6 de agosto de 2011

Lei de Liberdade

Lei de Liberdade

1. A Liberdade Natural e a Escravidão

A liberdade é a condição básica para que a alma construa o seu destino. A princípio parece limitada às necessidades físicas, condições sociais, interesses ou instintos. Mas, ao analisar-se a questão mais profundamente, vê-se que a liberdade despontada é sempre suficiente para permitir que o homem rompa esse círculo restrito e construa pela vontade o seu próprio futuro.
Intrinsecamente livre, criado para a vida feliz, o homem traz, no entanto, inscritos na própria consciência, os limites da sua liberdade.
Jamais devendo constituir tropeço na senda por onde avança o seu próximo, é-lhe vedada a exploração de outras vidas sob qualquer argumentação, das quais subtraia o direito de liberdade.
A liberdade legítima decorre da legítima responsabilidade, não podendo triunfar sem esta.
A responsabilidade resulta do amadurecimento pessoal em torno dos deveres morais e sociais, que são a questão matriz fomentadora dos lídimos direitos humanos.
A toda criatura é concedida a liberdade de pensar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos semelhantes do próximo.
Ser livre, portanto, é saber respeitar os direitos alheios, porque “desde que juntos estejam dois homens, há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar.” [LE-qst 826]
Vivemos num planeta que se caracteriza pela predominância do mal sobre o bem; é um planeta inferior, onde os seus habitantes estão submetidos a provas e expiações; daí ser comum que muitos Espíritos não possuam o discernimento natural para o emprego da liberdade que Deus lhes concedeu. A ocorrência de abusos de poder, manifestada nas tentativas de o homem escravizar o próprio homem, nas variadas formas e intensidade, é o exemplo típico do mau uso desta lei natural.
À medida que o ser humano evolui, cresce com ele a responsabilidade sobre os seus atos, sobre as suas manifestações verbais e, até mesmo, sobre os seus pensamentos. Neste estágio evolutivo, passa a compreender que a liberdade não se traduz por fazer ou deixar de fazer determinada coisa, irresponsavelmente. Passa a medir a sua linha de ação, de maneira que esta não atinja desastrosamente o próximo. Compreende, enfim, que sua liberdade termina onde começa a do próximo.
A vontade própria ou livre-arbítrio é, então, exercitada de uma maneira mais coerente, mais responsável. O livre-arbítrio é definido como “a faculdade que tem o indivíduo de determinar a sua própria conduta”, ou em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.”
Sem o livre-arbítrio, o homem não teria mérito em praticar o bem ou evitar o mal, pois a vontade e a liberdade do Espírito não sendo exercitadas, o homem não seria mais do que um autômato. Pelo livre-arbítrio, ao contrário, passa o indivíduo a ser o arquiteto da sua própria vida, da sua felicidade ou infelicidade, da maior ou menor responsabilidade em qualquer ato que pratique.
A liberdade e o livre-arbítrio têm uma correlação fundamental na criatura humana e aumentam de acordo com a sua elevação e conhecimento. Se por um lado temos a liberdade de pensar, falar e agir, por outro lado, o livre-arbítrio nos confere a responsabilidade dos próprios atos por terem sido eles praticados livremente e por nossa própria vontade.
A sujeição absoluta de um homem a outro homem é um erro gravíssimo de conseqüências desastrosas para quem o pratica. A escravidão, seja ela física, intelectual, sócio-econômica, é sempre um abuso da força e que tende a desaparecer com o progresso da Humanidade... É um atentado à Natureza onde tudo é harmonia e equilíbrio. Quem arbitrariamente desfere golpes cerceando a liberdade dos outros, escravizando-os pelos diversos processos que o mundo moderno oferece, sofre a natural conseqüência, e essa é a vergasta da dor , que desperta e corrige, educa e levanta para os tirocínios elevados da vida.
Coube ao Cristianismo mostrar que, perante Deus, só existe uma espécie de homens e que, mais ou menos puros e elevados, eles o são, não pela cor da epiderme ou do sangue, mas pelo Espírito, isto é, pela melhor compreensão que tenham das coisas e principalmente pela bondade que imprimam em seus atos.

2. Liberdade de Pensar e de Consciência

A liberdade de pensamento, e de ação, constituem atributos essenciais do Espírito, outorgados por Deus ao criá-lo.
A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o. Assim ensinam os Espíritos [LE-qst 833] ao responderem que “no pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o vôo, porém, não aniquilá-lo.” Quando muito, ainda pela inferioridade e imperfeição de nossa civilização, tenta-se conter a manifestação exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão.
Se há algo que escapa a qualquer opressão é a liberdade de pensamento. Somente por ela pode o homem gozar de liberdade absoluta. Ninguém consegue aprisionar o pensamento de outrem - embora possa entravar-lhe a liberdade de exprimi-lo.
Pela ação da lei do progresso, a liberdade, em todas as suas modalidades evolui, especialmente a liberdade de pensar, pois atualmente já não vivemos na época do “crer ou morrer”, como acontecia nos tempos da Inquisição ou Santo Ofício.
Na verdade, de século para século, menos dificuldade encontra o homem para pensar sem peias e, a cada geração que surge, mais amplas se tornam as garantias individuais no tange à inviolabilidade do foro íntimo.
Evidencia-se bem distinta a liberdade de pensar e de agir, pois enquanto a primeira se exerce com maior amplidão, sem barreiras, a última padece de extensas e profundas limitações.
Apesar de a liberdade de pensar ser ilimitada, ela depende do grau evolutivo de cada Espírito, na sua capacidade de irradiação e de discernimento. À medida que um Espírito progride, desenvolve-se-lhe o senso de responsabilidade sobre seus atos e pensamentos.
“A toda criatura é concedida a liberdade de pensar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos semelhantes do próximo.
Desde que o uso da faculdade livre engendre sofrimento e coerção para outrem, incide-se em crime passível de cerceamento daquele direito, seja por parte das leis humanas, sem dúvida nenhuma através da Justiça Divina.
Graças a isso, o limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, que gera para si mesma o cárcere de sombra e dor, a prisão sem barras em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, ou as asas de luz para a perene harmonia.”
O limite da nossa liberdade está, portanto, determinado onde começa a do próximo.
“Em todas as relações sociais, em nossas relações com os nossos semelhantes, é preciso nos lembremos constantemente disto: Os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Por conseguinte, nada devemos exigir, nada devemos esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento.“
Logo, o Espírito só está verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais, que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio fato de sua evolução. No dia em que ele se compenetrar da lei e fizer dela a norma de suas ações, terá atingido o ponto moral em que o homem se possui, domina e governa a si mesmo.
Daí em diante já não precisará do constrangimento e da autoridade social para corrigir-se. E dá-se com a coletividade o que se dá com o indivíduo. Um povo só é verdadeiramente livre, digno de liberdade se aprendeu a obedecer a lei interna, lei moral, eterna e universal que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um Poder mais alto. Sem a disciplina moral que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro; tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre.
Tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a liberdade.

3. Livre-arbítrio e Determinismo

Determinismo ou Fatalismo é uma doutrina segundo a qual todos os fatos são considerados como conseqüências necessárias de condições antecedentes. De acordo com essa maneira de pensar todos os acontecimentos foram irrevogavelmente fixados de antemão, sendo o homem mero joquete nas mãos do destino.
O livre-arbítrio, por sua vez, é a concepção doutrinária que afirma que o homem dispõe sempre da liberdade de escolha, podendo gerenciar as suas decisões e a sua vida.

Posição espírita

O Espiritismo nos ensina que não há um fatalismo absoluto, um determinismo que norteará a vida do homem.
O livre-arbítrio foi talvez a grande conquista do princípio inteligente em sua jornada evolutiva, pois, através dele, tornou-se o Espírito responsável pelos seus atos.
Embora o homem esteja subordinado ao seu livre-arbítrio, sua existência está também submetida a determinada característica de acordo com o mapa de seus serviços e provações na Terra e, delineado pela individualidade em harmonia com as opiniões de seus guias espirituais antes da reencarnação.
As condições sociais, as moléstias, os ambientes viciosos, o cerco das tentações, os dissabores, são circunstâncias da existência do homem. Entre elas, porém, está a sua vontade soberana.
O homem é, pois, livre para agir, para escolher o tipo de vida que procura levar. As dores, as dificuldades existentes na sua vida são provas e expiações que vem muitas vezes como conseqüência do uso incorreto do livre-arbítrio em existência anteriores.
“Se o homem tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.” [LE-qst 843]
Allan Kardec didaticamente separa o livre-arbítrio em:
a)  No estado de Espírito: consiste na escolha da existência e das provas.
b)  No estado corpóreo: consiste na faculdade de ceder ou resistir aos arrastamentos a que estamos submetidos.
Lembra, no entanto, Kardec, que excetuando-se as Almas Puras, que já atingiram a Perfeição que lhes é possível, em todos os outros o Livre-arbítrio é uma faculdade sempre limitada.
Na medida em que a nossa liberdade termina onde se inicia a liberdade do outro, certos atos, contrários à ordem geral que regem a evolução das criaturas, são vedados.
Assim sendo, o livre-arbítrio será diretamente proporcional a evolução intelecto-moral da criatura. Os Espíritos mais evoluídos o possuem em grau maior; as almas mais inferiorizadas terão uma faixa de escolha mais limitada.











Livre Arbítrio
 
 



Em outras condições, como no período da infância e na loucura, o livre-arbítrio pode momentaneamente ser retirado do homem.

1.  Seres inferiores
 (animais, homem primitivo)
2.  Período de infância
3.  Estado de loucura

André Luiz [Ação e Reação] assim se manifesta:
“Nas esferas primárias da evolução, o determinismo pode ser considerado irresistível. É o mineral obedecendo às leis invariáveis de coesão e o vegetal respondendo, fiel, aos princípios organogênicos, na consciência humana a razão e a vontade, o conhecimento e o discernimento entram em junção nas forças do destino, conferindo ao Espírito as responsabilidades naturais que deve possuir sobre si mesmo. Por isso, embora nos reconheçamos subordinados aos efeitos de nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de nós, dentro desse determinismo relativo, decorrente de nossa própria conduta, pode significar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em nossa condição de almas endividadas perante a Lei.”

Conclusões

1.  Pelo uso do livre-arbítrio, construimos o nosso destino, que pode ser de dores ou de alegrias.
2.  Livre-Arbítrio, na fase evolutiva em que nos encontramos, é sempre relativo.
3.  O determinismo, também relativo, pode ser traduzido como a conseqüência inaceitável de nossa conduta prévia.

Bibliografia
a)    O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
b)   Ação e Reação - André Luiz/Chico Xavier
c)    A Constituição Divina - Richard Simonetti
d)   Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
e)   Leis Morais - Rodolfo Calligaris
Fonte: IDE-JF Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora – MG
Divulgação: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Curso de Introdução à Doutrina Espirita

5 de agosto de 2011

SÊ CRISTÃO

SÊ CRISTÃO

Irmão em Cristo, pela jornada laboriosa do progresso e da evolução espiritual, deve sempre buscar compreender os desígnios de Deus e compartilhar com todos que encontrar pelo caminho os ensinos contidos no evangelho do Amor.
Servir sem nada esperar, amar sem nada cobrar, amparar sem desejar reconhecimento, estas são atitudes do cristão verdadeiro, do seguidor de Jesus que anseia pelo Bem comum.
Não desanime frente às provações da existência e nem se revolte ao encontrar-se envolto por momentos conflitantes, pois nesta ocasião, é a oportunidade de exercitar e fortificar tudo que aprendestes em teoria.
Através da pratica constante da caridade pura e da humildade redentora poderá difundir a paz e harmonia a todos que carecem e por onde seguires.
Somos obreiros de Deus e sempre somos convidados a trabalhar na propagação do amor e da fé, devemos nos preparar com a elevação de nosso pensamento e a melhoria de nosso ser, assim transpondo os obstáculos da vida e de nossa imperfeição e semear no terreno inexaurível da existência o gérmen da renovação espiritual.
Amar e servir, eis os fundamentos da fraternidade cristã. Fé e caridade, os pilares da evolução. Humildade e prudência, as bases do convívio universal.
Que Deus esteja sempre em vossos pensamentos e possa assim ser luz em vosso caminho e esperança em vosso coração.
(Livro Gotas do Bem Viver, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)

Lei de Causa e Efeito

 Lei de Causa e Efeito

1. Introdução

A Lei de Causa e Efeito, conhecida também com o nome de Lei de Ação e Reação ou Lei do Carma, é uma lei natural, espiritual e universal, essencial para a evolução das almas.
André Luiz [Ação e Reação] nos diz:
"É a conta do destino criada por nós mesmo, englobando os créditos e os débitos que em particular nos digam respeito. É o sistema de contabilidade do Governo da Vida."
Consiste, portanto, nos padrões de hábito que uma pessoa estabeleceu e as repercussões desses padrões sobre si mesma e sobre os outros.

2. Princípios Fundamentais

Allan Kardec examina [CI-cap VII] com profundidade a Lei de Causa e Efeito. Através de 33 itens, ele tece inúmeros comentários importantes a respeito. Apresentamos uma síntese:

a)"O estado feliz ou desgraçado de um Espírito é inerente ao seu grau de pureza ou impureza. A completa felicidade prende-se à perfeição. Toda imperfeição é causa de sofrimento e toda virtude é fonte de prazer."
O homem sofre em função dos defeitos que tem: a inveja, o ciúme, a ambição, os vícios sociais são as causas fundamentais dos sofrimentos. Diz Kardec, que a alma que tem dez imperfeições, por exemplo, sofre mais do que a que tem três ou quatro.
Portanto, o único caminho que nos levará à felicidade completa é o do esforço constante no combate às más inclinações, através da reforma íntima;

b)"O bem como o mal são voluntários e facultativos: livre o homem não fatalmente impelido para um nem para outro."
Em [LE-qst 645] os benfeitores espirituais afirmam que não há arrastamento irresistível. O homem tem sempre liberdade de escolher entre o bem e o mal e seguir o caminho da correção ou do vício. Por esse motivo, por ter escolhido livremente a opção a tomar, ele torna-se responsável pelos seus atos. Emmanuel diz:
"A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória."

c)"A responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem quer provocando-os pelo exemplo quer não os impedindo quando poderia fazê-los."
Perante a Lei de Causa e Efeito não existem "vítimas". Só respondemos pelos nossos atos e jamais pelos atos alheios. A ninguém deve o homem culpar em caso de sofrimento, a não ser a ele mesmo, pela sua incúria, seus excessos ou a sua ambição.
Quando mais de uma pessoa vêm a cometer o mesmo erro, tornam-se todos incursos na Lei de Causa e Efeito e, muitas vezes, deverão, juntos, repararem esse erro. Muitos casos de calamidades coletivas, expiações de grupos ou famílias inteiras enquadram-se nessa situação.
O carma, portanto, pode ser:
. Individual: um único Espírito está incurso na Lei;
. Familiar: quando vários membros de um mesmo núcleo familiar estão inseridos no processo cármico;
. Coletivo: quando toda uma coletividade comprometeu-se com a mesma falta.

d)"A alma traz consigo o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se encontre, sem necessidade de lugar circunscrito."
Céu e Inferno, ensina-nos a Doutrina Espírita são estados de consciência. O primeiro corresponde a uma consciência tranquila em função do serviço bem feito e da atitude sempre correta. O segundo existe em decorrência da culpa, do remorso, que cria para a alma viciosa um campo magnético negativo, através do qual as obsessões, as enfermidades físicas ou psíquicas, ou mesmo os lances desditosos da existência vão se desenvolver.
André Luiz denomina "zona de remorso" a esta área que se estabelece na consciência do homem ante a atitude incorreta. Segundo este autor, a "zona de remorso" será responsável pela radiação doentia que vai infelicitar o perispírito do indivíduo, carreando para ele uma série de possibilidades dolorosas.




Atitute incorreta




¯




Zona de Remorso




¯




Lesão perispirítica em decorrência de radiações doentias



½


¯

¯

¯
DOR FÍSICA

DOR MORAL

OBSESSÕES





Plasma o corpo físico enfermo

Gera um campo magnético negativo que atrai a desdita

Permite a sintonia com a vítima

e)"Toda falta cometida é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for na mesma existência, se-lo-á na seguinte ou seguintes."
Em muitas oportunidades, as faltas cometidas numa existência, podem ser reparadas na mesma encarnação; outras vezes, somente na existência posterior terá a alma culpada condições de resgate; e, em determinadas situações, serão necessárias diversas encarnações para que a dívida seja saldada.
Bezerra de Menezes [Dramas da Obsessão] lembra que em algumas oportunidades a alma culpada não possui condição evolutiva ou estrutura psicológica para receber a carga de sofrimento, decorrente do erro. Nestes casos, a lei dá-lhe um tempo de moratória para que se estruture intimamente e possa, no futuro, responder pela falta. Registramos as palavras do benfeitor:
"Existem obsessores tolhidos numa reencarnação para a experiência de catequese, quando, então, todas as facilidades para um aprendizado eficaz das leis do Amor e da Fraternidade lhes serão apresentadas. Muitos, só mais tarde, em encarnações posteriores, estarão em fase de reparações e resgates."

f)"Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida corpórea pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anteriores existências."
Allan Kardec comenta [LE-qst 973]: "cada um é punido naquilo em que errou"; porque observa-se uma correspondência íntima entre o tipo de sofrimento e o tipo de falta. André Luiz [Ação e Reação] apresenta várias possibilidades, como mostra o quadro abaixo.



Falta
Resgate
·       Aborto
·       Esterilidade, doenças genitais
·       Incontinência sexual ou erros no amor
·       Impotência sexual ou frigidez, decepções na vida afetiva
·       Ociosidade, indolência
·       Desempregos, má remuneração profissional, paralisias
·       Calúnia ou maledicência
·       Doenças das cordas vocais
·       Beleza física mal canalizada
·       Doenças de pele
·       Erros cometidos no esporte e na dança
·       Reumatismos diversos
·       Inteligência canalizada para o mal
·       Hidrocefalia, oligofrenias
·       Suicídio
·       Doenças congênitas graves, acidentes mortais na infância e adolescência

g)"A mesma falta pode determinar expiações diversas, conforme as circunstância atenuantes ou agravantes."
Dois fatores condicionam sempre a gravidade de uma falta: a intenção e o conhecimento do erro. Embora as faltas sejam sempre as mesmas, a responsabilidade do culpado ante o deslize será maior ou menor em função do grau de conhecimento que ele possui e de sua intenção ao cometê-lo.
Com relação ao grau de adiantamento, Kardec informa que as almas mais grosseiras e atrasadas são, via de regra, mais atingidas pelos sofrimentos materiais, enquanto os Espíritos de maior sensibilidade e cultura são mais vulneráveis aos sofrimentos morais.

h)"Não há uma única ação meritória que se perca: todo ato meritório terá recompensa."
A Lei de Causa e Efeito não apenas pune o culpado, mas também premia a alma vitoriosa. Denomina-se "carma positivo" aos condicionamentos sadios que o Espírito atrai para si, em decorrência de atitudes corretas e vivência altruística;

i)"A duração do castigo depende da melhoria do culpado. O Espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo prolongar o sofrimento pela persistência no mal ou suavizá-la ou mesmo superá-la em função de sua maneira de proceder."
Kardec mostra que não existe condenação por tempo determinado. O que Deus exige, por termo do sofrimento, é um melhoramento sério, efetivo, sincero de volta ao bem;

j)"Arrependimento, expiação e reparação constituem as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta."
O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo. Mas não basta o arrependimento, embora ele suavize os cravos da expiação.
A expiação consiste nos sofrimentos físicos ou morais que são consequentes à falta, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, achar-se numa encarnação ulterior em contato com as mesmas pessoas de modo a demonstrar reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.

1. Arrependimento
2. Expiação
3. Reparação
Bibliografia
a)    O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
b)   O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
c)    Céu e Inferno - Allan Kardec
d)   Ação e Reação - André Luiz/Chico Xavier
e)   Vidas de Outrora - Eliseu Rigonatti
f)     Dramas da Obsessão - Bezerra de Menezes/Yvonne Pereira

Fonte: IDE-JF Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG

Divulgação: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Curso de Introdução à Doutrina Espírita

4 de agosto de 2011

CONFIA E PERSEVERA

CONFIA E PERSEVERA

Segue confiante, pois em ti Deus habita, eleve seu pensamento ao Pai e Criador e saiba que nos momentos aflitivos de sua existência Ele se faz presente com mais intensidade e nunca vos deixa solitário ou abandonado.
Não existe dor eterna e provas impossíveis, se falhamos ou desistimos é porque ainda prevalece em nós o sentimento de derrotistas e vitimados, onde é mais fácil a nossa escolha pelo sofrimento imediatista do que o anseio em perseverar no caminho do Bem e em servir aos desígnios de Deus.
As provações de nossa existência têm a intensidade necessária para o burilo de nosso espírito e a força cadenciada para a lapidação de nosso ser.
Os sentimentos de angustia e aflição muitas vezes são ostentados com veemência, assemelhando-se a medalhas e troféus, onde aquele que se sente oprimido parece se ajustar e acomodar com essa condição de infeliz e aguarda inativo pelo socorro de Deus.
Resignação e conformismo são sentimentos distintos, o conformismo é aceitar aquilo que aparece no caminho como empecilho e obstáculo impossível de transpor. É encontrar escusas descabidas para manter-se na inércia da preguiça e amoldar-se na lassidão, vagueando pelo caminho com passos lentos e titubeantes sem ao menos tentar enfrentar os desafios.
Ao passo que resignar-se é entender que tudo tem um propósito, que deves perseverar no caminhar, mesmo quando os pés se ferem nos espinhos das provações, que após cada embate exaustivo, encontrara o balsamo consolador do amor de Deus. É compreender a importância em transpor os obstáculos da existência com persistência e entendimento.
Aproveita a oportunidade que recebe a cada dia que alvorece e propague por onde passes os ensinos de Cristo, semeando o amor, cultivando o perdão e consolidando o Evangelho da Redenção.
Confia em Deus, pois Ele em ti confia sempre e ama-te indistintamente.
(Livro Gotas do Bem Viver, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)

3 de agosto de 2011

TENHA FÉ

TENHA FÉ

Que em teu caminhar pela trilha evolutiva do ser, possa sempre enxergar além das provações da vida e do que acredita sofrer injustamente.
Que em vosso coração abrolhe a árvore da esperança redentora e consiga desvencilhar das armadilhas da carne e perseverar no progresso do espírito e na felicidade da alma.
Não olvides os ensinos de Cristo, pois traz em sua essência as ferramentas necessárias para a tarefa diária do plantio da redenção e da cultivação do Evangelho da Renovação Espiritual.
Fortifica vossa crença, tornando-a Fé consoladora e morada segura da consagração do amor puro e soberano.
Semeie a paz, a harmonia e união fraterna. Cultive a paciência, a prudência e a resignação. Acrescente a caridade, a humildade e a alegria em seu coração.
Continue com passos firmes pelo caminho redentor do Bem e siga jubiloso pela senda da serventia e do amparo ao aflito.
Segue com fé, pois Jesus contigo está.
(Livro Gotas do Bem Viver, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)

2 de agosto de 2011

MOMENTOS AFLITIVOS

MOMENTOS AFLITIVOS

O espírito que caminha rumo ao progresso, necessita sempre que suas imperfeições sejam lapidadas para que ao se modificarem tornem-se virtudes sublimes.
As provações no caminho são os degraus da escada evolutiva a elevar-nos a um patamar mais auspicioso, e uma vez alcançado consolidam-se em nosso interior.
As enfermidades que tencionam a flagelar nosso corpo frágil e padecente de cuidados são às singelas oportunidades do espírito se purificar ao expurgá-las com resignação.
As expiações que nos limitam os movimentos e fazem-nos carecer da piedade e do socorro do próximo, revela-nos o mais sublime amparo Divino e auxilia-nos a não mais errar de forma tão contundente contra nós mesmos.
As dores ocasionadas pelos afastamentos daqueles que nos são caros, apenas tornam-se verdadeiras desesperanças quando olvidamos que os laços do amor universal se estendem por toda a eternidade.
Entregar-se ao vitimismo é nutrir-se das energias tóxicas da incredulidade e saciar-se dos inebriantes e corrosivos sentimentos da autopiedade, obrigando-nos a manter a ociosidade destrutiva em nosso intimo.
As demonstrações exteriores de uma fé inexistente e que tencionam apenas ostentar uma falsa virtude, assemelham-se as mesas adornadas com as flores artificiais, onde apesar de toda a beleza, perde-se a essência da natureza e não conseguem perfumar os locais onde se encontram.
A luz que resplandece nos corações, deve também servir de sustentáculo a todos os caminheiros que ainda sofrendo as provações da carne não entenderam a sua real serventia e se revoltam, esquecendo-se do amor puro e soberano de Deus.
Expressamo-nos com o coração, exaltando a singela força da união fraterna e sejamos seguidores fieis dos ensinos do Cristo, colocando-nos a disposição para servir sempre com alegria e prontidão a todos que necessitarem da acolhida sincera.
(Livro Manancial da Sobriedade, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)

1 de agosto de 2011

A LIÇÃO DA NATUREZA

A LIÇÃO DA NATUREZA

As vicissitudes que visitam nosso cotidiano, assemelham-se ao fertilizante que prontamente nutre a terra para que possa ofertar a todos que dela necessitam a sua melhor utilização.
O homem que encontra-se aprisionado pelos grilhões do materialismo desmedido, apenas vislumbra as provações passageiras como fervorosos flagelos da existência, sentindo-se açoitado pelo castigo Divino e insistindo no sofrimento desnecessário e na inércia destrutiva.
As plantas que mesmo tendo suas flores belas e perfumadas a se abrolharem pelo jardim, não possuindo as raízes inseridas seguramente no interior da terra, tendem a se perder no primeiro vento mais incisivo que venha lhe afagar as meigas pétalas.
O homem que crê na alegria temporária e se martiriza em busca dos tesouros transitórios da existência física, caminha vacilante pela senda do entendimento e quando suas expectativas não são suplantadas pelo ensejo da divina corrigenda, sente-se renegado por Deus.
Os frutos que mesmo quando caem na terra por não terem servido ao propósito de saciar a fome de outro ser, ainda sim, poderá perpetuar sua espécie quando sua semente alojar-se cuidadosamente ao solo e seus compostos vierem a nutrir-lhe o terreno.
A enfermidade que tende a acamar e vitimar os homens, serve sempre para despertar em todos os seres a necessidade diária do melhoramento, assim como a água necessita do filtro para tornar-se pura ao consumo, o espírito necessita depurar-se para assim tornar-se sublime ser angelical na sua plenitude.
Sigamos pois o modelo imaculado de Jesus e caminhemos com perseverança e norteados pelos ensinos edificantes do Cristo, que sempre nos orienta a despojarmos dos pesos desnecessários da matéria, carregarmos nossas cruzes e peregrinarmos com retidão pelo campo da renovação interior.
Busque sempre compreender que mais que sofrer, a vida consiste em aprender e mesmo os mais pesarosos obstáculos, nos elevam a superação interior.
(Livro Manancial da Sobriedade, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)

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Pensemos Nisso

O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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Vale a pena assistir

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Documentário Peixotinho

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Mensagem de Reflexão

"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel



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