30 de novembro de 2011

Livro Novas Mensagens- Cap.V - Historia de um médium


HISTÓRIA  DE  UM  MÉDIUM

As observações interessantes sobre a doutrina dos Espíritos sucediam-se umas às outras, quando um amigo nosso, velho lidador do Espiritismo, no Rio de Janeiro, acentuou, gravemente:
-- "Em Espiritismo, uma das questões mais sérias é o problema do médium..."
-- "Sob que prisma?" -- Indagou um dos circunstantes.
-- "Quanto ao da necessidade de sua própria edificação para vencer o meio."
-- "Para esclarecer a minha observação -- continuou o nosso amigo --  contar-lhe-ei a história de um companheiro dedicado, que desencarnou, há poucos anos, sob os efeitos de uma obsessão terrível e dolorosa."
Todo o grupo, lembrando os hábitos antigos, como se ainda estacionássemos num ambiente terrestre, aguçou os ouvidos, colocando-se à escuta:
--  "Azarias Pacheco --  começou o narrador --  era um operário despreocupado e humilde do meu bairro, quando as forças do Alto chamaram o seu coração ao sacerdócio mediúnico.
Moço e inteligente, trabalhava na administração dos serviços de uma oficina de consertos, ganhando, honradamente, a remuneração mensal de quatrocentos mil réis.
Em vista do seu espírito de compreensão geral da vida, o Espiritismo e a mediunidade lhe abriram um novo campo de estudos, a cujas atividades se entregou sob uma fascinação crescente e singular.
Azarias dedicou-se amorosamente à sua tarefa, e, nas horas de folga, atendia aos seus deveres mediúnicos com irrepreensível dedicação.
Elevados mentores do Alto forneciam lições proveitosas, através de suas mãos.
Médicos desencarnados atendiam, por ele, a volumoso receituário.
E não tardou que o seu nome fosse objeto de geral admiração.
Algumas notas de imprensa evidenciaram ainda mais os seus valores medianímicos e, em pouco tempo, a sua residência humilde povoava-se de caçadores de anotações e de mensagens.
Muitos deles diziam-se espíritas confessos, outros eram crentes de meia-convicção ou curiosos do campo doutrinário.
O rapaz, que guardava sob a sua responsabilidade pessoalnumerosas obrigações de família, começou a sacrificar primeiramente os seus deveres de ordem sentimental, subtraindo à esposa e aos filhinhos as horas que habitualmente lhes consagrava, na intimidade doméstica.
Quase sempre cercado de companheiros, restavam-lhe apenas as horas dedicadas à conquista de seu pão cotidiano, com vistas aos que o seguiam carinhosamente pelos caminhos da vida.
Havia muito tempo perdurava semelhante situação, em face de sua precisosa resistência espiritual, no cumprimento de seus deveres.
Dentro de sua relativa educação medianímica, Azarias encontrava facilidade para identificar a palavra de seu guia sábio e incansável, sempre a lhe advertir quanto à necessidade de oração e de vigilância.
Acontece, porém, que cada triunfo multiplicava as suas preocupações e os seus trabalhos.
Os seus admiradores não queriam saber das circunstâncias especiais de sua vida.
Grande parte exigia as suas vigílias pela noite a dentro, em longas narrativas dispensáveis.
Outros alegavam os seus direitos às exclusivas atenções do médium.
Alguns acusavam-no de preferências injustas, manifestando o gracioso egoísmo de sua amizade expressando o ciúme que lhes ia n'alma, em palavras carinhosas e alegres.
Os grupos doutrinários disputavam-no.
Azarias verificou que a sua existência tomava um rumo diverso, mas os testemunhos de tantos afetos lhe eram sumamente agradáveis ao coração.
Sua fama corria sempre.
Cada dia era portador de novas relações e novos conhecimentos.
Os centros importantes começaram a reclamar a sua presença e, de vez em quando, surpreendiam- no as oportunidades das viagens pelos caminhos de ferro, em face da generosidade dos amigos, com grandes reuniões de homenagens, no ponto de destino.
A cada instante, um admirador o assaltava:
-  "Azarias, onde trabalha você?..."
-"Numa oficina de consertos."
 -- "Ó! Ó!... e quanto ganha por mês?"
--  "Quatrocentos mil réis." –
"Ó! mas isso é um absurdo...
Você não é criatura para um salário como esse!
Isso é uma miséria!...”
Em seguida outros ajuntavam:
-- "O Azarias não pode ficar nessa situação.
Precisamos arranjar-lhe coisa melhor no centro da cidade, com uma remuneração à altura de seus méritos ou, então, poderemos tentar-lhe uma colocação no serviço público, onde encontrará mais possibilidades de tempo para dedicar-se à missão...”
 O pobre médium, todavia, dentro de sua capacidade de resistência, respondia:
-"Ora, meus amigos, tudo está bem.
Cada qual tem na vida o que mereceu da Providência Divina e, além de tudo, precisamos considerar que o Espiritismo tem de ser propagado, antes do mais, pelos Espíritos e não pelos homens!...”
Azarias, contudo, se era médium, não deixava de ser humano.
Requisitado pelas exigências dos companheiros, já nem pensava no lar e começava a assinalar na sua ficha de serviços, faltas numerosas.
A princípio, algumas raras dedicações começaram a defendê-lo na oficina, considerando que, aos olhos dos chefes, suas falhas eram sempre mais graves que as dos outros colegas, em virtude do renome que o cercava; mas, um dia, foi ele chamado ao gabinete de seu diretor que o despediu nestes termos:
"Azarias, infelizmente não me é possível conservá-lo aqui, por mais tempo.
Suas faltas no trabalho atingiram o máximo e a administração central resolveu eliminá-lo do quadro de nossos companheiros."
O interpelado saiu com certo desapontamento, mas lembrou-se das numerosas promessas dos amigos.
Naquele mesmo dia, buscou providenciar para um nova colocação, mas, em cada tentativa, encontrava sempre um dos seus admiradores e conhecidos que obtemperava:
-- "Ora Azarias, você precisa ter mais calma!...
Lembre-se de que a sua mediunidade é um patrimônio de nossa doutrina...
Sossega, homem de Deus!...
Volte à casa e nós todos saberemos ajudá-lo neste transe." Na mesma data, ficou assentado que os amigos do médium se cotizariam, entre si, de modo que ele viesse a perceber uma contribuição mensal de seiscentos mil réis, ficando, desse modo, habilitado a viver tão somente para a doutrina.
Azarias, sob a inspiração de seus mentores espirituais, vacilava ante a medida, mas à frente de sua imaginação estavam os quadros do desemprego e das imperiosas necessidades da família.
Embora a sua relutância íntima, aceitou o alvitre.
Desde então, a sua casa foi o ponto de uma romaria interminável e sem precedentes.
Dia e noite, seus consulentes estacionavam à porta.
O médium buscava atender a todos como lhe era possível.
As suas dificuldades, todavia, eram as mais prementes.
Ao cabo de seis meses, todos os seus amigos haviam esquecido o sistema das cotas mensais.
Desorientado e desvalido, Azarias recebeu os primeiros dez mil réis que uma senhora lhe ofereceu após o receituário.
No seu coração, houve um toque de alarma, mas o seu organismo estava enfraquecido.
A esposa e os filhos estavam repletos de necessidades.
Era tarde para procurar, novamente, a fonte do trabalho.
Sua residência era objeto de uma perseguição tenaz e implacável.
E ele continuou recebendo.
Os mais sérios distúrbios psíquicos o assaltaram.
Penosos desequilíbrios íntimos lhe inquietavam o coração, mas o médium sentia-se obrigado a aceitar as injunções de quantos o procuravam levianamente.
Espíritos enganadores aproveitaram-se de suas vacilações e encheram-lhe o campo mediúnico de aberrações e descontroles.
Se as suas ações eram agora remuneradas e se delas dependia o pão dos seus, Azarias se sentia na obrigação de prometer alguma coisa, quando os Espíritos não o fizessem.
Procurado para a felicidade no dinheiro, ou êxito nos negócios ou nas atrações do amor do mundo, o médium prometia sempre as melhores realizações, em troca dos míseros mil réis da consulta.
Entregue a esse gênero de especulações, não mais pode receber o pensamento dos seus protetores espirituais mais dedicados.
Experimentando toda sorte de sofrimentos e de humilhações, se chegava a queixar-se, de leve, havia sempre um cliente que lhe observava: -- "Que é isso, "seu" Azarias?...
O senhor não é médium? Um médium não sofre essas coisas!...
Se alegava cansaço, outro objetava, de pronto, ansioso pela satisfação de seus caprichos:
-- "E a sua missão, "seu" Azarias?...
Não se esqueça da caridade!..."
E o médium, na sua profunda fadiga espiritual, concentrava-se, em vão, experimentando uma sensação de angustioso abandono, por parte dos seus mentores dos planos elevados.
Os mesmos amigos da véspera piscavam, então, os olhos, falando, em voz baixa, após as despedidas:
--  "Você já notou que o Azarias perdeu de todo a mediunidade?..."
--  Dizia um deles.
-- "Ora, isso era esperado --  redargüia-se --  desde que ele abandonou o trabalho para viver à custa do Espiritismo, não podíamos aguardar outra coisa."
-- "Além disso --  exclamava outro do grupo --  todos os vizinhos comentam a sua indiferença para com a família, mas, de minha parte sempre vi no Azarias um grande obsidiado."
-- "O pobre do Azarias perverteu-se -- falava ainda um companheiro mais exaltado --  e um médium nessas condições é um fracasso para a própria doutrina..."
--  "É por essa razão que o Espiritismo é tão incompreendido! --  sentenciava ainda outro
--  Devemos tudo isso aos maus médiuns que envergonham os nossos princípios."
Cada um foi esquecendo o médium, com a sua definição e a sua falta de caridade.
A própria família o abandonou à sua sorte, tão logo haviam cessado as remunerações.
Escarnecido em seus afetos mais caros, Azarias tornou-se um revoltado.
Essa circunstância foi a última porta para o livre ingresso das entidades perversas que se assenhorearam de sua vida.
O pobre náufrago da mediunidade perambulou na crônica dos noticiários, rodeado de observações ingratas e de escandalosos apontamentos, até que um leito de hospital lhe concedeu a bênção da morte..."
O narrador estava visivelmente emocionado, rememorando as suas antigas lembranças.
--  "Então, quer dizer, meu amigo --  observou um de nós --  que a perseguição da polícia ou a perseguição do padre não são os maiores inimigos da mediunidade"...
--  "De modo algum.
--  Replicou ele, convicto.
--  O Padre e a política podem até ser os portadores de grandes bens." E, fixando em nós outros o seu olhar percuciente e calmo, rematou a sua história, sentenciando, gravemente:
--  "O maior inimigo dos médiuns está dentro de nossos próprios muros!..."

(Recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em 29 de abril de 1939).
Do livro "Novas Mensagens", de Humberto de Campos, psicografado por
 Francisco Cândido Xavi

Estudo Teórico-Prático da Doutrina Espírita - Unidade I - Deus

 Estudo Teórico-Prático da Doutrina Espírita
Unidade I
Introdução:
Toda doutrina tem os seus princípios básicos que vão fundamentando os demais princípios, em uma seqüência lógica.
Em se analisando os princípios da Doutrina Espírita, encontramos em primeiro lugar, o princípio da existência do Eterno Criador.
Ä Deus Criador:
Deus é o criador de tudo o que existe.
  • de todas as criaturas;
  • da Natureza;
  • do Universo, com todas as suas leis harmônicas.
Ä Definição de Deus:
Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, propõe, na primeira pergunta de "O Livro dos Espíritos" (primeira obra da codificação, editado em 1.857), uma questão direta sobre a Divindade: "Que é Deus ?" Cabe observar-se que Allan Kardec, intencionalmente, pergunta "Que é Deus?", ao invés de "Quem é Deus?", justamente para não induzir a uma personificação ou uma idéia antropomórfica, ou seja, que lembra o aspecto ou a forma de um homem. Perguntado "Que é Deus?", ele busca a sua essência. E a espiritualidade, nos proporciona a mais clara, sintética e precisa definição que conhecemos até hoje: "Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".
Ä Da Natureza Divina:
No atual estágio de evolução que se encontra o ser humano, não lhe é possível compreender a natureza íntima de Deus.
Conforme verificamos em "A Gênese" (quinta obra da codificação, editada em 1.868), cap. II, item 8, há as seguinte referências à natureza Divina:
"Não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Para compreendê-lo, ainda nos falta o sentido próprio, que só se adquire por meio da completa depuração do Espírito."
Ä Deus entendido como nosso Pai:
A idéia de Deus como sendo o nosso Pai, nos foi trazida por Jesus. Podemos encontrar em "A Gênese" (quinto livro da Codificação Espírita/1.868), no cap. I, item 23 essa referência: "A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte primária, de pedra angular de toda a sua doutrina, é o ponto de vista inteiramente novo sob que considera Ele a Divindade ... Um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia ... O Pai comum do gênero humano que estende a sua proteção por todos os seus filhos e os chama todos a si ...".
Encontramos ainda, no item 25: "Toda a doutrina do Cristo se funda no caráter que Ele atribui à Divindade. Como um Deus imparcial, soberanamente justo, bom e misericordioso, ele fez do amor de Deus e da caridade para com o próximo a condição indeclinável da salvação, dizendo: Amai a Deus sobre todas as coisas e o vosso próximo como a vós mesmos; nisto estão toda a lei e os profetas...".
Ä Atributos de Deus: Primeiro momento.
Na infância da Humanidade, confundiram os homens o Criador com as criaturas, cujas imperfeições lhe eram atribuídas. Mas, a medida em que o senso moral se desenvolver, terão os homens melhores condições de entender a essência das coisas e, como conseqüência, poderão fazer uma idéia mais justa da Divindade.
No momento atual, é importante que sintamos Deus como o nosso Pai Criador, soberanamente justo, bom e misericordioso.
Podemos de um modo geral, em um primeiro momento, elencar como atributos de Deus:
1.     AMOR – Como Pai, ama seus filhos providenciando para que a natureza possa prover nossas necessidades. Nos dá a inteligência para o nosso progresso.
2.     SABEDORIA - Leis sábias e justas que regem todas as relações, todas as coisas, todo o Universo.
3.     JUSTIÇA – Ele nos criou para progredirmos sempre. Ele nos concede pela Reencarnação (processo através do qual é concedido ao Espírito uma nova oportunidade de retornar a um novo corpo físico, especialmente preparado para ele) o ensejo de corrigirmos erros e imperfeições, de quitarmos débitos e continuarmos o aprendizado rumo à perfeição que é a nossa meta final.
Ä Atributos de Deus: Segundo momento.
Aprofundando um pouco mais a análise, e de acordo com a conceituação espírita, podemos elencar como atributos de Deus:
Deus é a suprema e soberana inteligência:
Antes de analisarmos este atributo de Deus, é importante compreender o significado de duas palavras:
Suprema - s. f. Superioridade; poder ou autoridade suprema; preponderância; proeminência; hegemonia; primazia. (De supremo.)
Soberana: 1. adj. Que ocupa o primeiro lugar; o mais elevado ou graduado em seu gênero; que se acha revestido de autoridade suprema; que exerce um poder supremo, sem restrição nem neutralização; absoluto; magnífico; supremo; (Do b. lat. superanu.)
Pela análise das palavras, já podemos ter uma idéia da inteligência Divina.
A inteligência do homem é limitada, pois que não pode fazer, nem compreender tudo o que existe.
A inteligência de Deus, abrangendo o infinito, é também infinita. Se a sua inteligência fosse limitada num ponto qualquer, poderíamos conceber outro ser mais inteligente, capaz de compreender e fazer o que o primeiro não faria e assim por diante.
Deus é eterno:
Devemos entender como eterno o que não teve princípio, nem terá fim.
Se Deus tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior e, nesse caso, esse ser é que seria Deus.
Deus é único:
A unicidade de Deus é conseqüência do fato de serem infinitas as suas perfeições. A ignorância deste atributo de Deus, foi o que gerou o politeísmo (crença em vários deuses), culto adotado pela maioria dos povos primitivos, que davam o atributo de divindade a todo poder que lhes parecia acima dos poderes inerentes à humanidade.
Deus é imutável:
Entendemos como imutável, o que não se altera.
Se Deus estivesse sujeito a mudanças/alterações, por influenciações outras, poderíamos supor que aquilo que o está influenciando, lhe poderia ser equiparado e, se assim fosse, a sua inteligência não seria suprema nem soberana. Além do que, se Deus estivesse sujeito a mudanças, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo.
Deus é imaterial:
Assim o podemos dizer porque a sua natureza difere de tudo o que "chamamos matéria". Se a sua natureza fosse material, ele estaria sujeito às próprias transformações da matéria (o que seria contraditório ao seu atributo de imutabilidade).
Deus não tem uma forma apreciável aos nossos sentidos, pois se assim fosse, seria matéria. No entanto, todos nós já ouvimos expressões do tipo "a mão de Deus", "os olhos de Deus", "o braço de Deus", etc. Nestes casos, é que o homem, ainda nada mais conhecendo além de si mesmo, toma a si próprio por termo de comparação para tudo o que não compreende. Logo, a imagem de Deus, representada pela figura de um ancião, de longas barbas brancas e envolto num manto, é uma concepção puramente humana, não correspondendo em nada com a sua real natureza.
Segundo "A Gênese", cap. II, item 12, esta imagem tem até o inconveniente de rebaixar o Ente Supremo até as mesquinhas proporções da Humanidade.
Deus é onipotente:
Mais uma vez, busquemos no dicionário a significação desta palavra:
Onipotente: 1. adj. 2 gên. Que tem poder ilimitado; Todo-Poderoso. (Do lat.omnipotente.)
2. s. m. Deus.
Se Deus não possuísse o poder supremo, sempre se poderia conceber uma entidade tanto ou mais poderosa do que Ele. Todo o poder está em Deus.
Deus é soberanamente justo e bom:
A providencial sabedoria das Leis Divinas, se revela das pequeninas, às maiores coisas.
A soberana bondade implica na soberana justiça, porquanto, todos os seres foram criados da mesma forma, não havendo parcialidade, nem tratamento diferenciado com relação a qualquer de suas criaturas.
Deus é infinitamente perfeito:
É impossível conceber-se Deus sem o infinito das perfeições, sem o que não seria Deus, pois sempre se poderia conceber um ser que possuísse o que lhe faltasse.
Sendo infinitos os atributos de Deus, não são suscetíveis nem de aumento, nem de diminuição.
Esses são os atributos principais, podendo, no entanto, ser mencionados ainda outros, porém como derivações ou já subentendidos nos anteriores.
Desta forma, temos que: Deus é Onisciente: - adj. 2 gên. Que tudo sabe; cujo saber é ilimitado; Deus é Onipresente: no sentido de que se encontra em todos os lugares, etc.
Em "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, na questão n.º 11, indaga: "Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?", a que os Espíritos responderam: "Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá."
Então, na própria idéia de Deus, com essência puramente espiritual, e na possibilidade de um dia chegar a vê-LO e compreendê-LO – quando se tornar Espírito puro e perfeito – está delineada para o homem, toda uma perspectiva de trabalho e de esperança: de degrau em degrau ele progredirá e, evoluindo espiritualmente, adquirirá novos e mais aperfeiçoados sentidos até conquistar um puro sentido espiritual que lhe permitirá por-se em relação com Deus, vendo-O, ouvindo-O e compreendendo-LHE a Divina Vontade.
Ä Provas da Existência de Deus:
No conjunto imenso de mundos e coisas que constituem o Universo, tal é a grandeza, a magnitude, e são tais a ordem e a harmonia, que, tudo isso, pairando infinitamente acima da capacidade do homem, só pode atribuir-se à Onipotência criadora de um Ser Supremamente inteligente e sábio, Criador necessário de tudo que existe.
Deus, porém, não pode ser percebido pelo homem em sua divina essência. Mesmo depois de desencarnado, dispondo de faculdades perceptivas menos materiais, não pode ainda a espírito imperfeito perceber totalmente a natureza divina.
Pode, entretanto o homem, ainda no estágio de relativa inferioridade em que se encontra, ter convincentes provas de que Deus existe, mas advindas por dois outros caminhos, que transcendem aos dois sentidos: o da razão e o do sentimento.
Racionalmente, não é possível admitir um efeito sem causa. Olhando o Universo imenso, a extensão infinita do espaço, a ordem e harmonia a que obedece a marcha dos mundos inumeráveis; olhando ainda os seres da natureza, os minerais com suas admiráveis formas cristalinas, o reino vegetal em sua exuberância, a fragrância das flores, a variedade quase infinita de plantas, o reino animal em toda a sua beleza; sondando também o mundo microscópio com incontáveis formas unicelulares. Toda essa imensidão, profusão e beleza nos obriga a crer em Deus, como causa necessária. Mas se preferirmos contemplar apenas o que é o nosso próprio corpo, quanta harmonia também divisaremos na nossa roupagem física, nas funções que se exercem à revelia de nossa vontade num ritmo perfeito. Nas maravilhas que são os nosso sentidos. Toda essa perfeição, a harmonia da natureza humana e do mundo exterior ao homem, só pode ser criação de um Ser Supremamente inteligente e sábio, o qual chamamos Deus.
No entanto, é pelo sentimento, mais do que pelo raciocínio, que o homem pode compreender a existência de Deus. Há no homem, desde o mais primitivo até o mais civilizado, a idéia inata da existência de Deus.
A Doutrina Espírita, tem na existência de Deus o princípio maior e Ele se encontra por isso mesmo, na base da Doutrina.
Encontramos em "O Livro dos Espíritos", nas questões 04 à 09, o subtítulo "Provas da existência de Deus".
A questão n.º 04 é muito esclarecedora: "Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus? – a que a espiritualidade responde: "Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.
E complementa Kardec à título de observação, com relação a essa questão: "Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.
León Dennis, no seu Livro "Depois da Morte", no capítulo que trata do Universo e Deus, nos relata:
"O telescópio sonda os céus, em parte alguma do Universo encontra limites; sempre mundos sucedendo a mundos, e sóis a sóis; sempre legiões de astros multiplicando-se, a ponto de se confundirem em poeira brilhante nos abismos infindáveis do espaço ..."
"E o corpo humano não é uma laboratório vivo, um instrumento cujo mecanismo chega à perfeição? ..."
"O espetáculo da Natureza, o aspecto dos céus, das montanhas, dos mares, apresentam ao nosso espírito a idéia de um Deus oculto no Universo ..."
"A razão, igualmente nos fala de Deus. Os sentidos fazem-nos conhecer o mundo material, o mundo dos efeitos: a razão revela-nos o mundo das causas ..."
"Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras ..."
E, no Livro "A Gênese", Cap. II – Deus, nos é ensinado que:
"A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos."
Ä A Providência Divina:
Providência é a suprema sabedoria com que Deus conduz todas as criaturas.
Providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais ínfimas. É nisto que consiste a ação providencial.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do alto da imensidade. As nossas preces, para que Ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele.
Examinemos esta questão através de um modo figurado:
A natureza inteira está mergulhada no fluido Divino, logo tudo e todos estamos imersos nesse fluido. O ser, por mais ínfimo que seja, está saturado desse fluido Divino. Achamo-nos então, desta forma, constantemente, na presença da Divindade; nenhuma de nossas ações foge ao seu conhecimento; o nosso pensamento está em contato ininterrupto com o seu pensamento, havendo pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos sentimentos no nosso coração.
Por isso é que dizemos que Deus está em toda parte, na Natureza, em todos os lugares. Assim como o Espírito está em todas as partes do corpo – todas as células do corpo estão em contato com o ser espiritual, todos os elementos da criação, se acham em relação constante com Ele.
Um membro se agita: o Espírito o sente; uma criatura pensa: Deus o sabe. As diferentes criações, as diferentes criaturas se agitam, pensam, agem diversamente: Deus sabe o que se passa e assina a cada um o que lhe diz respeito.
A ação de Deus de desvela no Universo, tanto no mundo físico quanto no mundo moral e não há um único ser que não seja objeto de sua solicitude.
Ä O Infinito e o Espaço Universal:
O Universo abrange a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço, assim como os fluidos que o preenchem. O espaço universal é infinito e nele não existe o vácuo.
Em "O Livro dos Espíritos", questão n.º 35 é indagado à Espiritualidade se o espaço universal é infinito ou limitado, ao que Eles respondem: "Infinito. Supõe-no limitado: que haverá para lá de seus limites? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina esfera em que voz achais que podereis compreendê-lo."
Por esta resposta, está bem claro que o espaço é Infinito. Que se deve, entretanto, entender por infinito? Disseram-nos também os Espíritos, na resposta à pergunta n.º 02 de "O Livro dos Espíritos" – "O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo que é desconhecido é infinito".
E, em seqüência, na questão n.º 03 é perguntado à Espiritualidade se poder-se-ia dizer que Deus é infinito, ao que Eles respondem: "Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens". A esta questão, acrescenta Kardec em comentário próprio: "Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não o está mais do que a primeira."
Fechando o subtítulo do espaço universal, a questão n. 36 de "O Livro dos Espíritos" esclarece que não existe o vácuo, pois o que parece vazio está na realidade ocupado por matéria, porém essa matéria nos escapa dos sentidos e dos instrumentos.
Ä Materialismo e Panteísmo:
Apesar de todas as razões que levam convictamente à crença de que Deus Existe, como causa transcendente necessária do Universo, com os atributos de suprema inteligência, onipotência, bondade e justiça perfeitas, e infinito em todas as suas perfeições, há homens, e sempre os houve, que negam a Divina existência. O seu ateísmo disfarçado ou sincero, mas que é sempre conseqüência da arrogância, da presunção e do orgulho, leva-os a negar a existência de todo Espírito no Universo, tanto o Espírito Divino como o que em si mesmo existe e é sede da própria inteligência e da consciência de cada um; isto é, negam a existência da alma humana como individualidade independente da matéria corporal e a ela sobrevivente, considerando-a apenas como resultante da organização cerebral altamente evoluída do "Homo Sapiens".
Materialismo:
É a doutrina filosófica segundo a qual não existe essencialmente no Universo coisa alguma além da matéria, quer como causa, quer como efeito. Implica um sistema dos mundos em que o fundamento único é a matéria, incriada e eterna, isto é, existente por si mesma, necessária e suficiente, sem interferência alguma de Deus.
O Materialismo como doutrina, ensino ou escola, nasce, praticamente, com Tales de Mileto, na antiga Grécia, por volta do Século VI a. C.
No longo período que constituí a Idade Média, o materialismo foi sofrendo algumas alterações, porém sempre rejeitando a idéia de um Criador supremo para todas as coisas.
Panteísmo:
Segundo essa Doutrina, entre os quais avulta a mentalidade vigorosa de Spinozza, Deus, sendo embora o Ser supremo, não é, entretanto, um ser distinto, pois consideram-no resultante da reunião de todas as forças, todas as inteligências de Universo.
Sente-se desde logo, a inconsistência de uma tal doutrina que, se verdadeira, derrogaria os mais necessários dos atributos de Deus: ser eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom .
Comenta Allan Kardec com relação a esta doutrina, que ela faz de Deus um ser material, sujeito a todas as vicissitudes e necessidades da humanidade; faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. Acrescenta ainda, que não podemos aliar as propriedades da matéria à idéia de Deus. Essa Doutrina confunde o Criador com a criatura, exatamente como o faria quem pretendesse que engenhosa máquina fosse parte integrante do mecânico que a imaginou ou a construiu.
A inteligência de Deus se revela em suas obras como a de um pintor no seu quadro; mas, as obras de Deus não são o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.
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Bibliografia
O Livro dos Espíritos – Parte Primeira – Das Causas Primárias – Perguntas 01 à 16; 50 à 51;
A Gênese – Cap. I, 10 à 16; 20; 24. Cap. II itens 1 à 7; 8 à 19;
O Grande Enigma – Ação de Deus no Mundo e na História; Necessidade da idéia de Deus; Notas complementares – Léon Denis.
Deus na Natureza – Camille Flammarion.
Depois da Morte – Livre-arbítrio e providência – Léon Denis.
Estudos Espíritas – Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito de Joanna de Ângelis – Cap. I, p. 17 à 23.
O Céu e o Inferno – Doutrina das penas eternas – Parte I, cap. VI, itens 10 à 16
Obras Póstumas – Deus - Parte I, item 2.

29 de novembro de 2011

Livro Caravana de Luz - Cap.I - DESENHOS E AFIRMATIVAS PREMONITÓRIAS


DESENHOS  E  AFIRMATIVAS  PREMONITÓRIAS
(Marcelo Antonio La Serra)

A desencarnação prematura do jovem Marcelo Antonio foi predita por ele mesmo, em muitas ocasiões, anos antes do fato.
Seus pais nunca valorizaram as palavras dele, nesse sentido, e só agora, após o acidente fatal de moto, vitimando Marcelo aos 16 anos, é que eles fazem, atendendo nosso pedido, uma análise retrospectiva da questão:
            1. Ele sempre dizia que até 18 anos estaria morto, chegando a afirmar 4 vezes, em épocas diferentes: "Com 18 anos já estarei enterrado."
2. Poucos meses antes do acidente, tirou o valor de sua Poupança para enfeitar a moto, alegando: "Quero aproveitar hoje. Amanhã não sei..."
3. Criador de pássaros desde 7 anos de idade, época em que se inscreveu na Associação de Canários, Marcelo afirmou pouco tempo antes do acidente, para surpresa da família: "Eu vou dar os meus pássaros para papai.”
4. Na festa de aniversário da priminha Karen, um mês antes do acidente, ao ser repreendido pela sua mãe por tomar cerveja com o tio Romualdo, Marcelo exclamou: "Tio, vamos beber porque vamos morrer mesmo!" Romualdo La Serra desencarnou em Campinas, SP, a 16 de julho de 1983, de acidente vascular cerebral, dois dias após o passamento do sobrinho.

A motivação desta análise nasceu do encontro de dois desenhos, feitos por Marcelo, num caderno escolar, provavelmente pouco tempo antes de sua desencarnação. Encontrados por sua mãe, meses após o grave acidente de moto, eles caracterizam clara premonição, pois mostram duas urnas funerárias com os respectivos nomes de Marcelo e de seu tio Romualdo.
Tal interpretação, feita pelos próprios pais, foi plenamente confirmada pelo Espírito de Marcelo, ao redigir sua segunda carta mediúnica, pela psicografia de Chico Xavier, aos familiares queridos.
Como vemos, o jovem motoqueiro foi beneficiado pela Misericórdia Divina, ao receber a bênção de pressentimentos corretos e valiosos, que também auxiliaram os progenitores, preparando seus corações para tudo aquilo que estava programado pelo Mais Alto, que é sempre o melhor para nós, com vistas à Evolução Espiritual.

Eis as elucidativas cartas de Marcelo:

Mãezinha Enide e querido papai Udine, não esperem uma cantiga de lamentações. Tudo se passou naturalmente.
A moto e eu não tivemos tanta sorte como de outras vezes e a minha perícia enfim furada. Foi só isso.
Choque de cabeça, queda, contusões, escoriações e outros contratempos ficaram no corpo que um dia, afinal de contas, atingiria a própria limitação.
Decerto, que eu queria viver, mas isso não conta; nunca se faz tudo quanto se quer. Embora as minhas gabolices de menino, aprendi isso tudo muito cedo. E, por isso me adaptei.
Podem dizer ao Udine Júnior que não há motivos para receios e frustrações. Estou vivo, talvez mais vivo do que aí. Por isso, não desejo ver meu irmão e meu companheiro exposto a crises de nervosismo que eu, por mim próprio, nunca soube o que seja.
Imagino-me em casa, sempre para chegar a cada noite, mais corajoso e mais feliz, para abraçar as obrigações nossas.
E peço, mãe, para que ninguém culpe a moto, que sempre fez o que eu quis. É uma ingratidão ouvir tanta gente reprovando um veículo precioso, sem a menor idéia de lhe enumerarem os seus benefícios.
Vim para cá, para a Vida Espiritual, como um estudante se afasta, simplesmente porque recebera a papeleta de saída, assim como anotação de colégio para que a gente regresse a casa.
Não estou muito bem, porque cheguei sem nenhuma preparação, mas também não estou mal, porque não me faltam bons amigos para o desdobramento do trabalho que é nosso.
Planos ainda não tenho, porque não sei o que há esperando por mim, e não me apresso a tomar conhecimento disso. Os Instrutores sabem o que se fará, assim como sucedem aos capitães de barcos que conhecem as minúcias da rota de embarcação que comandam, enquanto resta aos marinheiros a satisfação de cumprirem os encargos recebidos.
De qualquer modo, estejam todos certos na família, especialmente as minhas irmãs, de que estive aí a curto prazo e que prossigo desejando ser honesto com os encargos que assumo.
Não queria escrever-lhes uma carta de lágrimas. Choro por choro, já tivemos o maior no dia em que a gente se despediu, e os choros menores devem ser extintos no nascedouro, para que a paz nos acompanhe na união geral, que será o maior acontecimento para o futuro.
Esperemos o melhor, fazendo da vida um cântico à grandeza de Deus, que tudo nos concede em tamanho-família: sol transbordante, chuvas quase de incalculável dimensão, mar grande e variado, rios imensos, árvores que resistem a todas as espoliações para se nos mostrarem na condição de escravas de nossos desejos. Digo isso para que ninguém me venha falar de crise.
Deus é bondade perfeita; de nossa parte, somos maus receptores, porque a nossa inércia no mundo não nos consente os grandes saques honestos de forças da natureza. Respiramos o mínimo de ar, quando nos seria lícito sorver os manjares aéreos a longos haustos.
E assim vamos vendo. Bastar-nos-á querer e com algum trabalho, para não cairmos na moleza total, pois Deus já nos concede o super-suficiente para sermos felizes.
Queridos pais, é só isso. Penso, porém, que minhas pobres palavras, servirão para qualquer um.
Dizem-me que devo encerrar estar carta, o que faço agora, desejando a todos muita saúde e felicidade. Um grande abraço de filho, irmão, companheiro e colega, sempre grato

Marcelo Antônio.

Notas e Identificações

1 - Carta psicografada pelo médium Francisco C. Xavier, em reunião pública do GEP, Uberaba, MG, a 6/4/1984.
2 - Mãezinha Enide e papai Udine – Udine la Serra e Enide Loureiro La Serra, residentes em Campinas, SP, à Avenida Monte Castelo, n.º10, Bairro Jardim Proença.
3- nunca se faz tudo quanto se quer. Embora as minhas gabolices de menino, aprendi isso tudo muito cedo. E, por isso me adaptei. – Segundo seus pais, Marcelo Antônio sempre revelou-se um "espírito maduro”, muito compreensivo, pois "tudo estava bem para ele".
4 - Udine Júnior – Udine La Serra Júnior, irmão.
5 - Vim para cá, para a Vida Espiritual, (...Ì simplesmente porque recebera a papeleta de saída (...) estive aí a curto prazo – Trechos que confirmam suas premonições quando em vida material.
6 - Minhas irmãs – Márcia e Andréa.
7 - Respiramos o mínimo de ar, quando nos seria lícito sorver os manjares aéreos a longos haustos. – É oportuno lembrar que André Luiz também nos alerta sobre o valor do ar livre, em algumas de suas obras, tais como: Conduta Espírita, W. Vieira, FEB, Caps. 32 e 34; Os Mensageiros, F. C. Xavier, FEB, Cap. 41; Obreiros da Vida Eterna, F. C. Xavier, FEB, Cap. 5.
8 - Marcelo Antônio – Marcelo Antônio La Serra, nascido a 4/3/1967, desencarnou a 14/7/1983, em acidente de moto, na cidade de Campinas, SP. Cursava a 7a. série do Supletivo, no Ateneu Paulista.

Segunda Carta

Querida mãezinha Enide e querido papai Udine, peço-lhes a bênção.
Quero dizer-lhes que a vovó Maria Dorigon vem me auxiliando como preciso e já me uni ao tio Romualdo para enfrentarmos, juntos, o caminho que nos aguardava efetivamente.
E os meus desenhos nasciam de minhas intuições que eu mesmo não sabia compreender; sentia, sem querer, que o tio Romualdo e eu estávamos renteando com a desencarnação; por isso é que tentei aquelas figuras que ficaram em meus cadernos.
A moto nada teve com isso, porque a minha máquina não se introduziria em meus pensamentos.
Aí está porque vão encontrando, aos poucos, os meus desenhos quase infantis, desenhos que me exteriorizavam as preocupações.
Muitas lembranças ao nosso Udine Júnior e às queridas irmãs Márcia e Andréa.
Para os meus queridos pais Udine e Enide, todo o coração do filho sempre grato,

Marcelo.

Nota e Identificação

9- Psicografia de. F. C. Xavier, em reunião pública do GEP, Uberaba, a 13/10/1984.
10 - Vovó Maria Dorigon – Bisavó materna, desencarnada em Campinas, SP, a 21/7/1971.

Do livro “Caravanas de Amor”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier,
Espíritos Diversos e Hércio Marcos C. Arantes


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Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
(Espírito: ALBINO TEIXEIRA - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE)
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