O REAL INTENTO
...”Ninguém
pode servir a dois senhores”... (Lucas 16.13)
Homens de toda a parte, se
preocupam em ostentar o exterior como forma de enaltecer-lhes as virtudes e
qualidades, prontificam-se a externar atos e ações que a principio aparentam-lhes
verdadeiros prodígios de servidores fieis aos desígnios do Cristo, mas quando o
entendimento e a compreensão se fazem presentes, inicia-se pesaroso embate de
desmistificação.
Pessoas que denominam-se
venturos missionários da luz, ao se confrontarem com situações de exijam seu
desprendimento dos bens terrenos e abnegação dos sentimentos mundanos,
sentem-se ofendidos veemente e colocam-se em posição de conflito eminente,
tornando o paraíso prometido de outrora em aflitiva e angustiante cena gótica
de guerra.
Caminheiros que peregrinam em
todos os pontos do mundo, dizendo-se pregadores da renovação, buscam nas
palavras dissimuladas a modificação da condição infeliz que vivem, ensinando de
forma desvirtuada as palavras do Cristo, levando legiões ao campo da perdição,
guiando-os como ovelhas perdidas para as portas da desesperação e acumulando
pelo caminho os pesados fardos da flagelação futura.
As línguas afiadas e cobertas pelo ouro da
soberba, buscam enaltecer-lhes o orgulho, derramando em todos, os venenos
tóxicos e corrosivos das verdades parciais e particulares, onde o real objetivo
é conquistar posição privilegiada entre tantos que vagueiam sem a compreensão e
o esclarecimento.
A egolatria enaltecida,
encontra como aliada fiel, a franqueza artificial, onde ofende-se ao próximo,
no intuito de fortificar-lhe a condição de vitima, colocando-o em situação de
submissão e descontrole emocional, tornando-se o emissário de furtivas palavras
e ímprobo perpetuador das falsas revelações divinas.
Pelos mais variados campos de
embates, vemos multidões sendo açoitados pelas fatigantes investidas dos
desafetos, tendo seus sonhos e anseios exterminados pelos então denominados
perpetuadores da evolução, mas que na verdade são apenas pobres enfermos que
corrompidos pelo germe da satisfação terrena alimentam-se da cobiça desmedida.
Servidores revoltam-se contra
os patrões pelo fato de almejarem melhor condição social, famílias se
desestruturam pelo fato de não mais compactuarem dos mesmos anseios, as pessoas
se desviam do caminho assertivo, apenas alimentadas pelas utopias glamorosas de
promessas existentes em seus pensamentos em desalinho.
Aquele que se compraz com as
desventuras do próximo, torna-se espírito infeliz e passível das necessidades
reparatórias eminentes. Sigamos verdadeiramente os ensinos do Cristo e
prontifiquemo-nos a propagar por todo o mundo a caridade pura e a humildade
redentora.
(Do livro Relicário Divino, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga)