21 de março de 2011

"Lindos Casos de Chico Xavier"


Solidão Aparente
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama
Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Cármen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico. Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto. Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar. O grupo ficou limitado a três companheiros.
D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos.
José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento.
Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a freqüência ao grupo, pelo menos, por alguns meses.
Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se.
Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse:
─ Você não pode afastar-se. Prossigamos em serviço.
─ Continuar como? Não temos frequentadores...
─ E nós? - disse o espírito amigo. Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros. E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos à lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.
Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto.
Em seguida, abria o Evangelho Segundo o Espiritismo, ao acaso, e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta.
Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez. Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento. Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel. Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho... E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras. 

5 de março de 2011

Poema do livro Revelação - Chico Xavier



CARNAVAL

Procurando distração,
Fui, contente, ao carnaval!
Muito ouvia em torno dele
E quis vê-lo ao natural.

Apelei para João Panca,
Um prestimoso vizinho,
Que não me deixasse a sós,
Não queria estar sozinho.

João concordou comigo,
Era sempre o companheiro...
E lá nós fomos, os dois,
Ao passeio, dia inteiro.

João falava na caridade,
Mas a festa estava à espera;
Era preciso seguir,
Beneficência “já era”.

Já que falava em virtude,
Chamei-o a ver Dona Bela,
Que nos atirou um vaso,
Pingando água amarela.

Conquanto desapontado,
Visitamos Dona Aninha,
Que nos jogou sobre o peito
Duas “jóias” de galinha.

João mostrava-se amargurado
E como alguém que se poupa,
Regressou à própria casa,
A fim de trocar de roupa.

Encontrei um grande praça,
Léo, filho de Dona Esther;
Ele pediu-me, alterado,
Uma saia de mulher.

Todo amigo dava gritos,
Nessa festa sem sentido,
Afirmava Dona Clara
Ter a calça do marido.

Vi flautas e violões,
Passando, em busca ao sem-fim,
Muita gente me chamava,
Ao lado dos tamborins.

Um homem que carregava
Dois chocalhos, uma vara,
Não sei se foi por querer,
Esmurrou-me a própria cara.

Carnaval representava
A festa do meu País,
Por isso segui em frente,
Tão forte quanto feliz.

Era justo conhecer
Uma festa semelhante,
Por isso aceitei sem mágoa,
A agressão extravagante.

Fui buscar, querendo um grupo,
O amigo Simão Veloz,
Ele queria cantar,
Mas “rugia” junto a nós.

Meus amigos sempre muitos,
Pareciam-me doentes,
No entanto, não quis deixá-los,
Ao vê-los irreverentes.

Venci diversos empreços
E fui ao Tino da Chalaça,
Ele, porém, nem me viu,
Estirado na cachaça.

O povo todo dançava,
E eu olhava sem remoque,
Achava muito esquisita
A orquestra chamada Roque.

Um homem sério abriu alas,
Era o melhor dos Nicolas,
Lembrava antigo palhaço,
Exibindo Cabriolas.

Perguntei a um guarda amigo,
Que a ninguém queria mal,
Só deseja saber,
Se estava no carnaval.

Ele disse:
- Olhe as crianças,
Todas dançam recordando
Nossas futuras mudanças.

Vi um par, a longos beijos,
Na sombra de velho muro,
Como a dizer que o amor
Só se revela no escuro.

Disse o amigo:
- Se o senhor quer demorar-se,
Procurando amigos maus,
Dê-me logo oitenta paus.

Dentre os quadros que anotei,
Vi o mestre Manassés,
Que dançava e requebrava,
Da cabeça até os pés.

Um conflito sucedeu:
Vendo a filha de Nereu
Nos braços de outra pessoa,
Genuíno enlouqueceu.

Achei-me desencantado.
Eu que entrara reverente.
A fim de largar o grupo
Precisava ser valente.

Retornei à nossa casa
Meditando, por sinal,
Se o carnaval que assistira,
Que seria? bem ou mal?

Pensei em meu pai distante,
Minha mãe falou: - Na vida,
O carnaval é loucura,
Doença desconhecida. 

Livro:  Revelação - Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Jair Presente

Carnaval

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Pensemos Nisso

O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

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