30 de janeiro de 2013

Livro A Caminho da Luz - Cap.I


I
A Gênese planetária
A COMUNIDADE DOS ESPÍRITOS PUROS
Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
A primeira verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.
A CIÊNCIA DE TODOS OS TEMPOS
Não é nosso propósito trazer à consideração dos estudiosos uma nova teoria da formação do mundo. A Ciência de todos os séculos está cheia de apóstolos e missionários. Todos eles foram inspirados ao seu tempo, refletindo a claridade das Alturas, que as experiências do Infinito lhes imprimiram na memória espiritual, e exteriorizando os defeitos e concepções da época em que viveram na feição humana de sua personalidade.
Na sua condição de operários do progresso universal, foram portadores de revelações gradativas, no domínio dos conhecimentos superiores da Humanidade. Inspirados de Deus nos penosos esforços da verdadeira civilização, as suas idéias e trabalhos merecem o respeito de todas as gerações da Terra, ainda que as novas expressões evolutivas do plano cultural das sociedades mundanas tenham sido obrigadas a proscrever as suas teorias e antigas fórmulas.
Lembrando-nos, porém, mais detidamente, de quantos souberam receber a intuição da realidade nas perquirições do Infinito, busquemos recordar o globo terráqueo nos seus primeiros dias.
OS PRIMEIROS TEMPOS DO ORBE TERRESTRE
Que força sobre-humana pôde manter o equilíbrio da nebulosa terrestre, destacada do núcleo central do sistema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemáticas, dentro das quais se iam manifestar todos os fenômenos inteligentes e harmônicos de sua vida, por milênios de milênios? Distando do Sol cerca de 149.600.000 quilômetros e deslocando-se no espaço com a velocidade diária de 2.500.000 quilômetros, em torno do grande astro do dia, imaginemos a sua composição nos primeiros tempos de existência, como planeta.
Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicas opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000 graus de calor, como se a matéria colocada num forno, incandescente, estivesse sendo submetida aos mais diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na edificação da nova escola dos seres. As descargas elétricas, em proporções jamais vistas da Humanidade, despertam estranhas comoções no grande organismo planetário, cuja formação se processa nas oficinas do Infinito.
A CRIAÇÃO DA LUA
Nessa computação de valores cósmicos em que laboram os operários da espiritualidade sob a orientação misericordiosa do Cristo, delibera-se a formação do satélite terrestre.
O programa de trabalhos a realizar-se no mundo requeria o concurso da Lua, nos seus mais íntimos detalhes. Ela seria a âncora do equilíbrio terrestre nos movimentos de translação que o globo efetuaria em torno da sede do sistema; o manancial de forças ordenadoras da estabilidade planetária e, sobretudo, o orbe nascente necessitaria da sua luz polarizada, cujo suave magnetismo atuaria decisivamente no drama infinito da criação e da reprodução de todas as espécies, nos variados remos da Natureza.
A SOLIDIFICAÇÃO DA MATÉRIA
Na grande oficina surge, então, a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao hidrogênio.
As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energias elétricas e de vapores que trabalham as substâncias torturadas no orbe terrestre. O frio dos espaços atua, porém, sobre esse laboratório de energias incandescentes e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da crosta solidificada.
É o primeiro descanso das tumultuosas comoções geológicas do globo. Formam-se os primitivos oceanos, onde a água tépida sofre pressão difícil de descrever-se. A atmosfera está carregada de vapores aquosos e as grandes tempestades varrem, em todas as direções, a superfície do planeta, mas sobre a Terra o caos fica dominado como por encanto. As paisagens aclaram-se, fixando a luz solar que se projeta nesse novo teatro de evolução e vida.
As mãos de Jesus haviam descansado, após o longo período de confusão dos elementos físicos da organização planetária.
O DIVINO ESCULTOR
Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopo da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte no universo galáxico. Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozone a 40 e 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem convenientemente os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.
O VERBO NA CRIAÇÃO TERRESTRE
A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que vitalizam o organismo do Globo. Substituíram-lhe a providência com a palavra "natureza", em todos os seus estudos e análises da existência, mas o seu amor foi o Verbo da criação do princípio, como é e será a coroa gloriosa dos seres terrestres na imortalidade sem fim. E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.
Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra. Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens.

29 de janeiro de 2013

Evangelho Diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 1 e 2


Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará
Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.
Qual o homem, dentre vós, que dá uma pedra ao filho que lhe pede pão? — Ou, se pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? — Ora, se, sendo maus como sois, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, não é lógico que, com mais forte razão, vosso Pai que está nos céus dê os bens verdadeiros aos que lhos pedirem? (S. MATEUS, cap. VII, vv. 7 a 11.)
Do ponto de vista terreno, a máxima: Buscai e achareis é análoga a esta outra: Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará. É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em ação as forças da inteligência.
Na infância da Humanidade, o homem só aplica a inteligência à cata do alimento, dos meios de se preservar das intempéries e de se defender dos seus inimigos. Deus, porém, lhe deu, a mais do que outorgou ao animal, o desejo incessante do melhor, e é esse desejo que o impele à pesquisa dos meios de melhorar a sua posição, que o leva às descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento da Ciência, porquanto é a Ciência que lhe proporciona o que lhe falta. Pelas suas pesquisas, a inteligência se lhe engrandece, o moral se lhe depura. Às necessidades do corpo sucedem as do espírito: depois do alimento material, precisa ele do alimento espiritual. É assim que o homem passa da selvageria à civilização
Mas, bem pouca coisa é, imperceptível mesmo, em grande número deles, o progresso que cada um realiza individualmente no curso da vida. Como poderia então progredir a Humanidade, sem a preexistência e a reexistência da alma? Se as almas se fossem todos os dias, para não mais voltarem, a Humanidade se renovaria incessantemente com os elementos primitivos, tendo de fazer tudo, de aprender tudo. Não haveria, nesse caso, razão para que o homem se achasse hoje mais adiantado do que nas primeiras idades do mundo, uma vez que a cada nascimento todo o trabalho intelectual teria de recomeçar. Ao contrário, voltando com o progresso que já realizou e adquirindo de cada vez alguma coisa a mais, a alma passa gradualmente da barbárie à civilização material e desta à civilização moral. (Vede: cap. IV, nº 17.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 1 e 2.)

28 de janeiro de 2013

Cap 22 - Livro Almas em Desfile - ANTES DE CHEGAR



Antes de chegar
Hilário Silva
Estávamos em tarefa de assistência, na grande nave aérea, que voava tranquilamente. Lá embaixo, as montanhas mineiras mostravam a exuberância de sua vegetação. Aqui e ali, uma nuvem a espreguiçar-se, impassível.
Lado a lado, conversavam dois amigos:
– E você, que fará no Rio?
– Vou tratar da saúde.
– Você? O confidente dos “bons Espíritos”?
– Como não? São bons amigos... Mas um amigo não pode apagar nossos débitos.
– Mas, enfim, para que serve o Espiritismo?
– Ajuda-me a viver preparado.
– Para quê? – e sorriu, insolente, o companheiro sarcástico. – Vocês, religiosos, só falam em amanhã e amanhã. Mas a vida é hoje, meu caro... Ateu como sou, vivo muito melhor. Minha fazenda dá de tudo. A corretagem é boa mina. Com ela, estou formando larga frota de caminhões em Brasília! Mas vocês, espíritas, são impressionantes. Pensam somente em sessões e ilusões, com os olhos no outro mundo...
– Não é tanto assim...
– Que faz você, agora?
– Como há dez anos, represento o comércio.
– Muitos patrões?
– Muitos patrões.
– Faça como eu. Nada de dependência. Sou livre, livre. Vou aonde quero e faço o que quero. Neste ano, levantarei meu arranha-céu em São Paulo, terei minha casa de repouso, no Eldorado, adquirirei terreno numa das praias de Santos e comprarei novas terras em Goiás. Mas, antes disso, quero visitar Nova York. Darei uma espiada na América. Já estou providenciando passagem num Caravelle... Nada de outra vida. Quero esta mesma...
Nesse ínterim, a grande cidade, embora ao longe, apareceu de todo...
O Corcovado e o Pão de Açúcar ornavam a natureza da terra carioca.
– Veja a beleza do mundo! – acentuou o viajante materialista. – Isso é para ser desfrutado, gozado, aproveitado. E depressa. Nada de amanhã. Tudo é hoje. Se você quiser esquecer essa história de mortos comunicantes, dê à noite um pulo no meu hotel!...
Nisso, porém, a máquina poderosa começou a jogar.
Parecia um pássaro enorme em convulsões imprevistas.
E, antes que os passageiros dessem conta de si, o grande avião mergulhou no mar, com a desencarnação de todos...

(Do cap. 22 do livro Almas em Desfile, obra psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier. )

O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 9.



O Evangelho Segundo o Espiritismo
A nova era
Deus é único e Moisés é o Espírito que Ele enviou em missão para torná-lo conhecido não só dos hebreus, como também dos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que se serviu Deus para se revelar por Moisés e pelos profetas, e as vicissitudes por que passou esse povo destinavam-se a chamar a atenção geral e a fazer cair o véu que ocultava aos homens a divindade.
Os mandamentos de Deus, dados por intermédio de Moisés, contêm o gérmen da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia, porém, restringiam-lhe o sentido, porque, praticada em toda a sua pureza, não na teriam então compreendido. Mas, nem por isso os dez mandamentos de Deus deixavam de ser um como frontispício brilhante, qual farol destinado a clarear a estrada que a Humanidade tinha de percorrer.
A moral que Moisés ensinou era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos que ela se propunha regenerar, e esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento da alma, não teriam compreendido que se pudesse adorar a Deus de outro modo que não por meio de holocaustos, nem que se devesse perdoar a um inimigo.
Notável do ponto de vista da matéria e mesmo do das artes e das ciências, a inteligência deles muito atrasada se achava em moralidade e não se houvera convertido sob o império de uma religião inteiramente espiritual. Era-lhes necessária uma representação semimaterial, qual a que apresentava então a religião hebraica. Os holocaustos lhes falavam aos sentidos, do mesmo passo que a idéia de Deus lhes falava ao espírito.
Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a Natureza está submetida, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se utiliza para fazer que a Humanidade avance.
São chegados os tempos em que se hão de desenvolver as idéias, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. Têm elas de seguir a mesma rota que percorreram as idéias de liberdade, suas precursoras. Não se acredite, porém, que esse desenvolvimento se efetue sem lutas. Não; aquelas idéias precisam, para atingirem a maturidade, de abalos e discussões, a fim de que atraiam a atenção das massas. Uma vez isso conseguido, a beleza e a santidade da moral tocarão os espíritos, que então abraçarão uma ciência que lhes dá a chave da vida futura e descerra as portas da felicidade eterna. Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá. — Um Espírito israelita. (Mulhouse, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 9.)

27 de janeiro de 2013

Resgates Coletivos


Elevemos nosso pensamento ao plano maior, para entramos em comunhão com o Criador , unindo-nos em sublime corrente de amor e serenidade, para que a dor e aflição seja mitigada.
Esse convite à oração é em favor dos espíritos que retornam ao plano espiritual em virtude do incêndio na boate Kiss em Santa Maria – RS, sendo 245 espíritos repatriados ao plano invisível e mais de 40 feridos.
Oremos em favor das famílias e de tantos irmãos que passam por várias provações em sua vida, muitas invisíveis e imperceptíveis aos nossos olhos. Rogamos amparo aos amigos celestes para que possam irradiar-lhes força e perseverança para caminhar e crescer.

Desencarnes Coletivos  – o que dizem os espíritos
É o desencarne que ocorre em acidentes e catástrofes de toda sorte, que vitimam pequeno ou grande número de criaturas. Ocorre porque um grupo ou grupos de espíritos comprometidos com um mesmo débito ou com débitos semelhantes, em reencarnações pregressas, se associam, ainda na espiritualidade, antes do renascimento, com a finalidade de realizar "trabalho redentor em resgates coletivos".
Por estar relacionado a experiências evolutivas, o desencarne coletivo é previsto por entidades Benfeitoras Espirituais, que acolhem os desencarnantes imediatamente, muitas vezes em postos de socorro por eles montados através da vontade/pensamento, na própria região da catástrofe ou desastre.

O resgate de nossas ações contrárias à Lei Divina, ao bem e ao amor pode ocorrer de várias formas, inclusive coletivamente. O objetivo, segundo "O Livro dos Espíritos", questão 737, é “fazê-lo avançar mais depressa” e as calamidades “são freqüentemente necessárias para fazerem com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos”. Além disso (questão 740), “são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo”. 
E assim, entendemos o sentimento de solidariedade que essas calamidades despertam, auxiliando todos a desenvolver o amor. O importante para os mais diretamente envolvidos, para que tenham o progresso devido, como está dito em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo 14, item 9, é “não falir pela murmuração”, pois “as grandes provas são quase sempre um indício de um fim de sofrimento e de aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus”. 
Nesta frase selecionada no "O Evangelho Segundo o Espiritismo", está uma informação de cabal importância: indício de aperfeiçoamento do espírito. E qual seria o objetivo prático de tudo isso e como esses fatos atuam em nosso progresso, com que finalidade? 
A resposta está na Lei do Progresso, que determina ao homem o progresso incessante, sem retrocesso, no campo intelectual e moral; cada um há seu tempo, seguindo seu ritmo próprio, sendo que “se um povo não avança bastante rápido, Deus lhe provoca, de tempo em tempos, um abalo físico ou moral que o transforma” ("O Livro dos Espíritos", questão 783). 
Como vemos, o progresso se faz, sempre, e quando estamos atravancando-o, Deus, em sua infinita bondade e justiça, lança mão de instrumentos que nos impulsionem à frente. O objetivo é nos levar a cumprir a escala evolutiva, saindo de nossa condição de Espíritos imperfeitos moralmente para a de espíritos regenerados, até atingirmos a condição de Espíritos puros. 
Essa transposição de imperfeito moralmente para regenerado marca a atual fase de transição que vivenciamos, plena de flagelos destruidores, de calamidades, de acidentes com grande número de mortos. 
Nos evangelhos segundo Mateus, Marcos e João, há várias referências aos sinais precursores de uma transformação no estado moral do Planeta, caracterizada pelo anúncio de calamidades diversas que atingirão a humanidade e dizimarão grande número de pessoas, para que, na seqüência, ocorra o reinado do bem, sejam instituídas a paz e a fraternidade universal, confirmando a predição de que após os dias de aflição virão os dias de alegria. 
O que é anunciado nessas passagens evangélicas não é o fim do mundo de forma absoluta e real, mas o fim deste mundo que conhecemos, em que o mal aparentemente se sobrepõem ao bem, e, como afirma Allan Kardec em "A Gênese", capítulo 17, item 58, “o fim do velho mundo, do mundo governado pela incredulidade, pelo cupidez e por todas as más paixões a que o Cristo alude”. 
Para que esse novo mundo se instale ("A Gênese", capítulo 18), é fundamental que a população seja preparada para habitá-lo. Para tanto, teremos, todos nós, de equacionar alguns problemas de nosso passado, construindo nosso progresso moral. 
Não há transformação sem crise, e catástrofes e cataclismos são crises que agitam a humanidade, despertando-a para a solidariedade, a fraternidade, o bem. 
Temos, então, de ver a humanidade como “um ser coletivo no qual se operam as mesmas revoluções morais que em cada ser individual” ("A Gênese", capítulo 18 item 12). 
Nesse contexto, a fraternidade será a pedra angular da nova ordem social, com o progresso moral, secundado pelo progresso da inteligência assegurando a felicidade dos homens sobre a Terra. 
Para que possamos habitar esse novo mundo, não temos de nos renovar integralmente. Segundo Kardec ("A Gênese", capítulo 18 item 33), “basta uma modificação nas disposições morais”, e, para isso, temos de equacionar débitos do passado e nos conscientizarmos de nossa condição de espíritos imortais perfectíveis, em fase de desenvolvimento de nossas potencialidades. 
Como forma de acelerar esse processo de modificação da disposição moral, a presente fase é marcada pela multiplicidade das causas de destruição, até como forma de estimular em nós o desenvolvimento de nossas potencialidades no bem, pois “o mal de hoje há de ser o bem de amanhã. Somente a educação do Espírito poderá libertá-lo do mal, dando-lhe condições de alçar os mais altos vôos no plano infinito da vida. O importante em tudo isso é mantermos a serenidade, olharmos para frente, divisarmos o futuro, pois “a marcha do Espírito é sempre crescente e ascendente”. É preciso descobrir quanto bem se é capaz de fazer agora para que o próprio crescimento não se detenha” (Portásio). 
Em todo ser humano, como ressalta o Espírito Clelie Duplantier, em "Obras Póstumas", “há três caracteres: o do indivíduo ou do ente em si mesmo, o do membro da família e o do cidadão. Sob cada uma dessas três fases, pode ele ser criminoso ou virtuoso; isto é, pode ser virtuoso como pai de família e criminoso como cidadão, e vice-versa”. 
Além disso, pode-se admitir como regra geral que todos os que se ligam numa existência por empenhos comuns, já viveram juntos, trabalhando para o mesmo fim e se encontrarão no futuro, até expiarem o passado ou cumprirem a missão que aceitaram.
Essas calamidades - se olharmos para elas sob o ponto de vista espiritual, fundamentando nossa reflexão nos princípios da Doutrina Espírita - têm, portanto, objetivos saneadores que, conforme Joanna de Ângelis, removem as pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera e significam a realização da justiça integral, pois a Justiça Divina, para nosso reequilíbrio, recorre a métodos purificadores e liberativos, de que não nos podemos furtar. 
Assim, tocados pelas dores gerais, ajudemo-nos e oremos, formando a corrente da fraternidade e estaremos construindo a coletividade harmônica, sempre lembrando a advertência do Espírito Hammed: “a função da dor é ampliar horizontes para realmente vislumbrarmos os concretos caminhos amorosos do equilíbrio. Como o golpe ao objeto pode ser modificado, repensa e muda também tuas ações, diminuindo intensidades e freqüências e recriando novos roteiros em sua existência”. Desse modo, estaremos utilizando nossos problemas como ferramenta evolutiva, não nos perdendo em murmurações, mas utilizando nosso livre-arbítrio como patrimônio. 
O progresso de todos os seres da criação é o objetivo de tudo que acontece. Tenhamos a consciência desperta e procuremos entender o mundo à nossa volta, cientes de que a solidariedade é o verdadeiro laço social, não só para o presente, mas, como está em "Obras Póstumas", “estende-se ao passado e ao futuro, pois que os mesmos indivíduos se encontram e se encontrarão para juntos seguirem as vias do progresso, prestando mútuo concurso. Eis o que faz compreender o Espiritismo pela eqüitativa lei da reencarnação e da continuidade das relações entre os mesmos seres”. 
E mais: Graças ao Espiritismo, compreende-se hoje a justiça das provações desde que as consideremos uma amortização de débitos do passado. As faltas coletivas devem ser expiadas coletivamente pelos que juntos as praticaram, e os mentores estão sempre trabalhando, ajudando a todos nós, reunindo-nos em grupos de forma a favorecer a correção de rumo, amparando-nos e nos fortalecendo para darmos conta daquilo a que nos propomos, além de nos equilibrarem para podermos auxiliar o outro com nossos pensamentos positivos, nossos. 
Fonte:Yahoo groups



25 de janeiro de 2013

Mensagem Psicografado - Não Desanime


Não Desanime

 ... E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer,
Lucas 18:1
Muitos aprendizes da Boa Nova imaginam que as provações da vida apresentam-se cada vez mais contundentes e incisivas, assemelhando-se a verdadeiros castigos e suplícios, entretanto esquecem que Deus em sua Bondade Soberana anseia apenas o melhor para seus filhos.
Quantos irmãos padecentes de esclarecimentos, ao visitados pelas provações sentem-se agredidos e renegados pelo Senhor do Universo, acreditando-se filhos rejeitados do Altíssimo, mas não compreendem o valor de cada lição para seu crescimento intimo.
Os homens ainda transitam pelo mundo imaginando-se merecedores de todas as bênçãos e dádivas e esquivando-se a todo o instante de servir e compartilhar. Muitos se acham no direito de questionar e protestar com Deus sobre seus desígnios Sublimes, mas são incapazes de levantar e servir ao próximo que lhe pede auxílio.
Muitos buscam nos atalhos equivocados do caminho, a alternativa para rejeitarem o convite de Deus e acabam por adquirir débitos mais pesarosos para sua vida. Buscam na terra a felicidade passageira e ilusória, conquistadas muitas vezes pela força e degradação, mas são incapazes de campear o entendimento sobre a qual preço estão acumulando tamanha bagagem desnecessária.
Não se deixe contaminar pelo desanimo, que corroí engrenagens primordiais para o real funcionamento da maquina do progresso, que enferruja as ferramentas do jardim da vida e que sufocam os grãos da esperança.
Sempre que sentir-se inseguro e aflito recorra ao lenitivo da prece, direcionando-a ao Pai Soberano e rogando-lhe o auxílio que tanto carece.  Lembrando-se que Ele sempre sabe exatamente o que tu necessitas, mas será que teu coração já compreendeu essa verdade?
Ore sempre, percebendo que tens recebido a todo o instante tudo o que necessitas para seu melhoramento e mesmo que imperceptíveis aos teus anseios imediatistas, o tempo de Deus corre na mais perfeita Lei e Harmonia.
Mesmo que sinta seus esforços parecem ineficazes no momento, lembre-se que as transformações mais belas na natureza acontecem ocultas aos olhos de muitos e somente no tempo certo ireis presenciar sua consolidação.
O amor de Deus é raio de luz que esclarece os corações, irradiando-lhes as forças do entendimento, da Justiça e da Misericórdia. Agradeça sempre, pois Deus a cada instante está ofertando-te as possibilidades de promoção verdadeira, cabendo a ti prontificar em atender-lhe o convite.


(Mensagem ditada na manha de sexta feira 25/01/2013 - pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografado por Alessandro Micussi) 

22 de janeiro de 2013

PONDERAÇÃO

                                                                   

                                                        "...Não se ponha o sol sobre a vossa ira.” – Efésios 4:26

Não vos deixeis dominar pela intemperança, pois um instante de cólera pode levar-vos a períodos longos de aflição e dor.

A cada instante que vos alimentais com sentimentos intempestivos e revoltosos, estas compactuando para que verdadeira catástrofe se aloje em vosso intimo.

Em nada justifica vossa atitude de rancor e amargura, pois vossa essência de criação é o amor puro de Deus.

Se buscas um mundo harmonioso, repleto de união e fraternidade, não deveis em momento algum de vossa existência tornar-vos propagador da ira e da raiva.

Lembrei-vos sempre que para o fogo perdurar por mais tempo, faz-se necessário alimentá-lo com combustível e lenha. A Ira é o fogo que consome campos verdejantes de esperança, destrói jardins de fraternidade e devasta construções de união, retardando por longo tempo os projetos da sublimação do ser.

A cada instante de vossa vida, tens a oportunidade de consolidar vossa transformação, recebes a cada segundo da existência o material necessário para vossa tarefa de burilar seu intimo e tornar-se melhor.

Mesmo que os conflitos cotidianos venham a abalar vossa tranqüilidade, não deveis contribuir para que esses momentos tornem-se verdadeiros martírios de aflição, aprisionando-te as algemas do remorso e dor.

Sendo em palavras ou ações, em nada justifica uma atitude agressiva, mesmo utilizando-te da desculpa da legitima defesa.

Lembre-se que se não é o causador do escândalo, não sejais também o continuador de tamanho equivoco, pois tornar-se-á tão responsável quanto aquele que o iniciou.

A cada um lhe será aferido segundo vossa obra e vossa intenção, portanto se ainda alimentas sentimentos infelizes, eis o momento de destituí-los e caminhar mais leve pelo campo do aprimoramento.


(Mensagem ditada na manha de terça-feira 22/01/2013, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga - Psicografado por Alessandro Micussi )

JUSTIFICATIVAS

                                                                                                                      

“... Diz o preguiçoso: um leão esta lá fora; serei morto no meio da rua.” – Provérbios 22:13


Quantas vezes buscamos justificar nossa insistência na inércia através de escusas descabidas e repletas de preguiça. Ansiamos colaborar na edificação de um mundo melhor, entretanto, permanecemos na lassidão por receio da violência que nos espreita à porta.


Quando recebemos em nosso intimo o verbo vivo do Cristo, sentimos uma energia reparadora expandindo-nos os sentimentos, enchendo-nos de esperança e expectativas sublimes, entretanto, quando convidados a mudança verdadeira, justificamos nossa posição estática nos perigos ocultos que nos acompanham em silencio.

Relegamos sempre para o porvir as oportunidades de serventia e aprimoramento, justificando que devido às catástrofes exteriores faz-se necessário se resguardar e proteger a todo custo.

Muitos cerram a porta do coração tornando impossível a entrada do Cristo, alegando perigos variados a lhes perseguirem e ansiando-lhes saquear os tesouros.

Muitos convocados ao exercício da caridade insistem em rejeitar a sublime tarefa, simplesmente porque o sacrifício de velhos hábitos materialistas não lhes é agradável.

Os propagadores da Boa Nova sentiam-se honrados em entregarem-se ao sacrifício através de bestas famintas, buscando apenas expressar seu amor e confiança no Cristo.

Nós entretanto, buscamos nas mais inusitadas ponderações encontrarmos possibilidades de negar auxilio a quem nos bate a porta, por mero capricho e preguiça.

Em nada nos tem valia conhecer as excelsas mensagens do Mestre Jesus e mantermo-nos na estagnação, insistindo em retardar a marcha do progresso pessoal e desperdiçando os recursos celestes para nossa melhoria.

Que possamos a cada oportunidade recebida, propagar o amor e a caridade em todos os corações e tornarmo-nos os seareiros do Cristo na tarefa de auxilio e amparo a todos.

Não temais a fera que imaginas tocaiar-te por detrás da porta, mas enfrente o ser inferior que habitas em teu intimo e consome suas forças para a mudança verdadeira.

( Mensagem ditada na manha de terça-feira 22/01/2013, pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga - Psicografado por Alessandro Micussi )

Obrigado pela Presença

Amigos em Cristo, agradecemos a presença, fiquem a vontade e sintam-se em casa, afinal esse espaço é de todos e para todos.
Deixe-nos sua opinião, critica e sugestão para assim melhorarmos esse nosso singelo cantinho de encontro fraterno.
envie-nos um e-mail espiritismoafontedoamoruniversal@hotmail.com


Evangelização Infantil

Visão Espírita do Carnaval

Conduza a sua leitura clicando no botão > .

GRUPO RELICARIO DE LUZ

GRUPO RELICARIO DE LUZ
Grupo Evangelização Espírita - Visitem esse blog amigo

Pensemos Nisso

O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
__________________________________________________________

Vale a pena assistir

Vale a pena assistir

Documentário Peixotinho

________________________________________________________

Mensagem de Reflexão

"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel



O Livro dos Espíritos on line

O Livro dos médiuns on line

O Evangelho Segundo o Espíritismo on line

O Céu e o Inferno on line

A Gênese on line

Obras Póstumas on line

Estudos e Palestras

Agua from PAN1911