DIVINA PROVIDÊNCIA
Lembre-se sempre que aquele que nega os defeitos, se alimenta dos nutrientes tóxicos da vaidade, torna-se mero expectador na arquibancada da vida e mantém-se inerte frente ao alento revigorante da renovação, sujeitando-se as laboriosas provas da existência física.
A insistência pela condição de ociosidade que se mantém o espírito abrupto pelo orgulho, tende a comprometer seu adiantamento e retardar sua sublimação, alem de propiciar a atrofia dos membros inerentes para seu progresso, exigindo-lhe assim uma condição mais limitada que lhe imponha a caminhada pelo campo assistencial da expiação corpórea.
Sabeis que todos os atos irão repercutir instrutivamente para o engrandecimento espiritual, entretanto, deveis sempre entender que as escolhas atuais e voluntarias de provações menos necessárias, apesar de contribuir pelo campo do aprendizado acabam por compactuar pela prolongação das vicissitudes.
Saiba que a semente submersa na terra, após período de pesarosa improdutividade, é acometida pelas intempéries da natureza e a enxurrada que varre o chão alcança-lhe o confortável leito, obrigando a modificar a posição e convidando-a assim a transformar-se, ofertando-lhe a oportunidade de abrolhar-se e servir ao propósito ao qual lhe detém a criação.
Credes que por mais que se negue a reformulação interior, os desígnios de Deus serão sempre cumpridos, lembrando sempre que o espírito foi concebido para galgar com maestria os degraus rumo a angelitude e por mais que se retarde tal progresso, as leis imutáveis da Divina Providência apresentar-se-ão para que sejam concretizadas.
(Livro Manancial da Sobriedade, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)
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