27 de dezembro de 2011

Estudo Teórico-Prático da Doutrina Espírita - Unidade V – Antecedentes da doutrina espírita


ANTECEDENTES DA DOUTRINA ESPÍRITA
"É impossível fixar uma data para as primeiras aparições de uma força inteligente exterior, de maior ou menor elevação, influindo nas relações humanas...
...Entretanto, não há época na história do mundo em que não se encontrem traços de interferência preternaturais e o seu tardio reconhecimento pela humanidade. A única diferença entre esses episódios e o moderno movimento é que aqueles podem ser apresentados como casos esporádicos de extraviados de uma esfera qualquer, enquanto os últimos têm as características de uma invasão organizada. Como, porém, uma invasão poderia ser precedida de pioneiros em busca da terra, também o influxo espírita dos últimos anos poderia ser anunciado por certo número de incidentes, suscetíveis a verificação, desde a Idade Média e até para trás".
(História do Espiritismo – Arthur Conan Doyle)
Os fenômenos mediúnicos não são, nem nunca foram, privilégio exclusivo da Doutrina Espírita, muito pelo contrário, podemos dizer que os mesmos reportam-se à origem do próprio homem.
A própria Bíblia é um repositório onde encontramos vários tipos desses fenômenos.


Ä Fenômenos Mediúnicos dentro da Bíblia:
Quando manuseamos a Bíblia, livro considerado sagrado pelas religiões cristãs, encontramos nela expressos, inúmeros fenômenos mediúnicos.
I - A luta de Jacob com um Espírito (um fenômeno típico de materialização), pois esta só poderia realizar-se na condição do relato bíblico, se o espírito contentor se encontrasse materializado (Gen. 32:24)."Jacó luta com Deus e transpõe o vau de Jaboque. 24 – "ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia".
II – Em 1 Reis, cap. 19, vv. 5 e 6, quando Elias encontra-se no deserto, ocorre um fenômeno de aparição e transporte: 5 – "Deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te e come. 6 – Olhou ele, e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa, e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir".
III – Em Daniel Cap. V , vv. 5, há o fenômeno de Escrita Direta: A Escritura na parede: Ocorreu quando o rei Belsazar oferecendo um banquete a 1.000 convidados, mandou que trouxessem os utensílios de ouro e prata, que seu pai, Nabocodonosor, havia tirado do templo de Jerusalém, para que neles bebessem o rei, os seus "grandes", as suas mulheres e concubinas: 5 – "No mesmo instante apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via os dedos que estavam escrevendo".
IV – Em Daniel, Cap. VIII, v.v. 18 há um fenômeno de "transe" – 18 – "Falava ele comigo quando caí sem sentido, rosto em terra: ele porém, me tocou e me pôs em pé no lugar onde eu me achava".
V – Em Êxodo, Cap. XIX, v.v. 19 – Deus fala com Moisés no Monte de Sinai. 19 – "E o clangor da trombeta ia aumentado cada vez mais: Moisés falava, e Deus lhe respondia no trovão. 20 – Descendo o Senhor para o cume do monte Sinai, chamou a Moisés para o cimo do monte. Moisés subiu,".
VI – Em Apocalipse, Cap. I, vv. 10, encontramos o fenômeno de Voz Direta. "Achei-me em Espírito, no dia do Senhor, e ouvi pôr detrás de mim grande voz, como de trombeta,".
Encontramos, ainda, na Bíblia, Saul consultando o Espírito de Samuel, na gruta de Endor.
Jesus por ocasião do batismo no Rio Jordão, do céu ouve-se uma voz que diz: "Tú és aquele meu filho especialmente amado; em ti é que tenho posto toda minha minha complacência." mostrando a mediunidade auditiva.
Saulo, a caminho de Damasco, vê um clarão que lhe cega os olhos, cai do cavalo, é quando escuta a voz do Senhor.

Ä Os Precursores da Doutrina Espírita:
Na Antigüidade, um rei que viajasse para lugares pouco percorridos do seu reino enviava antes os precursores, a fim de aplainarem o caminho e encherem as depressões, de modo a que não encontrasse obstáculos e viajasse com segurança.
João Batista que foi um dos maiores precursores de Jesus, trabalhou intensamente, aplainando os caminhos do coração e do entendimento para a vinda do Mestre; a Doutrina Espírita, também contou com inúmeros precursores que trouxeram ao mundo as primeira luzes do que em breve, se tornaria uma Doutrina, que codificada por Kardec, se tornaria a Terceira Revelação Divina à Humanidade. Dentre esses precursores, três merecem especial destaque: Emmanuel Swedenborg, Edward Irving e Andrew Jackson Davis.


Ä Emmanuel Swedenborg –
Emmanuel Swedenborg nasceu em Estocolmo no ano de 1.688, e desencarnou e Londres em 1.772, com a idade de 84 anos.
Seu pai, Joeper Swedenborg, bispo de Skava, foi reconhecido pôr seus méritos e pôr seu saber, mas seu filho o ultrapassou de muito.
Dominava praticamente todo o conhecimento do seu tempo. Ele era, antes de mais nada um grande engenheiro de minas e uma autoridade em metalurgia, entre muitas outras atribuições, tais como, engenheiro militar, físico, astrônomo, autor de trabalhos sobre as marés; também era zoologista e anatomista, financista e político e, finalmente, um profundo estudioso da Bíblia.
Sua prudência, sua sabedoria, sua modéstia e sua simplicidade valeram-lhe a alta reputação de que ele goza ainda hoje.
Os reis apelaram para os seus conselhos. Em 1.706, Charles XII o nomeou assessor no colégio metalúrgico de Estocolmo, a rainha Ulrique tornou-o nobre, e ele ocupou os lugares mais honoríficos com distinção, até 1.743, época em que ele teve a sua primeira revelação espírita.
Ele estava então com a idade de 55 anos, quando apresentou seu pedido de demissão, sua vontade era ocupar-se mais com o seu apostolado.
Nesse ano, ele estava em Londres, quando teve a sua primeira visão: um espírito apareceu-lhe sob uma forma humana enquanto ele comia, e lhe disse: Não coma muito; apenas o trivial, você há de concordar que tem que levar em consideração mais a qualidade que o alimento apresenta.
Um dos pontos fundamentais da doutrina de Swedenborg repousa sobre o que ele chamou de "as correspondências". Segundo ele, o mundo espiritual e o mundo natural estão associados entre si como o interior e o exterior, de tal modo, que as coisas espirituais e as coisas naturais formam um todo, pôr influxo, e que há entre elas uma certa correspondência.
Além de extensa cultura e de amplíssima faculdade mediúnica, Swedenborg possuía também o dom de ver a distância (dupla vista), como identificável no ocorrido quando, na ocasião em que estava jantando com Gothenburgo, na companhia de 16 pessoas, pode ele vislumbrar e descrever com exatidão – o que foi verificado posteriormente, – um incêndio que se passava na cidade de Estocolmo, distante do local 480 Km, aproximadamente.
Swedenborg ficou conhecido como "o vidente sueco".
Swedenborg um desses grandes personagens cuja lembrança estará ligada a História do Espiritismo, do qual foi um dos primeiros e mais zelosos promotores.


Ä Edward Irving
A história de Edward Irving e sua experiência, entre 1830 e 1833, com as manifestações espíritas, são de grande interesse.
Nascido em Annam, em 1792, pertencente a uma classe pobre de trabalhadores braçais escoceses, teve uma infância e juventude dura e aplicada aos estudos.
Casou-se com a filha de um ministro religioso e foi nomeado assistente do mais famoso clérico da Escócia.
Foi então que após receber um convite de uma pequena igreja escocesa em Halton Garden, distrito de Londres (que estava sem pastor) que sua eloquência sonora e suas luminosas explicações do Evangelho começaram a atrair a atenção. Em 1830, ao oeste da Escócia, foram registrados fenômenos de comunicação entre os sensitivos Campbell e MacDonald. O pastor escocês mandou um emissário para investigar o caso, verificou-se a exatidão do mesmo. Logo depois, os Espíritos irromperam na própria igreja de Irwing.
Devido ao seu próprio modo de pensar Irwing enfrentou muitas lutas com autoridades de sua igreja. Diante dos fatos que ocorriam, Irwing passou a sofrer a censura do presbítero. Isso lhe afetou a saúde de tal maneira que, como disse Conan Doyle: -"Aquele gigante de meia idade murchou e encolheu."


Ä Andrew Jackson Davis
Nasceu nos Estados Unidos, no dia 11 de agosto de 1.826, e desencarnou no dia 13 de janeiro de 1.910, em sua residência de Watertown, em Massachusetts, com 84 anos.
Foi chamado o "Pai do Moderno Espiritualismo" e de o "Allan Kardec norte-americano".
Sua mediunidade começou no início de sua adolescência, quando ouvia vozes gentis e agradáveis e desenvolveu uma límpida clarividência.
Era-lhe possível também fazer diagnósticos psíquicos de várias enfermidades.
Cada órgão aparecia claramente e com uma radiação especial e peculiar, que se obscurecia em casos de doenças.
No dia 06 de março de 1.844, ocorreu com ele um fenômeno de transporte: da localidade de Poughkeepsie, onde residia, foi levado até as montanhas de Catskill, cerca de 55 Km distante.
Os Espíritos de Galeno e de Swedenborg apareceram-lhe e revelaram que seriam seus mentores. Foi o primeiro contato que Andrew Jackson Davies teve com os Espíritos.
Posteriormente, novos fenômenos surgiram pôr sua mediunidade, como pôr exemplo a xenoglossia (Do grego: xeno = estrangeiro; e glossa = língua. É o uso de uma língua (escrita ou falada) que se não aprendeu e que se não conhece em condições normais. O médium influenciado pôr um Espírito, fala uma língua estrangeira que lhe é pôr inteiro desconhecida) e a mediunidade erudita, podendo dissertar sobre arqueologia, história, ciências naturais e literatura.
Mediunizado escreveu vários livros: "Os Princípios da Natureza" e depois "Filosofia Harmônica", este ditado pelo Espírito de Swedenborg.
Aos 21 anos de idade sua mediunidade já havia alcançado um nível muito bom de desenvolvimento. Nessa época consegui descrever vários fenômenos desencarnatórios, descrevendo a saída da alma do corpo, ou seja o desligamento do Espírito na hora da morte.
Fez diversas profecias, inclusive sobre a invenção do automóvel, do avião e da máquina de escrever. Descreveu esses inventos, muito antes que surgissem no mundo, em sua obra, "Penetrália".
Em 1.847, previu a manifestação ostensiva dos Espíritos, o que, praticamente, aconteceu no ano seguinte, em Hydesville, com as irmãs Fox. Pôr isso ficou conhecido como "O Profeta na Nova Revelação".
Numa de suas notas, escrita precisamente em 31 de março de 1.848, escreveu ele: "Esta madrugada um sopro fresco passou pelo meu rosto, e ouvi uma voz, suave e firme, dizer-me: - Irmão, foi dado início a um bom trabalho; contempla a demonstração viva que surge". E ele menciona que pôs-se a cismar qual o significado de tal mensagem. (Exatamente nessa data, ocorriam os fenômenos em Hydesville com as irmã Fox).
No final de sua vida, escreveu a obra "Revelações Divinas na Natureza".
Ao descrever a vida no Mundo Espiritual, afirmou que lá não havia muita diferença das atividades daqui, a vida continuava: lá o trabalho científico, o artístico, o literário e o humanitário, continuam sempre. Descreveu um lugar chamado Summerland, destinado às crianças desencarnadas, cujos Espíritos precisavam ainda entender o que se passava com eles. Tudo ali era de acordo com a idade mental das crianças.
Por causa dessa visão, ele fundou o Primeiro Liceu Espírita, em 25 de janeiro de 1.863, em Dodsworth Hall, Broadway, New York.
Andrew Jackson Davis é considerado também o precursor das mocidades espíritas.


Ä Os Fenômenos de Hydesville. As Irmãs Fox e o ano de 1.848
Os fenômenos de Hydesville, ocorridos na casa da família Fox, abriram caminho para o advento do Espiritismo.
Em 11 de Dezembro de 1847, John Fox, pertencente à igreja Metodista, mudou-se para uma pequena casa de madeira no lugarejo de Hydesville, situada cerca de vinte milhas de Rochester, cidade do condado de Wayne, estado de Nova York.
John era fazendeiro e com sua família, que se compunha, além da esposa Margareth Fox, de mais três filhas: Katherine, ou Katie ou Kate de onze anos; Margareth, de quatorze, e, Leah, que residia em Rochester, onde lecionava música.
No ano seguinte, isto é, em 1848, mais exatamente na noite de 28 de março, as meninas começaram a ouvir estranhos ruídos e arranhões nas paredes, que se foram intensificando, cada vez mais ao ponto da família Fox não ter mais sossego dentro de casa. Esses "raps" , como foram denominados mais tarde, começaram a ser notados, com mais freqüência. Com o decorrer dos dias, os fenômenos começaram a se tornar mais complexos: os objetos se deslocavam, tudo se mexia e estremecia, haviam explosões de sons fortes. As meninas diante de tanto barulho, ficaram tão alarmadas que não queriam mais dormir sozinhas.
Nas três noites seguidas, até 31 de março de 1.848, os fenômenos se repetiram intensamente, impedindo que os Fox conciliassem o sono. John Fox deu buscas completas pelo interior e pelo exterior da casa, mas nada encontrou que explicasse as ocorrências.
Finalmente, na noite de 31 de Março de 1848, houve uma saraivada de sons muito altos e continuados. Kate Fox, na sua inocência de criança, desafiou a força invisível para que repetisse os estalos de seus dedos, no que foi imitada. Kate, batendo com os dedos sobre um móvel, exclamava, em direção ao ponto onde os ruídos eram mais constantes: "Vamos Old Splitfood, faça o que eu faço". Prontamente as pancadas do "desconhecido" se fizeram ouvir, em igual número, e paravam quando a menina também parava.
Margareth brincando disse: " Agora faça o mesmo que eu: conte um, dois, três, quatro, e ao mesmo tempo dava pequenas pancadas com os dedos. Foi-lhe plenamente satisfeito esse pedido, deixando a todos estupefatos e com muito medo".
As meninas supunham tratar-se do demônio, porisso que o chamavam de "Mr. Splitfood", ou Sr. pé fendido , que corresponde a "pé de bode".
Depois sua mãe, que acompanhava o episódio, teve a idéia de fazer algumas perguntas; pediu que fosse indicado, por meios de pancadas, a idade de suas filhas. As resposta, corretas, não tardaram. E depois de um diálogo entre sons e golpes, estava assim estabelecida a telegrafia espiritual, naquela memorável noite de 31 de Março de 1848.
Naquela mesma noite, desejando que o fenômeno fosse testemunhado por outras pessoas, a família Fox chamou alguns vizinhos, que também fizeram perguntas e receberam respostas, por meio das batidas.
Esses acontecimentos se tornaram conhecidos de toda a localidade.
Um Sr. Chamado Mr. Deusler, idealizou um alfabeto, para poderem traduzir as pancadas e compreenderem o que dizia o batedor invisível, sendo que então ele contou a sua história:
Chamava-se Charles B. Rosma; fora um vendedor ambulante e, hospedado naquela casa, cinco anos antes, pelo casalBell, foi ali assassinado; A finalidade do crime, foi para roubar as mercadorias e o dinheiro que trazia, e que o seu corpo fora sepultado no porão.
Em busca no local indicado, lá encontraram tábuas, alcatrão, cal, cabelos, utensílios, mas não o esqueleto.
Uma criada dos Bells, chamada Lucrécia Pulver, declara que viu o vendedor e o descreve; diz que ele chegara à casa e comenta do seu misterioso desaparecimento. Uma vez, descendo à adega, seu pé enterrou-se num buraco e, como dissesse isso ao patrão, ele explicou que deviam ser ratos e foi, apressadamente, fazer os necessários reparos. Ela vira nas mãos dos patrões objetos da caixa do ambulante.


Arthur Conan Doyle, no seu Livro "História do Espiritismo", relata que 56 anos depois foi descoberto que alguém fora enterrado na adega da casa dos Fox. Ao ruir uma parede, crianças que pôr ali brincavam, descobriram um esqueleto. Os Bells, para maior segurança, haviam emparedado o corpo, na adega, aonde inicialmente o haviam enterrado.
Em 23 de novembro de 1.904, o "Boston Journal" noticiava que o esqueleto do homem que possivelmente produziu as batidas, ouvidas inicialmente pelas irmãs Fox, em 1.848, fora encontrado e as mesmas estavam, portanto, eximidas de qualquer dúvida com respeito à sinceridade delas na descoberta da comunicação dos Espíritos.
Diversas comissões se formaram na época dos acontecimentos com a finalidade de estudar os estranhos fenômenos e desmascarar a fraude atribuída às Fox. Verificou-se que eles ocorriam na presença das meninas; atribuiu-se-lhes o poder da mediunidade. Nenhuma comissão, todavia, conseguiu demonstrar que se tratava de fraude. Os fatos eram absolutamente verídicos embora tivessem submetido as meninas aos mais rigorosos e severos exames, atingindo, as vezes, as raias da brutalidade.
As irmãs Fox foram pressionadas. A Igreja as excomungou como pactuantes com o demônio. Foram acusadas de embusteiras, e ameaçadas fisicamente diversas vezes.
Em 1.888, ao comemorar os 40 anos dos fenômenos de Hydesville, Margareth Fox, iludida pôr promessas de favores pecuniários pelo Cardeal Maning, faz publicar uma reportagem no "New York Herald" em que afirma que os fenômenos que realizaram eram fraudulentos. Todavia, no anos seguinte, arrependida, reúne grande público no salão de música de New York e retrata-se de suas declarações anteriores, não só afirmando que os fenômenos de Hydesville eram reais, como provocando ainda uma série de fenômenos de efeitos físicos no salão repleto.
A retratação foi publicada na época. Consta da Light e do jornal americano, New York Press, de 20 de maio de 1.889.

Ä As Mesas Girantes
Uma série progressiva de fenômenos deram origem à Doutrina Espírita.
O primeiro fato observado foi a movimentação de objetos diversos, dentre eles, de forma especial, a movimentação das mesas. Esse fenômeno foi designado vulgarmente pelo nome de "Mesas Girantes ou Dança das Mesas".
Tal fenômeno parece ter sido notado primeiramente na América do Norte de forma intensa, propagando-se, na seqüência, pelos países da Europa, como a França, a Inglaterra, a Holanda, a Alemanha, chegando até na Turquia, nos meados do século XIX.
Todavia, a História registra que ele remonta à mais alta antigüidade, tendo-se produzido de formas estranhas, como ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma causa ostensiva.
A princípio quase que só encontrou incrédulos, porém, ao cabo de pouco tempo, a multiplicidade das experiências não mais permitiu lhe pusessem em dúvida a realidade.
Assim como o fenômeno das "pancadas ou batidas" foi chamado de "raps" ou "echoes", o das mesas girantes ou moventes, ficou conhecido como "table moving", para os ingleses, "table volante" ou "table tournante" para os franceses.
No início, nos Estados Unidos, os Espíritos se comunicavam através de um processo trabalhoso e de grande morosidade. Alguém dizia em voz alta o alfabeto, e o Espírito era convidado a indicar pôr batidas, "raps" ou "echoes", no momento em que fossem pronunciadas as letras que, reunidas, deviam compor as palavras.
Os próprios Espíritos indicaram, em fins de 1.850, nova maneira de comunicação: bastava simplesmente que se colocassem ao redor de uma mesa, em cima da qual se poriam as mãos. Levantando um dos pés, a mesa daria (enquanto se recitava o alfabeto) uma pancada toda vez que fosse proferida a letra que servisse ao Espírito para formar as palavras. Esse processo, ainda que muito lento, produziu excelentes resultados e assim se chegou às mesas girantes ou falantes.
Há que notar, que a mesa não se limitava a levantar-se sobre um pé para responder às perguntas que se faziam; movia-se em todos os sentidos, girava sob os dedos dos experimentadores, às vezes, se elevava no ar, sem que se descobrissem as forças que a tinham suspendido.
Em 1853, a Europa inteira tinha as atenções gerais convergidas para o fenômeno das chamadas mesas girantes e dançantes, e eram consideradas o maior acontecimento do século, a imprensa informava e tecia largos comentários acerca das estranhas manifestações. No meio da aparente futilidade, os Espíritos iam ensinando o que podiam em condições inadequadas.
O fenômeno, durante muito tempo, entreteve a curiosidade dos salões. Depois, aborreceram-se dele, pois a gente frívola que apenas imita a moda, o considerou como simples distração.
Mas o objetivo central estava sendo cumprido: atrair a atenção do homem inteligente para a Espiritualidade.
As mesas girantes representarão sempre o ponto de partida da Doutrina Espírita e merecem pôr isso, explicações e estudos para que, em se conhecendo as causas, facilitadas será a chave para a decifração dos efeitos mais complexos.
Seria então, que um professor de nome Rivail, possuidor daquela lógica austera e daquele senso que abriga o espírito de entusiasmos desarrazoados e de negações a priori, que, diante deste novo fato, se sentiria desafiado a estudar e a pesquisar mais profundamente tais fenômenos, dando surgimento posteriormente à Doutrina Espírita.
As observações e as pesquisas espíritas realizadas pôr Allan Kardec e outros sábios, demonstraram que a causa inteligente era determinada pelos Espíritos que podiam agir sobre a matéria, utilizando-se do fluido fornecido pelos médiuns, isto é – meios ou intermediários entre os Espíritos e os homens, gerando, assim, as manifestações físicas e as manifestações inteligentes.
Na seqüência, aperfeiçoaram-se os processos. As comunicações dos Espíritos não se detiveram nas mesas girantes. Evoluíram para as cestas e pranchetas, nas quais se adaptavam lápis e as comunicações passaram a ser escritas - era a psicografia indireta. Posteriormente, eliminaram-se os instrumentos e apêndices; o médium tomando diretamente o lápis passou a escrever pôr um impulso involuntário e quase febril – era a psicografia direta.

Prece - Agradecimento Singelo


26 de dezembro de 2011

Estudo - O CORPO HUMANO


O CORPO HUMANO
O Corpo Físico

·       SISTEMA NERVOSO:  é o conjunto de nervos que possuem os animais. Permite aos seres a percepção de estímulos, sua transmissão ao cérebro ou às partes distintas do corpo e sua resposta. Integra e coordena as células, tecidos e órgãos, para que o organismo atue como uma unidade.

DIVISÃO:  Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico.

·       Sistema nervoso central: abrange a medula espinhal e o encéfalo.

O encéfalo compreende:

protuberância anular
conduz a corrente nervosa; responsável por atos reflexos: riso, lágrimas, gritos de dor e expressões emocionais
bulbo raquiano
intermediário entre a medula e o cérebro: deglutição, tosse, ritmo do coração, pressão sanguínea, centros respiratórios
cérebro
recepção de informações e suas respostas; operações psíquicas
cerebelo
motricidade
·       Sistema nervoso  periférico: compõe-se de cordões que se destacam do eixo nervoso central e se distribuem pelo organismo. Fazem parte desse sistema:


nervos cranianos
destacam-se do encéfalo (exemplo: olfativo, óptico, facial etc.) - são doze pares
nervos raquianos
nascem na medula; são trinta e um pares. Exemplo: cervicais, toráxicos, lombares etc.
O Sistema Nervoso Periférico abrange o Sistema Nervoso Autônomo, que subdivide-se em:
Simpático
Gânglios e nervos simpáticos
Parassimpático
Pneumogástrico, glossofaríngeo etc.

Funcionamento: os órgãos da vida vegetativa (coração, estômago, rins etc.) recebem inervação dupla, parte do simpático e parte do parassimpático e, em cada órgão, a ação é antagônica. Ex.:  variação de luz nos olhos - aumenta ou diminui a pupila; o simpático acelera o coração; o parassimpático,  retarda-o.

·       SISTEMA GLANDULAR: é o conjunto de glândulas que compõem o corpo. Glândulas são órgãos ou conjuntos de células que produzem e secretam substâncias que regulam as funções do organismo. Podem ser: Exócrinas e Endócrinas.

Glândulas Exócrinas: lançam a secreção no interior de algum órgão: salivares, gástricas, intestinais, lacrimais, mamárias.
Glândulas Endócrinas: lançam a secreção diretamente na circulação sanguínea. Produzem os hormônios.

PRINCIPAIS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS:

hipófise ou pituitária
controla as outras glândulas, o crescimento e inúmeras funções
pineal ou epífise
funções não esclarecidas pela medicina (há vários estudos e hipóteses)
timo
idem
tireóide
atinge o metabolismo celular de todos os tecidos do organismo (exceto cérebro, testículos, pulmões e retina)
paratireóide
regula o cálcio do sangue
supra-renais
compostas de MEDULA (secreta a adrenalina, que eleva a pressão sanguínea, acelera a produção de glicose pelo fígado etc.) e CÓRTEX (hormônios que afetam característica e comportamento sexual)
pâncreas
produz suco pancreático e insulina (passa diretamente ao sangue e controla o nível de açúcar)
gônadas
ovários e testículos


·       ESQUEMA DA UTILIZAÇÃO DO CORPO FÍSICO PELO ESPÍRITO:
1.   Os impulsos nervosos (eletromagnéticos) chegam, através dos nervos, ao córtex cerebral, sendo aí registrados.
2.   Do córtex os impulsos vão ao tálamo, que funciona como uma chave de ligação entre o córtex e a substância branca.
3.   No tálamo, que é comandado diretamente pelo Espírito, faz o julgamento das necessidades psíquicas da conscientização desses impulsos ou não.
4.   Estando o tálamo com a chave ligada ao córtex, todas as sensações passam à substância branca e, portanto, são conscientemente percebidas.
5.   O tálamo, por ordem do Espírito, pode desligar a chave do córtex. Os impulsos continuam chegando normalmente ao córtex, mas não passam para a substância branca. Por isso o perispírito não toma conhecimento dos impulsos.
6.   As mensagens do Espírito (encarnado ou desencarnado) chegam ao cérebro por intermédio da glândula pineal (ou epífise), e vão do corpo físico ao Espírito, conforme o processo acima, pela mesma via.


Na mediunidade, ao ligar-se, o espírito comunicante pode querer ocultar do médium o que se passa: desliga a chave do tálamo, e dá-se a mediunidade inconsciente, pois a comunicação passa diretamente pelo córtex para os nervos, exteriorizando-se em palavras faladas (psicofonia) ou escritas (psicografia). No entanto, uma disposição orgânica do médium pode causar essa mediunidade independente da vontade do Espírito Comunicante.

·       PLEXOS DO SISTEMA NERVOSO:


carotídeo e cavernoso
ligado ao simpático; suor nas mãos, aumento de sangue no coração, fenômenos visuais e auditivos
cervical e laríngeo
ligado ao sistema nervoso central; liga-se ao bulbo - deglutição, sucção, mastigação, saliva, vômito, tosse, espirros, fonação, lágrimas, piscar; centros automáticos: respiração, circulação do sangue, ritmo cardíaco, pressão sangüínea
braquial
espáduas, braços, antebraços, mãos
cardíaco
coração, aorta, artéria pulmonar, sensações de emoção, reflexos sobre todo o organismo
epigástrico ou solar
centro das emoções físicas que não têm ligação com o intelecto racional; reflexo no fígado, estômago, rins, olhos, cabeça e garganta
lombar
altura dos rins; atinge costas, nádegas e parte genital
sacro
abrange ânus, pênis, vísceras, nádegas; esgotamento físico e irritabilidade

 (Apostila do Curso de Educação Mediúnica - Ano II - Centro Espírita Ismael)
BIBLIOGRAFIA:
Moreira, H. G.      Biologia e Saúde
Pastorino, C. T.    Técnica da Mediunidade

22 de dezembro de 2011

Texto complementar de estudo - Mediunidade - Aspectos Gerais


MEDIUNIDADE - ASPECTOS GERAIS
 (Apostila do Curso de Educação Mediúnica - Ano II - Centro Espírita Ismael)
CONCEITO DE MEDIUNIDADE: Mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre os homens e os Espíritos. Não é um poder oculto que se desenvolve por meio de práticas rituais ou pelo poder misterioso de um iniciado ou de um guru. A mediunidade pertence ao campo da comunicação. Desenvolve-se naturalmente  nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cercam e nos afetam com as suas vibrações psíquicas e afetivas. Seu desenvolvimento é cíclico e se processa em forma de espiral (1).

MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS: A Mediunidade é uma só, é um todo, mas pode ser encarada em seus vários aspectos funcionais, que são caracterizados como formas variadas de sua manifestação. Kardec   dividiu-a, para efeito metodológico, em duas grandes áreas bem diferenciadas: a mediunidade de efeitos físicos e a mediunidade de  efeitos inteligentes (1). Dá-se o nome de manifestações físicas àquelas que se traduzem por efeitos sensíveis, tais como os barulhos, o movimento e o deslocamento dos corpos sólidos. Podem ser espontâneos ou provocados. Para que a manifestação seja inteligente é suficiente que prove um ato livre e voluntário, que exprima uma intenção ou responda a um pensamento (2).

RESUMO HISTÓRICO: A faculdade mediúnica, tanto a natural como a de prova, não é fenômeno recente, em que o Espiritismo encontra-se no ápice, mas ao contrário sempre existiu, desde os primórdios da existência do homem. Por meio dela os Espíritos diretores podem interferir na evolução do mundo, orientando-o, guiando-o, protegendo-o (3). O Professor J. H. Pires faz um estudo detalhado em seu livro “O Espírito e o Tempo”.

MEDIUNIDADE NATURAL E DE PROVA: A terminologia espírita adotada por Kardec é simples e precisa. Mas no tocante às duas áreas fundamentais dos fenômenos de efeitos inteligentes e físicos, seria necessário um acréscimo. Além da divisão fenomênica, tínhamos a divisão funcional. Possuímos, assim, duas áreas de função mediúnica, designadas como mediunidade generalizada e mediunato. A primeira corresponde à mediunidade que todos os seres humanos possuem, e a segunda corresponde à mediunidade de compromisso, ou seja, de médiuns investidos espiritualmente de poderes mediúnicos para finalidades específicas na encarnação. Correspondem à mediunidade estática e dinâmica na acepção de Crawford (1).

MEDIUNISMO E MEDIUNIDADE: A expressão mediunismo, criada por Emmanuel, designa as formas primitivas de mediunidade que fundamentam as crenças e religiões primitivas. A diferença entre mediunismo e mediunidade está na conscientização do problema mediúnico. A Mediunidade é o Mediunismo desenvolvido, racionalizado e submetido à reflexão religiosa e filosófica e às pesquisas científicas necessárias ao esclarecimento dos fenômenos,  sua natureza e suas leis (1).


BIBLIOGRAFIA:
(1)        Pires, J. H. Mediunidade, caps. I a IV.
(2)        Kardec, A. O Livro dos Médiuns, caps. II e III.
(3)        Armond, E. Mediunidade, cap. III.

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O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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Mensagem de Reflexão

"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

Livro Palavras De Vida Eterna - Francisco Xavier pelo espírito de Emmanuel



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