12 de fevereiro de 2013

AGREMIAÇÕES INCONSCIENTES


AGREMIAÇÕES INCONSCIENTES

Com a aproximação das festas comemorativas do carnaval, muitos se questionam sobre a licitude de um Cristão em aproveitar esse momento. Lembrando aqui que Cristão é todo aquele que segue os preceitos e postulados orientados pelo Cristo, independente da denominação da seita religiosa a qual se professe.
Nesta busca por justificar tal conduta ou coibir esses anseios materialistas e meramente carnais, convidamos a todos à algumas simples reflexões.
Quando nos prontificamos a analisar um pouco mais atentamente sobre o princípio criador, aquele que origina as mais variadas situações e paisagens, percebemos que tudo o que nos circunda principia-se dessa vontade ativa.
Somos potente usina construtora, onde a todo instante idealizamos os mais inusitados projetos e os mais variados condicionamentos através de nosso pensamento constante.
No plano físico, todas as construções, instrumentos e utensílios foram projetados em nossa mente e posteriormente confeccionados em acordo com a necessidade e a matéria prima a qual melhor lhe adéqüe. Concluímos assim que, tudo o que nos cinge a existência, é fruto do planejamento para a melhor utilização dos recursos ao qual nos dispomos no momento.
A necessidade do aprimoramento esta diretamente ligada a lei do progresso, nos oportunizando a possibilidade de melhorar e evoluir, utilizando todas as ferramentas disponíveis para esse processo.
A evolução tecnológica nos oferta uma multiplicidade de opções e concede uma infindável variedade de mecanismos para a comunicação, o entretenimento, reduzindo distancias, aproximando países e estreitando os laços, entretanto, quando não utilizada de forma correta e sóbria, pode tornar-se perniciosa armadilha para os menos vigilantes.
Todos possuímos tendências menos dignas, cada qual apresenta suas dificuldades e particularidades, mesmo que não tenhamos cometido determinado ato errôneo, isso não nos concede a certeza de que em determinada situação não viríamos a cometê-lo. Podemos não cometer esse equivoco, mas provavelmente podemos cometer algo tão impróprio que lhe assemelhe a conseqüência do erro de nosso próximo e que insistimos em apontar e evidenciar.
Sendo assim, antes de julgarmo-nos superiores a outrem, cabe-nos o discernimento de interiorizarmo-nos e conhecermo-nos, pois só assim poderemos respeitar as escolhas do próximo e mesmo que não concordemos com suas condutas, faz-se imperativo respeitar. Caso ensejemos instruí-los em relação à melhor maneira de se portar, que façamos com uma gota de verdade em um recipiente cheio de caridade.
Somos espíritos em evolução, carregando conosco as mais variadas intenções e anseios, ainda impregnados pelos sentimentos materialistas, arraigados ao orgulho e vaidade, o que nos coloca em perfeita sintonia com companheiros com o mesmo quadro vibracional.
Mesmo que silenciemos nossas palavras para as pessoas que nos circundam a vida, sempre seremos observados pela platéia invisível que sonda-nos o intimo. O apostolo Paulo mesmo nos orienta que somos observados por uma nuvem de testemunhas (Hebreus 12:1), portanto, mesmo que ocultos aos olhos do mundo, ainda sim, analisados pelas emanações de energias oriundas de nossas tendências.
Compreende-se que em determinadas épocas festivas em nosso plano físico, a concentração de forças envolvidas em ações focadas na valorização da sensualidade e de sentimentos carnais é mais incisiva e constante, entretanto, as pessoas se esquecem que em todos os momentos tais sentimentos nos ladeiam, através de nossas intenções e vibrações mentais.
Lembremo-nos que tudo que fazemos, refletem o estado intimo que nos encontramos, as programações que assistimos, as conversações que participamos, os agrupamentos ao qual nos filiamos, enfim, tudo que nos dedicamos a fazer em todos os determinados momentos de nossa vida, são exatamente a personificação de nossos mais ocultos sentimentos e anseios.
Sendo assim, não nos deixemos iludir pelas justificativas egoísticas, que buscam apenas encobrir nossas verdadeiras intenções. Somos o que pensamentos e o que fazemos, lembrando sempre que aquele que não é senhor de seu pensamento, torna-se servo de suas palavras e escravo de suas ações.
Este convite à reflexão não é apenas para a festa do carnaval, mas para todos os momentos de nossa vida, pois como diz o espírito da verdade na questão 459 do Livro dos espíritos, em relação a influencia dos espíritos em nossa vida. Passemos a perceber nossas condutas e analisar nossas propostas de vida, assim saberemos quais convidados estão nos acompanhando no dia a dia.
A influência espiritual sempre irá existir, entretanto não quer dizer que seja nociva, pois a tentação, nada mais é que as tendências que possuo em sua mais ampla atuação. Somente somos tentados por aquilo que nos atrai.
Não deixemos que nossos sentimentos orgulhosos venham a ferir o próximo, apenas porque não concordamos com suas condutas. Se desejamos orientar qual o melhor caminho a ser percorrido, devemos seguir os passos do Cristo, pois a palavra desperta, mas o exemplo arrasta.
Sejamos mansos como as pombas e prudentes como a serpente, como nos orienta o Mestre Jesus em relação aos mais inusitados convites à perversão e aos anseios da carne.
Como dissemos no inicio, esse é apenas um convite para a reflexão, uma oportunidade de retirar a mascara que carregamos para a sociedade e insistimos em utilizá-la em nosso cotidiano.
 Apenas um alerta: O carnaval Cristão é o serviço de auxílio ao próximo, seguindo o exemplo de Jesus, que se alegrava em Trabalhar em nome de Deus, em repartir o que tinha e em propagar o amor. 

Evangelho Diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 1 a 3.


Fazer o bem sem ostentação
Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. — Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. — Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita; — a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. (S. MATEUS, cap. VI, vv. 1 a 4.)
Tendo Jesus descido do monte, grande multidão o seguiu. Ao mesmo tempo, um leproso veio ao seu encontro e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, poderás curar-me. — Jesus, estendendo a mão, o tocou e disse: Quero-o, fica curado; no mesmo instante desapareceu a lepra. — Disse-lhe então Jesus: abstém-te de falar disto a quem quer que seja; mas, vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés, a fim de que lhes sirva de prova. (S. MATEUS, cap. VIII, vv. 1 a 4.)
Em fazer o bem sem ostentação há grande mérito; ainda mais meritório é ocultar a mão que dá; constitui marca incontestável de grande superioridade moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que o faz o vulgo, mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se com a vida futura; numa palavra, colocar-se acima da Humanidade, para renunciar à satisfação que advém do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que prefere ao de Deus o sufrágio dos homens prova que mais fé deposita nestes do que na Divindade e que mais valor dá à vida presente do que à futura. Se diz o contrário, procede como se não cresse no que diz.
Quantos há que só dão na esperança de que o que recebe irá bradar por toda a parte o benefício recebido! Quantos os que, de público, dão grandes somas e que, entretanto, às ocultas, não dariam uma só moeda! Foi por isso que Jesus declarou: “Os que fazem o bem ostentosamente já receberam sua recompensa.” Com efeito, aquele que procura a sua própria glorificação na Terra, pelo bem que pratica, já se pagou a si mesmo; Deus nada mais lhe deve; só lhe resta receber a punição do seu orgulho.
Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma imagem que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se há a modéstia real, também há a falsa modéstia, o simulacro da modéstia. Há pessoas que ocultam a mão que dá, tendo, porém, o cuidado de deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para verificar se alguém não o terá visto ocultá-la. Indigna paródia das máximas do Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados entre os homens, que não será perante Deus? Também esses já receberam na Terra sua recompensa. Foram vistos; estão satisfeitos por terem sido vistos. É tudo o que terão.
E qual poderá ser a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre aquele que os recebe, que lhe impõe, de certo modo, testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição, exaltando o preço dos sacrifícios a que se vota para beneficiá-lo? Oh! para esse, nem mesmo a recompensa terrestre existe, porquanto ele se vê privado da grata satisfação de ouvir bendizer-lhe do nome e é esse o primeiro castigo do seu orgulho.
As lágrimas que seca por vaidade, em vez de subirem ao Céu, recaíram sobre o coração do aflito e o ulceraram. Do bem que praticou nenhum proveito lhe resulta, pois que ele o deplora, e todo benefício deplorado é moeda falsa e sem valor.
A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito. Além de ser caridade material, é caridade moral, visto que resguarda a suscetibilidade do beneficiado, faz-lhe aceitar o benefício, sem que seu amor-próprio se ressinta e salvaguardando-lhe a dignidade de homem, porquanto aceitar um serviço é coisa bem diversa de receber uma esmola. Ora, converter em esmola o serviço, pela maneira de prestá-lo, é humilhar o que o recebe, e, em humilhar a outrem, há sempre orgulho e maldade. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e engenhosa no dissimular o benefício, no evitar até as simples aparências capazes de melindrar, dado que todo atrito moral aumenta o sofrimento que se origina da necessidade. Ela sabe encontrar palavras brandas e afáveis que colocam o beneficiado à vontade em presença do benfeitor, ao passo que a caridade orgulhosa o esmaga. A verdadeira generosidade adquire toda a sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço. Eis o que significam estas palavras: “Não saiba a mão esquerda o que dá a direita.”
 (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 1 a 3.)

11 de fevereiro de 2013

Evangelho diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 22


Maneira de orar
O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar! Que importam ao Senhor as frases que maquinalmente articulais umas às outras, fazendo disso um hábito, um dever que cumpris e que vos pesa como qualquer dever?
A prece do cristão, do espírita, seja qual for o seu culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até àquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contacto com eles, mais força e perseverança. Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.
A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas. Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: “Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende.” Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito. O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com freqüência exclamado: “Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças.” Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós.
Deveis orar incessantemente, sem que, para isso, se faça mister vos recolhais ao vosso oratório, ou vos lanceis de joelhos nas praças públicas. A prece do dia é o cumprimento dos vossos deveres, sem exceção de nenhum, qualquer que seja a natureza deles. Não é ato de amor a Deus assistirdes os vossos irmãos numa necessidade, moral ou física? Não é ato de reconhecimento o elevardes a ele o vosso pensamento, quando uma felicidade vos advém, quando evitais um acidente, quando mesmo uma simples contrariedade apenas vos roça a alma, desde que vos não esqueçais de exclamar: Sede bendito, meu Pai?! Não é ato de contrição o vos humilhardes diante do supremo Juiz, quando sentis que falistes, ainda que somente por um pensamento fugaz, para lhe dizerdes: Perdoai-me, meu Deus, pois pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me forças para não falir de novo e coragem para a reparação da minha falta?!
Isso independe das preces regulares da manhã e da noite e dos dias consagrados. Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica. Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional. — Monod. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 22.)

10 de fevereiro de 2013

Evangelho Diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 11


A nova era (III)
Santo Agostinho é um dos maiores vulgarizadores do Espiritismo. Manifesta-se quase por toda parte. A razão disso,  encontramo-la na vida desse grande filósofo cristão. Pertence ele à vigorosa falange do Pais da Igreja, aos quais deve a cristandade seus mais sólidos esteios. Como vários outros, foi arrancado ao paganismo, ou melhor, à impiedade mais profunda, pelo fulgor da verdade. Quando, entregue aos maiores excessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres enervantes e fugitivos; quando, afinal, no seu caminho de Damasco, também lhe foi dado ouvir a santa voz a clamar-lhe: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” exclamou: “Meu Deus! Meu Deus! perdoai-me, creio, sou cristão!” E desde então tornou-se um dos mais fortes sustentáculos do Evangelho. Podem ler-se, nas notáveis confissões que esse eminente espírito deixou, as características e ao mesmo tempo, proféticas palavras que proferiu, depois da morte de Santa Mônica: Estou convencido de que minha mãe me virá visitar e dar conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura. Que ensinamento nessas palavras e que retumbante previsão da doutrina porvindoura! Essa a razão por que hoje, vendo chegada a hora de divulgar-se a verdade que ele outrora pressentira, se constituiu seu ardoroso disseminador e, por assim dizer, se multiplica para responder a todos os que o chamam.— Erasto, discípulo de S. Paulo. (Paris, 1863.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 11.)

8 de fevereiro de 2013

Mensagem Psicografada - Tua Luz


Tua Luz

Deus disse: "Faça-se a luz!" E a luz foi feita.  (Gênesis 1:3)
Eis a máxima do pensamento criação e assim segue a construção do universo e de tudo que nele existe.
Fomos criados simples e ignorantes, mas portadores do livre – arbítrio, para assim caminharmos como nossos próprios pés e aprendermos com as experiências.
Entre escolhas assertivas e outras errôneas vamos carreando em nosso ser a experiência necessária para nosso aprimoramento, às vezes nos desviamos do caminho correto e retardamos nosso progresso, entretanto tutelados pelo amor do Criador, somos acolhidos pelas Leis Divinas, que nos servem de norteadoras para o correto aproveitamento de todas as situações.
Podemos insistir na inércia corrosiva e na lassidão comprometedora, mas impulsionados pela Justiça Misericordiosa de Deus, colocamo-nos novamente no caminho correto a seguir.
Apesar de todo amor Paternal expressado por Deus, nossas escolhas equivocadas tendem a retardar nosso melhoramento intimo, chegando às vezes a comprometer uma existência física e todo o planejamento sublime em relação a nossa evolução.
A cada instante somos tentados e testados nas nossas mais variadas tendências e viciações, e para consolidarmos nossa melhoria, faz-se necessário enfrentá-las com sobriedade e equilíbrio, pois só assim seremos vitoriosos contra nossas trevas interiores.
Buscamos justificar nossos equívocos, na culpabilidade dos supostos inimigos, insistimos nas teorias de que fomos induzidos ao erro por sua interferência, entretanto, sabemos que o único inimigo que possuímos verdadeiramente é o nosso inimigo interior, alimentado pelo orgulho, vaidade e falta de perseverança e que tanto nos acompanha pela jornada existencial.
Pela lei da atração, nos vemos cercados por situações e indivíduos que comungam do mesmo desejo e das mesmas aspirações, sendo assim, compreendemos que estaremos sempre agremiados por quem compartilha de nossas mesmas afinidades.
Devemos lembrar que a erva daninha não iria comprometer o afloramento dos grãos em uma determinada plantação, se a mão ociosa do jardineiro estivesse mobilizando recursos para evitar seu desenvolvimento.
Por mais negra que se faça a nossa noite intima, ainda assim possuímos a luz do evangelho do Cristo, servindo-nos de guia para indicar o caminho e iluminar nossa jornada. Através do amor do doce Rabi podemos prosseguir em nossa marcha evolutiva, com a certeza de um porvir ditoso e seguro ao Seu lado.
Que se faça a luz em teu coração e possa assim clarear teu entendimento e compreensão para melhor servir aos desígnios de Deus.
(Mensagem ditada pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga, na manha de sexta feira 08/02/2013, psicografada por Alessandro Micussi)

Evangelho Diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 13.


           O duelo (III)
O duelo, como o que outrora se denominava o juízo de Deus, é uma das instituições bárbaras que ainda regem a sociedade. Que diríeis, no entanto, se vísseis dois adversários mergulhados em água fervente ou submetidos ao contacto de um ferro em brasa, para ser dirimida a contenda entre eles, reconhecendo-se estar a razão com aquele que melhor sofresse a prova? Qualificaríeis de insensatos esses costumes, não é exato? Pois o duelo é coisa pior do que tudo isso. Para o duelista destro, é um assassínio praticado a sangue frio, com toda a premeditação que possa haver, uma vez que ele está certo da eficácia do golpe que desfechará. Para o adversário, quase certo de sucumbir em virtude de sua fraqueza e inabilidade, é um suicídio cometido com a mais fria reflexão. Sei que muitas vezes se procura evitar essa alternativa igualmente criminosa, confiando ao acaso a questão: mas, não é isso voltar, sob outra forma, ao juízo de Deus, da Idade Média? E nessa época infinitamente menor era a culpa. A própria denominação de juízo de Deus indica a fé, ingênua, é verdade, porém, afinal, fé na justiça de Deus, que não podia consentir sucumbisse um inocente, ao passo que, no duelo, tudo se confia à força bruta, de tal sorte que não raro é o ofendido que sucumbe.
Ó estúpido amor-próprio, tola vaidade e louco orgulho, quando sereis substituídos pela caridade cristã, pelo amor do próximo e pela humildade que o Cristo exemplificou e preceituou? Só quando isso se der desaparecerão esses preceitos monstruosos que ainda governam os homens, e que as leis são impotentes para reprimir, porque não basta interditar o mal e prescrever o bem; é preciso que o princípio do bem e o horror ao mal morem no coração do homem. — Um Espírito protetor. (Bordéus, 1861.)
 
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 13.)

7 de fevereiro de 2013

Evangelho Diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, item 10.


FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor.Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.
Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. — Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, item 10.)

6 de fevereiro de 2013

Evangelho Diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 1 e 2

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará
Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.
Qual o homem, dentre vós, que dá uma pedra ao filho que lhe pede pão? — Ou, se pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? — Ora, se, sendo maus como sois, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, não é lógico que, com mais forte razão, vosso Pai que está nos céus dê os bens verdadeiros aos que lhos pedirem? (S. MATEUS, cap. VII, vv. 7 a 11.)
Do ponto de vista terreno, a máxima: Buscai e achareis é análoga a esta outra: Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará. É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em ação as forças da inteligência.
Na infância da Humanidade, o homem só aplica a inteligência à cata do alimento, dos meios de se preservar das intempéries e de se defender dos seus inimigos. Deus, porém, lhe deu, a mais do que outorgou ao animal, o desejo incessante do melhor, e é esse desejo que o impele à pesquisa dos meios de melhorar a sua posição, que o leva às descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento da Ciência, porquanto é a Ciência que lhe proporciona o que lhe falta. Pelas suas pesquisas, a inteligência se lhe engrandece, o moral se lhe depura. Às necessidades do corpo sucedem as do espírito: depois do alimento material, precisa ele do alimento espiritual. É assim que o homem passa da selvageria à civilização.
Mas, bem pouca coisa é, imperceptível mesmo, em grande número deles, o progresso que cada um realiza individualmente no curso da vida. Como poderia então progredir a Humanidade, sem a preexistência e a reexistência da alma? Se as almas se fossem todos os dias, para não mais voltarem, a Humanidade se renovaria incessantemente com os elementos primitivos, tendo de fazer tudo, de aprender tudo. Não haveria, nesse caso, razão para que o homem se achasse hoje mais adiantado do que nas primeiras idades do mundo, uma vez que a cada nascimento todo o trabalho intelectual teria de recomeçar. Ao contrário, voltando com o progresso que já realizou e adquirindo de cada vez alguma coisa a mais, a alma passa gradualmente da barbárie à civilização material e desta à civilização moral. (Vede: cap. IV, nº 17.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 1 e 2.)

5 de fevereiro de 2013

ESTUDO SISTEMATIZADO DO LIVRO DOS ESPÍRITOS 03 de 193


ESTUDO SISTEMATIZADO DO LIVRO DOS ESPÍRITOS
Introdução ao estudo da Doutrina Espírita
Item VI  ( Estudo 03 de 193)
LE003
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec, Introdução, item VI II, pags. 23 a 26, 77edicao-FEB

Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita

C-PONTOS PRINCIPAIS DA DOUTRINA ESPIRITA

Vamos resumir, em poucas palavras, os pontos principais da doutrina que nos transmitiram.
"Deus e eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
"Criou o Universo, que abrange todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.
"Os seres materiais constituem o mundo visível ou corpóreo, e os seres imateriais, o "mundo invisível ou espírita, isto e, dos Espíritos.
"O mundo espírita e o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo.
"O mundo corporal e secundário; poderia deixar de existir, ou não ter jamais existido, sem que por isso se alterasse a essência do mundo espírita.
"Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível, cuja destruição pela morte lhes restitui a liberdade".
"Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que chegaram a certo grau de desenvolvimento, dando-lhe "superioridade moral e intelectual sobre as outras".
"A alma e um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório".
"Ha no homem três coisas: 1) o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo principio vital; 2), a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no "corpo; 3) o laço que prende a alma ao corpo, principio intermediário entre a matéria e o "Espírito.
"Tem assim o homem duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, cujos "instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza dos Espíritos.
"O laço ou perispirito, que prende ao corpo o Espírito, e uma espécie de envoltório semimaterial. A morte e a destruição do invólucro mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nos no estado normal, porem que pode tornar-se acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede no fenômeno das aparições.
"O Espírito não e um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. E um ser real, circunscrito, que, em certos casos, se torna apreciável pela "vista, pelo ouvido e pelo tato.
"Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais, nem em poder, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade. Os da primeira ordem são os Espíritos "superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e por seu amor do bem: são os anjos "ou puros Espíritos. Os das outras classes se acham cada vez mais distanciados dessa perfeição, mostrando-se os das categorias inferiores, na sua maioria eivados das nossas "paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc.
Comprazem-se no mal. Ha também, entre "os inferiores, os que não são nem muito bons nem muito mais, antes perturbadores e "enredadores, do que perversos. A malicia e as inconseqüências parecem ser o que neles "predomina. São os Espíritos estúrdios ou levianos.
"Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esta melhora se efetua por meio da "encarnação, que e imposta a uns como expiação, a outros como missão. A vida material e "uma prova que lhes cumpre sofrer repetidamente, ate que hajam atingido a absoluta perfeição moral.
"Deixando o corpo, a alma volve ao mundo dos Espíritos, donde saira, para passar por nova existência material, apos um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual "permanece em estado de Espírito errante.
"Tendo o Espírito que passar por muitas encarnações, segue-se que todos nos temos tido muitas existências e que teremos ainda outras, mais ou menos aperfeiçoadas, quer na Terra, "quer em outros mundos.
"A encarnação dos Espíritos se da sempre na espécie humana; seria erro acreditar-se que a alma ou Espírito possa encarnar no corpo de um animal.
"As diferentes existências corpóreas do Espírito são sempre progressivas e nunca "regressivas; mas, a rapidez do seu progresso depende dos esforços que faça para chegar à perfeição.
"As qualidades da alma são as do Espírito que está encarnado em nos; assim, o homem de bem e a encarnação de um bom Espírito, o homem perverso a de um Espírito impuro.
"A alma possuía sua individualidade antes de encarnar; conserva-a depois de se haver separado do corpo.
"Na sua volta ao mundo dos Espíritos, encontra ela todos aqueles que conhecera na Terra, e todas as suas existências anteriores se lhe desenham na memória, com a lembrança de todo bem e de todo mal que fez.
"O Espírito encarnado se acha sob a influencia da matéria; o homem que vence esta influencia, pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos bons Espíritos, em cuja "companhia um dia estará. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões, e põe todas as "suas alegrias na satisfação dos apetites grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, "dando preponderância `a sua natureza animal.
"Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.
"Os não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda parte no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-nos de continuo. E toda uma população invisível, a mover-se em torno de nos.
"Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo "físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das potencias da "Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos ate então inexplicados ou mal "explicados e que não encontram explicação racional senão no Espiritismo.
"As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos e assemelhar-nos a eles.
"As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas se verificam pela influencia boa ou ma que exercem sobre nós, `a nossa revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das mas inspirações.
As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumentos. LE-pags. 25 e 26.

QUESTÕES PARA ESTUDO:
01) comente explicando e justificando as assertivas abaixo:
01a) “ O mundo espírita e o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo.
"O mundo corporal e secundário; poderia deixar de existir, ou não ter jamais existido, sem que por isso se alterasse a essência do mundo espírita."
Embora haja a correlação entre os mundos; o mundo que não vemos, ou seja, o mundo espiritual e o mundo material, eles são independentes entre si; sendo que o mundo espiritual já existia anteriormente ao mundo material e continuará a existir mesmo que este último se acabe.
Lembrando que o Universo foi criado por Deus e compreende os mundos que vemos e os que não vemos também.
(01b) "Ha no homem três coisas: 1) o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo principio vital; 2), a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no "corpo; 3) o laço que prende a alma ao corpo princípio intermediário entre a matéria e o "Espírito.
"Tem assim o homem duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, cujos "instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza dos Espíritos."
Aqui refere-se à existência, enquanto encarnados, de três partes que se constituem nosso todo: o corpo físico; o Espírito e o perispírito que é substância vaporosa para nós e grosseira para os espíritos, plástica e forma pela qual há o intercâmbio entre o espírito encarnado e o espírito desencarnado.
(01c) “ Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esta melhora se efetua por meio da "encarnação, que e imposta a uns como expiação, a outros como missão. A vida material e "uma prova que lhes cumpre sofrer repetidamente, ate que hajam atingido a absoluta perfeição moral.
"Deixando o corpo, a alma volve ao mundo dos Espíritos, donde saíra, para passar por nova existência material, apos um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual "permanece em estado de Espírito errante."
A Evolução do Espírito é constante e se funda no grau de desenvolvimento intelectual e moral, nas qualidades adquiridas, nas imperfeições ainda existentes. E face à não estagnação eterna, o movimento evolutivo do espírito é constante e através desse movimento, no qual consiste na encarnação e reencarnação, há mudanças no grau de desenvolvimento que irão gerar a maior ou menor demora do Espírito em mudar seu grau de desenvolvimento, ou seja, não seremos Espíritos que somos eterna e permanentemente iguais, sem crescimento; estamos e estaremos sempre em constante evolução.
(01 d) "“ As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos e assemelhar-nos a eles.
"As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas se verificam pela influencia boa ou ma que exercem sobre nos, `a nossa revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das más inspirações. As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumentos."
A comunicabilidade entre os dois mundos: espiritual e material é fato, eis que eles estão em constante e incessante intercâmbio entre si; destarte há a ação do Espírito sobre a matéria. Somos seres eternos e imortais que sobrevivemos ao que chamamos morte intercambiamos entre os planos visíveis e invisíveis do universo de forma intercomunicante entre si; o mundo espiritual é povoado de seres que foram homens e mulheres como nós mesmos cada qual em seu estágio de desenvolvimento moral próprio e que nos influenciam e nos acompanham.
Chamamos, em terminologia espírita, a comunicação entre os espíritos e os encarnados, de comunicação mediúnica, conforme a explicação constante no item 159 do LM :
"Todo aquele que sente num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem (...) raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos (...)”
Paulo de Tarso já dizia na Epístola aos Hebreus, 12:1, que nós estamos cercados "por uma nuvem de testemunhas", já informando que os Espíritos atuam e interferem fortemente na vida dos encarnados o que confirmado é pelos Espíritos no item 459, do LE.
(Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo)

3 de fevereiro de 2013

Do Livro Histórias que Jesus Contou – Clovis Tavares - Cap. 3 - A Parábola do Filho Pródigo


3 - A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO

(Lucas, capítulo 15º, versículos 11 a 32)

Um certo homem tinha dois filhos, que com ele moravam no seu lar.
Um dia, o mais moço disse ao seu pai:
— Papai, dá-me a parte da tua riqueza que me pertence. Eu desejo correr mundo, viajar por outras terras, conhecer nova gente...
O velho pai, diante desse pedido, repartiu com am­bos os seus haveres, dando a cada um a parte que lhes cabia, de sua fortuna.
Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todas as coisas que lhe pertenciam, partiu para um país distante, muito longe de sua terra natal.
Esse moço, infelizmente, não era ajuizado. Mal chegou ao país estrangeiro, começou a gastar, sem cuidado, todo o dinheiro que possuia. Durante mui­tos dias não fez senão desperdiçar tudo que tinha. Buscou a companhia de outros rapazes desajuizados e consumiu toda a sua fortuna em bebidas, teatros e passeios. Um dia, viu que a última moeda havia desaparecido e se achava na mais absoluta miséria.
Foi nessa época que uma grande seca reduziu aquele país a uma situação tristíssima. Com a seca, veio a fome. Mesmo nos lares ricos havia falta de pão. A miséria se estendeu, desoladora...
 O pobre rapaz, então, buscou um homem daquele país, contou-lhe sua desgraça e pediu-lhe a esmola de um emprego qualquer, mesmo que fosse o pior servi­ço. E o homem desconhecido o enviou para seus cam­pos a fim de guardar porcos. Os porcos se alimen­tavam de alfarrobas, que são frutos de uma árvore chamada alfarrobeira; mas, nem mesmo desses fru­tos davam ao pobre moço. Os porcos se alimenta­vam melhor do que ele!
Foi então que o moço começou a pensar no que havia feito com seu bondoso pai, tão amigo, tão com­preensivo, tão carinhoso... Refletiu muito... Como fora mau e ingrato para com seu paizinho! Como fora também ingrato para com Deus, desrespeitando o Seu Mandamento, que manda honrar os pais ter­renos... Sofrendo a conseqüência de seu pecado, o pobre rapaz arrependeu-se sinceramente de sua in­gratidão e de seus dias vividos no erro e no vício...
E pensou, então, entre lágrimas:
— Na casa de meu pai há muitos trabalhadores e todos vivem felizes pelo trabalho honesto. Vivem com abundância de pão e tranqüilidade... E eu, aqui, morrendo de fome!... Não, não continuarei aqui. Voltarei para minha casa, procurarei meu pai e lhe direi: “Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti; não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um simples empregado de tua casa ...
E o moço, como pensou, assim fez.
Abandonando o país estrangeiro, regressou àsua pátria e ao seu lar. Foi longa, difícil e triste a volta, pois ele não mais dispunha de dinheiro para as despesas de viagem. Passou muitas necessidades, sofreu fome e frio, dormiu nas estradas e nas flores­tas... Nunca abandonou, porém, a idéia de que vol­tar para casa era seu primeiro dever.
Finalmente, chegou ao seu antigo lar. Antes, porém, de atingir sua casa, seu velho pai o avistou de longe e ficou ainda mais compadecido, ao ver o filho naquele estado de grande miséria. Seu coração pa­terno, que nunca esquecera o filho ingrato, era todo piedoso. O bondoso pai correu, então, ao encontro do moço. E abraçando-o fortemente, beijou-o com imenso carinho.
Nesse momento, com lágrimas nos olhos, o filho disse ao seu pai compassivo:
— Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um empregado de tua casa...
O bondoso pai, porém, que nunca deixou de amar seu filho, disse aos empregados da casa:
— Depressa! Tragam a melhor roupa para meu filho, preparem uma refeição para ele. Tragam-lhe calçado novo! Comamos todos juntos e alegremo­-nos, porque este meu filho estava perdido e foi acha­do, estava morto e reviveu!
E todos os servos e empregados da casa atende­ram imediatamente o velho pai e houve imensa ale­gria naquele grande lar.
O filho mais velho, porém, não estava em casa.
Achava-se trabalhando no campo. Quando voltou e viu aquela grande movimentação no interior da casa e ouviu as belas canções que os músicos acompanha­vam com seus instrumentos, chamou um dos servos e perguntou o que era aquilo.
O servo respondeu:
—Foi teu irmão que chegou. Teu pai, de tão alegre e feliz, mandou que preparássemos uma ceia e uma festa, porque o jovem voltou são e salvo.
O filho mais velho, cheio de ciúme, revoltou-se contra a bondade de seu pai e não quis entrar em casa.
Em vão, o velho pai chamou-o. Mas, ele lhe res­pondeu:
—Meu pai, há muitos anos que te sirvo, sem nunca te desobedecer e nunca preparaste uma ceia para mim e meus amigos. Mas, para meu irmão, que gastou teu dinheiro nas orgias, em terra estrangeira, tu lhe preparas uma grande festa...
O bondoso pai, querendo vencer a revolta do filho, desviá-lo do seu ciúme e incliná-lo à bondade e ao perdão, disse-lhe:
— Meu filho, tu estás sempre comigo e tudo que émeu é teu também. Mas, é justo que nos alegremos com a volta de teu irmão, que é também meu filho como tu. Lembra-te de que ele estava perdido e foi achado. Estava morto e reviveu para nosso amor e para nosso lar.

*

Querida criança: certamente você entendeu tudo que o Senhor nos quer ensinar com a Parábola do Filho Pródigo.
Deus é como o Bondoso Pai da história. Deus é bom, supremamente bom e está sempre disposto a receber Seus filhos arrependidos. É preciso, contudo, que o arrependimento seja verdadeiro como o do fi­lho caçula da história.
Percebeu como foi triste para o moço abandonar seu pai e seu lar? Viu como ele sofreu no país estran­geiro, onde nem mesmo teve as alfarrobas que os porcos comiam?
Assim acontece também com as almas que aban­donam os retos caminhos de Deus. Sofrem muito, pois quem se afasta do dever e da virtude conhecerá, mais cedo ou mais tarde, as dores do remorso e as tristezas da vida.
Arrependendo-se sinceramente, no entanto, Deus o escuta e usa de bondade a alma arrependida, como o pai da parábola, que é um símbolo de nosso Pai do Céu.
Que você se conserve no bom caminho, meu fi­lho. Mas se sentir que pecou contra Deus ou contra os homens, arrependa-se com a mesma humildade do filho pródigo. Nunca imite o filho mais velho da história, que era ciumento e orgulhoso e não teve compaixão do próprio irmão arrependido.
Deus é nosso Pai Compassivo e Eternamente Amigo. Não nos ausentemos nunca de Seu Amor. Mas, se errarmos, corramos para Ele, na estrada da oração sincera, com o coração arrependido e disposto a não errar mais. Ele nos ouvirá e virá ao nosso encontro, porque não há ninguém tão bom quanto Deus. Nem há quem nos ame tanto quanto Ele.
 ( Do Livro Histórias que Jesus Contou – Clovis Tavares) 

Evangelho Diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 3 a 5 - Diferentes categorias de mundos habitados


Diferentes categorias de mundos habitados
Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há-os em que estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.
Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição. Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos. São outras tantas estações, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que já conquistaram. É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo o prolongarem a sua permanência em um mundo desgraçado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal.
 (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 3 a 5)

1 de fevereiro de 2013

Peditório



 “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei...”. – João 14:13,
Vários são os caravaneiros que passam seus dias como reais pedintes ao Senhor, quantos desperdiçam oportunidades ao cruzarem os braços enquanto aguardam as respostas de suas mais variadas solicitações e acabam não percebendo a mobilização invisível ao seu favor.
Verdadeiros agrupamentos dos enfermos das mais variadas moléstias se aglomeram inertes, rogando a cura de suas mazelas, entretanto, são incapazes de perceber a ação constante dos emissários celestes em favor de sua real recuperação.
Em todo o instante de sua vida, a grande multidão recorre ao socorro dos céus para solucionar seus mais diversos pedidos, afligem-se por desejos de coisas que não necessitam, sofrem pela falta do supérfluo e se angustiam por não receberem os prêmios matérias que julgam ser merecedor e quando o auxilio divino lhes concede o que realmente carecem, sentem-se agredidos em sua intimidade egoística.
A todo o momento o homem eleva suas palavras aos céus, apesar de possuírem o coração preso a terra e aos bens terrenos e rogam ao Supremo Senhor que lhes atenda as mais insensatas solicitações, anseiam acumular bens transitórios e materiais utilizando-se das mais descabidas suposições e não compreendem que Deus lhes conhece a essência e sabe exatamente o que necessitam para aprimorar e evoluir.
Orientou-nos o Mestre a pedir, entretanto aconselha a acautelarmo-nos em relação ao que pedimos, pois nem sempre o que rogamos no imediatismo de nossas impressões materialistas é o que necessita nosso espírito imortal e padecente de amparo.
Lembremo-nos sempre que ao pedir estamos reconhecendo nossa posição de inferioridade junto ao amor incondicional de Deus, mas o evangelho nos orienta a pedir em nome do Cristo que sempre ensinou sobre o amor e a abnegação.
A cada um lhe será dado conforme suas obras, portanto a melhor forma de pedir é através do trabalho em favor do próximo, pois há mais alegria em dar do que receber, já nos ensinou o Cristo.
Lembremo-nos ainda que Deus nunca nos desampara de sua proteção e nem nos relega ao esquecimento de seu socorro misericordioso e justo.
 (Mensagem ditada na manha de sexta feira 01/02/2013 pelo espírito Antônio Carlos Gonzaga)



Evangelho diário - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXI, item 11.


JEREMIAS E OS FALSOS PROFETAS
Eis o que diz o Senhor dos Exércitos: Não escuteis as palavras dos profetas que vos profetizam e que vos enganam. Eles publicam as visões de seus corações e não o que aprenderam da boca do Senhor. — Dizem aos que de mim blasfemam: O Senhor o disse, tereis paz; e a todos os que andam na corrupção de seus corações: Nenhum mal vos acontecerá. — Mas, qual dentre eles assistiu ao conselho de Deus? Qual o que o viu e escutou o que ele disse? — Eu não enviava esses profetas; eles corriam por si mesmos; eu absolutamente não lhes falava; eles profetizavam de suas cabeças. — Eu ouvi o que disseram esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. — Até quando essa imaginação estará no coração dos que profetizam a mentira e cujas profecias não são senão as seduções do coração deles? Se, pois, este povo, ou um profeta, ou um sacerdote vos interrogar e disser: Qual o fardo do Senhor? dir-lhe-eis: vós mesmos sois o fardo e eu vos lançarei bem longe de mim, diz o Senhor. (JEREMIAS, cap. XXIII, vv. 16 a 18, 21, 25, 26 e 33.)
É dessa passagem do profeta Jeremias que quero tratar convosco, meus amigos. Falando pela sua boca, diz Deus: “É a visão do coração deles que os faz falar.” Essas palavras claramente indicam que, já naquela época, os charlatães e os exaltados abusavam do dom de profecia e o exploravam. Abusavam, por conseguinte, da fé simples e quase cega do povo, predizendo, por dinheiro, coisas boas e agradáveis. Muito generalizada se achava essa espécie de fraude na nação judia, e fácil é de compreender-se que o pobre povo, em sua ignorância, nenhuma possibilidade tinha de distinguir os bons dos maus, sendo sempre mais ou menos ludibriado pelos pseudoprofetas, que não passavam de impostores ou fanáticos. Nada há de mais significativo do que estas palavras: “Eu não enviei esses profetas e eles correram por si mesmos; não lhes falei e eles profetizaram.” Mais adiante, diz: “Eu ouvi esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.” Indicava assim um dos meios que eles empregavam para explorar a confiança de que eram objeto. A multidão, sempre crédula, não pensava em lhes contestar a veracidade dos sonhos, ou das visões; achava isso muito natural e constantemente os convidava a falar.
Após as palavras do profeta, escutai os sábios conselhos do apóstolo S. João, quando diz: “Não acrediteis em todo Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus”, porque, entre os invisíveis, também há os que se comprazem em iludir, se se lhes depara ocasião. Os iludidos são, está-se a ver, os médiuns que se não precatam bastante. Aí se encontra, é fora de toda dúvida, um dos maiores escolhos em que muitos funestamente esbarram, mormente se são novatos no Espiritismo. É-lhes isso uma prova de que só com muita prudência podem triunfar. Aprendei, pois, antes de tudo, a distinguir os bons e os maus Espíritos, para, por vossa vez, não vos tornardes falsos profetas. — Luoz, Espírito Protetor. (Carlsruhe, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXI, item 11.)

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O QUE MAIS SOFREMOS
O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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