Os burgueses tinham poder econômico, devido, principalmente, às atividades industriais e financeiras.
No entanto, igualada ao povo, a burguesia não tinha direito de participação política nem de ascensão social. Foi essa situação que desencadeou uma série de conflitos, que culminaram com a Revolução Francesa, de 14 de julho de 1789 3.
A despeito dos inegáveis benefícios sociais e políticos produzidos pela Revolução Francesa, entre eles a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, seguiram-se anos de terror, que favoreceram o golpe de estado executado por Napoleão Bonaparte, no final do século XVIII. Os sublimes ideais da Revolução Francesa foram desvirtuados, em razão do abuso do poder exercido por aqueles que assumiram o governo do país. Segundo Emmanuel, naqueles anos de terror, a [...] França atraía para si as mais dolorosas provações coletivas nessa torrente de desatinos.
Com a influência inglesa, organiza-se a primeira coligação europeia contra o nobre país [França]. [...] Também no mundo espiritual reúnem-se os gênios da latinidade, sob a bênção de Jesus, implorando a sua proteção e misericórdia para a grande nação transviada. Aquela que fora a corajosa e singela filha de Domrémy [Joanna D´Arc] volta ao ambiente da antiga pátria, à frente de grandes exércitos de Espíritos consoladores, confortando as almas aflitas e aclarando novos caminhos. Numerosas caravanas de seres flagelados, fora do cárcere material, são por ela conduzidos às plagas da América, para as reencarnações regeneradoras, de paz e de liberdade 17.
Entre o final do século XVIII e o início do século XIX (1799 a 1815), a política europeia está centrada na figura carismática de Napoleão Bonaparte, um dos grandes chefes militares da História, administrador talentoso, que, entre outras reformas civis, promulga uma nova Constituição; reestrutura o aparelho burocrático; cria o ensino controlado pelo Estado (ensino público); declara leigo o Estado, separando-o, assim, da religião; promulga o Código Napoleônico – que garante a liberdade individual, a igualdade perante a lei, o direito à propriedade privada, o divórcio – e adota o primeiro Código Comercial 3.
No que diz respeito às ações deste imperador francês, lembra-nos Emmanuel que [...] as atividades de Napoleão pouco se aproximaram das ideias generosas que haviam conduzido o povo francês à revolução. Sua história está igualmente cheia de traços brilhantes e escuros, demonstrando que a sua personalidade de general manteve-se oscilante entre as forças do mal e do bem. Com as suas vitórias, garantia a integridade do solo francês, mas espalhava a miséria e a ruína no seio de outros povos. No cumprimento da sua tarefa, organizava-se o Código Civil, estabelecendo as mais belas fórmulas do direito, mas difundiam-se a pilhagem e o insulto à sagrada emancipação de outros, com o movimento dos seus exércitos na absorção e anexação de vários povos. Sua fronte de soldado pode ficar laureada, para o mundo, de tradições gloriosas, e verdade é que ele foi um missionário do Alto, embora traído em suas próprias forças [...] 18.
Após Napoleão, a França passa por um novo período de transformações históricas, uma vez que [...] vários princípios liberais da Revolução foram adotados, tais como a igualdade dos cidadãos perante a lei, a liberdade de cultos, estabelecendo- se, a par de todas as conquistas políticas e sociais, um regime de responsabilidade individual no mecanismo de todos os departamentos do Estado. A própria Igreja, habituada a todas as arbitrariedades na sua feição dogmática, reconheceu a limitação dos seus poderes junto das massas, resignando-se com a nova situação 19.
O movimento democrático na França mistura política e literatura. Assim, numerosos escritores se engajam na luta política e social, através de suas obras e ação. Desse modo, Lamartine e Víctor Hugo são eleitos deputados, tornando-se o próprio Lamartine – que muito contribuiu para o advento da República – chefe do governo provisório. Muitos desses escritores, como Zola, militam na causa republicana ou socialista 8.
Sob o regime da Restauração, as questões mais importantes são as de ordem política: o partido liberal exige a aplicação da Carta (Constituição) e um alargamento da liberdade que ela garante. Os liberais, como Stendhal e Paul-Louis Courier, são anticlericais. Chateaubriand torna-se liberal, e prevê o advento da Democracia 9.
1.2 A Revolução Industrial e as suas repercussões
Outra revolução, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, a Revolução Industrial, acarretou profundas transformações na sociedade, modificando a feição das relações humanas dentro e fora dos países. Serviu de alavanca para o progresso tecnológico que presenciamos nos dias atuais, pela invenção de máquinas e de equipamentos cada vez mais sofisticados. Propiciou o desenvolvimento das relações internacionais, em especial nas áreas econômicas, comerciais e políticas, transformando o mundo numa aldeia global. Conduziu à urbanização de ajuntamentos humanos e à construção de modernos cercamentos (propriedades rurais). Desenvolveu a rede de comunicações de curta e de longa distância, principalmente pelo emprego inteligente da energia elétrica e da eletrônica.
Ampliou os meios de transportes, em especial o marítimo e o aéreo. Favoreceu as pesquisas médico-sanitárias voltadas para o controle das doenças epidêmicas, resultando no aumento das faixas da sobrevida humana 4.
A Revolução Industrial, no entanto, produziu igualmente várias distorções e malefícios, de certa forma esperados, se se considerar o relativo atraso moral da nossa Humanidade. Os principais desequilíbrios produzidos pela Revolução Industrial são, essencialmente, decorrentes das relações trabalhistas, infelizmente caracterizadas pela exploração do trabalho e pelas deficientes condições de segurança e higiene laborais, ocorridas em gradações diversas 4.
É oportuno considerar que os ideais da Revolução Francesa e os princípios da Revolução Industrial se espalharam, como um rastilho de pólvora, por todo o continente europeu, estimulando revoluções liberais, que incitavam a burguesia e os trabalhadores a ações contra o poder constituído. A Europa do século XIX assemelha-se a um caldeirão em constante ebulição, afetando o cotidiano das pessoas, em decorrência das contínuas mudanças no campo das ideias, na organização das instituições, na definição das formas de governo, e em virtude dos embates político-sociais, das conquistas científicas e tecnológicas, das planificações educativas, dos questionamentos religiosos e filosóficos.
1.3 Manifestações artísticas e culturais do século XIX
As atividades artísticas e culturais do século XIX revelam uma preferência predominantemente romântica. O romantismo influencia as ideias políticas e sociais abraçadas pela burguesia revolucionária da primeira metade do século, associando as manifestações românticas aos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. A inspiração do artista romântico era buscada junto das pessoas simples, numa manifestação antielitista e antiaristocrata. Pesquisava-se a cultura popular e o folclore para a produção de pinturas, esculturas e peças musicais.
As obras românticas de caráter épico destacam o heroísmo. O ideário artístico estava diretamente relacionado à realidade das lutas políticas e sociais da época: os sacrifícios da população, o sangue derramado nas batalhas e até as dificuldades encontradas nas disputas amorosas 5.
No que diz respeito à produção literária, sobressai, na Alemanha, o poeta Göethe (1749-1832), que, em Fausto – uma de suas mais importantes obras –, enaltece a liberdade individual, tema repetido em seus demais trabalhos 5.
Na França, destaca-se a figura de Víctor Hugo, que ocupa lugar excepcional na história das letras francesas. Grande parte de sua obra é popular pelas ideias sociais que difunde, e pelos sentimentos humanos, nobres e simples que ela canta. No livro Napoleão, o Pequeno, Víctor Hugo critica o governo de Napoleão III. Em Os Miseráveis, denuncia, como ninguém até então fizera, o estado de penúria dos pobres 13.
As artes plásticas, inspiradas no classicismo greco-romano, têm como exemplos mais importantes o Arco do Triunfo e as colunas existentes em Paris, construídas por ordem de Napoleão Bonaparte. Jacques-Louis David (1746-1828) legou à posteridade famoso quadro sobre o assassinato de Jean-Paul Marat, um dos líderes da Revolução Francesa.
O pintor francês Eugène Delacroix (1798-1863) – líder do movimento romântico na pintura francesa – retrata no quadro A Liberdade uma mulher que, segurando a bandeira tricolor francesa, guia o povo nas dramáticas jornadas revolucionárias 5.
No campo das composições musicais ocorre uma reviravolta. O virtuosismo do século anterior é substituído por interpretações musicais de forte colorido emocional.
A música para os românticos não era só uma obra de arte, mas um meio de comunicação com o estado de alma. Os grandes compositores românticos captam e executam peças musicais que destacam o momento político. Um dos compositores que demonstra de forma notável essa relação é Richard Wagner (1813-1883).
A composição musical Lohengrin revela a forte influência dos socialistas utópicos e dos revolucionários da época. Beethoven (1770-1827) homenageia Napoleão Bonaparte em sua Nona Sinfonia. A Rapsódia Húngara, de Liszt (1811-1886), e as Polonaises, de Chopin (1810-1849), são verdadeiros panfletos de manifestações nacionalistas. O nacionalismo, na produção das óperas de Rossini (1792-1868), Bellini (1801-1835) e Verdi (1813-1901), transmite um apelo pungente à unificação da Itália. O surgimento dessa forma de ópera determina a passagem da música de câmara para a música dos grandes teatros, onde um grande número de pessoas poderia ter acesso aos espetáculos artísticos 5.
Ao idealismo romântico contrapõe-se o Realismo, que professa o respeito pelos fatos materiais, e estuda o homem segundo o seu comportamento e em seu meio, à luz das teorias sociais ou fisiológicas. Escritores realistas como Stendhal, Balzac, Flaubert, e naturalistas como Zola, escreveram romances com pretensões científicas. Zola imita o método científico experimental do biólogo Claude Bernard 10, 12.
Na segunda metade do século XIX, a pintura europeia passa por uma verdadeira transformação, desencadeada pelo movimento chamado Impressionismo.
Os pintores impressionistas procuram captar o cotidiano da vida urbana e do campo, buscando registrar nas telas as impressões dos efeitos da luz sobre a cena desejada. Os pintores mais importantes desse movimento foram Édouard Manet (1832-1883), Claude Monet (1840-1926), Renoir (1841-1920), Cézanne (1839 -1906) e Degas (1834-1917) 5.
1.4 Manifestações filosóficas, políticas, religiosas, sociais e científicas do século XIX
Para Emmanuel, o [...] campo da Filosofia não escapou a essa torrente renovadora.
Aliando-se às ciências físicas, não toleraram as ciências da alma o ascendente dos dogmas absurdos da Igreja. As confissões cristãs, atormentadas e divididas, viviam nos seus templos um combate de morte. Longe de exemplificarem aquela fraternidade do Divino Mestre, entregavam-se a todos os excessos do espírito de seita. A Filosofia recolheu-se, então, no seu negativismo transcendente, aplicando às suas manifestações os mesmos princípios da ciência racional e materialista. Schoupenhauer [1788-1860] é uma demonstração eloqüente do seu pessimismo e as teorias de Spencer [1820-1903] e de Comte [1798-1857] esclarecem as nossas assertivas, não obstante a sinceridade com que foram lançadas no vasto campo das idéias 21. De acordo com o Positivismo de Auguste Comte, a humanidade ultrapassou o estado teológico e o estado metafísico ao penetrar o estado positivo, caracterizado pelo sucesso dos conhecimentos positivos, fundados numa certeza racional e científica. Tais idéias conduzem aos exageros do cientificismo, em que a fé na Ciência se torna a verdadeira fé. Acredita-se que ela vá resolver todos os problemas, elucidar todos os mistérios do mundo; tornar inúteis a religião e a metafísica. Este entusiasmo é revelado na conhecida obra literária de Renan: L´Avenir de la Science (O Futuro da Ciência) 12.
Em relação às ideias anarquistas e às ideologias socialistas da sociedade da época, essas concepções ainda repercutem nos dias atuais. O Anarquismo, como sabemos, representa um conjunto de doutrinas que preconizam a organização da sociedade sem nenhuma forma de autoridade imposta. Considera o Estado uma força coercitiva que impede os indivíduos de usufruir liberdade plena. A concepção moderna de anarquismo nasce com a Revolução Industrial e com a Revolução Francesa. Em fins do século XVIII, William Godwin (1756-1836) desenvolve o pensamento anárquico, na obra Enquiry Concerning Political Justice.
No século XIX surgem duas correntes principais do Anarquismo, de ação marcante na mentalidade dos povos. A primeira encabeçada pelo francês Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865), afirma que a sociedade deve estruturar sua produção e seu consumo em pequenas associações baseadas no auxílio mútuo entre as pessoas. Segundo essa teoria, as mudanças sociais são feitas com base na fraternidade e na cooperação. O russo Mikhail Bakunin (1814-1876) é um dos principais pensadores da outra corrente, também chamada de Coletivismo. Defende a utilização de meios mais violentos nos processos de transformação da sociedade, e propõe a revolução universal sustentada pelos camponeses (campesinato). Afirma que as reformas só podem ocorrer depois que o sistema social existente for destruído. Os trabalhadores espanhóis e italianos são bastante influenciados por Bakunin, mas o movimento anarquista nesses países é esmagado pelo surgimento do Fascismo. O russo Peter Kropotkin (1842-1876) é considerado o sucessor de Bakunin. Sua tese é conhecida como anarco-comunista e se fundamenta na abolição de todas as formas de governo, em favor de uma sociedade comunista regulada pela cooperação mútua dos indivíduos, em vez da oriunda das instituições governamentais. Essas ideias resultaram no surgimento do Marxismo, que, de socialismo científico, transforma-se em crítico do regime capitalista, tendo como base o materialismo histórico 8. Assim, em 1848, o Manifesto do Partido Comunista, de autoria dos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), afirma que o comunismo seria a etapa final da organização político-econômica humana. A sociedade viveria em um coletivismo, sem divisão de classes e sem a presença de um Estado coercitivo.
Para chegar ao Comunismo, no entanto, os marxistas preveem um estágio intermediário de organização, o Socialismo, que instauraria uma ditadura do proletariado para garantir a transição.
Esses movimentos políticos também confrontam as práticas religiosas conduzidas pela Igreja Católica que, desviada dos princípios morais do estabelecimento de um império espiritual no coração dos homens, aproxima-se em demasia das necessidades políticas da nobreza reinante na Europa. Essa aproximação com o poder real trouxe consequências desastrosas, abrindo espaço a discussões sobre o papel desempenhado pela Igreja em particular, e pela religião, considerada como sinônimo de movimento religioso de igreja – católica ou reformada –, equívoco que ainda norteia o pensamento religioso da maioria dos europeus dos dias atuais. Nesse contexto, surge o Catolicismo Social, movimento criado por Lamennais, que buscava um ideal de caridade e de justiça, conforme os ensinos do Evangelho. Lamennais rompe com a Igreja e se torna abertamente socialista. Lacordaire e Mont´Alembert se submetem sem abandonar a ação generosa (caridade e justiça) 11. A fragilidade demonstrada pela Igreja Católica, frente aos contumazes ataques que recebia, abriu espaço à expansão das doutrinas divulgadas pelas igrejas reformadas. Na verdade, a propagação do Protestantismo na Europa e na América – da mesma forma que a multiplicidade de interpretações doutrinárias surgidas ao longo de sua evolução histórica –, estava ocorrendo desde o século XVI. Os questionamentos levantados sobre o papel da religião, num período em que a sociedade estava submetida a um racionalismo dominante, conduziram teólogos e intelectuais protestantes do século XIX a um reexame dos textos bíblicos, e até a um estudo crítico da razão de ser do Cristianismo.
Nasciam, a partir daquele momento histórico, as teorias sobre a salvação pela fé, dogma considerado imprescindível à experiência religiosa de cada pessoa e à necessidade social que o homem tem de crer em Deus e de senti-lo.
No campo da Ciência, as mudanças foram significativas, fundamentais ao progresso científico e tecnológico dos dias futuros: a descoberta do planeta Netuno por Leverrier; os trabalhos de Louis Pasteur sobre microbiologia; os estudos de Pierre e Marie Curie no campo das energias emitidas pelo rádio, e a teoria da origem e evolução das espécies, de Charles Darwin. O surgimento da máquina a vapor revoluciona os meios de transportes. O desenvolvimento da indústria e sua concentração progressiva levam a um aumento considerável do proletariado urbano e da acuidade das questões sociais. O movimento industrial necessita de operações bancárias e permite a edificação de novas fortunas. A burguesia rica acelera sua ascensão e torna-se a classe dominante, força política e social. O dinheiro é tema literário de primeiro plano, com cuja inspiração os autores pintam a insolência de seus privilegiados ou a miséria de suas vítimas 12.
Em [...] confronto com todas as épocas precedentes, o período que vai de 1830 a 1914 assinala o apogeu do progresso científico. As conquistas desse período não só foram mais numerosas, mas também devassaram mais profundamente os segredos das coisas e revelaram a natureza do mundo e do homem, projetando sobre ela uma luz até então insuspeitada [...]. O fenomenal progresso científico dessa época resultou de vários fatores. Deveu-se, até certo ponto, ao estímulo da Revolução Industrial, à elevação do padrão de vida e ao desejo de conforto e prazer 6.
Todavia, é importante assinalar que uma revolução diferente marcou, também, esse período. Falamos da revolução moral proposta pelo Espiritismo nascente:
O século XIX desenrolava uma torrente de claridades na face do mundo, encaminhando todos os países para as reformas úteis e preciosas. As lições sagradas do Espiritismo iam ser ouvidas pela Humanidade sofredora. Jesus, na sua magnanimidade, repartiria o pão sagrado da esperança e da crença com todos os corações.
Allan Kardec, todavia, na sua missão de esclarecimento e consolação, fazia-se acompanhar de uma plêiade de companheiros e colaboradores, cuja ação regeneradora não se manifestaria tão-somente nos problemas de ordem doutrinária, mas em todos os departamentos da atividade intelectual do século XIX 20.
Referências
1. AMORIM, Deolindo. O espiritismo e os problemas humanos. Rio de Janeiro: Mundo Espírita, 1948. Cap. 34, p. 170.
2. ______. Transição inevitável. O espiritismo e os problemas humanos. São Paulo: USE, 1985, p. 23.
3. AMARAL, Jesus S. F. [et al.]. Enciclopédia mirador internacional. São Paulo: 1995. (Revolução francesa), vol. 18. Item III, p. 9852-9859.
4. ______. (Revolução industrial), p. 9877-9881.
5. BURNS, Edward McNall. História da civilização ocidental. 3. ed. Porto Alegre: Globo, 1975. Progresso intelectual e artístico durante a época da democracia e do nacionalismo, p. 661.
6. ______. p. 792.
7. RÉMOND, René. O século XIX. Tradução de Frederico Pessoa de Barros. 12. ed. São Paulo: Cultrix. Os componentes sucessivos, p. 13.
8. LAGARDE, André et MICHARD, Laurent. XIXe Siècle. Les grands auteurs français du programme. Paris: Bordas, 1964. Introduction (Le mouvement démocratique), vol. 5, p. 7-8.
9. ______. p. 8.
10. ______. (Le réalisme), p. 11.
11. ______. (Le socialisme), p. 8.
12. ______. (Le progrès scientifique et industriel), p. 9.
13. ______. Victor Hugo, p. 153.
14. XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 33. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 21 (Época de transição), item: Os enciclopedistas, p. 185.
15. ______. (A independência americana), p. 186.
16. ______. Cap. 22 (A revolução francesa), p. 187.
17. ______. (Contra os excessos da revolução), p. 189.
18. ______. (Napoleão Bonaparte), p. 192-193.
19. ______. Cap. 23 (Depois da revolução), p. 196.
20. ______. (Allan Kardec e os seus colaboradores), p. 197.

21. ______. (As ciências sociais), p. 198-199.

6 de outubro de 2015

Alerta Sublime

Alerta Sublime

"... Vá e não peques mais..."(João 8:11)
Eis a máxima do Cristo sempre que alguém recorria a seus prestimosos atos assistenciais, em momento algum o Governador Supremo de nosso orbe, ousou questionar o passado do pedinte, mesmo o mais delituoso que fosse, mesmo que se outrora houvesse sido algoz das mais temidas barbáries, ainda assim o Mestre atendia-lhe a rogativa, questionava apenas o tamanho de seu anseio em curar-se e orientava a mudar de conduta para assim ver-se livre da moléstia do espírito, uma vez que houvera sido liberto da moléstia da carne.
Quantos ainda recorrem ao socorro amigo do Cristo, mas ao perceberem-se alforriados das dores físicas, retomam as mesmas atitudes que causaram-lhe o padecimento e colocaram-lhe em condições enfermiças.
Muitos soerguem-se do lamaçal da desesperação, mobilizando forças que o levem ao encontro do Mestre, mas após breve contado com sublimes orientações, viram-se- lhe as costas e percorrem o mesmo caminho do equívoco e da desatenção.
Enfermos padecentes dos mais graves martírios percorrem longos caminhos e distantes jornadas em busca do lenitivo da cura, mas depois de serem prontamente socorridos pelo Medico Angelical, debandam dos campos de auxilio e recorrem às desregradas comitivas da discórdia para fazerem-se notar.
Nada nos adianta peregrinar pelo calvário da aflição, se após instantes de tranqüilidade, voltemos a praticar atos ainda mais constrangedores para nosso ser. Caminhemos com retidão, na certeza que o Supremo Senhor nos acompanha a cada passo, mas convoca-nos ao exercício da melhoria constante.
Lembremos das indeléveis palavras do Mestre: - “Vá e não peques mais”.

(Antônio Carlos Gonzaga)

Obrigado pela Presença

Amigos em Cristo, agradecemos a presença, fiquem a vontade e sintam-se em casa, afinal esse espaço é de todos e para todos.
Deixe-nos sua opinião, critica e sugestão para assim melhorarmos esse nosso singelo cantinho de encontro fraterno.
envie-nos um e-mail espiritismoafontedoamoruniversal@hotmail.com


Evangelização Infantil

Visão Espírita do Carnaval

Conduza a sua leitura clicando no botão > .

GRUPO RELICARIO DE LUZ

GRUPO RELICARIO DE LUZ
Grupo Evangelização Espírita - Visitem esse blog amigo

Pensemos Nisso

O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
__________________________________________________________

Vale a pena assistir

Vale a pena assistir

Documentário Peixotinho

________________________________________________________

Mensagem de Reflexão

"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel



O Livro dos Espíritos on line

O Livro dos médiuns on line

O Evangelho Segundo o Espíritismo on line

O Céu e o Inferno on line

A Gênese on line

Obras Póstumas on line

Estudos e Palestras

Agua from PAN1911