RECEBE O QUE OFERTA

Não se esqueça que a verdadeira essência da angelitude habita em ti, entretanto à medida que te afastas do caminho da redenção, renegando aos ensinos do Cristo, seu coração se entrega ao abandono e torna-se terreno suscetível de apropriação pelos amigos da desarmonia.

 Sua pernas que vagueiam sem rumo, peregrinando sem direção pelo campo da precipitação, acabam por levá-lo ao recanto da dor e do sofrimento, ofertando-lhe morada no condomínio da desilusão.

Os braços que se cruzam frente à oportunidade do trabalho no auxilio de todos os necessitados, acabam por compactuar para que não consiga segurar-se em nada ao iniciar queda livre, quando que por imprudência se aproxima do abismo da invigilância.

Os olhos que se fecham frente o sofrimento e aflição do irmão em desalinho, se tornam cegos e coíbem vossa visão para enxergar com alegria as obras de Deus e o caminho certo a seguir para a renovação.

Os lábios que se cerram para negar a orientação e o amparo do próximo, também se emudecem no momento de agonia, evitando assim que consiga pronunciar rogativas de suplica em proveito próprio através do coração enfermo.

Os sentimentos que oferta ao próximo, serão consagrados em vosso interior, tornando-o assim o verdugo e a vítima de seus próprios atos.

Não deveis corroborar para a derrocada de seu ser através do cultivo insensato das sementes de agonia e aflição.

Caminhe perseverante pelo campo da transformação, seguindo os ensinos do evangelho do Cristo e perpetue em todos os corações a fraternidade e o amor.

A pequena luz que transcende os horizontes encontrou em teu coração a morada singela, fazei com que possa resplandecer e guiar todos que buscam na união fraternal o caminho a seguir.

(Livro Manancial da Sobriedade, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)

A OPORTUNIDADE SUBLIME

A enfermidade que nos visita o corpo, é o socorro amigo que irá restituir nossa integridade espiritual.

As mazelas que eclodem em nosso ser pelos caminhos da expiação terrena, são o abraço acolhedor de Deus, nos ofertando a oportunidade de nos renovarmos e nos elevarmos ate a sublimação do espírito.

Alegre-se sempre quando o sol brilhar, quando o sol nos aquecer, quando o sol se ausentar, quando a sol surgir no alvorecer e se ocultar no crepúsculo, pois são sinais que tudo se renova diante da majestosa lei divina.

Alegre-se sempre pela saúde que possui, pela enfermidade que não lhe visita e pela moléstia que lhe transforma, pois são os presentes de Deus para sua renovação.

Alegre-se sempre pela família que lhe acolhe, pelos desafetos que lhe ensinam a paciência, pelos amigos que lhe proporcionam ternura e pelos obstáculos que lhe concedem o ensejo da perseverança, pois são as ferramentas necessárias para o trabalho no campo do aprimoramento.

Alegre-se sempre quando sentir o frio do desprezo e tencione a aquecer-se com a esperança da fraternidade.

Alegre-se sempre quando for acometido pelo calor devastador da cólera do próximo e refresque-se no regato sublime da humildade.

Alegre-se sempre, mesmo quando imaginar-se sem motivos aparentes, pois Deus alegra-se sempre com a sua existência.

(Livro Manancial da Sobriedade, pelo espírito Antônio de Pádua, psicografia de Alessandro Micussi)

O MEU SOFRER

Lembrei-vos pois que o coração que chora aflito no homem ocioso é o resultado inerente do espírito sem ocupação que teima na inércia de seus atos.

O homem que sofre inativo em seu mundo renega-se a oportunidade do trabalho e a alegria da serventia a Deus.

Lembrei-vos que o campo sem cuidado, torna-se pasto farto para a proliferação de erva sufocante e mato infrutífero, destituindo da terra sua real serventia.

As dores que expurga no corpo físico, são frutos amargos das obras remanescentes do passado delituoso e tendem a auxiliá-lo rumo à sublimação.

Mesmo sobre incessante provação, deveis buscar o entendimento, pois Deus não deixara nenhum de seus filhos na orfandade de seu amor ou desprovido de seu afeto.

O ensejo de melhoria do ser é sempre ofertado pelo Criador através do embate constante no campo da renovação, as mazelas que se expurga no plano terreno é a expressão sublime do amor incondicional de Deus, impelindo-nos a transformação interior.

A alegria de trabalhar na senda da caridade torna-se alimento revigorante para as almas necessitadas dos nutrientes da renovação e constituem tesouro inexaurível a todos que dela se apraz.

Aceite o convite singelo do Cristo, buscai vossa cruz e ponde a caminhar pela senda do refazimento e da serventia ao próximo.

(Livro Manancial da Sobriedade, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)