22 de agosto de 2012

apresentação do livro


Livreto de historias e contos

 Pelo espírito Antônio Carlos Vieira



SINGELO PEREGRINO


Ensinos de Um Doce Rabi Peregrino


  


Conta-se uma lenda que em uma cidade distante, existe um pobre mendigo, todo sujo e maltrapilho, que em todas as tardes aparece no centro da praça desta cidade e logo que surge todos saem de seus lares e locais de trabalho para escutarem suas historias.
Muitos se perguntam o que este homem tão insignificante teria para ofertar de tão importante que fizesse com que os homens tão ocupados pudessem deixar seus interesses materiais e pararem para escutá-lo por algumas horas.
Qual seria o seu segredo e o que esperar de algo vindo dessa pobre criatura que pudesse despertar tanto interesse e tamanha dedicação em ouvi-lo.
Este homem ira a cada momento destas historias buscar com singela e humilde vontade, transmitir o que aprendeu pelas veredas da existência e teve a satisfação de vivenciar no seu dia.
Este amável amigo, ira nos levar a refletir sobre a simplicidade da vida e sua verdadeira riqueza e sua essência singela.



  

Historias de um monge que decidiu peregrinar por toda a terra em busca de equilíbrio e sempre se deparava com instrutivos casos que o faziam compreender sobre a essência da vida e podia assim exemplificar o amor verdadeiro e puro na sua essência
Antônio Carlos Gonzaga

A Carroça


A CARROÇA


Depois de alguns dias peregrinando pelo deserto escaldante, o singelo monge, adentra em uma pequena aldeia, avistando mais a frente a população da simples vila amontoada e admirada, homens, mulheres, jovens, crianças e velhos deixaram seus afazeres e encontravam-se concentradas nas exposições de um senhor bem aparentado, com vestimentas limpas de linho e algodão brancos, coberto por seda e ouro,cordões brilhantes enfeitavam seu pescoço, enormes anéis com pedras preciosas adornavam seus dedos, possuía uma postura nobre e imponente, e que aos brados demonstrava grande eloqüência no falar causando alvoroço e estase na platéia que ali o assistia silenciosa e que devido à fala rápida e carregada de termos desconhecidos para a grande maioria das pessoas, não se fazia entender plenamente.
O homem encontrava-se sobre um improvisado palanque, composto de tabuas e caixotes, que empilhados colocavam-no em situação de evidencia, acima da plateia curiosa e empolgada, que em determinadas pausas do orador, aplaudiam de forma veemente, mas sem compreenderem o que realmente de passava. Apenas ansiando serem reconhecidas como entendedoras dos assuntos abordados pelo esbaforido palestrante.
Aproximando-se cautelosamente, o bondoso monge prestava atenção em cada palavra proferida pelo entusiasmado expositor e ponderando sobre certas afirmativas, mesmo não concordando em determinados momentos com suas avaliações desordenadas, respeitosamente em momento algum manifestou qualquer demonstração de repreensão sobre o mesmo, entretanto, sentindo-se deslocado pela conduta soberba e pretensiosa deste homem, resolveu afastar-se deste espetáculo improdutivo, pois a palestra apesar de inflamada pelo tom do expositor apresentava-se pobre em se tratando do direcionamento moral e em nada contribuía para o engrandecimento das pessoas.
Silenciosamente nosso meigo amigo afasta-se da assembleia, não sendo notado pelas pessoas que ali se encontravam e apenas o expositor percebe sua retirada.
O homem notando o afastamento silencioso do pobre monge, sentindo o orgulho ferir-se por tal conduta, percebe-se agraciado em poder demonstrar um conhecimento ainda maior sobre os demais e buscando sobrepujar o simplório viajor, volta-se contra ele e lhe dirige uma interrogativa em tom tão alto que poderia ser ouvido a quilômetros de distancia, imaginando ser o único conhecedor das verdades da vida e da essência da existência, bem como colocar-se em evidencia, mas ostentando uma humildade inexistente:
- Pobre criatura que perambula pelo caminho da miséria e do anonimato, apesar de ser um mensageiro de Deus, um seguidor do Crucificado, acredito inclusive que tenha feito algum voto de pobreza, pois apresenta-se em estado lastimável com as vestes em péssimo estado de conservação. Será que você em sua situação de humilde e maltrapilho ser, saberia dizer-nos por que as pessoas sábias são sempre rodeadas e por onde passam, todos se aproximam para lhes ouvirem falar tornando-os sempre o centro das atenções e colocando-os em evidencia ao ponto que os insignificantes nada fazem a não ser perambular silêncios pelos caminhos, passando pelos locais despercebidos e sem ninguém lhes direcionar um único olhar? Que alguns estão sempre em evidencia e são sempre admirados e outros perdem-se no anonimato e na insignificância, sendo notado apenas pelos que dele se compadecem.
As pessoas então percebem a presença de inusitado viajante e voltam sua atenção ao pobre homem, que agora teria que manifestar seu entendimento sobre tema tão complexo e que eles acreditavam não ser capaz de explaná-lo.
O monge, virando-se para seu interlocutor, fitando-o nos olhos de forma sublime e caridosa, sorridente aproxima-se do homem, pois não ansiava gritar para se fazer ouvir e apenas pronunciou pequeno pensamento em tom brando e sereno, demonstrando segurança e conhecimento em tudo que falava, sem perder a jovialidade cativante e a alegria nas palavras:
- Peço que perdoe pelas palavras simples e sem tanta veemência por mim colocadas aqui, pois o que sei da vida me foi transmitido no caminho da serventia e na escola da fraternidade, com a fé em Deus encontro as respostas da essência de sua criação e de minha existência. Acredito que as pessoas pelo percurso da vivencia humana assemelham-se a carroças, e podemos entender o que cada uma transporta ou possui pelo barulho que fazem no caminho que percorrem.
Podemos observar carroças feias, velhas, com pinos frouxos, parafusos bambos, madeiras trincadas e quebradas, eixos empenados e rodas em desalinho, mas que se dedicam a servir, buscam então adequar-se à carga que irão transportar, não carregam mais que suportam, pois assim, o volume nela colocado ira se adequar, fazendo com que parafusos e porcas de comprimam, eixos se alinhem e possa assim seguir com segurança pelo caminho, não vindo a comprometer a integridade do produto e nem sua condição de serva útil e fiel.
As carroças cheias e produtivas, sempre se movimentam silenciosas e lentas, pois o peso de seu trabalho e a carga que carregam, demonstram o esforço em atender a solicitação do serviço e cumprir a tarefa ao qual foi designada, sendo assim seus movimentos sutis e cadenciados não chamam a atenção das pessoas que não se interessem ou necessitem de seus prestimosos serviços.
Caminham em silencio, pois entendem que o trabalho deve sempre ser moderado e sem ofender aos outros, sabem da importância da sobriedade nas ações e que o percurso pode apresentar perigos maiores se desvirtuar-se do caminho pela desatenção ou pelo descuido.
Ao fato que observamos carroças novas, com belas pinturas, que evitando estragar a beleza de sua construção, evadem de atender as rogativas de serviço e se preocupam em desfilar pelos caminhos sem real serventia.
Essas carroças vazias e improdutivas em nada tem a ofertar, fazem bastante barulho e muitas vezes com sons altos e ensurdecedores, que mesmo em grandes distancias se fazem notar e chegam a incomodar e despertam a indiscrição. Isso demonstra que apesar de percorrer por vários caminhos, não aproveitam a oportunidade de servir e atender aos desígnios ao qual foi constituída. O barulho que fazem na grande maioria das vezes desperta a curiosidade das pessoas, que se esquecem dos seus afazeres e apenas se direcionam para onde ela se encontra para saberem do que se trata, sem aproveitar realmente de sua condição de transporte ou auxilio.
Portando quanto mais vazia a carroça, maior o alvoroço que causa e menor a serventia. Pode-se notar assim que nem sempre a que esta em evidencia é a mais produtiva, muitas das vezes a curiosidade pelo barulho que faz é que atrai a atenção.
Se analisarmos essa situação no decorrer dos nossos dias, poderemos concluir o tipo de instrumento que estamos nos tornando, pois quem trabalha no Bem, transmite seus conhecimentos e propaga a harmonia através de seus atos, sem necessitar se promover ou alarmar aos demais em sua volta, entretanto o necessitado de atenção, busca sempre alertar a todos de sua presença com sons inoportunos e infrutíferos.
A carroça cheia será sempre notada pelos que dela necessitem e busquem seu trabalho, pelos que anseiam ser atendidos em suas necessidades e a carroça vazia apenas caminha sendo notada pelo alvoroço e não pela serventia.
Neste instante um a um dos participantes da assembléia se entreolharam e mesmo sem conhecer da essência humana, a ciência, a arte e a filosofia, puderam receber grande ensinamento de alguém tão simples aos olhos de uns e tão sábio aos olhos de todos, fazendo com que os expectadores fossem se retirando e buscando retornarem seus afazeres.
O monge percebendo que ali não se fazia mais necessário, continuou sua caminhada, sem olhar para trás. Com os mesmos passos cadenciados e singelos que adentrou a pequena aldeia, ele dela se afasta.
O expositor que sentiu seu sangue gelar e o coração deparar com sublime orientação, ao descer do palanque corre para alcançar o monge e longe da platéia curiosa , roga novas orientações pelo caminho, pois anseia seguir pelas veredas do entendimento e tendo o singelo peregrino como seu orientador, buscando assim tornar-se uma carroça cheia e produtiva.
 (trecho do Livro Singelo Peregrino - Ensinos de um doce Rabi peregrino, pelo espírito Antônio Carlos Vieira, psicografia de Alessandro Micussi)

19 de agosto de 2012

"O CÉU E O INFERNO" Capítulo V - O Purgatório


"O CÉU E O INFERNO"
Capítulo V
O Purgatório
1 — O Evangelho não faz nenhuma menção do purgatório, que só foi admitido pela Igreja no ano de 563. Trata-se inevitavelmente de um dogma mais racional e mais conforme à justiça de Deus que o inferno, pois estabelece penas menos rigorosas e mais aceitáveis para as faltas de mediana gravidade.
A idéia do purgatório funda-se, portanto, no princípio da equidade, pois comparado com a justiça humana equivale à detenção temporária em relação com a pena de condenação. O que se pensaria de um país que só tivesse a pena de morte para todos os crimes, até os mais simples delitos? Sem o purgatório só há para as almas as duas alternativas extremas: a felicidade absoluta ou o suplício eterno. Nesse caso, o que seria das almas culpadas somente de faltas leves? Ou elas partilhariam a felicidade dos eleitos sem serem perfeitas, ou sofreriam o castigo dos maiores criminosos sem os terem igualado no mal, o que não seria justo nem racional.
2 — Mas a noção do purgatório teria de ser necessariamente incompleta, pois só conhecendo o suplício do fogo procuraram diminui-lo numa idéia atenuada do inferno. As almas ainda se queimam, mas de maneira menos intensa. Não conciliável o progresso com o dogma das penas eternas, as almas não podem sair do purgatório através do seu próprio adiantamento, mas sim pela virtude das preces que se fazem ou se mandam fazer em sua intenção.
Se a idéia inicial foi boa, não se deu o mesmo com as suas conseqüências, em razão dos abusos de que ela se tornou fonte. Em virtude das preces pagas o purgatório se transformou numa mina mais produtiva que o inferno.(20)
3 — O lugar do purgatório nunca foi determinado, nem claramente definida a natureza das penas que nele são impostas. Estava reservado à Nova Revelação preencher esta lacuna ao nos explicar as causas das misérias da vida terrena, que somente o princípio da pluralidade das existências poderia justificar.
Essas misérias são necessariamente resultantes das imperfeições da alma, pois se a alma fosse perfeita não cometeria faltas e não teria de sofrer as suas conseqüências. O homem que fosse sóbrio e moderado em tudo, por exemplo, não se tornaria presa das doenças provocadas pelos excessos. Na maioria das vezes ele se torna infeliz neste mundo por sua própria culpa. Mas ele é imperfeito, já o devia ser antes de vir para a Terra. Aqui ele expia não somente as faltas atuais, mas também as anteriores que não pode antes reparar. Sofre nesta vida as provas que fez os outros sofrerem numa outra existência. As vicissitudes por que passa são ao mesmo tempo um castigo temporário e uma advertência quanto às imperfeições de que se deve livrar para evitar desgraças futuras e progredir na direção do bem.
Elas são para as almas lições da experiência, às vezes rudes, mas tanto mais aproveitáveis quanto mais profunda a impressão que possam deixar. Essas vicissitudes proporcionam a oportunidade de lutas incessantes que desenvolvem as suas forças e as suas faculdades morais e intelectuais, fortificando a alma na prática do bem. Saindo sempre vitoriosa, ela se beneficia se tiver a coragem de enfrentar a prova até o fim. O prêmio da vitória ela a receberá na vida espiritual, onde entrará radiosa e triunfante como o soldado que sai da refrega e vai receber o seu galardão.
4 — Cada existência representa para a alma a oportunidade de um adiantamento. Depende da sua vontade que esse adiantamento seja o maior possível, permitindo-lhe subir numerosos degraus ou permanecer no mesmo ponto. Neste último caso ela terá perdido a oportunidade, e como é sempre necessário que cedo ou tarde pague a sua dívida, terá de recomeçar numa nova existência as mesmas lutas em condições mais penosas, porque a uma nódoa que não apagou ela acrescentou outra.
É pois nas encarnações sucessivas que a alma se liberta pouco a pouco das suas imperfeições, que ela se purga, numa palavra, até que se torne bastante pura para merecer libertar-se dos mundos de expiação e ir para os mundos mais felizes, deixando esses mais tarde para gozar da felicidade suprema.
O Purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro. Mas contrariamente à idéia que se faz a respeito, depende de cada um abreviar ou prolongar a sua permanência neste mundo, segundo o grau de adiantamento e depuração a que possa chegar pelo próprio trabalho. Dela saimos, não por haver completado um certo tempo ou pelos méritos de outros, mas pelo nosso próprio mérito, segundo estas palavras de Cristo: a cada um segundo suas obras, palavras que resumem toda a justiça de Deus.
5 — Aquele que sofre nesta vida pode dizer, portanto, que é por não estar suficientemente depurado e que, se não o fez na existência anterior, terá ainda que sofrer na seguinte. Isto é ao mesmo tempo equitativo e lógico. Sendo o sofrimento inerente à imperfeição, sofre-se por tanto tempo quanto se for imperfeito, como se sofre de uma doença por tanto tempo quanto não se consegue extinguir as suas causas. É assim que um homem orgulhoso sofrerá as conseqüências do orgulho, da mesma maneira que um egoísta as do egoísmo.
(20) O purgatório deu origem ao escandaloso comércio das indulgências, com as quais se vendia a entrada no céu. Esse abuso foi a causa primeira da Reforma e foi por causa dele que Lutero rejeitou o purgatório. (N. de Kardec). — Este caso nos mostra o processo da evolução: o erro da concepção do inferno gerou a idéia do Purgatório, e esta determinou, por sua vez, a reformulação da Teologia cristã e a tentativa de volta ao Cristianismo primitivo, que preparou, com a Reforma protestante, o caminho ao Espiritismo. (N. do T.)
6 — O Espírito culpado sofre primeiramente na vida espiritual em razão dos graus da sua imperfeição; sofre depois na vida corporal que lhe é dada como meio de reparação. É por isso que ele se reencontra com as pessoas que tenha ofendido, seja em situações semelhantes àquelas em que praticou o mal, seja em situações que representam o seu reverso, como neste exemplo: estar na miséria se foi um mau rico ou numa condição humilhante se foi um orgulhoso.
O fato de haver expiação no mundo espiritual e na Terra não representa um duplo castigo para o Espírito. É o mesmo castigo que se prolonga na vida terrena, com o fim de facilitar o seu adiantamento através de um trabalho efetivo. Dele depende tirar o proveito. Não é melhor para ele voltar à Terra com a possibilidade de ganhar o Céu, do que ser condenado sem remissão ao deixá-la?
Esta liberdade que lhe é concedida é uma prova da sabedoria, da bondade e da justiça de Deus, que quer que o homem deva tudo aos seus esforços e seja o artífice do seu futuro. Se ele for infeliz por maior ou menor tempo, não poderá queixar-se senão de si mesmo, pois o caminho do progresso está sempre aberto para ele.
7 — Se considerarmos como é grande o sofrimento de certos Espíritos culpados no mundo invisível, como é terrível a situação de alguns, de que angústias se tornaram presas, quanto essa situação se faz mais penosa pela impossibilidade de lhe verem o fim, poderíamos dizer que isso é para eles o inferno, se essa palavra não implicasse a idéia de um castigo eterno e material. Graças à revelação dos Espíritos e aos exemplos que eles nos ofereceram, sabemos que a duração da expiação está subordinada ao melhoramento do culpado.
8 — O Espiritismo não vem, pois, negar a existência das penas futuras, mas pelo contrário constatá-las. O que ele destrói é a idéia do inferno localizado, com suas fornalhas e suas penas irremissíveis. Não nega o purgatório, desde que prova que estamos nele. Define e precisa o purgatório ao explicar a causa das misérias terrenas, e com isso reconduz à crença aqueles que o negavam.
O Espiritismo condena as preces pelos mortos? Bem ao contrário, pois os espíritos sofredores as solicitam. Faz delas um dever de caridade e demonstra a sua eficácia para os conduzir ao bem, abreviando dessa maneira os seus tormentos.(21)
Falando à inteligência, o Espiritismo reconduz os incrédulos à fé, induzindo à prece os que dela se afastavam. Mas ensina que a eficácia das preces depende do pensamento e não das palavras, que as melhores preces são as que partem do coração e não apenas dos lábios, aquelas que são ditas por nós mesmos e não as que mandamos dizer por dinheiro. Quem ousaria reprová-lo por isso?
9 — Quer o castigo se verifique na vida espiritual ou na Terra, e qualquer que seja a sua duração, há sempre um termo para ele, mais ou menos longo ou curto. Não há, na verdade, para o Espírito mais do que estas alternativas: punição temporária e graduada segundo a culpabilidade, ou recompensa graduada segundo o mérito. O Espiritismo não aceita a terceira, ou seja a da condenação eterna. O inferno permanece apenas como figura simbólica dos grandes sofrimentos que parecem não ter fim. O Purgatório é a realidade em que nos encontramos.
A palavra Purgatório exprime a idéia de um lugar circunscrito. Eis porque se aplica mais naturalmente à Terra, considerada como lugar de expiação, do que ao do espaço infinito em que erram os Espíritos sofredores, e também porque a natureza da expiação terrestre é uma verdadeira purgação.
Quando os homens forem melhores só passarão ao mundo invisível como Espíritos bons, e estes, ao se reencarnarem trarão para a humanidade corpórea somente criaturas aperfeiçoadas. Então a Terra, deixando de ser um mundo de expiação, os homens não mais sofrerão nela as misérias que são hoje as conseqüências de suas imperfeições. É essa a transformação que está em marcha neste momento e que elevará a Terra na hierarquia dos mundos. (Ver O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 3.)(22)
10 — Mas por que o Cristo não falou do Purgatório? É que, não existindo a idéia, não havia palavra especial para representá-la. Ele se serviu da palavra inferno, que estava em uso, como um termo genérico para designar todas as modalidades das penas futuras. Se ao lado da palavra inferno tivesse criado um termo equivalente a Purgatório, não teria podido precisar-lhe o sentido sem tocar numa questão reservada ao futuro. Por outro lado, isso seria consagrar a existência de dois lugares especiais de castigo. O inferno na sua acepção geral, revelando a idéia de punição, implicava também a de Purgatório, que apresenta apenas uma das formas de penalidade. O futuro, devendo esclarecer os homens sobre a natureza das penas, teria, por isso mesmo, de reduzir o inferno ao seu justo valor.
Desde que a Igreja achou de seu dever, após seis séculos, suprir o silêncio de Jesus a esse respeito, decretando a existência do purgatório, foi por haver julgado que ele não havia dito tudo. Porque não será assim para outros pontos, como para esse?(23)
(21) Ver O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 27, Ação da Prece.
(22) O grifo é nosso e sua finalidade é chamar a atenção do leitor para o fato de que as grandes transformações atuais que abalam o nosso mundo já estavam previstas nas obras da codificacão espírita. A Terra está sofrendo uma crise de crescimento para se tornar um mundo maduro e portanto melhor. As desordens atuais, que tanto nos assustam, são os prenúncios de uma nova ordem que fará a Terra elevar-se na escala dos mundos. (N. do T.)
(23) Kardec propõe a questão relativa ao esclarecimento que o Espírito da Verdade devia trazer para os homens, segundo a promessa evangélica de Jesus, na hora histórica em que estivessem maduros para recebê-lo. As igrejas cristãs condenaram, como herética a afirmação de Kardec de que o Espiritismo vinha completar o ensino do Cristo. Kardec lembra, no trecho acima, um dos pontos em que a Igreja o antecipou de vários séculos, fazendo ela mesma um acréscimo no ensino de Jesus. Mas não repele esse acréscimo, pois reconhece que ele está de acordo com as exigências lógicas da explicação das penas futuras e com a realidade demonstrada pelas comunicações espíritas. Localizando o Purgatório na Terra, em virtude da natureza expiatória do planeta, Kardec ao mesmo tempo extingue a fonte de rendas das indulgências que provocou a rebelião da Reforma e justifica o protesto de Lutero. (N. do T.)

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O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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