30 de novembro de 2011

Estudo Teórico-Prático da Doutrina Espírita - Unidade I - Deus

 Estudo Teórico-Prático da Doutrina Espírita
Unidade I
Introdução:
Toda doutrina tem os seus princípios básicos que vão fundamentando os demais princípios, em uma seqüência lógica.
Em se analisando os princípios da Doutrina Espírita, encontramos em primeiro lugar, o princípio da existência do Eterno Criador.
Ä Deus Criador:
Deus é o criador de tudo o que existe.
  • de todas as criaturas;
  • da Natureza;
  • do Universo, com todas as suas leis harmônicas.
Ä Definição de Deus:
Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, propõe, na primeira pergunta de "O Livro dos Espíritos" (primeira obra da codificação, editado em 1.857), uma questão direta sobre a Divindade: "Que é Deus ?" Cabe observar-se que Allan Kardec, intencionalmente, pergunta "Que é Deus?", ao invés de "Quem é Deus?", justamente para não induzir a uma personificação ou uma idéia antropomórfica, ou seja, que lembra o aspecto ou a forma de um homem. Perguntado "Que é Deus?", ele busca a sua essência. E a espiritualidade, nos proporciona a mais clara, sintética e precisa definição que conhecemos até hoje: "Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".
Ä Da Natureza Divina:
No atual estágio de evolução que se encontra o ser humano, não lhe é possível compreender a natureza íntima de Deus.
Conforme verificamos em "A Gênese" (quinta obra da codificação, editada em 1.868), cap. II, item 8, há as seguinte referências à natureza Divina:
"Não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Para compreendê-lo, ainda nos falta o sentido próprio, que só se adquire por meio da completa depuração do Espírito."
Ä Deus entendido como nosso Pai:
A idéia de Deus como sendo o nosso Pai, nos foi trazida por Jesus. Podemos encontrar em "A Gênese" (quinto livro da Codificação Espírita/1.868), no cap. I, item 23 essa referência: "A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte primária, de pedra angular de toda a sua doutrina, é o ponto de vista inteiramente novo sob que considera Ele a Divindade ... Um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia ... O Pai comum do gênero humano que estende a sua proteção por todos os seus filhos e os chama todos a si ...".
Encontramos ainda, no item 25: "Toda a doutrina do Cristo se funda no caráter que Ele atribui à Divindade. Como um Deus imparcial, soberanamente justo, bom e misericordioso, ele fez do amor de Deus e da caridade para com o próximo a condição indeclinável da salvação, dizendo: Amai a Deus sobre todas as coisas e o vosso próximo como a vós mesmos; nisto estão toda a lei e os profetas...".
Ä Atributos de Deus: Primeiro momento.
Na infância da Humanidade, confundiram os homens o Criador com as criaturas, cujas imperfeições lhe eram atribuídas. Mas, a medida em que o senso moral se desenvolver, terão os homens melhores condições de entender a essência das coisas e, como conseqüência, poderão fazer uma idéia mais justa da Divindade.
No momento atual, é importante que sintamos Deus como o nosso Pai Criador, soberanamente justo, bom e misericordioso.
Podemos de um modo geral, em um primeiro momento, elencar como atributos de Deus:
1.     AMOR – Como Pai, ama seus filhos providenciando para que a natureza possa prover nossas necessidades. Nos dá a inteligência para o nosso progresso.
2.     SABEDORIA - Leis sábias e justas que regem todas as relações, todas as coisas, todo o Universo.
3.     JUSTIÇA – Ele nos criou para progredirmos sempre. Ele nos concede pela Reencarnação (processo através do qual é concedido ao Espírito uma nova oportunidade de retornar a um novo corpo físico, especialmente preparado para ele) o ensejo de corrigirmos erros e imperfeições, de quitarmos débitos e continuarmos o aprendizado rumo à perfeição que é a nossa meta final.
Ä Atributos de Deus: Segundo momento.
Aprofundando um pouco mais a análise, e de acordo com a conceituação espírita, podemos elencar como atributos de Deus:
Deus é a suprema e soberana inteligência:
Antes de analisarmos este atributo de Deus, é importante compreender o significado de duas palavras:
Suprema - s. f. Superioridade; poder ou autoridade suprema; preponderância; proeminência; hegemonia; primazia. (De supremo.)
Soberana: 1. adj. Que ocupa o primeiro lugar; o mais elevado ou graduado em seu gênero; que se acha revestido de autoridade suprema; que exerce um poder supremo, sem restrição nem neutralização; absoluto; magnífico; supremo; (Do b. lat. superanu.)
Pela análise das palavras, já podemos ter uma idéia da inteligência Divina.
A inteligência do homem é limitada, pois que não pode fazer, nem compreender tudo o que existe.
A inteligência de Deus, abrangendo o infinito, é também infinita. Se a sua inteligência fosse limitada num ponto qualquer, poderíamos conceber outro ser mais inteligente, capaz de compreender e fazer o que o primeiro não faria e assim por diante.
Deus é eterno:
Devemos entender como eterno o que não teve princípio, nem terá fim.
Se Deus tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior e, nesse caso, esse ser é que seria Deus.
Deus é único:
A unicidade de Deus é conseqüência do fato de serem infinitas as suas perfeições. A ignorância deste atributo de Deus, foi o que gerou o politeísmo (crença em vários deuses), culto adotado pela maioria dos povos primitivos, que davam o atributo de divindade a todo poder que lhes parecia acima dos poderes inerentes à humanidade.
Deus é imutável:
Entendemos como imutável, o que não se altera.
Se Deus estivesse sujeito a mudanças/alterações, por influenciações outras, poderíamos supor que aquilo que o está influenciando, lhe poderia ser equiparado e, se assim fosse, a sua inteligência não seria suprema nem soberana. Além do que, se Deus estivesse sujeito a mudanças, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo.
Deus é imaterial:
Assim o podemos dizer porque a sua natureza difere de tudo o que "chamamos matéria". Se a sua natureza fosse material, ele estaria sujeito às próprias transformações da matéria (o que seria contraditório ao seu atributo de imutabilidade).
Deus não tem uma forma apreciável aos nossos sentidos, pois se assim fosse, seria matéria. No entanto, todos nós já ouvimos expressões do tipo "a mão de Deus", "os olhos de Deus", "o braço de Deus", etc. Nestes casos, é que o homem, ainda nada mais conhecendo além de si mesmo, toma a si próprio por termo de comparação para tudo o que não compreende. Logo, a imagem de Deus, representada pela figura de um ancião, de longas barbas brancas e envolto num manto, é uma concepção puramente humana, não correspondendo em nada com a sua real natureza.
Segundo "A Gênese", cap. II, item 12, esta imagem tem até o inconveniente de rebaixar o Ente Supremo até as mesquinhas proporções da Humanidade.
Deus é onipotente:
Mais uma vez, busquemos no dicionário a significação desta palavra:
Onipotente: 1. adj. 2 gên. Que tem poder ilimitado; Todo-Poderoso. (Do lat.omnipotente.)
2. s. m. Deus.
Se Deus não possuísse o poder supremo, sempre se poderia conceber uma entidade tanto ou mais poderosa do que Ele. Todo o poder está em Deus.
Deus é soberanamente justo e bom:
A providencial sabedoria das Leis Divinas, se revela das pequeninas, às maiores coisas.
A soberana bondade implica na soberana justiça, porquanto, todos os seres foram criados da mesma forma, não havendo parcialidade, nem tratamento diferenciado com relação a qualquer de suas criaturas.
Deus é infinitamente perfeito:
É impossível conceber-se Deus sem o infinito das perfeições, sem o que não seria Deus, pois sempre se poderia conceber um ser que possuísse o que lhe faltasse.
Sendo infinitos os atributos de Deus, não são suscetíveis nem de aumento, nem de diminuição.
Esses são os atributos principais, podendo, no entanto, ser mencionados ainda outros, porém como derivações ou já subentendidos nos anteriores.
Desta forma, temos que: Deus é Onisciente: - adj. 2 gên. Que tudo sabe; cujo saber é ilimitado; Deus é Onipresente: no sentido de que se encontra em todos os lugares, etc.
Em "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, na questão n.º 11, indaga: "Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?", a que os Espíritos responderam: "Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá."
Então, na própria idéia de Deus, com essência puramente espiritual, e na possibilidade de um dia chegar a vê-LO e compreendê-LO – quando se tornar Espírito puro e perfeito – está delineada para o homem, toda uma perspectiva de trabalho e de esperança: de degrau em degrau ele progredirá e, evoluindo espiritualmente, adquirirá novos e mais aperfeiçoados sentidos até conquistar um puro sentido espiritual que lhe permitirá por-se em relação com Deus, vendo-O, ouvindo-O e compreendendo-LHE a Divina Vontade.
Ä Provas da Existência de Deus:
No conjunto imenso de mundos e coisas que constituem o Universo, tal é a grandeza, a magnitude, e são tais a ordem e a harmonia, que, tudo isso, pairando infinitamente acima da capacidade do homem, só pode atribuir-se à Onipotência criadora de um Ser Supremamente inteligente e sábio, Criador necessário de tudo que existe.
Deus, porém, não pode ser percebido pelo homem em sua divina essência. Mesmo depois de desencarnado, dispondo de faculdades perceptivas menos materiais, não pode ainda a espírito imperfeito perceber totalmente a natureza divina.
Pode, entretanto o homem, ainda no estágio de relativa inferioridade em que se encontra, ter convincentes provas de que Deus existe, mas advindas por dois outros caminhos, que transcendem aos dois sentidos: o da razão e o do sentimento.
Racionalmente, não é possível admitir um efeito sem causa. Olhando o Universo imenso, a extensão infinita do espaço, a ordem e harmonia a que obedece a marcha dos mundos inumeráveis; olhando ainda os seres da natureza, os minerais com suas admiráveis formas cristalinas, o reino vegetal em sua exuberância, a fragrância das flores, a variedade quase infinita de plantas, o reino animal em toda a sua beleza; sondando também o mundo microscópio com incontáveis formas unicelulares. Toda essa imensidão, profusão e beleza nos obriga a crer em Deus, como causa necessária. Mas se preferirmos contemplar apenas o que é o nosso próprio corpo, quanta harmonia também divisaremos na nossa roupagem física, nas funções que se exercem à revelia de nossa vontade num ritmo perfeito. Nas maravilhas que são os nosso sentidos. Toda essa perfeição, a harmonia da natureza humana e do mundo exterior ao homem, só pode ser criação de um Ser Supremamente inteligente e sábio, o qual chamamos Deus.
No entanto, é pelo sentimento, mais do que pelo raciocínio, que o homem pode compreender a existência de Deus. Há no homem, desde o mais primitivo até o mais civilizado, a idéia inata da existência de Deus.
A Doutrina Espírita, tem na existência de Deus o princípio maior e Ele se encontra por isso mesmo, na base da Doutrina.
Encontramos em "O Livro dos Espíritos", nas questões 04 à 09, o subtítulo "Provas da existência de Deus".
A questão n.º 04 é muito esclarecedora: "Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus? – a que a espiritualidade responde: "Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.
E complementa Kardec à título de observação, com relação a essa questão: "Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.
León Dennis, no seu Livro "Depois da Morte", no capítulo que trata do Universo e Deus, nos relata:
"O telescópio sonda os céus, em parte alguma do Universo encontra limites; sempre mundos sucedendo a mundos, e sóis a sóis; sempre legiões de astros multiplicando-se, a ponto de se confundirem em poeira brilhante nos abismos infindáveis do espaço ..."
"E o corpo humano não é uma laboratório vivo, um instrumento cujo mecanismo chega à perfeição? ..."
"O espetáculo da Natureza, o aspecto dos céus, das montanhas, dos mares, apresentam ao nosso espírito a idéia de um Deus oculto no Universo ..."
"A razão, igualmente nos fala de Deus. Os sentidos fazem-nos conhecer o mundo material, o mundo dos efeitos: a razão revela-nos o mundo das causas ..."
"Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras ..."
E, no Livro "A Gênese", Cap. II – Deus, nos é ensinado que:
"A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos."
Ä A Providência Divina:
Providência é a suprema sabedoria com que Deus conduz todas as criaturas.
Providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais ínfimas. É nisto que consiste a ação providencial.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do alto da imensidade. As nossas preces, para que Ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele.
Examinemos esta questão através de um modo figurado:
A natureza inteira está mergulhada no fluido Divino, logo tudo e todos estamos imersos nesse fluido. O ser, por mais ínfimo que seja, está saturado desse fluido Divino. Achamo-nos então, desta forma, constantemente, na presença da Divindade; nenhuma de nossas ações foge ao seu conhecimento; o nosso pensamento está em contato ininterrupto com o seu pensamento, havendo pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos sentimentos no nosso coração.
Por isso é que dizemos que Deus está em toda parte, na Natureza, em todos os lugares. Assim como o Espírito está em todas as partes do corpo – todas as células do corpo estão em contato com o ser espiritual, todos os elementos da criação, se acham em relação constante com Ele.
Um membro se agita: o Espírito o sente; uma criatura pensa: Deus o sabe. As diferentes criações, as diferentes criaturas se agitam, pensam, agem diversamente: Deus sabe o que se passa e assina a cada um o que lhe diz respeito.
A ação de Deus de desvela no Universo, tanto no mundo físico quanto no mundo moral e não há um único ser que não seja objeto de sua solicitude.
Ä O Infinito e o Espaço Universal:
O Universo abrange a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço, assim como os fluidos que o preenchem. O espaço universal é infinito e nele não existe o vácuo.
Em "O Livro dos Espíritos", questão n.º 35 é indagado à Espiritualidade se o espaço universal é infinito ou limitado, ao que Eles respondem: "Infinito. Supõe-no limitado: que haverá para lá de seus limites? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina esfera em que voz achais que podereis compreendê-lo."
Por esta resposta, está bem claro que o espaço é Infinito. Que se deve, entretanto, entender por infinito? Disseram-nos também os Espíritos, na resposta à pergunta n.º 02 de "O Livro dos Espíritos" – "O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo que é desconhecido é infinito".
E, em seqüência, na questão n.º 03 é perguntado à Espiritualidade se poder-se-ia dizer que Deus é infinito, ao que Eles respondem: "Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens". A esta questão, acrescenta Kardec em comentário próprio: "Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não o está mais do que a primeira."
Fechando o subtítulo do espaço universal, a questão n. 36 de "O Livro dos Espíritos" esclarece que não existe o vácuo, pois o que parece vazio está na realidade ocupado por matéria, porém essa matéria nos escapa dos sentidos e dos instrumentos.
Ä Materialismo e Panteísmo:
Apesar de todas as razões que levam convictamente à crença de que Deus Existe, como causa transcendente necessária do Universo, com os atributos de suprema inteligência, onipotência, bondade e justiça perfeitas, e infinito em todas as suas perfeições, há homens, e sempre os houve, que negam a Divina existência. O seu ateísmo disfarçado ou sincero, mas que é sempre conseqüência da arrogância, da presunção e do orgulho, leva-os a negar a existência de todo Espírito no Universo, tanto o Espírito Divino como o que em si mesmo existe e é sede da própria inteligência e da consciência de cada um; isto é, negam a existência da alma humana como individualidade independente da matéria corporal e a ela sobrevivente, considerando-a apenas como resultante da organização cerebral altamente evoluída do "Homo Sapiens".
Materialismo:
É a doutrina filosófica segundo a qual não existe essencialmente no Universo coisa alguma além da matéria, quer como causa, quer como efeito. Implica um sistema dos mundos em que o fundamento único é a matéria, incriada e eterna, isto é, existente por si mesma, necessária e suficiente, sem interferência alguma de Deus.
O Materialismo como doutrina, ensino ou escola, nasce, praticamente, com Tales de Mileto, na antiga Grécia, por volta do Século VI a. C.
No longo período que constituí a Idade Média, o materialismo foi sofrendo algumas alterações, porém sempre rejeitando a idéia de um Criador supremo para todas as coisas.
Panteísmo:
Segundo essa Doutrina, entre os quais avulta a mentalidade vigorosa de Spinozza, Deus, sendo embora o Ser supremo, não é, entretanto, um ser distinto, pois consideram-no resultante da reunião de todas as forças, todas as inteligências de Universo.
Sente-se desde logo, a inconsistência de uma tal doutrina que, se verdadeira, derrogaria os mais necessários dos atributos de Deus: ser eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom .
Comenta Allan Kardec com relação a esta doutrina, que ela faz de Deus um ser material, sujeito a todas as vicissitudes e necessidades da humanidade; faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. Acrescenta ainda, que não podemos aliar as propriedades da matéria à idéia de Deus. Essa Doutrina confunde o Criador com a criatura, exatamente como o faria quem pretendesse que engenhosa máquina fosse parte integrante do mecânico que a imaginou ou a construiu.
A inteligência de Deus se revela em suas obras como a de um pintor no seu quadro; mas, as obras de Deus não são o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.
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Bibliografia
O Livro dos Espíritos – Parte Primeira – Das Causas Primárias – Perguntas 01 à 16; 50 à 51;
A Gênese – Cap. I, 10 à 16; 20; 24. Cap. II itens 1 à 7; 8 à 19;
O Grande Enigma – Ação de Deus no Mundo e na História; Necessidade da idéia de Deus; Notas complementares – Léon Denis.
Deus na Natureza – Camille Flammarion.
Depois da Morte – Livre-arbítrio e providência – Léon Denis.
Estudos Espíritas – Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito de Joanna de Ângelis – Cap. I, p. 17 à 23.
O Céu e o Inferno – Doutrina das penas eternas – Parte I, cap. VI, itens 10 à 16
Obras Póstumas – Deus - Parte I, item 2.

29 de novembro de 2011

Livro Caravana de Luz - Cap.I - DESENHOS E AFIRMATIVAS PREMONITÓRIAS


DESENHOS  E  AFIRMATIVAS  PREMONITÓRIAS
(Marcelo Antonio La Serra)

A desencarnação prematura do jovem Marcelo Antonio foi predita por ele mesmo, em muitas ocasiões, anos antes do fato.
Seus pais nunca valorizaram as palavras dele, nesse sentido, e só agora, após o acidente fatal de moto, vitimando Marcelo aos 16 anos, é que eles fazem, atendendo nosso pedido, uma análise retrospectiva da questão:
            1. Ele sempre dizia que até 18 anos estaria morto, chegando a afirmar 4 vezes, em épocas diferentes: "Com 18 anos já estarei enterrado."
2. Poucos meses antes do acidente, tirou o valor de sua Poupança para enfeitar a moto, alegando: "Quero aproveitar hoje. Amanhã não sei..."
3. Criador de pássaros desde 7 anos de idade, época em que se inscreveu na Associação de Canários, Marcelo afirmou pouco tempo antes do acidente, para surpresa da família: "Eu vou dar os meus pássaros para papai.”
4. Na festa de aniversário da priminha Karen, um mês antes do acidente, ao ser repreendido pela sua mãe por tomar cerveja com o tio Romualdo, Marcelo exclamou: "Tio, vamos beber porque vamos morrer mesmo!" Romualdo La Serra desencarnou em Campinas, SP, a 16 de julho de 1983, de acidente vascular cerebral, dois dias após o passamento do sobrinho.

A motivação desta análise nasceu do encontro de dois desenhos, feitos por Marcelo, num caderno escolar, provavelmente pouco tempo antes de sua desencarnação. Encontrados por sua mãe, meses após o grave acidente de moto, eles caracterizam clara premonição, pois mostram duas urnas funerárias com os respectivos nomes de Marcelo e de seu tio Romualdo.
Tal interpretação, feita pelos próprios pais, foi plenamente confirmada pelo Espírito de Marcelo, ao redigir sua segunda carta mediúnica, pela psicografia de Chico Xavier, aos familiares queridos.
Como vemos, o jovem motoqueiro foi beneficiado pela Misericórdia Divina, ao receber a bênção de pressentimentos corretos e valiosos, que também auxiliaram os progenitores, preparando seus corações para tudo aquilo que estava programado pelo Mais Alto, que é sempre o melhor para nós, com vistas à Evolução Espiritual.

Eis as elucidativas cartas de Marcelo:

Mãezinha Enide e querido papai Udine, não esperem uma cantiga de lamentações. Tudo se passou naturalmente.
A moto e eu não tivemos tanta sorte como de outras vezes e a minha perícia enfim furada. Foi só isso.
Choque de cabeça, queda, contusões, escoriações e outros contratempos ficaram no corpo que um dia, afinal de contas, atingiria a própria limitação.
Decerto, que eu queria viver, mas isso não conta; nunca se faz tudo quanto se quer. Embora as minhas gabolices de menino, aprendi isso tudo muito cedo. E, por isso me adaptei.
Podem dizer ao Udine Júnior que não há motivos para receios e frustrações. Estou vivo, talvez mais vivo do que aí. Por isso, não desejo ver meu irmão e meu companheiro exposto a crises de nervosismo que eu, por mim próprio, nunca soube o que seja.
Imagino-me em casa, sempre para chegar a cada noite, mais corajoso e mais feliz, para abraçar as obrigações nossas.
E peço, mãe, para que ninguém culpe a moto, que sempre fez o que eu quis. É uma ingratidão ouvir tanta gente reprovando um veículo precioso, sem a menor idéia de lhe enumerarem os seus benefícios.
Vim para cá, para a Vida Espiritual, como um estudante se afasta, simplesmente porque recebera a papeleta de saída, assim como anotação de colégio para que a gente regresse a casa.
Não estou muito bem, porque cheguei sem nenhuma preparação, mas também não estou mal, porque não me faltam bons amigos para o desdobramento do trabalho que é nosso.
Planos ainda não tenho, porque não sei o que há esperando por mim, e não me apresso a tomar conhecimento disso. Os Instrutores sabem o que se fará, assim como sucedem aos capitães de barcos que conhecem as minúcias da rota de embarcação que comandam, enquanto resta aos marinheiros a satisfação de cumprirem os encargos recebidos.
De qualquer modo, estejam todos certos na família, especialmente as minhas irmãs, de que estive aí a curto prazo e que prossigo desejando ser honesto com os encargos que assumo.
Não queria escrever-lhes uma carta de lágrimas. Choro por choro, já tivemos o maior no dia em que a gente se despediu, e os choros menores devem ser extintos no nascedouro, para que a paz nos acompanhe na união geral, que será o maior acontecimento para o futuro.
Esperemos o melhor, fazendo da vida um cântico à grandeza de Deus, que tudo nos concede em tamanho-família: sol transbordante, chuvas quase de incalculável dimensão, mar grande e variado, rios imensos, árvores que resistem a todas as espoliações para se nos mostrarem na condição de escravas de nossos desejos. Digo isso para que ninguém me venha falar de crise.
Deus é bondade perfeita; de nossa parte, somos maus receptores, porque a nossa inércia no mundo não nos consente os grandes saques honestos de forças da natureza. Respiramos o mínimo de ar, quando nos seria lícito sorver os manjares aéreos a longos haustos.
E assim vamos vendo. Bastar-nos-á querer e com algum trabalho, para não cairmos na moleza total, pois Deus já nos concede o super-suficiente para sermos felizes.
Queridos pais, é só isso. Penso, porém, que minhas pobres palavras, servirão para qualquer um.
Dizem-me que devo encerrar estar carta, o que faço agora, desejando a todos muita saúde e felicidade. Um grande abraço de filho, irmão, companheiro e colega, sempre grato

Marcelo Antônio.

Notas e Identificações

1 - Carta psicografada pelo médium Francisco C. Xavier, em reunião pública do GEP, Uberaba, MG, a 6/4/1984.
2 - Mãezinha Enide e papai Udine – Udine la Serra e Enide Loureiro La Serra, residentes em Campinas, SP, à Avenida Monte Castelo, n.º10, Bairro Jardim Proença.
3- nunca se faz tudo quanto se quer. Embora as minhas gabolices de menino, aprendi isso tudo muito cedo. E, por isso me adaptei. – Segundo seus pais, Marcelo Antônio sempre revelou-se um "espírito maduro”, muito compreensivo, pois "tudo estava bem para ele".
4 - Udine Júnior – Udine La Serra Júnior, irmão.
5 - Vim para cá, para a Vida Espiritual, (...Ì simplesmente porque recebera a papeleta de saída (...) estive aí a curto prazo – Trechos que confirmam suas premonições quando em vida material.
6 - Minhas irmãs – Márcia e Andréa.
7 - Respiramos o mínimo de ar, quando nos seria lícito sorver os manjares aéreos a longos haustos. – É oportuno lembrar que André Luiz também nos alerta sobre o valor do ar livre, em algumas de suas obras, tais como: Conduta Espírita, W. Vieira, FEB, Caps. 32 e 34; Os Mensageiros, F. C. Xavier, FEB, Cap. 41; Obreiros da Vida Eterna, F. C. Xavier, FEB, Cap. 5.
8 - Marcelo Antônio – Marcelo Antônio La Serra, nascido a 4/3/1967, desencarnou a 14/7/1983, em acidente de moto, na cidade de Campinas, SP. Cursava a 7a. série do Supletivo, no Ateneu Paulista.

Segunda Carta

Querida mãezinha Enide e querido papai Udine, peço-lhes a bênção.
Quero dizer-lhes que a vovó Maria Dorigon vem me auxiliando como preciso e já me uni ao tio Romualdo para enfrentarmos, juntos, o caminho que nos aguardava efetivamente.
E os meus desenhos nasciam de minhas intuições que eu mesmo não sabia compreender; sentia, sem querer, que o tio Romualdo e eu estávamos renteando com a desencarnação; por isso é que tentei aquelas figuras que ficaram em meus cadernos.
A moto nada teve com isso, porque a minha máquina não se introduziria em meus pensamentos.
Aí está porque vão encontrando, aos poucos, os meus desenhos quase infantis, desenhos que me exteriorizavam as preocupações.
Muitas lembranças ao nosso Udine Júnior e às queridas irmãs Márcia e Andréa.
Para os meus queridos pais Udine e Enide, todo o coração do filho sempre grato,

Marcelo.

Nota e Identificação

9- Psicografia de. F. C. Xavier, em reunião pública do GEP, Uberaba, a 13/10/1984.
10 - Vovó Maria Dorigon – Bisavó materna, desencarnada em Campinas, SP, a 21/7/1971.

Do livro “Caravanas de Amor”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier,
Espíritos Diversos e Hércio Marcos C. Arantes


27 de novembro de 2011

Texto - Lei de Conservação e Lei de Destruição


LEI DA CONSERVAÇÃO E LEI DE DESTRUIÇÃO

A LEI DA CONSERVAÇÃO

INSTINTO DE CONSERVAÇÃO: como a vida é necessária ao aprimoramento dos seres, o instinto repousa na Lei da Natureza, sendo mecânico para uns (irracionais) e racional para outros (homens).

MEIOS DE CONSERVAÇÃO: como tudo o que Deus faz é perfeito, a Terra permite que o homem, nela, produza os bens de suas necessidades. Assim, o homem imprevidente, preguiçoso ou destruidor não pode acusar a Natureza pela seca, chuva em excesso, ou pelo estrago que ele próprio faz. “Busca e achareis” e “a cada um segundo suas obras” — ensinou Jesus. Os bens da Terra são tudo quanto o homem possa gozar, mas sem suar do egoísmo. Os vícios terrenos são dos homens e não da Natureza, que é perfeita.

ATRAÇÃO DOS BENS DA TERRA: ensinam os Espíritos: existe atrativo para as coisas terrenas, para testar o homem. Mesmo quando os meios de subsistência não dependem do homem, tem ele aí uma prova a que deve submeter-se perante a Natureza. e submeter-se à vontade de Deus é crescer espiritualmente. Os excessos do homem o coloca abaixo dos animais. As provações fazem o homem crescer, intelectual e moralmente. Veja-se que muitos dos nossos antepassados morreram de simples gripe. Foi pelo sofrimento que o homem buscou e achou cura para a tuberculose, malária, sífilis,, o sarampo, febre amarela  e tantos males. Veja-se a poliomelite que, até pouco tempo, fazia muitos deficientes; hoje, com vacina Sabin, tem-se a sua erradicação. Foi a dor que ensinou o homem à busca.

MORTE FÍSICA E MORTE MORAL: perdendo-se nos excessos, a pretexto de gozar a vida, o homem aproxima-se da morte física e da morte moral, ao mesmo tempo. O Livro dos Espíritos, Q. 714-A, diz: “Os animais limitam-se à satisfação de suas necessidades. O homem abdica da razão que Deus lhe deu e se excede. As doenças, a decadência, a morte mesmo, que são conseqüência do abuso, são a punição da transgressão da Lei de Deus”. Os vícios da sociedade vêm da ambição e do orgulho.

NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO: a Natureza não põe limites ao homem; espera que ele, pelo seu livre-arbítrio, saiba o que é necessário, de acordo com a razão. Se ele quer o supérfluo, sabe que isso faz falta a outros. “Os que vivem às custas das privações alheias exploram os benefícios da civilização em proveito próprio”. (L. E., Q. 717). Onde está neles a Lei de Caridade? E o amor ao próximo?

PRIVAÇÕES E MORTIFICAÇÕES: as privações do homem só têm importância para Deus, se forem benéficas aos outros; também as privações de prazeres inúteis são meritórias. A procura do bem-estar é direito do homem, pelo seu esforço, mas sem prejuízo ao semelhante. Não alimentar-se e sofrer, deliberadamente, sem auxiliar o semelhante, é inútil perante Deus; não se serve à elevação do Espírito.

A LEI DE DESTRUIÇÃO

DESTRUIÇÃO NECESSÁRIA E ABUSIVA: o que chamamos de destruição é apenas transformação, com o objetivo de renovação e melhoramento dos seres. Não se deve destruir o ser antes do tempo. “O homem deve procurar prolongar sua vida para cumprir sua tarefa”. (L. E., Q. 730). Os agentes destruidores naturais servem como elementos de equilíbrio da Natureza. Quando o homem destrói além das necessidades de alimentação e segurança, supera o animal e armazena débitos morais e, assim, estaciona a sua evolução espiritual. Pela imprecaução e vaidade.

FLAGELHOS E GUERRAS: os flagelos (fome, peste, intempéries, inundações fatais) são acertos da Natureza e servem como avisos aos homens (previdência e aperfeiçoamento). As guerras, por ambição ou por falta de compreensão da Lei de Deus, destinam-se ao progresso do homem atrasado moralmente (pela dor); os culpados pelas guerras necessitarão de várias encarnações para expiarem suas faltas.

ASSASSÍNIO, CRUELDADE, DUELO E PENA DE MORTE: MATAR ALGUÉM é atentar contra a Lei Natural; praticar a crueldade é próprio dos Espíritos atrasados; o duelo é homicídio ou suicídio: fere a Lei de Deus; a pena da morte representa a involução da sociedade-Estado, é a volta ao “dente por dente - olho por olho”.

 (Parte integrante da apostila do Curso básico de Educação Mediúnica – Ano I – Centro Espírita Ismael)

26 de novembro de 2011

PRECE HABILITAÇÃO ESPIRITUAL


Humildade


HUMILDADE

 A humildade é sentimento sublime, que se faz pleno quando a pessoa não percebe a sutileza de sua existência em seus atos e atitudes, quando alguém se entrega a servir sem esperar recompensa ou tão pouco reconhecimento.
A humildade verdadeira consiste em atender aos chamados de Deus, socorrer o aflito, amparar o necessitado, auxiliar os enfermos e em trabalhar no bem sem ostentar sua condição ou desejar ser notado.
É fugir dos holofotes do envaidecimento e dos aplausos calorosos e festivos dos desejosos em ver-nos quedar pelas armadilhas da imprudência. É seguir os ensinos do Cristo e não se achar detentor da razão ou tornar-se perseguidor dos que não compactuam do mesmo entendimento.
A humildade esta vigente na natureza, basta que analisemos o rio que surge tímido pelas encostas rochosas, iniciando sua jornada com pequenas gotas que aos poucos vão se acumulando em estreito e franzino filete de água.
À medida que avança esperançoso em chegar ao destino e unir-se na imensidão do oceano, não percebe a grandeza de sua jornada ao transpor cada obstáculo e percorrer o caminho que o cinge e contorna.
Aquela pequena quantidade de água vai a cada movimento ganhando mais volume e força, e com isto passa a nutrir a terra que o margeia e que outrora se encontrava seca e infértil, fazendo abrolhar as sementes que se encontravam latentes e necessitavam da umidade da terra para aflorarem e desabrocharem em nova vida através das flores, da diversidade de plantas e das árvores frondosas que surgem pelo seu contorno.
Atendendo ao convite do Criador em perseverar sua jornada, o riacho persistente vence todos os obstáculos e supre a necessidade das criaturas em alimentarem-se e dessedentarem-se para continuarem a marcha da conservação e o ciclo da renovação.
Pássaros fazem ninhos em galhos altos e seguros de uma árvore que pôde crescer e fortificar graças à visita singela das águas do benfazejo riacho que tornou a terra profícua.
A transformação da paisagem pelo entorno do rio torna o local em singela paragem verdejante onde as belas árvores servem de abrigo para pequenos roedores, ofertando uma multiplicidade galhos e ramos para a reprodução de aves, para que seus ovos possam eclodir e apresentar seus filhotes ainda frágeis, informando a chegada de novas criaturas e assim perpetuando as espécies e assegurando a existência da próxima geração.
Frutos desenvolvem e amadurecem servindo de alimento aos animais, tornando-os fortes e dando-lhes condições de preservar sua prole. Alguns frutos maduros caem por terra, onde novas sementes se desenvolvem e continuam o ciclo da vida.
Flores crescem, embelezando e contornando as margens do rio, perfumam o ar convidando abelhas a se deliciarem do néctar e servem de alimentos para as pequenas lagartas aparentemente feias e grotescas aos olhos de muitos, mas à medida que se alimentam de forma voraz, seguem sua evolução, buscando a transformação de seu corpo rastejante em crisálida e posteriormente ao eclodirem tornam-se belas e majestosas borboletas que esvoaçam pelo ar em um lindo festival de cores e movimentos.
Sem notar tamanha modificação no ambiente o doce riacho continua sua jornada, sempre buscando transpor de forma harmoniosa os obstáculos que surgem. Este mesmo riacho serve para dessedentar os viajores que cinjam seu caminho. Levando esperança aos homens em suas lavouras e movimentando as rodas do progresso. Tornam terras produtivas e plantações fartas.
O rio segue seu destino de forma humilde, não entendendo sua importância no mundo, mas com certeza consolidando o desígnio de Deus em servir sem ostentar.
Humildade é tornar-se campo fértil para a perpetuação do amor, e para que o terreno se torne apto para receber as sementes da sublimação, é necessário que o mesmo seja arado, trabalhado, modificado e então preparado para essa sublime tarefa.
Servir sem ostentar, saber que os bens que recebe pelo percurso da existência, são ferramentas de trabalho e não prêmios e gratificações, para serem observados com egolatria ou vaidade.
Humildade é servir aos propósitos do Criador, sem utilizar dos obstáculos como escusas para a inercia ou para a estagnação, mas para consolidar que a tarefa consiste em servir e não em ser servido.
Façamos como o rio, ele não se limita em sua nascente, ele percorre grande distancia e auxilia a todos, sem perceber e sem ansiar ser reconhecido por isso.
(Mensagem ditada pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, psicografia de Alessandro Micussi)

24 de novembro de 2011

Texto - Lei de Reprodução


LEI DE REPRODUÇÃO

REPRODUÇÃO E ALGUNS DE SEUS SIGNIFICADOS: Reprodução é o mesmo que multiplicação, repetição, renovação, transformação. Assim, reproduzir-se é o mesmo que multiplicar-se; especialmente, animais e vegetais multiplicam-se. Quando ouvimos o “crescei e multiplicai-vos, temos a idéia correta do que isso significa: crescer física e espiritualmente e multiplicar em número e em conhecimento. A transformação progressiva das espécies dá o sentido primário de reprodução; mas esta, como Lei Natural, pode ser traduzida pelo verbo propagar-se, no sentido de fazer crescer a idéia e o pensamento, ou pelo verbo renovar-se, pela transformação física e espiritual.

O HOMEM E SUA VISÃO DA NATUREZA: acostumado ao contato imediato e às satisfações da matéria, e analisando as coisas apenas pela afetação dos sentidos (tato, gosto, olfato, audição, visão), O HOMEM “SÓ VÊ UM ÂNGULO DA NATUREZA E NÃO LHE PODE JULGAR A HARMONIA DO CONJUNTO”. É muito estreita a visão do ser humano, em relação às leis da Natureza. Só os que perseveram em busca do conhecimento de Deus poderão aproximar-se das verdades imutáveis, descobrindo o porquê das coisas.

REPRODUÇÃO DA POPULAÇÃO DO GLOBO: ensinam os Espíritos (e é de conhecimento até dos materialistas) que a REPRODUÇÃO DOS SERES VIVOS É UMA LEI NATURAL, PORQUE SEM ISSO O MUNDO CORPÓREO PERECERIA. Mesmo assim, por estarmos diante de uma Lei de Deus (imutável), a população da Terra jamais se tornará excessiva, pois a própria Natureza se encarrega de manter o equilíbrio necessário. OBSERVAÇÃO DO PROF. HERCULANO PIRES: “Na proporção em que cresce a população, a Ciência e a técnica aumentam as possibilidades de produção e de aproveitamento de regiões inabitadas”. ENQUANTO O HOMEM DESTRÓI DE UM LADO, INÚMEROS OUTROS ESTUDAM, PESQUISAM E TRABALHAM NA CRIAÇÃO DE PROCESSOS PARA A MANUTENÇÃO DO BEM-ESTAR E DO PROGRESSO DA HUMANIDADE.

APERFEIÇOAMENTO DAS RAÇAS: do ponto de vista do Espiritismo, fundamentado na REENCARNAÇÃO (que se acha inserida na Lei da Natureza, pela soberana Justiça de Deus), embora com certeza de que as raças humanas, por um processo de sucessão, desaparecerão e darão lugar a outras raças, mais aperfeiçoadas, OS ESPÍRITOS DOS HOMENS SÃO OS MESMOS, EM CONSTANTE APERFEIÇOAMENTO DE NOVOS CORPOS. NINGUÉM TEM DÚVIDA DE QUE OS CIVILIZADOS DE HOJE “SÃO DESCENDENTES DE SERES BRUTOS E SELVAGENS DOS TEMPOS PRIMITIVOS”. NA questão n.º 691, de O Livro dos Espíritos, de Kardec, verifica-se que, embora A ORIGEM DAS RAÇAS PERCA-SE ATRAVÉS DOS TEMPOS, ELAS FAZEM PARTE DA GRANDE FAMÍLIA HUMANA E, ASSIM, QUALQUER QUE SEJA O TRONCO ANCESTRAL, SEMPRE PUDERAM MESCLAR-SE E FORMAR NOVOS TIPOS. Do ponto de vista físico,, nas raças primitivas imperava a força bruta, em prejuízo do intelecto. Atualmente, também cumprindo-se uma Lei Natural (Lei do Progresso), o homem faz muito mais com a inteligência do que com a força bruta. “ED, NO ENTANTO, FAZ CEM VEZES MAIS — provam os Espíritos —, PORQUE COLOCOU A SEU SERVIÇO FORÇAS DA NATUREZA, O QUE NÃO FAZEM OS ANIMAIS”.

OBSTÁCULOS DO HOMEM À REPRODUÇÃO: TUDO O QUE O HOMEM FIZER E QUE POSSA IMPEDIR A MARCHA DA NATUREZA, SEM DÚVIDA, REVERTERÁ EM SEU PRÓPRIO PREJUÍZO. Assim, mesmo quando o homem tiver que, por exemplo, extinguir uma praga que afeta a lavoura ou destruir larvas que ponham em risco a saúde humana, deverá fazê-lo com inteligência, para não desequilibrar a Natureza. Esta é sábia: a águia come a cobra; a cobra come o rato; o rato come o inseto etc., de forma equilibrada. O HOMEM DEVE USAR O SEU PODER PARA O BEM. POR ISSO, DEMONSTRAM OS ECOLOGISTAS QUE A MATANÇA INDISCRIMINADA DE CERTOS ANIMAIS OFERECE RISCOS PARA A VIDA DO HOMEM.

REPRODUÇÃO, CASAMENTO, CELIBATO E POLIGAMIA: o casamento é meio de progresso para o homem; sem ele, o homem voltaria à vida animal. O casamento indissolúvel é lei do homem; a sua permanência ocorre pela união com amor (que é Lei Natural). O casamento é também união para procriação, para reprodução, para evolução moral. O celibato (não casar) contraria a Lei Natural; só é válido para Deus, como sacrifício meritório. A poligamia é um costume e não vem do instinto; foge à Lei Natural, porque ao homem é dado controlar-se: ele tem o livre-arbítrio.

(Parte integrante da Apostila do Curso Básico de Educação Mediúnica - Ano I – Centro Ismael)

23 de novembro de 2011

Texto - Lei do Trabalho


LEI DO TRABALHO

NECESSIDADE DO TRABALHO COMO LEI DA NATUREZA: já aprendemos que a Lei da Natureza, ou Lei Natural, ou Lei Divina, ou Lei de Deus, é aquela que não depende da vontade do homem para a sua existência. Assim, as satisfações das necessidades do homem, sejam eles brutos ou ignorantes, sejam inteligentes ou cultos, pobres ou ricos, somente se realizam pelo trabalho de alguém ou da própria Natureza. A grandeza moral do trabalho está em cada um vivendo pelo seu próprio esforço braçal ou intelectual. O trabalho é uma Lei Natural, imutável, como Deus a fez.

O TRABALHO NOS DOIS PLANOS DA VIDA — MATERIAL E ESPIRITUAL: quando, na Questão 675, de O Livro dos Espíritos, se pergunta se devemos entender por trabalho apenas as ocupações materiais, o Plano Espiritual responde: “Não; o Espírito também trabalha, como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho”. Desta forma, materialmente, tanto trabalha o pescador, como o mecânico, ou o aviador, ou o motorista, ou o padeiro, ou o lavrador, ou a dona-de-casa (cuidando do lar e preparando alimento para a família). Entretanto, no plano espiritual, por trás de cada ato nosso, há o trabalho dos Espíritos, trazendo luz e inspiração. As grandes e pequenas obras do intelecto (que não decorrem da matéria-prima física) — inventos, descobertas, grandes livros que mudaram o curso da História — são emanados do Espírito, são trabalhos realizados na esfera da ação espiritual.

FINALIDADE DO TRABALHO IMPOSTO AO HOMEM: sendo o trabalho uma exigência da Natureza, verificando-se que até os animais irracionais trabalham para o seu sustento (conservação) e para o próprio equilíbrio natural (para o renovar das espécies), devemos aprender que, para o homem o “trabalho é conseqüência de sua natureza corpórea: serve como expiação de débitos passados, assim como para a conservação de seu corpo, e também como meio de aperfeiçoar a inteligência, pelo aprendizado, desenvolvendo seu pensamento. Mesmo aquele que possui bens suficientes para viver sem “verter o suor de seu corpo”, sem dúvida, tem o dever moral de ser útil ao semelhante e, fazendo-o, cumpre a Lei Natural do Trabalho.

LIMITE DO TRABALHO E NECESSIDADE DO REPOUSO: ensinam os Espíritos que, também fazendo parte da Lei da Natureza, “o repouso serve para reparar as forças do corpo, e é necessário para deixar um pouco mais de liberdade à inteligência, que deve elevar-se acima da matéria”. Mostram, ainda, os Espírito que “o limite do trabalho é o limite das forças; não obstante, Deus dá liberdade ao homem”.

EXPLORAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM NO TRABALHO: a consciência ponderada do ser humano espiritualizado, mais evoluído, repele a exploração do homem pelo homem, pela ganância, pelo egoísmo, pelo prazer; repele até a exploração excessiva dos animais, levando-os à exaustão. Aprende-se com os Espíritos que é ação maléfica (contrária à Lei de Deus) a do homem que tem poder e, por isso, impõe excesso de trabalho aos seus inferiores.

O TRABALHO PARA UM MATERIALISTA E UM SANTO DA IGREJA: segundo Karl Marx, filósofo materialista, o homem, com o seu trabalho, sua ação sobre a Natureza, transforma esta e também a si mesmo. (Não teria sido inspirado pelos Espíritos?). Para Santo Agostinho, grande filósofo da Igreja, Espírito de alta hierarquia, o trabalho desenvolve no homem, e uma só vez, as qualidades do coração e as da inteligência.
(Parte integrante da apostila “Curso Básico Educação Mediúnica” - Centro Espírita Ismael)

17 de novembro de 2011

Texto - Prece


PRECE

SIGNIFICADO DA PRECE: espiritualmente, é a prece uma súplica, feita com fé e sinceridade, que leva o ser humano a aproximar-se de DEUS.

AS CONDIÇÕES DA PRECE: encontram-se nos Livros de Mateus, VI, 5 a 8, Marcos, XI, 25, 26, e Lucas, XVIII, 9 a 14, as condições em que a prece deve ser realizada. Ensina O Evangelho Segundo o Espiritismo o que definiu Jesus: “Quando orar, não se colocar em evidência, mas orar em segredo. Não fingir orar em demasia, porque não é pelas muitas palavras que virá o atendimento, mas pela sinceridade do coração. Antes de orar, se tiver algo contra outrem, perdoá-lo, porque a prece não pode ser agradável a Deus, se não partir de um coração caridoso. Orar, enfim, com humildade e não com orgulho. Examinar os próprios defeitos e não fazer sobressair as qualidades apenas. E, ao comparar-se a outros,, procurar o que existe de mau em si próprio”. A prece não se coaduna com orgulho, vaidade e hipocrisia.

AO QUE SE PROPÕE A PRECE: a prece é uma invocação pensada e sentida. Ela se propõe a que cada ser humano possa, por esforço próprio, louvar, pedir ou agradecer. É através da prece que nos colocamos em relação mental com o ser a que nos dirigimos. “Podemos orar por nós mesmos ou pelos outros, vivos ou mortos”.

DIREÇÃO DA PRECE: é por intermédio do pensamento que direcionamos nossas preces. Quando dirigida a Deus, ensina o Evangelho, “são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução dos seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons Espíritos vão também para Deus. Quando oramos para outros seres, e não para Deus, aqueles nos servem apenas de intermediários, de intercessores, porque nada pode ser feito sem a vontade de Deus. 

COMO DEVE SER A PRECE: sabendo-se que, embora tendo dito Jesus: “O que pedirdes pela prece vos será dado”, não se pode acusar a Providência Divina pelo não atendimento de todos os nossos pedidos. Devemos ter em mente os ensinamentos de Emmanuel, de que “a prece deve ser cultivada, não para que sejam revogadas as disposições da Lei Divina, mas a fim de que a coragem e a paciência inundem o coração de fortaleza nas lutas ásperas, porém necessárias. A alma, em se voltando para Deus, não deve ter em mente senão a humildade sincera na aceitação de sua vontade”. Assim, a prece deve:
a)  ser curta, humilde e fervorosa, muito mais um transporte do nosso coração, através do pensamento, do que uma fórmula decorada; e
b)  ser, de preferência, improvisada; assim, a preocupação do que estamos dizendo mais depressa prende a nossa atenção e favorece o nosso desprendimento.

A PRECE QUE OCUPA O PRIMEIRO LUGAR: é o “Pai Nosso”, porque foi ensinada pelo próprio Jesus Cristo, resumindo “todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo”. É obra-prima de concisão.

PRECE E ORAÇÃO: têm o mesmo significado: súplica direcionada pela fé. Porém, a prece é silenciosa, transmitindo-se apenas pelo pensamento. Já no que diz respeito à oração (falar), verifica-se que requer a palavra; é uma prece sonora, uma prece com palavras. A prece pode ser feita com o pensamento e será ouvida e sentida apenas pelos Espíritos desencarnados, enquanto a oração, pelo uso da palavra, do som, é captada por aqueles (mais sensíveis) e também pelos encarnados (todos nós, nem sempre capazes de captarmos a linguagem do pensamento).

A PRECE PREFERÍVEL: “A prece do coração é preferível à que podes ler, por mais bela que seja, se a leres mais com os lábios do que com o pensamento” (Liv. Esp., Q. 658).


(Parte integrante da apostila “Curso Básico Educação Mediúnica” - Centro Espírita Ismael)

15 de novembro de 2011

Texto - Lei de Adoração


LEI DE ADORAÇÃO

ADORAR: de acordo com o filólogos é “prestar culto ou reverenciar a uma divindade, ou a uma entidade, ou a um ser”. Vem do Latim “adorare”, de onde nasce a preposição “ad”, indicando aproximação, em relação a espaço e tempo, e o termo “oratio”, referente à faculdade de falar, juntando-se à palavra “oratus”, com o significado de súplica. Assim, ADORAÇÃO é, ao mesmo tempo, uma forma de aproximação e diálogo, por palavras ou pensamento, com o ser ao qual se rende culto, sendo uma forma de fazer com que a súplica chegue até o ser reverenciado.
ADORAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS: houve sempre no homem o sentimento de adoração. Muitas vezes, isso nascia da ignorância, misturando-se idolatria (culto aos ídolos) com o desconhecido. No livro O Espírito e o Tempo, do Prof. Herculano Pires, vemos a ADORAÇÃO através de horizontes (visão dos homens): 1) Horizonte Tribal (adoração rudimentar, medo do desconhecido); 2) Horizonte Agrícola (o Céu é o Deus-Pai e a Terra é a Deusa-Mãe; com a chuva e o calor, um fecundava o outro e nascia a produção); 3) Horizonte Civilizado (culto aos chefes, respeitados como deuses, embora ainda se cultive, reservadamente, adoração a entes místicos); 4) Horizonte Profético (fase dos profetas da Bíblia, com a formulação de juízos éticos, nascendo o conceito de Deus Único, Supremo); 5) Horizonte Espiritual (pelo estudo e pelo raciocínio, descobrem-se  as TRÊS REVELAÇÕES e seu significado, mostrando que o homem está sempre sujeito ao progresso como lei de evolução natural: 1.º Moisés e seu Decálogo, dizendo NÃO às coisas erradas e prometendo castigo de DEUS; 2.º Jesus Cristo e seus Ensinamentos, dizendo SIM às coisas certas e pregando o AMOR; 3.º a Revelação dos Espíritos, através da Codificação Kardecista, explicando o PORQUÊ do NÃO e do SIM. Em tudo, há evolução natural. O homem tem o sentimento inato de ADORAR. Lei da Adoração é Natural.
FINALIDADE DA ADORAÇÃO: o Espiritismo mostra que uma das Leis Naturais é a Lei de Adoração. Essa Lei Natural, como já vimos em aula anterior, não depende da vontade do homem, mas dos desígnios de Deus. No sentido excelso, no mais alto significado espiritual, a ADORAÇÃO consiste na elevação do pensamento a Deus, porque é esse o meio pelo qual o homem procura aproximar sua alma ao Pai Criador. A finalidade da adoração é essa.
ADORAÇÃO EXTERIOR E ADORAÇÃO CONTEMPLATIVA: ensinam os Espíritos que a adoração por atos de fingimento, apenas para agradar aos olhos dos circunstantes, não tem nenhuma significação, pois “a verdadeira adoração é do coração”. A eventual adoração exterior, por gestos ou aparatos e para que todos vejam, só será aceita por Deus se vier do coração e destinar-se a exemplo moral edificante. De nada valerá dizer “eu adoro o Cristo”, mantendo o orgulho, a inveja, a ambição e o ciúme, mesmo que se pratiquem atos exteriores ensinados pela religião. Da mesma forma, praticar a ADORAÇÃO CONTEMPLATIVA, não fazendo o mal e só pensando em Deus, mas permanecendo estático, sem nada realizar, é virar pedra. Não basta evitar o mal; é preciso fazer o bem, para não ser inútil. Rezar, apenas, não faz crescer o Espírito, se não for a oração acompanhada de atos de amor, de caridade, de fraternidade, de trabalho, segundo o poder de cada um.
SACRIFÍCIO COMO FORMA DE ADORAÇÃO: matar animais mesmo homens, para agradar a Deus, só entre os seres atrasados. Deus não aceita o sacrifício de inocentes. Mesmo as chamadas “Guerras Santas”, feitas em nome de Deus, eram e são obras de maus Espíritos, pois Deus quer o perdão para os ignorantes, e o amparo aos aflitos, e que o “homem ame ao próximo como a si mesmo”.
ADORAÇÃO PELA PRECE: pedindo, louvando ou agradecendo, é pela Prece sincera, por pensamentos, palavras, que demonstramos o nosso entendimento do que seja adoração a Deus. Pela Prece, através dos bons Espíritos, somos atendidos por Deus. A prece com fé é energia que leva luz ao coração e conduz a DEUS.
(Parte integrante da apostila “Curso Básico Educação Mediúnica” - Centro Espírita Ismael)

8 de novembro de 2011

Livro Pão Nosso - Cap. 121 - Monturo - on line


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121 
MONTURO

“Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam­ no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
Jesus (Lucas, 14:35) 

Segundo deduzimos, Jesus emprestou significação ao monturo.
Terra e lixo, nesta passagem, revestem­se de valor essencial.
Com a primeira, realizaremos a semeadura, com o segundo é possível fazer 
a adubação, onde se faça necessária.
Grande porção de aprendizes, imitando a atitude dos fariseus antigos, foge
ao primeiro encontro com as “zonas estercorárias” do próximo; entretanto, tal se
verifica porque lhes desconhecem as expressões proveitosas.
O Evangelho está cheio de lições, nesse setor do conhecimento iluminativo.
Se José da Galiléia ou  Maria de Nazaré simbolizam terras de virtudes
fartas, o mesmo não sucede aos apóstolos que, a cada passo, necessitam recorrer à
fonte das lágrimas que escorrem do monturo de remorsos e fraquezas, propriamente
humanos, a fim de fertilizarem o terreno empobrecido de seus corações. De quanto 
adubo dessa natureza precisaram Madalena e Paulo, por exemplo, até alcançarem a
gloriosa posição em que se destacaram?
Transformemos nossas misérias em lições.
Identifiquemos o monturo que a própria ignorância amontoou em torno de
nós mesmos, convertamo­lo em adubo  de nossa “terra íntima” e teremos dado 
razoável solução ao problema de nossos grandes males.
(pelo Espírito Emmanuel)

7 de novembro de 2011

Livro on line - Luz no lar

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ANTECÂMARA 

"O culto do evangelho em casa conta hoje com numerosos núcleos. 
Porque não escrevem os amigos desencarnados um volume particularmente dedicado o 
semelhante serviço?”.  
*** 
 “Queríamos um livro que nos desse algumas noções de lar e família, à luz da 
reencarnação.”  
*** 
“Realmente não temos, por agora, tempo bastante para despender com a leitura de um 
tratado religioso, em nossas reuniões familiares, mas estimaríamos possuir um livro simples, 
para estudos rápidos e independentes uns dos outros, no qual pudéssemos meditar as lições 
de Jesus, conversando...” 
*** 
“Não ignoramos as obras notáveis, em torno do Evangelho; entretanto, para os 
entendimentos em casa, no culto da oração, cremos nos seria de grande valor o manuseio 
de páginas ligeiras, mas edificantes, que nos ajudassem a pensar sobre as verdades do 
espírito, sem longo esforço.” 
*** 
“Não poderemos ter um facilitário para assimilar as idéias espíritas-cristãs?”.  
*** 
 “Atualmente, o culto do Evangelho em casa pede um conjunto de lições práticas para reger 
a conversação destinada a explicar os ensinamentos de Jesus.” 
*** 
“Sim, dispomos de excelentes volumes para o exame sistemático do Evangelho, não só na 
Doutrina Espírita, quanto igualmente em outros círculos religiosos, mas reconhecemos a 
necessidade de mais livros para o culto do nosso Divino Mestre, na intimidade do lar, livros 
que nos revelem os preceitos cristãos, de maneira tão simples quanto possível.” 
*** 
       Respondendo às solicitações dessa natureza, com que temos sido honrados por muitos 
amigos, reunimos os recursos da lavoura espírita evangélica, de que se constitui este livro, 
para ofertá-los aos leitores amigos.  
       E creiam todos eles que assim procedemos não porque sejam colhidos de merecimento 
nosso, mas por serem frutos, flores e sementes da Seara do Senhor, lançados pela bondade 
do Senhor, no solo de nossos corações. E, ao fazê-lo, rogamos, a Ele, o Divino Semeador, 
nos conceda força e diretriz, compreensão e discernimento para cultivá-los, em nosso 
proveito, de modo a transformarmos a nossa área de ação em gleba de amor e luz para a 
Vida Eterna.   

Emmanuel 
(Uberaba, 18 de abril de 1968)

6 de novembro de 2011

LIVRE-ARBÍTRIO. AÇÃO E REAÇÃO. DETERMINISMO


LIVRE-ARBÍTRIO. AÇÃO E REAÇÃO. DETERMINISMO

BEM E MAL: Bem é tudo que é moralmente bom. Deus é justiça. Deus é bondade. Logo, Deus é um supremo bem. Sendo Deus a infinita bondade e a inteligência suprema, por certo, não quer senão o bem para todos. Mas esse BEM deverá ser buscado pelo homem, com a sua melhoria, com o seu progresso interior. (SE DEUS QUISESSE O MAL PARA QUALQUER SER HUMANO, SERIA UM DEUS VINGATIVO E SEM AMOR, IGUALANDO-SE AOS HOMENS). Mal, sinteticamente, é ausência do Bem. o Mal, em regra, vem do próprio homem. O Mal é um “divisor de águas”, para que o homem possa distinguir e escolher. O Mal é um teste para a capacidade física e para a solidez moral do homem, pois, dependendo da forma como se conduza, crescerá espiritualmente. ( A DOR, AS TRISTEZAS, OS REVEZES, AS DECEPÇÕES E INJUSTIÇAS SÃO MALES, PARA QUE O HOMEM PROCURE GUARIDA NO BEM).

AÇÃO E REAÇÃO: Ação é manifestação de uma força, de uma energia ou de um agente. É atuação, é movimento. De logo, o ser humano, pelo seu raciocínio, descobre a existência de ações boas ou más, ações para o bem e ações para o mal. Reação é resposta a uma ação ou manifestação contrária a uma ação precedente. Podemos figurar a REAÇÃO como a ocorrência de fatos sob a ação de Causa e Efeito.
AÇÃO E REAÇÃO EM FUNCIONAMENTO — Se penso em más ações ou as pratico, as probabilidades são de que receba, em contrapartida, reações idênticas. E, se não as receber, ficarei em débito ante a lei do progresso, para resgate futuro. Entretanto, se, ao contrário, a minha ação é boa (para o bem), ou se minha reação a uma ação má for indulgente, com a mola amortecedora do perdão, provável será que tenha “descontos” das minhas dívidas morais, ou possa, até, ficar com algum crédito perante os Espíritos de Luz. 

LIBERDADE: em sentido comum, liberdade é a faculdade de cada um agir ou decidir segundo a sua própria determinação, sem submeter-se à vontade alheia. Há, porém, tanto nas Leis dos Homens (Constituições de Países), como nas Leis Divinas, restrições à LIBERDADE ABSOLUTA, porque os seres encarnados e desencarnados, necessitam uns dos outros e precisam viver e conviver em harmonia, respeitando-se mutuamente.

MORAL: em sentido comum, a moral é regra de conduta aceita pela sociedade. Como elemento mais elevado, a Moral encontra-se sob o domínio espiritual, sobrepondo-se às coisas materiais. Por que, embora nascidos da mesma família física e tendo as mesmas oportunidades de aprendizado, uns membros são mais moralizados ou civilizados do que outros?... PARA O ESPÍRITO, A MORAL É UM ESTADO DE VIGÍLIA PERMANENTE PELO BEM.
LIVRE-ARBÍTRIO: filosoficamente, livre-arbítrio refere-se à teoria em que se firma o princípio da liberdade absoluta da vontade na escolha do que se quer ou não se quer fazer. Para a Doutrina Espírita (questão n.º 843 — O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec), verifica-se o seguinte: “O HOMEM TEM LIVRE-ARBÍTRIO NOS SEUS ATOS?” — pergunta, e vem a resposta: “POIS SE TEM A LIBERDADE DE PENSAR, TEM A DE AGIR. SEM O LIVRE-ARBÍTRIO, O HOMEM SERIA UMA MÁQUINA”. Logo se vê que, pelo seu livre-arbítrio, o ser humano escolhe a forma dos seus pensamentos, palavras e atos. Cada um é fiscal de si mesmo, tendo como barreiras apenas OS FREIOS MORAIS. Deus diz: você é livre. Escolha: BEM ou MAL.

LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO: a doutrina do livre-arbítrio, com que o Espiritismo deixa a critério do homem a faculdade de elevar-se pelo seu próprio esforço moral opõe-se ao Determinismo, porque, neste, a vontade do indivíduo é condicionada por influências estranhas; nega ao sujeito a vontade livre de agir.  
(Apostila do Centro Espírita Ismael)

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Pensemos Nisso

O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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"A fé ilumina, o trabalho conquista, a regra aconselha, a afeição reconforta e o sofrimento reajusta; no entanto, para entender os Desígnios Divinos a nosso respeito, é imperioso renovar-nos em espírito, largando a hera do conformismo que se nos arraiga no íntimo, alentada pelo adubo do hábito, em repetidas experiências no plano material".

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