4 de julho de 2012
26 de junho de 2012
A PEDRA
A PEDRA
Certa
vez, o doce e meigo monge, ao passar nas proximidades de um belo riacho,
deparou-se com uma estranha assembléia, onde várias mulheres que trabalham como
lavadeiras opinavam fervorosamente sobre o perdão das ofensas. Alguns metros à
frente duas mulheres com semblantes franzidos continuavam seu delicado trabalho,
sem ao menos se olharem, mas podia-se notar no ar o sentimento de rancor e
amargura entre elas.
Esse
incidente então seria o motivo desta conversação tão apimentada e descabida das
outras senhoras que ali se encontravam. Este pequeno grupo reunido buscava
apenas colocar e explanar suas opiniões pessoais e em nada favoreciam para que
esse rompimento de laços fraternos se restabelecesse e a harmonia pudesse ali
permanecer.
O
doce rabi, aproximando-se calmamente da margem do belo riacho, colocando uma de
suas meigas mãos dentro de pequena bolsa que carregava junto a sua cintura e ao
retirá-la retém um pedaço de pano que se assemelha a um lenço e na outra coleta
uma pequena e arredondada pedra na margem do rio.
As
curiosas lavadeiras observando a inusitada cena, aos poucos se aproximam, ainda
receosas sobre o que iria ocorrer. Entretanto o afável senhor, em nada modifica
o semblante calmo e terno, virando-se para a platéia, simplesmente diz:
-
Imaginem que essa pedra me foi atirada em uma vila que adentrei e que ate hoje
carrego comigo, pois ainda não encontrei meu agressor e assim não pude
devolvê-la.
Sem
soltar a pedra de uma das mãos e segurando o precioso tecido na outra, inicia
sua tarefa de limpeza deste pequeno retalho, mergulhando-o no riacho e esfregando-o
de forma constante e incisiva.
No
inicio a tarefa parecia facilitada pela pedra que ao atritar ao tecido,
conseguia retirar a sujeira do mesmo, as mulheres olhavam a tudo admiradas, e
muitas acharam a idéia maravilhosa, algumas buscando copiar os movimentos do
talentoso senhor.
Entretanto
à medida que os movimentos se tornavam mais invariáveis e ritmados, esse
pequeno lenço ia se desfazendo, devido ao atrito do mineral. Nisto as opiniões
também iam se modificando, algumas chegaram a manifestar suas idéias,
chamando-o de louco, insano, e descuidado.
Ao
olhar o produto todo desfeito na mão daquele pobre homem, as impulsivas
lavadeiras ansiavam então expor suas conclusões com extrema certeza.
Entretanto
o bondoso samaritano ainda desejoso em fazer-se compreendido, curva-se frente
ao refrescante riacho e mantendo presa em sua mão a pedra, busca em vão
dessedentar-se, pois o pequeno objeto dificultava de forma intensa a mais essa
simples tarefa.
As
então sorridentes e irônicas lavadeiras direcionaram certas palavras ofensivas
e críticas aquele insensato senhor:
-
Isso não tinha como dar certo.
-
Você deveria ter jogado a pedra fora enquanto tinha tempo.
-
Não sei por que você vendo que essa pedra o atrapalhava não a jogou fora.
Outras
foram ainda além:
- Só um louco carrega algo que não lhe tem
valor ou lhe serve de auxiliar.
-
Como pode se apegar a algo tão insignificante assim ao ponto de sacrificar-se
por nada.
Neste
instante o adorável monge, eleva seu olhar paternal a todas essas humildes e simplórias
senhoras e como que pudesse adentrar em cada coração, sorridente exclamou:
-
Vejamos como as coisas se tornam mais claras, quando passamos a analisá-las com
atenção, quisera eu ter evitado desastroso desfecho, mas como apenas me
preocupei em manter próximo a mim o objeto que outrora me agrediu e assim ao
efetuar minha tarefa, não notei o quanto flagelava o pobre tecido que acabou
por romper-se, devido aos meus imprudentes e constantes movimentos e quanto
mais me dedicava a apegar-me a pedra e utilizá-la como ferramenta no trabalho e
motivação na tarefa, mais prejudicado o tecido se fazia.
Assim
somos nós que em nossas caminhadas pela existência, coletamos pedras pelo
caminho, muitas vezes com a desculpa de nos protegermos, evitarmos sermos atacados
ou simplesmente por vaidade e egoísmo.
O
orgulho que alimentamos em nosso intimo e a negativa em reparar o erro cometido
pelo equivoco ou escolha menos assertiva e que nos negamos a perdoar,
assemelha-se a esta pequena pedra que carrego comigo e sempre que a mantemos
presa em nossas mãos, notamos que mais ela nos prejudica a cada momento e
acabamos por comprometer nossa existência por algo sem serventia ou
importância, mas à medida que resolvemos abandoná-la, conseguimos continuar as
tarefas sem maiores complicações. Basta analisarmos, que se algo não me auxilia,
significa que não tem necessidade de ser transportada e muito menos utilizada.
Após
simples exposição, as duas senhoras que se encontravam próximas e em momento
algum se manifestaram, olharam-se enternecidas e se abraçaram.
Quem
seria o ofensor ou o ofendido não mais importava, o perdão havia adentrado nos
corações aflitos e aplacado as dores da desilusão.
A
pedra que o monge coletou, foi novamente colocada no singelo regato e o doce
homem continua sua caminhada, pois nesse dia, a roupagem da alma foi lavada com
a agua da fraternidade e do entendimento.
( Texto do Livro SINGELO PEREGRINO - Ensinos de Um Doce Rabi Peregrino - Psicografado por Alessandro Micussi, ditado pelo espírito de Antônio Carlos Gonzaga)
21 de junho de 2012
Mensagem de Antônio Carlos Gonzaga
..."A expiação é a expressão maior do auxilio Divino aos irmãos que
encontram-se incapacitados de reparar seus equívocos por sua própria
consciência, sendo sempre assistidos pelos sublimes mensageiros celestes através
do amor Infindável de Deus."
(mensagem de Antonio Carlos Gonzaga na noite de 21 de Junho de 2012)
(mensagem de Antonio Carlos Gonzaga na noite de 21 de Junho de 2012)
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Pensemos Nisso
O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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Vale a pena assistir
Documentário Peixotinho
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Mensagem de Reflexão
"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".
Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel