6 de janeiro de 2011

A PARÁBOLA DO SEMEADOR





A PARÁBOLA DO SEMEADOR

(Mateus, capítulo 13º, versículos 1 a 9, e 18, a 23)
      
Afluindo uma grande multidão e vindo ter com Ele gente de todas as cidades, disse Jesus em parábola:
“Saiu o Semeador para semear a sua semente. E quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do Céu a comeram. Outra caiu sobre a pedra; e tendo crescido, secou, porque não havia umidade. Outra caiu no meio dos espinhos; e com ela cresceram os espinhos, e sufocaram-na. E a outra caiu na boa terra, e, tendo crescido, deu fruto a cento por um. 
Dizendo isto clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Os seus discípulos perguntaram-lhe o que significava esta parábola. “Respondeu-lhes Jesus: A Vós vos é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros se lhes fala em parábolas, para que vendo não vejam; e ouvindo não entendam:”

Que belíssimo quadro apresenta-se às nossas vistas, quando, animados pelo sentimento do bem e da nossa própria instrução espiritual, lemos, com atenção, a Parábola do Semeador! A nossa frente desdobra-se vasto campo, onde aparece a extraordinária Figura do Excelso Semeador, o maior exemplificador do amor de todas as idades, e aquele monumental Sermão ressoa aos nossos ouvidos, convidando-nos à prática das virtudes ativas, para o gozo das bem-aventuranças eternas!
O Espiritismo, filosofia, ciência, religião, independente de todo e qualquer sectarismo, é a doutrina que melhor nos põe a par de todos esses ditames, porque, ao lado dos salutares ensinos, faz realçar a sobrevivência humana, base inamovível da crença real que aperfeiçoa, corrige e felicita!


O próprio Jesus explicou a Seus discípulos a Pa­rábola do Semeador.
As nossas almas, são comparáveis aos quatro terrenos da história: “o terreno do caminho”, “o solo cheio de pedras”, “a terra cheia de espinhei­ros e “o terreno lavrado e bom
Jesus é o Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e de sabedoria. E os diversos terrenos são os nossos corações, os nossos Espíritos, onde Ele semeia Seus ensinamentos, cheio de bon­dade para conosco.
E como procedemos para com Jesus? Como res­pondemos à Sua bondade? O modo como damos res­posta ao amor cuidadoso do Divino Mestre é que nos classifica espiritualmente, isto é, mostra que espécie de terreno existe em nossa alma. Cada coração hu­mano é uma espécie de terra, um dos quatro solos da parábola.
Vejamos, então:
·                     O “terreno do caminho” ?


Quando alguém ouve a palavra do Evangelho e não procura compreendê-la, nem lhe dá valor, apare­cem as forças da desarmonia (os Espíritos menos exclarecidos para a lei do amor, desen­carnados ou encarnados) e arrebatam o que foi se­meado no seu coração, tais como os passarinhos co­meram as sementes... E sabe de que modo? Fazendo com que a alma esqueça o que ouviu, dando outros pensamentos à pessoa, fazendo com que ela se desin­teresse das coisas espirituais. E a alma fica indi­ferente aos ensinamentos divinos. O coração dessa pessoa é semelhante ao  terrenoonde a semente não chegou a penetrar.
·                     E o segundo terreno, o pedregoso?


Esse terreno é a imagem da pessoa que recebe os ensinos de Jesus com muita alegria. São exemplos as pessoas entusiasmadas com o serviço cristão, mas cuja animação dura pouco. Quando surgem as zom­barias, as perseguições ou os sofrimentos, a alma, que é inconstante, abandona o caminho do Evan­gelho. Está aprendendo os mandamentos divinos, os ensinos de Cristo, o caminho do bem, da pureza, da honestidade. Está muito contente com o que está estudando. Sente-se animada e feliz. Um dia, aparece um colega do colégio ou da vizinhança, dizendo que o “Espiritismo é obra do demônio”, que “os que freqüentam aulas de Evangelho nas escolas Espíritas ficam loucos e vão para o inferno”. Essa pessoa não tem ainda fir­meza de fé. Tem medo das zombarias dos colegas e dos vizinhos, que dizem que “somente sua religião é verdadeira” e lhe mandam “receber Espíritos na rua”. Amedrontado pela perseguição e pelos mote­jos, deixa a Escola de Evange­lho, onde estava começando a compreender a beleza do ensino de Jesus e as bênçãos do Espiritismo Cristão. Esse irmão tinha o coração semelhante ao “terreno cheio de pedras”, onde a planta da verdade não pôde crescer e frutificar.
·                     O terceiro solo é a “terra cheia de espinheiros”.


É o caso das pessoas que recebem a palavra do Evan­gelho, mas, depois abandonam o caminho cristão por causa das grandezas falsas do mundo e da sedu­ção das riquezas. Ouviram o Evangelho, mas se inte­ressaram mais pelos negócios, pelos lucros, pelas vaidades da vida, pelo cuidado exclusivo das coisas da terra. São as pessoas que conheceram, às vezes desde pequeninas, os ensinos de Jesus, mas, depois de crescidas, preferiram os maus companhei­ros e passaram a interessar­-se somente pelos problemas de dinheiro ou de mo­das, pelos ídolos do cinema ou do futebol. Não querem mais nem Jesus, nem lições de Evangelho. Só pensam em automóveis de luxo, sonham com caminhões de utensílios e futilidades, imaginam-se ricos.  A princípio, sabiam repartir com os pobres o seu dinheiro, porém, agora só pensam em juntá-lo: a cari­dade morreu nos seus corações. O mundo, com suas riquezas falsas (que terminam com a morte), seduziu suas almas e sufocou a planta de Deus em seus espíritos. Trocaram Jesus pelos sonhos e ambições de carros de luxo, de figurinos, de roupas elegantes, de campos de esporte, de concursos de beleza, de grandezas sociais... A planta de Deus foi sufoca­da pelos espinhos do egoísmo e das ilusões da vida material. E morreu...
·                     O quarto terreno, “a terra lavrada e boa,


É o símbolo do coração que escuta o Evangelho, pro­curando compreendê-lo e praticá-lo na vida. E a alma que estuda a palavra do Senhor, percebendo que está neste mundo para aprender a Verdade e o Bem. E, assim, dá frutos de bondade e eleva-se para Deus. Abandona seus vícios e maus hábitos, dedicando-se à prática das virtudes, guardando a fé no coração, socorrendo carinhosamente os necessitados e sofredores e buscando os conselhos de Deus no Evangelho de Cristo.
O coração verdadeiramente cristão é o bom terreno da parábola: cada semente de Jesus se transforma em trinta, sessenta ou cem bên­çãos de bondade, de fé e de auxílio ao próximo. Esse coração deseja conhecer sempre mais e melhor os ensinos cristãos. E se esforça sinceramen­te para fazer a Vontade Divina: amar e perdoar, crer e ajudar, aprender e servir.

Eis a Parábola do Semeador. Me­dite nela. Que você, guardando a humildade de cora­ção, se esforce para ser, se ainda não o é, o bom terreno, que recebe os grãos de luz do Divino Semea­dor e dá muitos frutos de sabedoria e bondade.
Para pregar e ouvir a Palavra, é preciso que não a rebaixemos, mas a coloquemos acima de nós mesmos; porque aquele que despreza a Palavra, anunciando-a ou ouvindo-a, despreza o seu Instituidor, e, como disse Ele: “Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, tem quem o julgue; a Palavra que falei, esta o julgará no último dia: Sermo, quem locutus sum, ille judicabit eum in novíssimo dia.” (João, XII, 48.)
Que os seus adeptos, compenetrados dos deveres que assumiram, semelhantes ao Semeador, levem, a todos os lares, e plantem em todos os corações, a Semente da fé que salva, erguendo bem alto essa Luz do Evangelho, escondida sob o alqueire dos dogmas e dos falsos ensinos que tanto têm prejudicado a Humanidade! 

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