18 de junho de 2011

Estudo do ESE - Capítulo XXVII – “Pedi e Obtereis” - Item: 2

Estudo do O Evangelho Segundo o Espiritismo – 14/06/2011

Buscamos assim em nossa simplicidade e seguindo as orientações de nossos amigos espirituais, tentar esmiuçar esses singelos ensinamentos do mestre Jesus.
Este pequeno estudo visa despertar o interesse de todos em cultivar um instante de seu tempo para estudar com mais dedicação as orientações do mestre.

Capítulo XXVII – “Pedi e Obtereis” - Item: 2

"Quando vos apresentardes para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos Céus, perdoe também os vossos pecados. Se não lhe perdoardes, vosso Pai, que está nos Céus, também não perdoará os vossos".
(Marcos, 11: 25 e 26)



"Quando vos apresentardes para orar”...

Em todos os instantes de seus ensinamentos, o mestre Jesus orienta-nos sobre a importância da prece, demonstrando a seriedade do momento, exortando a grandiosidade deste encontro intimo e particular, o sublime instante de comunhão com o plano invisível. O Momento de conversa fraterna e sincera com o Pai maior.
Quando o mestre refere-se a preparação para a prece, não exige que estejamos nos paramentando com vestimentas, essências, ou qualquer atitude que venha a desvirtuar o real intento de comunhão com Deus, pois é o momento de sintonia entre criatura e Criador. Momento de elevar-se ao plano superior, consolida a importância dessa preparação, mas sendo intima, interior, não sendo necessária sua exteriorização, sua demonstração a olhos curiosos.  Devemos nos harmonizar, nos preparar, dedicar um instante que seja para esse encontro singelo, denota  a importância de  nos despirmos das vestes do orgulho, da túnica da vaidade, do manto do egoísmo, retirarmos a máscara da hipocrisia e tornarmo-nos verdadeiros e sinceros em nossas solicitações.
Orienta-nos que nos coloquemos na real situação de necessitados e pedintes verdadeiros. Lembremos que assim como a terra, deve ser preparada para tornar-se berço sublime das sementes e poder cumprir com presteza aos desígnios de sua criação, podendo ofertar o melhor sempre, nosso coração também deve elevar-se para assim poder ofertar seu melhor em sinal de reconhecimento ao amparo divino.
Desde os tempos mais antigos, vemos essa solicitação de entrar em comunhão com Deus, seguindo a terceira lei do decálogo apresentado por Moises, onde orienta-nos a guardar o sábado em sinal de reconhecimento à superioridade de Deus, ou seja, santificar um instante que seja de nossa vida para agradecer pela oportunidade deste novo dia de vida.
Sabe-se que a prece serve para pedir, louvar e agradecer, portanto, exige-nos o mínimo de dedicação e comprometimento. Como podemos pedir alguma coisa ou por alguém e esperar sermos atendidos , se não nos colocamos na condição sincera de necessitados, podemos aludir ao enfermo que padecente da atendimento medico, mas quando orientado a utilização medicamentosa, nega-se ao tratamento e acaba por demandar do posto de atendimento.
Temos que nos tornar homens melhores e em sintonia com o plano superior, esvaziando de nossa mente pensamentos corrosivos, extirpando de nosso coração sentimentos contrários a doutrina do amor.  Seguindo o exemplo do bom jardineiro, devemos separar todos os utensílios a serem utilizados na tarefa do plantio da árvore da renovação, escolher as ferramentas, os fertilizantes, o solo, as sementes. Primeiro passo da preparação para orar é reconhecer-se, entender suas limitações e quais as reais necessidades, para focar no engrandecimento verdadeiro e na busca correta pela transformação, conhecereis a verdade e ela vos libertará, já dizia o mestre, e a conhecer a verdade e conhecer-te, entender suas reais necessidades e agradecer pela divina misericórdia.


...”se tiverdes alguma coisa contra alguém”...

Quantas vezes nosso orgulho nos oferta os desafetos e as magoas, sentimo-nos traídos, enganados pelos que muitas vezes nos são caros e prestimosos, e isso alimenta em nosso intimo o sentimento deletério da ilusão dos vitimados e injustiçados, imaginamo-nos os pobres perseguidos pela ignorância e intolerância humana.
Temos que analisar profundamente nosso ser, buscar no nosso intimo tudo o que ansiamos ocultar através de sentimentos camuflados, dissimulados e destorcidos. Quantas vezes escondemos nossas emoções pela necessidade do reconhecimento, seguimos o caminho oposto da consciência, nos deixamos levar pela ilusão e utopia, criando barreiras no nosso convívio. A medida de caminhamos em busca do reconhecimento, nos afastamos do caminho correto do progresso, pois nossas atitudes baseiam-se na expectativa e na impressão que as pessoas terão a nosso respeito e não no que realmente somos ou ansiamos nos tornar verdadeiramente.
Quando buscamos então compreender os sentimentos que temos em relação ao próximo, podemos analisar o que realmente ocorre e porque essas situações tornam-se tão aflitivas e constrangedoras. Lembrando que as leis que regem o mundo são a obra de Deus, e que são leis universais e imutáveis, que possuímos nosso livre arbítrio como nossa escolha e a lei de causa e efeito como resultado. Veremos que na maioria das vezes para o nosso sentimento de vitimados do hoje, seria mais plausível o de verdugo e algoz do ontem e que nossa conduta equivocada causou-nos esse conflito. Para evitar nos ofender ou magoar com alguém, devemos primeiramente nos conhecer e posteriormente entender que o próximo também possui limitações e que cada um caminha em conformidade com as suas pernas. Lembremo-nos que o agressor de hoje, pode ter sido nossa vitima de ontem e ainda não aprendeu sobre a dinâmica do amor, cabe-nos então ensina-lo através da vivencia sincera do evangelho do Cristo, como nos dizem nossos amigos do plano maior, se nos sentimos agredidos e impelidos ao sentimento de revide, que nos vinguemos de nossos agressores, ofertando-lhes nosso amor e nosso perdão.
Convida-nos a refletir e buscar nossa interiorização, confirmando que nosso coração deve tornar-se puro, esquecer sentimentos contrários aos ensinados pela lei de amor, a desavença não pode ocupar espaço em corações que anseiam melhorar-se para que a terra possa ofertar seu melhor, deve ser preparada.

...”perdoai-lhe”...

Sentimento sincero, intimo, sem hipocrisia, demonstração sublime de amor e afeto, caso ainda não seja possível perdoar em sua plenitude, mas que possamos nos dedicar a buscar compreender o que nos acontece e não ansiar pelo revide ou vingança.
Não devemos retribuir o mal com o mal, o erro com outro erro, sair do circulo vicioso da desforra, devemos exercitar a lei de amor.
Demonstra a importância do ato, sempre orientou a perdoar o próximo, relevar os atos equivocados do próximo, não se deixar levar pelo orgulho que macula e sufoca os grãos da humildade, dizia que a verdadeira felicidade consiste em amar aos que nos perseguem, orar pelos que desejam o mal e perdoar os que agridem.
Assim como orienta a Pedro a perdoar o próximo não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes para cada ofensa.
Lembrando-nos ainda que as ofensas de hoje, são oriundas de atos pregressos, ou seja a safra farta e pesada que hoje colhemos em nosso caminho, advém do plantio desmedido que insistimos em semear no canteiro da existência.
Evidencia que o terreno fecundo do aprendizado, oferta trabalho constante na senda da renovação e sempre que a terra é removida de sua condição atual para a colheita do fruto maduro, oferta-nos o ensejo de novo plantio para a colheita vindoura.

...” a fim de que vosso Pai, que está nos Céus”...

De modo que... Significa uma concessão, para que o Pai que tudo sabe e tudo vê, aquele a quem nada fica oculto e percebe o pensamento, mesmo antes que seja elaborado pelo nosso cérebro.
Mostra a distancia entre o homem e o Criador, pois mesmo para nossa limitada visão, à medida que ascendemos a um monte ou galgamos degraus de uma escada conseguimos enxergar um pouco além,conseguimos ter uma visão um pouco mais abrangente do que nos circunda e permeia, imaginemos então a percepção do Pai.

...” perdoe também os vossos pecados”...

Mostra a medida, em conformidade, como dizia o mestre em relação a medida que julgares, seras também julgado, como pedir perdão pelos equívocos e erros, se não estamos dispostos a perdoar o equivoco e erros de nossos próximos.
Se desejamos algo, imprescindível se faz que aprendamos a ofertar. A remissão de nossos equívocos esta diretamente ligada as nossas ações.
Lembremos que pela lei de causa e efeito, hoje sofremos o que ontem fizemos sofrer, e para que sejamos limpos, devemos seguir outra máxima do mestre: vá e não peques mais.

...”Se não lhe perdoardes”...

Mostra aqui um alerta, existe um porem, uma máxima a ser seguida, que para obter a renovação, deve servir a lei de amor.
Deve ser ofertado pelo coração, sincero, mesmo que seja doloroso no início, mas é primordial que perdoe ao teu próximo, sem magoas, maculas, imposições.

...”vosso Pai, que está nos Céus”...

Novamente mostra que estamos longe da angelitude, que o homem da carne, não deve se sentir o senhor absoluto da razão e da verdade, pois somente aquele que esta acima de tudo que conhecemos tem capacidade de compreender o que nos cinge pelo caminho. Confirma que o Pai que nos conhece e fonte de nossa criação sempre vela e cuida de nós, está interado sobre cada passo que damos, ato que fazemos e ações que executamos.


...”também não perdoará os vossos"...

Aqui vem a máxima do ensinamento, para que possa ser perdoado, primeiro tenho que perdoar, para que meu coração se torne puro, primeiro tenho que dissipar tudo que seja deletério e corrosivo.
Para se chegar a evolução é necessário que sigamos três passos: arrependimento, expiação e reparação.
Tenho que me arrepender pelos atos errôneos, depois tenho que inverter os papeis e me encontrar com quem feri, passando pelas vicissitudes com resignação e sem revolta, estarei reparando os erros do caminho e consolidando minha evolução.
Portanto, se ansiamos nos tornar homens novos, devemos galgar pelo campo da transformação e seguir a orientação do Mestre de amor, que mesmo imolado pela cruz da ignorância humana, foi capaz de rogar ao Pai o perdão pelos que se equivocavam.
Muitos se esquecem do lenitivo da prece e acabam por utilizá-la como fonte de exaltação de falsas virtudes, comprometendo ainda mais sua condição infeliz de necessitado da misericórdia divina.
Somos credores e merecedores das mais fustigantes contendas de reparação, mas o amor imaculado de Deus, oferta-nos a oportunidade de nos melhorarmos e assim alcançarmos a graça de seu braço acolhedor.
Lembrando ainda que o perdão será dado pela nossa consciência, quando essa sentir-se livre dos grilhões do remorso e do arrependimento inerte.


A ORAÇÃO SINCERA

“O Senhor está longe dos ímpios, mas a oração dos justos escutará”. – (Provérbios 15:29)
Lembrei-vos sempre que a oração sublime aos ouvidos do Pai, procede do coração puro na serventia do próximo. De nada valem palavras soltas pelo ar, se o coração encontra-se ainda cativo pelos sentimentos corrosivos do orgulho e da mágoa.
A todo instante tens a oportunidade de servir a Deus com dedicação e presteza, desde que procures manter-se no caminho retilíneo da caridade veneranda e no auxilio constante aos irmãos padecentes de esclarecimento e amparo.
Palavras belas e carregadas de verbos ensoberbecidos, evidenciados pelo luzir do sentimento de opulência e vaidade, apenas demonstram a incapacidade do orador em absorver o real intento do singelo instante da intimidade da prece.
Em nada contribuirá para o melhoramento do indivíduo, se não proceder do coração liberto das amarras dos sentimentos mundanos e dos anseios transitórios e desvirtuados, pois apenas enaltece lhe a condição enferma de eterno prisioneiro do mundo.
Demonstrar eloquência ao falar corresponde apenas à fluência na estruturação das palavras e na criação de frases impactantes e não expressam verdadeiramente a condição intima do ser.
Orar é expressar com candura de sentimento a excelsa manifestação de amor e afeto para com o Criador, reconhecendo o momento impar ao despir-se da túnica do egoísmo, retirar a mascara da hipocrisia e tornar-se o verdadeiro ser na condição de servo leal em busca do trabalho edificante na seara de Deus e no ensejo de melhorar-se mais a cada instante.
Orar é dedicar-se a trabalhar em prol do próximo, sem aguardar o reconhecimento e o agradecimento de quem quer que seja.
(Antônio Carlos Gonzaga)

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