14 de dezembro de 2011

Estudo Teórico-Prático da Doutrina Espírita - Unidade III - Criação Divina


Estudo Teórico-prático da Doutrina Espírita

UNIDADE III

Tema: Criação Divina
Elementos Gerais do Universo : Espírito e Matéria
Na Parte 1.ª, Cap. II, de "O livro dos Espíritos (1.857), que trata dos Elementos Gerais do Universo, encontramos como resposta à questão 27 que: Deus, Espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, sendo que esta pode ser considerada a trindade Universal.
Complementando porém esta questão, nos é ensinado que: "Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal (grifo nosso), que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá."
Espírito: Na parte 1.ª Cap. II – Dos elementos Gerais do Universo, de "O Livro dos Espíritos" (1.857), questão 23, é perguntado: "Que é o Espírito?" a que a Espiritualidade responde: "O princípio inteligente do Universo".
a) Qual a natureza íntima do Espírito? R. "Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada não existe."
Na Parte 2.ª, Cap. I – Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos, questão n 76, é solicitado à Espiritualidade uma definição dos Espíritos, ao que é respondido: "Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material". A esta resposta, Kardec emite a seguinte nota: "A palavra Espírito é empregada aqui para designar as individualidades dos seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente do Universo".
Matéria: Analisando novamente a parte 1.ª Cap. II – Dos elementos Gerais do Universo, denotamos na questão 22, o anseio por uma definição de matéria.
"Define-se geralmente a matéria como sendo – o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas essas definições?" e a Espiritualidade responde: "Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria."
a) Que definição podeis dar de matéria? – " A matéria é o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual atua, ao mesmo tempo, exerce sua ação."
Complementa ainda Kardec " Deste ponto de vista, pode dizer-se que a matéria é o agente, o intermediário com o auxílio do qual e sobre o qual atua o Espírito.
A Ciência considera as seguintes propriedades da matéria:
Massa: - quantidade de matéria de um corpo.
Extensão: é a porção do espaço, ocupada pela matéria. Toda matéria ocupa um determinado lugar no espaço.
Impenetrabilidade: Duas porções de matéria não podem, ao mesmo tempo, ocupar o mesmo lugar no espaço.
Inércia: quando um corpo, formado naturalmente por matéria, está em repouso, é necessário uma força para colocá-lo em movimento. Se o corpo estiver em movimento, é necessário uma força para alterá-lo ou fazer o corpo parar.
Divisibilidade: podemos dividir um corpo ou pulverizá-lo até certo limite. As partículas são formadas de partículas menores chamadas átomos.
É interessante definir, também, que a Matéria é tudo o que possui massa e extensão. Corpo é uma porção limitada da matéria e Substâncias são as diferentes espécies de matéria.
Os principais elementos constitutivos da matéria são as moléculas e os átomos, os quis se subdividem em partículas cada vez menores e que são objeto das mais recentes pesquisas pela ciência.
De acordo com as obras da Codificação, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo. Assim, não lhe é dado conhecer o princípio das coisas. Somente à medida que ele se depura é que o véu das coisas ocultas se levantam aos seus olhos, mas, para compreender certas coisas, necessita faculdades que ainda não possui. Em Obras póstumas, na 1.ª Parte, parágrafo 3.º encontramos: O princípio das coisas reside nos arcanos de Deus"
Ainda dentro deste Cap. II, é esclarecido que a matéria é formada de um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva.
Fluido Cósmico Universal: O Fluido Cósmico Universal, que também pode ser chamado de "matéria cósmica primitiva", é o elemento primordial gerador dos mundos e dos seres. Esse fluido preenche todo o universo. Podemos dizer que tudo se encontra mergulhado nesse fluido.
Todos os corpos são formados desse elemento primitivo, que se modifica para dar origem aos corpos chamados simples.
Este elemento primitivo é que determina as diversas propriedades que a matéria apresenta, devido as modificações que as suas moléculas elementares sofrem por efeito de sua união, em certas circunstâncias.
Esta matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e adquirir todas as propriedades, podendo dizer que tudo está em tudo.
Dessa forma, o oxigênio, hidrogênio o carbono e todos os corpos que consideramos simples, são meras modificações de uma substância primitiva.
Segundo o que observamos quotidianamente, a matéria sofre temporárias transformações das quais resultam diferentes corpos, que incessantemente nascem e se destróem.
Embora esse Fluido Universal possa ser classificado como elemento material, ele está colocado entre o Espírito e a matéria, é fluido, é suscetível de inumeráveis combinações.
Esse Fluido Universal, também chamado de primitivo ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.
Formação dos Mundos e dos Seres Vivos:
Como produto que são da aglomeração e da transformação da matéria, os mundos hão de ter tido, como todos os corpos materiais, começo e terão fim, na conformidade de leis que desconhecemos.
Até certo ponto, pode a ciência formular as leis que lhes presidiram a formação e remontar ao estado primitivo deles.
O Universo abrange a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os serem animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço, assim como os fluidos que os enchem.
A razão nos leva a concluir que o Universo não pode ter se formado por si mesmo, nem por obra do acaso, mas que há de ser obra de Deus. Deus criou o Universo pela sua vontade onipotente.
Quanto ao modo de formação dos mundos o que podemos compreender é que eles se formam pela condensação da matéria disseminada no espaço.
Deus renova os mundos, como renova os seres vivos; assim, um mundo completamente formado, poderá desaparecer e a matéria que o compõe disseminar-se de novo no espaço.
Houve tempo em que não existiam seres vivos na Terra; logo eles tiveram começo. Cada espécie foi aparecendo à proporção que o globo adquiria as condições necessárias à existência delas.
A Terra continha os gérmens dos seres vivos que aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessou a atuação da força que os mantinham afastados, e formaram os gérmens de todos os seres vivos. Estes gérmens permaneceram em estado latente de inércia, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício ao surto de cada espécie. Os seres de cada uma destas se reuniram e, então, se multiplicaram.
Os elementos orgânicos antes da formação da Terra, achavam-se em estado de fluido no espaço, no meio dos Espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da Terra, para começarem existência nova em novo globo.
A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos no globo terrestre e veio a seu tempo. Foi o que deu lugar a que se dissesse que o homem se formou do limo da Terra.
Aparecimento do Homem na terra: Quanto à época do aparecimento do homem e dos outros seres vivos na terra, todos os cálculos humanos são quiméricos.
O princípio das coisas está nos segredos de Deus. Entretanto, pode-se dizer que os homens, uma vez espalhados pela terra, absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua própria formação, para os transmitir segundo as leis de reprodução. O mesmo se deu com as diferentes espécies de seres vivos.
O homem surgiu em diferentes pontos do globo e em várias épocas, o que também constitui uma das causas da diversidade das raças, além dos fatores de clima, da vida e dos costumes.
Seres Orgânicos: Os seres que tem em si uma fonte de atividade íntima que lhes dá a vida. Nascem, crescem, reproduzem-se por si mesmos e morrem. São providos de órgãos especiais para a execução dos diferentes atos da vida, órgãos esses apropriados à necessidades que a conservação própria lhes impõe. Nessa classe estão compreendidos os homens, os animais e as plantas.
Seres Inorgânicos: Os seres inorgânicos carecem de vitalidade, de movimentos próprios e que se formam apenas pela agregação da matéria. Tais são os minerais, a água, o ar, etc.
A força que une os elementos da matéria nos corpos orgânicos e inorgânicos é a mesma. A matéria que compõe esses corpos também é a mesma, porém, nos corpos orgânicos está animalizada pela sua união com o princípio vital.
A vida é um efeito, devido à ação de um agente sobre a matéria que é o princípio vital. Esse princípio sem a matéria não é a vida, Ao mesmo modo que a matéria não pode viver sem ele. Ele dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.
O princípio vital se origina do Fluido Universal. É um só para todos os seres vivos, mas modificado segundo as espécies. É ele quem lhes dá movimento e atividade e os distingue da matéria inerte.
Os Reinos da Natureza: Mineral, Vegetal e Animal, Œ Hominal Œ Angelical
Os seres da natureza estão classificados em três Reinos: Mineral, Vegetal e Animal.
O homem está incluído no último desses reinos, mas, considerando em sua integralidade, distingue-se o homem pela sua inteligência e racionalidade.
No homem brilha, pois, a luz da razão, que lhe faculta o conhecimento das leis universais e á qual se junta o senso moral, que o eleva a cima dos outros seres, pela percepção das Leis Morais e a intuição de Deus. Destaca-se o homem por atributos do Espírito, vindo a formas um quarto reino – o Hominal.
Entre os três reinos reconhece-se formas de transição de tal modo sutis que entre elas se torna ambígua a definição absoluta dos três reinos.
Há, porem, em caráter distintivo entre os seres minerais e os outros grupos: é a ausência de vida dos minerais e a presença dela nos vegetais e animais. Por isso, a divisão entre orgânicos e inorgânicos.
A presença de vida se traduz nos vegetais e animais pela organização celular da matéria de seus corpos e do aparecimento das grandes funções de nutrição e reprodução. Há uma infinidade de seres constituídos de uma única célula. São seres unicelulares vegetais – os protófitos, e animais – os protozoários.
Em seres mais evoluídos, até os vegetais e animais superiores (metáfitas e metazoários), as células microscópicas se reúnem em tecidos, os tecidos em órgãos e estes em sistemas e aparelhos orgânicos.
Os seres do reino mineral: só manifestam uma força mecânica, decorrente da matéria de que são formados. Apenas existem, inertes e brutos, falta inteligência e vontade, nem mesmo instinto revelam. Se algum princípio diferente da matéria existe, está completamente abafado, dorme, um estado de latência e inatividade.
Os seres do reino vegetal: já apresentam o movimento interior da vida, realizando um completo ciclo vital: nascem, crescem, nutrem-se, desenvolvem-se, reproduzem-se e morrem.
Além da matéria densa, apresentam um princípio sutil e dinâmico, o princípio vital. Entretanto esses seres não revelam também consciência alguma da sua existência. Não sentem prazer ou dor, não tem percepções ou sentimentos; só tem vida orgânica que lhes é comunicada por sua união com o princípio vital.
Os seres que formam o reino animal: existem e vivem como os vegetais, mas acrescidos dos movimentos e as sensações. Ainda há a prevalência do instinto sobre a inteligência. Pelo corpo material o homem se assemelha aos animais, deles se distinguindo totalmente pela sua natureza espiritual, pela sua alma, que lhe confere razão e senso moral. O Homem tem ainda a faculdade de pensar em Deus.
A alma dos animais após a morte do corpo físico: Após a morte do corpo físico, a alma dos animais conserva sua individualidade; quanto a consciência de seu "eu", não. A vida inteligente lhe permanece em estado latente.
A alma do animal após a destruição do corpo físico, fica numa espécie de inatividade, pois que não mais se acha unida ao corpo, mas não é um Espírito Errante. O Espírito Errante é um ser que pensa e obra por sua livre vontade. Os animais não dispõem de idêntica faculdade.
A consciência de si mesmo é o que constitui o principal atributo do Espírito. O do animal, depois da morte, é classificado pelos Espíritos a quem incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas.
Não há delimitação nitidamente marcada entre Reino vegetal e Animal. Nos confins dos dois estão os zoófitos ou animais-plantas, traços que indicam participarem de um e de outro reino.
O zoófito tem a aparência exterior da planta, mantendo-se preso ao solo e, como animal, a vida nele se acha mais acentuada: tira do meio ambiente a sua alimentação. Num degrau acima o animal é livre e procura o alimento.
As espécies seriam produtos das transformações sucessivas dos seres orgânicos elementares, quando encontraram condições atmosféricas propícias. Adquirem a seguir, a faculdade de reproduzirem-se.
Acompanhando a série dos seres, dir-se-ia que cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente inferior.
O Princípio Inteligente distinto do princípio material, se individualiza e elabora, passando pelos diverso graus da animalidade. É aí que a alma se ensaia para vida e se desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades. Esse seria o período de incubação. Chagada ao grau de desenvolvimento que esse estado comporta, ela comporta as faculdades iniciais que constituem a alma humana.
Haveria assim, filiação espiritual do animal para o homem, assim como há filiação corporal.
O Espírito não chega a receber a iluminação Divina, que lhe dá, simultaneamente, como livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série de seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra de sua individualização.
Reino Angelical: Dentro da escala evolutiva, poderíamos considerar os Espíritos de Primeira Ordem – Espíritos Puros.
Características gerais: nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.
Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma da perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos á reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os Ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhe são inferiores, auxiliam na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões. Assistir os homens nas suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os conservam distanciados da suprema felicidade, constitui para eles ocupação gratíssima. São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins

12 de dezembro de 2011

Estudo - Lei da Justiça, Amor e Caridade


LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE

CONCEITO DE JUSTIÇA: (definição de Ulpiano, jurista romano): “É A VONTADE CONSTANTE E PERPÉTUA DE DAR A CADA UM O QUE É SEU”. (Definição dos Espíritos, Q. 875, L.E.): “JUSTIÇA É O RESPEITO AOS DIREITOS DE CADA UM”. A justiça é um sentimento natural; Deus o concedeu ao homem.

JUSTIÇA DIVINA: (regra da Lei Natural): QUERER PARA OS OUTROS AQUILO QUE SE QUER PARA SI MESMO OU NÃO DESEJAR PARA OS OUTROS O QUE NÃO É NATURAL DESEJAR PARA SI.

JUSTIÇA DIVINA NA SUA PLENITUDE: (fundada na acepção espírita): O FATO DA REENCARNAÇÃO, PORQUE A FINALIDADE DESTA, PELA VONTADE DE DEUS, É CONCEDER AO HOMEM, AO SER PENSANTE ENCARNADO, A OPORTUNIDADE DE EXPIAR SEUS ERROS DE VIDA ANTERIOR E DE PROGREDIR PELO SEU PRÓPRIO ESFORÇO. Assim, Deus, por sua magnanimidade, usa da equidade e do amor celestiais, e põe na balança da Suprema Justiça as ações dos homens; com imparcialidade, sopesa os obstáculos que cada um teve na vida anterior, voluntária ou involuntariamente, e lhes concede, um a um, a chance de resgatar seus débitos, de reparar seus erros, através de provações da nova existência.

JUSTIÇA E DIREITO DE PROPRIEDADE: partindo do princípio de que todos têm o direito à vida, sendo este o primeiro dos direitos naturais, juntar o que conseguiu e, sem egoísmo, defender sua propriedade honesta. A PROPRIEDADE FRUTO DO TRABALHO É UM DIREITO NATURAL. O que aberra à Lei de Deus e à própria consciência dos homens de bem é o fato de, egoisticamente, o indivíduo acumular posses sem destino útil ou adquiridas em prejuízo alheio. HOJE, INCLUSIVE PERANTE A LEI DOS HOMENS, A PROPRIEDADE DEVE TER UMA DESTINAÇÃO SOCIAL, PARA MELHOR APROXIMAR-SE DA JUSTIÇA, EVITANDO QUE POUCOS TENHAM MUITO E MUITOS TENHAM POUCO.

A PALAVRA CARIDADE: (O Livro dos Espíritos, questão 886) — TEM O SENTIDO DE “BENEVOLÊNCIA PARA COM TODOS, INDULGÊNCIA PARA COM AS IMPERFEIÇÕES ALHEIAS, PERDÃO DAS OFENSAS”. “A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos manda ser indulgentes porque temos necessidade de indulgência, e nos proíbe humilhar o infortúnio, ao contrário do que comumente se pratica...” (PORQUE FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO —Evangelho).

A CARIDADE SE TRADUZ EM: a) benevolência (procurar ser bondoso e persistir no bem, sempre); b) devotamento (dedicação consciente, sem esperar recompensa); c) indulgência ( tolerância, misericórdia, compreensão, perdão); sacrifício (renúncia, em favor de outrem mais necessitado).

AMOR AO PRÓXIMO: é o fundamento maior para a elevação espiritual. Amar a quem nos ama é muito fácil... Agora, “amar ao próximo como a si mesmo”, quando se trate de um inimigo, é preciso, de fato, muita grandeza de alma. Mas, lembre-se: “O ADVERSÁRIO QUE VOCÊ JULGA PERVERSO TALVEZ SEJA APENAS UM NECESSITADO DE COMPREENSÃO” (André Luiz, através de Chico Xavier, Sinal Verde)

AMAR AO PRÓXIMO COMO PRINCÍPIO DE SUPERIORIDADE: todos achamos os animais abaixo da nossa condição, mas quantos de nós, em muitos instantes, não agem animalescamente? NÃO SÃO A FORÇA, AS ARMAS, O DINHEIRO, A POSIÇÃO, NEM MESMO A CULTURA OU O CABEDAL INTELECTUAL QUE FAZEM O HOMEM SUPERIOR PERANTE DEUS; É PELA MENTE PERSEVERANDO NO BEM, QUE O SER HUMANO CRESCE. Amar ao próximo como a si mesmo não é covardia nem fraqueza; estas vêm do orgulho, apenas. QUANDO VENCEMOS O ORGULHO, O EGOÍSMO E O PRECONCEITO, CHEGAMOS À LEI DO AMOR.

(Curso Básico de Educação Mediúnica – Ano I – Centro Espírita Ismael)

11 de dezembro de 2011

Estudo - Lei de Liberdade


LEI DE LIBERDADE

LIBERDADE: senso comum — FACULDADE DE CADA UM AGIR OU DECIDIR SEGUNDO A SUA PRÓPRIA DETERMINAÇÃO, SEM SUBMETER-SE À VONTADE ALHEIA.

LIBERDADE, PENSAMENTO E AÇÃO: ENTRE A VONTADE E O PENSAMENTO DEVE-SE COLOCAR A LIBERDADE DE PENSAR, E ENTRE O PENSAMENTO E A AÇÃO, COLOCA-SE A LIBERDADE DE AGIR.

LIBERDADE NA LEI DOS HOMENS: A LEI MAIOR (CONSTITUIÇÃO DE UM PAÍS) GARANTE A LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO, COMÉRCIO, PENSAMENTO, REUNIÃO, INDUSTRIAL, POLÍTICA, PROFISSIONAL, LOCOMOÇÃO (IR, VIR OU FICAR) ETC.

LIBERDADE SEM LIMITES: NÃO HÁ LIMITAÇÕES À LIBERDADE DE PENSAMENTO, ENQUANTO NÃO EXTERIORIZADO. TODO INDIVÍDUO É LIVRE PARA PENSAR O QUE QUISER, POIS GOZA DA LIBERDADE SEM LIMITES, NESSE CAMPO. SÓ RESPONDE PERANTE DEUS.

LIBERDADE NATURAL: como emanação da vontade de Deus, o homem goza de Liberdade Natural, mas não de Liberdade Absoluta, isso porque necessita do semelhante. Dizem os Espíritos: “DESDE QUE HAJA DOIS HOMENS JUNTOS, HÁ DIREITOS A RESPEITAR E NÃO TERÃO ELES, PORTANTO, LIBERDADE ABSOLUTA. (Q. 826). Quando alguém se diz “liberal”, com ares de bondade, mas age despoticamente, na família ou nas ocupações da vida, é que o egoísmo e o orgulho ainda lhe são companheiros inseparáveis.

LIBERDADE E ESCRAVIDÃO: SENDO A ESCRAVIDÃO UM MAL, POIS SE TRATA DE UM ABUSO DA FORÇA, QUE CONTRARIA A LEI DE DEUS (LEI NATURAL DE LIBERDADE), DESAPARECERÁ COM O PROGRESSO MORAL DO HOMEM. Mesmo quando, pela desigualdade das aptidões, uns se colocam na dependência de outros, ISSO DEVERÁ SERVIR PARA ELEVAÇÃO, PARA APRENDIZADO, PARA QUE O QUE SABE MAIS AUXILIE O QUE SABE MENOS. ASSIM, NÃO SENDO O HOMEM TRATADO COMO COISA, COMO MERCADORIA, COMO MÁQUINA, MAS COMO SER DOTADO DE ESPÍRITO. TODOS PROGRIDEM, E NÃO HAVERÁ DEGRADAÇÃO MORAL OU FÍSICA.

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA: de acordo com O Livro dos Espíritos (Q. 835), “A CONSCIÊNCIA É UM PENSAMENTO ÍNTIMO, QUE PERTENCE AO HOMEM COMO TODOS OS PENSAMENTOS”. Assim, os homens (e os Estados) não têm o direito de se oporem à liberdade de consciência ou de lhe imporem diretrizes, pois SÓ A DEUS COMPETE JULGAR A CONSCIÊNCIA DOS HOMENS. Esclarecem os Espíritos (Q. 837): “A LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA É UMA DAS CARACTERÍSTICAS DA VERDADEIRA CIVILIZAÇÃO E DO PROGRESSO”.

LIVRE-ARBÍTRIO: é o mesmo que liberdade de pensar e liberdade de agir. SEM O LIVRE-ARBÍTRIO O HOMEM SERIA UM ROBÔ, SIMPLES MÁQUINA, GUIADO À DISTÂNCIA. Tenho o meu livre-arbítrio, concedido por Deus, e que me permite, interiormente, escolher a forma dos meus pensamentos, das minhas palavras e dos meus atos. PELO LIVRE-ARBÍTRIO, SOU FISCAL DE MIM MESMO, POLICIO AS MINHAS AÇÕES, TENDO COMO BARREIRAS APENAS OS FREIOS MORAIS, QUE, SE BEM REGULADOS POR MIM, ME PERMITEM O CHAMADO AUTO-CONTROLE, MESMO QUANDO TENTADO A FAZER ALGO QUE NÃO DEVO. Pelo livre-arbítrio, o homem é senhor de sua vontade, respondendo pelos seus atos, nesta e noutras vidas, pelo princípio da ação e reação, de causa e efeito, decorrente de Leis da Natureza (de Deus).

LIVRE-ARBÍTRIO, FATALIDADE E AÇÕES HUMANAS: FATALIDADE NÃO EXISTE; É O ESPÍRITO, AO ENCARNAR-SE, QUE ESCOLHE SUA PROVAÇÃO. O FUTURO NÃO É DADO A CONHECER AO HOMEM, PARA QUE NÃO NEGLIGENCIE O PRESENTE. OS ATOS QUE PRATICA, BONS OU MAUS, SÃO REFLEXOS DE SUA EVOLUÇÃO MORAL E ESPIRITUAL. TUDO ESTÁ NELE. 


PARÁBOLA DOS TALENTOS

PARÁBOLA: alegoria ou narração alegórica; exposição de um pensamento sob forma figurada; seqüência metafórica, com uma coisa representando a idéia para se chegar a outra; conjunto de elementos comparativos que fazem alcançar outras realidades de ordem superior; linguagem comparativa, da qual deve-se deduzir uma verdade moral. JESUS CRISTO, de acordo com os registros de seus discípulos, nos Evangelhos, falava por PARÁBOLAS.

TALENTO: segundo os filólogos e dicionaristas, talento, originalmente, era uma espécie de peso em forma de moeda, usado pela antigüidade greco-romana; valia seis mil dracmas. Havia o talento de ouro, que valia mais, e o talento de prata. Em razão do valor material, e sendo os homens comparados pelo metal mais precioso, o talento passou a ser aplicado (como que quiséssemos dizer: “esse homem vale ouro”) querendo significar inteligência excepcional, intelectualidade brilhante, capacidade do homem para bem ordenar suas ações e palavras. Pessoa de talento é a que tem aptidão. (Jesus usou, na Parábola dos Talentos, uma linguagem alegórica, comparativa, tomando por base o elemento material — a moeda ou peso — para que os homens, muito apegados à matéria, melhor pudessem guardar a imagem figurativa, que, em verdade, trazia em si um ensinamento moral.   

A PARÁBOLA DOS TALENTOS: Jesus exemplifica o seguinte: um homem, que tinha três servos, precisando ausentar-se, entregou-lhes os bens: ao 1.º, entregou cinco talentos (moedas); ao 2.º, entregou dois talentos (moedas) e ao 3.º, entregou um talento (moeda); a cada um segundo sua capacidade. E o homem partiu. O 1.º servo, pelo trabalho, ganhou mais cinco talentos com os cinco que recebera, perfazendo dez talentos; o 2.º servo, também pelo esforço, empregou os dois talentos e ganhou mais dois, perfazendo quatro talentos; mas, o 3.º servo, que só recebera um talento, em vez de com ele trabalhar, cavou um buraco na terra e o enterrou, esperando devolvê-lo ao seu senhor, como que achando muito pouco, talvez.

A VOLTA DO SENHOR E A PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS SERVOS: Chamados às contas, o 1.º servo entregou os cinco talentos deixados e mais os cinco que ganhara pelo bom emprego que fizera, e o senhor, reconhecendo seu trabalho, chamou-o de servo fiel das coisas pequenas, pelo que lhe confiou a intendência das coisas grandes; o 2.º servo, tendo entregue ao senhor os dois talentos deixados e mais os dois que com o trabalho ganhara, também foi reconhecido com servo bom e fiel nas coisas pequenas, pelo que recebeu a intendência das coisas grandes; e, o 3.º servo, que nada fez pelo bem que o seu senhor lhe confiou, procurou desculpar-se, alegando defeitos do dono do talento: “Senhor,, sei que és homem de rija condição; segas onde não semeaste, e recolhes onde não plantaste; e temendo me fui, e escondi o teu talento na terra; eis aqui tens o que é teu”. E o senhor o repreendeu, chamando-o de servo mau e preguiçoso, pois, sabendo “que sego onde não semeei, e que recolho onde não espalhei”, deveria ter feito bom emprego do talento. E mandou que esse único talento fosse dado ao que tinha dez talentos, dizendo: “a todo que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem, tirar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI).

O ENSINAMENTO MORAL DESTA PARÁBOLA DE JESUS: o homem nada tem, mas é depositário ou administrador dos bens de Deus; por isso, deve fazer emprego meritório do que possui: evitar a avareza; trabalhar, ajudar, fazer o bem. Será cobrado pelo uso irregular do que lhe foi confiado: tem livre-arbítrio.

(Curso Básico de Educação Mediúnica – Ano I – Centro Espírita Ismael)

A TUA OFERTA - Livro Versos do Coração



O Cristo ao templo chega
E alguns apóstolos a lhe acompanhar
Olhava o local todo enfeitado
E varias flores a o adornar
Representava local sublime
Para todos virem orar
Cada homem que ali adentrava
Buscando se evidenciar
Era motivo de curiosidade
Para outros lhes admirar
Um homem de abastada posição
Com suas moedas a ofertar
Trajando vestimentas luxuosas
E para os lados sempre a olhar
Depositou mais de duzentas moedas
Para a sua riqueza demonstrar
Outro assim também procedeu
E buscando se valorizar
Ofertando mais de cem moedas
Mas sem nenhuma no coração tocar
Vieram outros de vários povos
Cada qual com frações a doar
Mas alguém chamou a atenção
E quem menos ansiava despontar,
Em silencio e sempre discreta
De forma tímida em seu caminhar
Na arca para a sua oferenda
Duas moedas é o que podia dar
Ironia e sarcasmo se nota
Pelos homens a lhe reparar
A oferta mais simples do dia
Da mulher com pouco a partilhar
O Cristo exalta a nobreza
De quem sabe abnegar
Que da o pouco que tem
Mas da por muito amar
Os homens então se retiram
Cada um com o seu pesar
Aprenderam valorosa lição
Sobre o que devem entregar
No gazofilacio do coração
Que tantos ofertam sem pensar
A viúva deu a exemplificação
Para a lição, o Cristo ensinar
Mais valem duas moedas de amor
Que duzentas só para ostentar

Pelo Espírito Antônio Carlos de Deus - Psicografia de Alessandro Micussi 

6 de dezembro de 2011

Estudo Teórico-Prático da Doutrina Espírita - Unidade II - A Comunhão com Deus

Estudo Teórico-prático da Doutrina Espírita

UNIDADE II

Tema: A Comunhão com Deus

A PRECE
A quem conteste a eficácia da Prece. Dizem: conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna mostrá-la.
A verdade é que a prece proporciona a quem ora, um bem estar incalculável já que aproxima a Criatura do Criador.
"A prece é o orvalho Divino que aplaca o calor excessivo das paixões".
Não existe qualquer fórmula para orar.
O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando ditas de coração e não somente com os lábios.
A qualidade da prece é ser clara simples e concisa.
A prece pode ter como objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação.
As preces feitas a Deus, escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades (de Deus).
Ä Tipos de Prece:
No livro "Estudando a Mediunidade" (psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de André Luiz), p. 174 à 176, são mencionados os seguintes tipos de preces:
Vertical - expressa aspirações elevadas.
Horizontal - encontra ressonância entre aqueles Espíritos ainda ligados aos problemas terrestres, vivendo, portanto, horizontalmente.
Descendente - a essa não daremos a denominação de "prece", substituindo-a por"invocação", consoante aconselha o Ministro Clarêncio no livro "Entre a Terra e Céu" (psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de André Luiz). Nesta a resposta virá de entidades de baixo tom vibratório.
Nossas preces encontrarão sempre a resposta dos nossos afins, dos que comungam conosco tais ou quais idéias, tais ou quais objetivos.
Quando Jesus nos disse: "Tudo o que pedirdes com fé, em oração, vós o recebereis" (Mateus, 21:22).
Desta afirmação, podemos concluir que:
"Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece"
Seria ilógico deduzir que basta pedir para obter, bem como, também seria injusto acusar a Providência de não atender a toda súplica que se lhe faça.
É como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses.
O santuário doméstico que encontre criaturas amantes da oração e dos sentimentos elevados, converte-se em campo sublime das mais belas florações e colheitas espirituais.
Falamos a Deus dos nossos problemas, suplicamos que Ele nos ilumine o entendimento, para que saibamos receber dignamente as decisões.
Em verdade, todos nós podemos endereçar a Deus, em qualquer parte e em qualquer tempo, as mais variadas preces; no entanto, nós todos precisamos cultivar paciência e humildade, para esperar e compreender as respostas de Deus.
"Orando, o Cristo falava ao Pai. No intervalo da oração, escutava Deus."
A prece, em verdade, não pode mudar as leis imutáveis; ela não poderia, de maneira alguma, mudar nossos destinos; seu papel é proporcionar-nos socorro e luzes que nos tornem mais fácil o cumprimento da nossa tarefa terrestre.
Pergunta 658 de "O Livro dos Espíritos": A prece é agradável a Deus?
R. - A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para Ele...
Pergunta 660 de "O Livro dos Espíritos": A prece torna o homem melhor?
R. - Sim, porque aquele que faz a prece com fervor e confiança se torna mais forte contra as tentações do mal, e Deus lhe envia bons Espíritos para o assistir. É um socorro jamais recusado, quando o pedimos com sinceridade.
O essencial não é orar muito, mas orar bem.
A prece não pode ter o efeito de mudar os desígnios de Deus, mas a alma pela qual se ora experimenta alívio, porque é um testemunho de interesse que se lhe dá e porque o infeliz é sempre consolado, quando encontra almas caridosas que compartilham as suas dores...
Ä A Fé e o seu poder:
Fé, no sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo. Fé, crença desta ou daquela religião: fé judaica, fé budista, fé católica etc.
Existe também a fé pura, difícil de ser encontrada, por ser uma conquista lenta, fruto de experiências de várias vidas.
Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer:
"Eu creio , mas afirmar, eu sei".
A fé pode ser Raciocinada ou Cega.
Fé Cega: aceita sem verificação nenhuma, assim o verdadeiro como o falso. levado ao excesso, produz o fanatismo.
Fé Raciocinada: se baseia na verdade, garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana.
A principal condição da verdadeira fé é, pois, ser raciocinada.
Outra condição é prender-se à verdade, não se compactuando, nunca, com a mentira.
A fé verdadeira não se conquista de uma hora para outra. É trabalho do tempo, de experiências vivenciadas.
Em certas pessoas, a fé parece de algum modo inata, sinal evidente de anterior progresso. Em outras pessoas, ao contrário, elas dificilmente penetram, estão com a educação por fazer.
Inspiração Divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da Regeneração.
Fé sincera: empolgante, contagiosa, comunicativa.
Fé aparente: é indiferente, apenas usa de palavras sonoras que deixam frio quem as escuta.
Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade.
Em Mateus (Evangelista Mateus) Cap. 17, versículos 14-20, Marcos Cap.9 v.v.14-29, Lucas Cap. 9, v.v. 37-93.
Um certo pai procura Jesus, pedindo para curar seu filho obsidiado, já que os discípulos não conseguiram.
Jesus cura o enfermo.
Os discípulos perguntaram: porque não pudemos curá-lo, Jesus respondeu: - por causa da vossa incredulidade.
Se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha:transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada seria impossível...
"Tudo é possível àquele que crê" o pai do menino do relato acima exclama "Creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade!
Ä O Homem e o Sentimento Religioso:
O sentimento religioso, nasce com o indivíduo. Existiu em todos os povos, se bem que sob formas diferentes.
Podemos dizer que nunca existiram povos ateus, pois este sentimento é inato no ser humano.
Ora, por medos decorrentes das forças desorganizadas das eras primeiras da vida. Dessas forças, surgiram as diferentes formas da apaziguar a fúria dos seus responsáveis.
Mediantes cultos que se transformariam em Religiões com as suas variadas cerimonias, cada vez mais complexas e sofisticadas...
Nas raças bárbaras proliferaram as idéias terroristas de um Deus, cuja cólera destruidoras se abrandaria à custa de sacrifício humanos.
Hoje, mais facilmente entendemos que "a adoração verdadeira é do coração".
E posto que Deus é Amor, não há como adorá-lo senão: amando-nos uns aos outros", pois como sabiamente nos ensina João o apóstolo Cap.4:v.v. 20):
- Se o homem não ama a seu irmão, que lhe está próximo, como pode amar a Deus, a quem não vê?
Ä Amor a Deus, Adoração:
O conhecimento da verdade sobre Deus, sobre o mundo e a vida é o que há de mais essencial, de mais necessário, porque é ele que nos sustenta, nos inspira e nos dirige, mesmo à nossa revelia.
"(...) Deus é o Espírito de Sabedoria, de Amor e de Vida, o poder infinito que governa o mundo (...)
Só gradualmente vamos entendendo Deus na sua essência, na medida que desenvolvemos as nossas capacidades perceptivas.
Deus é o princípio, é o absoluto, o infinito, o eterno. Deus é conceito e matéria, principio e forma, causa e efeito...
O homem que nega a Deus encontra-se, transitoriamente, envolvido pelo manto da ignorância.
Da paternidade de Deus decorre a fraternidade humana.
Espíritos mais evoluídos adoram Deus em Espírito.
Os involuídos, necessitam de uma imagem material, não é uma mentira consciente. É uma tradução da linguagem espiritual, que lhe é incompreensível, em uma linguagem concreta, a ele acessível.
assim ele pode ver e tocar as imagens de Deus.
A evolução leva cada vez mais a sentir Deus, não apenas transcendente, mas também imanente.
O indivíduo espiritualizado acabará por sentir a presença Dele não somente em si, mas em torno de si.
Então se descobrirá que Deus está em toda parte, que o seu templo é o universo, seu altar pode ser o coração do homem.
Ä Vida Contemplativa:
Nenhum mérito trás a vida contemplativa. Portanto, se é certo que não fazem o mal, também o é que não fazem o bem, são inúteis.
Demais, não fazer o bem já é um mal. Há momentos na vida que se faz necessário a prática da meditação.
São momentos breves, dentro do cotidiano da nossa existência. Deus quer que o homem pense nele mas não quer que só nele pense, pois lhe impôs deveres a cumprir na terra

Texto - Lei de Igualdade

LEI DE IGUALDADE
IGUALDADE: é o ESTADO DO QUE É IGUAL; é a SEMELHANÇA DE CARACTERES OU DE COMPONENTES.
a)  igualdade perante a lei e justiça REFERE-SE A IGUALDADE DE PROTEÇÃO E DE CASTIGO, PARA A GARANTIA DE DIREITOS OU A IMPOSIÇÃO DE NORMAS COERCITIVAS,  QUE OBRIGAM.
b)  igualdade perante a Moral DIZ RESPEITO À RELAÇÃO ENTRE OS INDIVÍDUOS, RELAÇÃO PELA QUAL TODOS SÃO PORTADORES DE DIREITOS FUNDAMENTAIS (NATURAIS), NASCIDOS DA HUMANIDADE, DEFININDO O QUE É DIGNO PARA A PESSOA HUMANA.

IGUALDADE NATURAL: (da Natureza, obra de Deus). PERANTE DEUS, TODOS OS HOMENS SÃO IGUAIS, POIS AS LEIS DIVINAS ABRANGEM A TOTALIDADE DAS COISAS, UMA VEZ QUE “O SOL NASCEU PARA TODOS”. ASSIM, o rico e o pobre; o sábio e o iletrado; o preto e o branco; todos estão sujeitos, por Leis Naturais, às dores e à morte física. NÃO HÁ SUPERIORIDADE NATURAL PARA NINGUÉM.

IGUALDADE TEMPORAL: (do Estado, do homem). “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO DE QUALQUER NATUREZA...” (é o que assegura a nossa Constituição no artigo 5.º “caput”; repete mandamento da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, de 1948). SÃO ASSEGURADOS A TODOS (BRASILEIROS E ESTRANGEIROS RESIDENTES NO PAÍS A INVIOLABILIDADE DOS DIREITOS À VIDA, À LIBERDADE, À SEGURANÇA E À PROPRIEDADE.

DESIGUALDADE DAS APTIDÕES: DEUS CRIOU OS ESPÍRITOS IGUAIS, MAS, COMO CADA UM VIVEU MAIS OU VIVEU MENOS, E REALIZOU MAIOR OU MENOR QUANTIDADE DE OBRAS, HÁ OS DESNÍVEIS NECESSÁRIOS, PARA QUE ELES, JUNTOS, SE COMPLETEM: UNS, FAZENDO MAIS, AUXILIANDO, ENSINANDO; OUTROS, NECESSITANDO, RECEBENDO, APRENDENDO. “Assim, a diversidade das aptidões do homem não se relaciona  com a natureza íntima de sua criação, mas com o grau de aperfeiçoamento a que ele tenha chegado como Espírito”. Pela necessidade, os homens se unem.

DESIGUALDADES SOCIAIS: AS DESIGUALDADES SOCIAIS NÃO DECORREM DE LEIS NATURAIS (LEIS DA NATUREZA), MAS DAS LEIS DOS HOMENS, COM SEUS COSTUMES EGOÍSTICOS. Para a Lei Divina, não existe “sangue nobre” ou “sangue azul”, nem “sangue pobre” ou “sangue de plebeu”; não há “senhores” (fidalgos) e vassalos ou escravos. SÓ O ESPÍRITO É MAIS PURO OU MENOS PURO, EM RAZÃO DO SEU PROGRESSO, EM RAZÃO DO SEU ESFORÇO. A divisão pela escola, pela tradição, pela vestimenta, pela posição social, é obra do homem, em decorrência do seu atraso moral.  Nem sempre o analfabeto está em desnível com o portador de títulos das letras, pois o que conta são os títulos morais.

DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS: ANTES DE SE FALAR DE RICOS, É PRECISO SABER A ORIGEM DA RIQUEZA E COMO ESTÁ SENDO ELA EMPREGADA, PORQUE “Não é possível a igualdade de riqueza”, pois seria pensar na igualdade material, apenas. E se ela vem de crimes e misérias alheias? “DEUS EXPERIMENTA O POBRE PELA RESIGNAÇÃO E O RICO PELO USO QUE FAZ DE SEUS BENS”.

IGUALDADE DO HOMEM E DA MULHER: PERANTE A LEI DIVINA, O ESPÍRITO SÓ SE DIFERENCIA PELO SEU GRAU DE EVOLUÇÃO, NÃO PELO CORPO, QUE É ABRIGO PASSAGEIRO.

IGUALDADE NO TÚMULO: O MÁRMORE E O BRONZE NÃO ELEVAM O CADÁVER À CONDIÇÃO SUPERIOR DAQUELE QUE ÀS VEZES, SEQUER FOI ENTERRADO, MAS QUE DESENCARNOU POR CAUSA MORALMENTE NOBRE.
(Apostila Curso Básico de Educação Mediúnica - Ano I - Centro Espírita Ismael)

5 de dezembro de 2011

Texto - A Religião Espírita


A Religião Espírita

Jesus ensinou o “Amor Universal”. Para Deus, o que importa não é a forma de crer, mas o amor a Ele acima de tudo, e a prática do amor aos nossos irmãos em humanidade. “Fora da caridade não há salvação”, afirmou Kardec, baseando-se em que Deus é o mesmo para todos, e, segundo Jesus, “os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”.
A Religião é a face augusta e soberana da Verdade, porém, na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se dividiram em numerosas religiões, como se a fé pudesse ter fronteiras, semelhantes as das pátrias materiais, tantas vezes mergulhadas no egoísmo e na ambição de seus filhos. Daí o nascimento no mundo das lutas antifraternais e das dissensões religiosas de todos os tempos.
O homem tem se preocupado muito mais com a pretensa superioridade da sua religião do que com as transformações para melhor que ela poderia lhe proporcionar. A defesa da superioridade absoluta de sua fé, por entendê-la como a única verdadeira – e, por conseguinte, a melhor – tornou-se fator decisivo de desentendimentos e conflitos armados em nome de Deus.
A espiritualidade do homem, apesar de ter sido pregada e exemplificada ativamente por Jesus, permaneceu, ao longo dos séculos, muito restrita a especulações metafísicas, e limitada a um número muito pequeno de interessados ou “iluminados”. Todo o conteúdo ético do Evangelho foi modificado pelas práticas exteriores, pela ostentação e pela religiosidade formal, principalmente a partir do século III, quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano. 
Com a Doutrina Espírita:
“O Espírito voltou a ser conceituado e tido na sua legítima acepção, demonstrando, pela insofismável linguagem dos fatos, a realidade, em rigoroso apelo ao pensamento e à razão, no sentido de fazer ressurgir a ética religiosa do Cristianismo. Através desse renascimento cristão, opõe-se uma barreira ao materialismo e aponta-se ao que sofre o infinito horizonte do amanhã ditoso que espera após vencidas as dificuldades do momento, superadas as limitações, espírito que é, em marcha na direção da verdade.” (Joanna de Ângelis, em Estudos Espíritas)

O Espiritismo deve prevalecer por sua força de verdade, por seu saber, pelo conhecimento, que transferem certeza e não apenas crença.
O espírita é religioso porque entende a própria realidade espiritual e reconhece a Paternidade Divina pelo raciocínio, orando a Deus justamente por reconhecê-Lo como Pai e Criador.
A religião verdadeira nasce no coração daquele que, maduro para a vida espiritual, compreende toda a sua realidade de Espírito Imortal em jornada de ascensão.
A Doutrina Espírita é um conjunto de conhecimentos capaz de despertar no homem a religiosidade natural, que nasce do raciocínio, da maturidade do espírito. Não necessita de dogmas, cultos ou sistemas. O Espiritismo deve manter a imparcialidade necessária para acolher “aqueles que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir”, os simples, os pacíficos, os misericordiosos, os que amam a Deus em Espírito e Verdade.
O âmbito de ação do Espiritismo é bem maior do que o das religiões institucionalizadas. Como Religião Natural, permite ao homem alcançar as luzes de Deus, pela análise de Sua obra, pela observação de Seu pensamento materializado na Natureza. Com a Doutrina dos Espíritos, o homem vê Deus através de si mesmo, réplica que é do Pai Celestial, tendo em seu corpo o verdadeiro templo.
A religiosidade brota assim no Espírito que, entendendo a vida, compreende Deus naturalmente.
O Espiritismo não se considera a VERDADE, a RELIGIÃO, também não reserva para si ou para seus adeptos privilégios ou prerrogativas na ordem das coisas. Apenas apresenta, de modo racional, respostas para velhos problemas da humanidade: o que somos, de onde viemos, por que estamos aqui e para onde vamos, começando exatamente onde as demais religiões cristãs pararam: a demonstração da imortalidade. Enquanto elas se limitam a meras especulações, a Doutrina Espírita “vai lá”, desdobrando-nos a realidade, à distância das ingênuas e fantasiosas especulações dos teólogos medievais.              
É nosso costume colocar, para finalizar a apresentação de nossas pesquisas, um ou mais trechos de livros que, no nosso entender, sintetizem o assunto estudado.
Escolhemos Emmanuel, em dois momentos de sua obra, psicografada pelo nosso saudoso Chico Xavier.
O primeiro, respondendo sobre qual o maior dos três aspectos do Espiritismo: científico, filosófico ou religioso.
Livro O Consolador:
“Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais.
 A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”

Livro Religião dos Espíritos:
“Porque a Doutrina Espírita é em si a liberalidade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.
Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento.
“Espírita” deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.
“Espírita” deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.
“Espírita” deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo que respires em aflitivos combates contigo mesmo.
“Espírita” deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.
Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo.
E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos.
Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas.”    


(Parte integrante da Apostila Mediunidade com Jesus - FEGC-MG)

PRECE SUBLIMAÇÃO SINCERA


4 de dezembro de 2011

Texto - Lei de Sociedade e Lei de Progresso


LEI DE SOCIEDADE E LEI DE PROGRESSO

LEI DE SOCIEDADE

NECESSIDADE DA VIDA SOCIAL: a vida em sociedade é uma Lei Natural, pois, para isso, Deus concedeu ao homem todas as faculdades. Mesmo porque, instintivamente, os seres descobrem que precisam ajudar-se mutuamente. Sozinho, o homem não teria capacidade de por em exercício todas as suas faculdades. E é pela união que se completam os seres, material e espiritualmente, e, assim, evoluem. MESMO A VIDA DE ISOLAMENTO SÓ SE JUSTIFICA SE DESTINADA A AJUDA DOS QUE SOFREM OU DOS QUE MENOS SABEM. TAMBÉM O VOTO DE SILÊNCIO, SEM DÚVIDA, CONTRARIA A LEI DE DEUS, POIS PRIVA O HOMEM DE MANTER RELAÇÕS SOCIAIS E, ASSIM, NÃO FAZENDO O BEM (NEM A SI PRÓPRIO) ESTACIONA E NÃO PROGRIDE.

LAÇOS DE FAMÍLIA: como bem esclarece o Prof. Herculano Pires, o filósofo Herbert Spencer considerou a família entre as instituições que dão forma à vida social; os filósofos Marx e Engels a classificam como o primeiro grupo histórico, a primeira forma de interação humana; já Augusto Comte, pai da Sociologia, viu na família a célula básica da sociedade, entendendo que a sociedade perfeita é a que funciona como a família. Em O Livro dos Espíritos (Q. 774), OS LAÇOS DE FAMÍLIA CONSTITUEM UMA LEI NATURAL, PORQUE “OS LIAMES SOCIAIS SÃO NECESSÁRIOS AO PROGRESSO E OS LAÇOS FAMILIARES RESUMEM OS LIAMES SOCIAIS”. POR VONTADE DIVINA, OS HOMENS DEVEM APRENDER “A AMAR-SE COMO IRMÃOS”. Os animais têm vida material e não moral, sendo o cuidado com a família apenas um instinto de conservação e não um meio para o progresso.

AS DUAS GRANDES SOCIEDADES DA TERRA: a família, como semente formadora da sociedade, e o Estado, como instituição política organizadora da sociedade. DE LOGO SE VERIFICA, QUE, POR UM PROCESSO NATURAL, O PRÓPRIO HOMEM SENTE SER IMPRESCINDÍVEL MANTER E CONSERVAR A SOCIEDADE PARA, DENTRO DELA, PROGREDIR, INDIVIDUAL E COLETIVAMENTE. Para o Espiritismo, a sociedade existe para a elevação moral do homem, para o seu crescimento interior, para que aprenda a ser fraterno e indulgente, em seu benefício e no do todo.


LEI DE PROGRESSO

A MARCHA DO PROGRESSO: sendo o estado natural o retorno ao primitivismo, de logo se vê que o homem não pode retroagir em sua evolução e, como ensinam os Espíritos, O ESTADO NATURAL É TRANSITÓRIO E O HOMEM O DEIXA PELO PROGRESSO E PELA CIVILIZAÇÃO; pois, como Lei Natural rege toda condição humana, O HOMEM PROGRIDE NA MEDIDA EM QUE MELHOR COMPREENDE E MELHOR PRATICA ESSA LEI. “O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente, mas nem todos progridem ao mesmo tempo e de igual maneira; é então que os mais adiantados ajudam os outros a progredir, pelo contato social”.

PROGRESSO MORAL E PROGRESSO INTELECTUAL: embora o progresso intelectual possa auxiliar o progresso moral, os dois não caminham paralelamente. Pelo intelecto, o homem, mais facilmente, distingue o bem do mal, o certo do errado. Assim, pelo DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA, tendo o homem o LIVRE-ARBÍTRIO concedido por DEUS, PASSA A TER MAIORES RESPONSABILIDADES. QUANDO SE ENCONTRAM INDIVÍDUOS OU POVOS MAIS ESCLARECIDOS INTELECTUALMENTE E, ENTRETANTO, MAIS PERVERTIDOS, É PORQUE O PROGRESSO COMPLETO REQUER TEMPO, É FEITO PASSO A PASSO. MAS, MESMO ASSIM, NINGUÉM PODE DETER A MARCHA DO PROGRESSO, “porque é uma condição da natureza humana”.

POVOS DEGENERADOS, LEGISLAÇÃO HUMANA E INFLUÊNCIA DO ESPIRITISMO NO PROGRESSO: OS POVOS DEGENERADOS PROGREDIRÃO PELA DOR, PELO SOFRIMENTO E CHEGARÃO À PERFEIÇÃO, PORQUE DEUS NÃO DESAMPARA NINGUÉM. A LEGISLAÇÃO HUMANA PROGREDIRÁ COM A ELEVAÇÃO MORAL DO HOMEM. O ESPIRITISMO, FAZENDO O HOMEM CONHECER-SE A SI MESMO, PELA REENCARNAÇÃO, MOSTRA-LHE O CAMINHO DO PROGRESSO.

(Apostila Curso Básico de Educação Mediúnica –Ano I – Centro Espírita Ismael)

2 de dezembro de 2011

Texto - Bem Aventurado os Aflitos


BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS

O TEXTO EVANGÉLICO: (Mateus, V, 5, 6 e 10; Lucas, VI, 20 e 21): “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados; os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos; os que padecem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; os que choram agora, porque rirão; os que têm privações, porque terão a fartura; os pobres, porque herdarão o Reino de Deus”.

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES: por que uns são feios e outros bonitos? Uns são ricos e outros pobres; uns gozam de saúde e outros são doentes; uns padecem tudo, e outros tudo ganham; uns morrem ao nascer e outros vivem muitos anos; uns são inteligentes e outros, idiotas; uns são deformados e outros , perfeitos; para uns, tudo dá certo e para outros, tudo errado? Por que essa aparente “injustiça” de Deus?  Como sabemos que não há efeito sem causa, devemos saber que isso decorre do equilíbrio da Natureza, através das leis de ação e reação. Assim, todas as aflições da vida têm uma causa, e como Deus é justo, essa causa deve ser justa. Devemos descobri-la.

CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES: as dificuldades ou os problemas humanos têm duas origens: umas têm sua causa na vida presente, e outras, em vidas passadas. Na atual passagem pelo corpo físico, muitas quedas decorrem de nossa própria culpa, pela imprevidência, pelo orgulho, pela ambição, pela indisciplina, pelo mau comportamento, pela vaidade. Os acidentes, as ruínas, as uniões infelizes, os desajustes familiares, em muitos casos, são reações de nossas ações, do que podíamos evitar e não evitamos. Não devemos, assim, acusar a sorte; devemos procurar descobrir nossas falhas e corrigi-las, criando campo vibratório, para o crescimento moral.

CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES: quando, embora com o nosso melhor esforço e as nossas mais puras indagações, não encontramos, na vida presente, uma “explicação” para determinados problemas, tal explicação se acha nas vidas passadas ou em outras vidas. Isto porque, como já aprendemos, não há efeito sem causa. Essas leis (de causa e efeito) da Natureza são reconhecidas até pelos cientistas materialistas como perfeitas. Nós, espíritas-cristãos, com maior razão, as aceitamos. Assim, a perda do ente querido ou de fortunas, embora todas as providências fossem tomadas para evitá-la; os flagelos naturais; as deformidades de nascença; as mortes em tenra idade, sem que tais almas tenham praticado o bem ou o mal; além de outros fatos, cuja explicação não encontra justificativa na vida presente, e que têm a sua causa sempre anterior ao efeito, são decorrências de outras existências. E, como Deus é justo — não punindo pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez —, se sofremos nesta vida sem praticarmos o mal, por certo, o praticamos em outra vida. Talvez, até, estejamos passando por provas que pedimos.

ESQUECIMENTO DO PASSADO: se, por um raciocínio lógico, e pela perfeição da Justiça Divina, entendemos que as aflições presentes podem ser causadas pelas nossas imperfeições e pela nossa invigilância, nesta vida, ou quando para elas não temos explicações, sofremos pelo que fizemos no passado, corremos o risco de perguntar: — Por que, se eu vivi antes, não posso saber o que fiz e quem fui no passado? “Se Deus julgou conveniente lançar um véu sobre o passado, é que o julgou útil, evitando graves inconvenientes, pois ora humilharia o ser humano, ora exaltaria seu orgulho, causando obstáculos ao livre-arbítrio do homem e embaraços às relações sociais.

MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO COM AS AFLIÇÕES: como quem paga um débito cumpre um dever moral, as dores sofridas nesta vida representam a quitação mais rápida de faltas passadas, poupando-nos de sofrimentos futuros. Assim, ao invés de vermos apenas os erros alheios e acharmos que Deus é injusto, devemos pedir: Senhor, ensina-me a descobrir onde eu errei, nesta ou noutra vida.

(Parte integrante da apostila do Curso Básico de Educação Mediúnica – Ano I – Centro Espírita Ismael).

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Pensemos Nisso

O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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Mensagem de Reflexão

"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel



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